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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Medicina - FAMED Departamento de Gineco-Obstetrícia. Toxoplasmose e Gestação. Ambulatório de Infecções na Gravidez Ernesto Antonio Figueiró-Filho. Introdução. Possibilidade de transmissão vertical (TV) do Toxoplasma gondii
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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Faculdade de Medicina - FAMED Departamento de Gineco-Obstetrícia Toxoplasmose e Gestação Ambulatório de Infecções na GravidezErnesto Antonio Figueiró-Filho
Introdução • Possibilidade de transmissão vertical (TV) do Toxoplasma gondii • Complicações fetais/neonatais • restrição de crescimento intra-uterino • prematuridade • toxoplasmose congênita • Microftalmia • Microcefalia com ou sem hidrocefalia • Retardo mental • Pneumonite • Hepatoesplenomegalia • Erupção cutânea • Calcificações cerebrais
Resultado dos testes sorológicos contra o Toxoplasma gondiiem gestantes - Ribeirão Preto - SP Duarte et al., 2000
Resultado dos testes sorológicos contra o Toxoplasma gondiiem gestantes de Mato Grosso do Sul Figueiró-Filho et al., 2005
Diagnóstico • Anamnese e exame clínico – sensibilidade inferior a 40% • Existem dificuldades que permeiam o diagnóstico materno/fetal dessa infecção • A toxoplasmose adquire especial relevância quando acomete gestantes devido ao risco de TV
Diagnóstico • O diagnóstico da infecção aguda materna se faz pela soro-conversão em qualquer época da gravidez • Técnicas de substituição RIF • ELISA • Quimioluminescência • Imunofluorimetria • Dificuldades de interpretação de resultados positivos de IgM
Diagnóstico • Persistência de IgM por mais de 2 anos após episódio agudo • Necessidade de técnica de auxílio no diagnóstico – Teste de avidez de IgG • Resposta imunológica inicial anticorpos da classe IgG baixa avidez/afinidade • Resposta imunológica tardia anticorpos da classe IgG alta avidez/afinidade Santana et al., 2003; Lappalainen et al., 2004; Figueiró-Filho et al., 2005
Diagnóstico • Teste de Avidez IgG • < 30% sugerem infecção aguda ocorrência nas últimas 12 sem (3 meses) • > 60% sugerem infecção pregressa ocorrência anterior às últimas 12 sem (3 meses) • Valores entre 30% e 60% não permitem uma interpretação precisa do período transcorrido desde a infecção Camargo et al., 1991; Liesenfeld et al., 2001; Montoya et al., 2002; Figueiró-Filho, 2005
Diagnóstico • Confirmando-se infecção materna Diagnóstico de infecção fetal • PCR é a técnica mais utilizada para diagnóstico de infecção fetal • Realizada no LA através de amniocentese Fricker-Hidalgo, 1997; Guy, 1996; Jenum, 1998; Camargo, 1996 • Ecografia auxilia no diagnóstico, porém demonstra alterações tardias • Microcefalia com hidrocefalia • Calcificações cerebrais, hepáticas e placentárias • Ascite fetal Abboud, 1995
Condutas • Gestante com IgG (+) e IgM (-) Nada • Gestante com IgG (-) e IgM (-) Orientações Preventivas
Gestante com IgG (-) e IgM (-) • Evitar o consumo de ovos ou de carne impropriamente cozida • Manipular carnes com luvas e evitar o contato das mãos com a boca durante a preparação de alimentos • Consumir verduras e legumes crus somente após eles serem muito bem lavados • Evitar contato com gatos e/ou com locais que possam ter sido contaminados por fezes desses animais
Condutas • Gestante com IgM (+) • Toxo Materna • Espiramicina 3g/dia (9 mUI/dia) • 2 cp VO 8/8h • Informação paciente e família dos riscos • Infecção fetal confirmada (PCR Pos) • Toxo Fetal • Sulfadiazina 3g/dia + Pirimetamina 50 mg/dia • 2 cp VO 8/8h + 1 cp 12/12 h • Ácido folínico 10mg/dia • 1 cp 1 vez ao dia
CondutasToxo Materna e Fetal • Tratamento materno (E) alterna com tratamento fetal (S+P+Ac Fol) de 3 - 3 semanas • Sempre terminar a gestação com tratamento materno (E)
Condutas • Seguimento Pós-natal • Avaliação clínica e laboratorial RN por um ano • Acompanhamento serviço DIP-Infantil
IgM (+) Toxo - Elisa Diagnóstico Infecção Materna Espiramicina ELISA IMF Avidez IgG Diagnóstico Infecção Fetal Sulfadiazina Pirimetamina Ác Folínico PCR LA
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (RBGO). 2005; 27(8):442-9.
Freqüência de 0,42% para a infecção aguda pelo T. gondii (42 casos em 10.000 pacientes) 92% exposição prévia a Toxo e 8% susceptíveis (IgG não reagente) Diagnóstico da infecção materna com 15,6±7,3 sem, no segundo trimestre (45,8%), e primeiro trimestre (35,4%). O número médio de consultas pré-natais realizadas foi de 7,7±2,9; o número médio de ultra-sonografias realizadas foi de 3,0±1,5 exames. Houve infecção congênita em quatro casos, resultando em taxa de TV de 3,9%. Figueiró-Filho et al., 2005
Conclusões • Toxoplasmose IgM reagente com avidez IgG elevada (>60%) colhido antes de 12 sem infecção pregressa e IgM residual infecção congênita nula nenhuma conduta • População com alta taxa de infecção prévia (92% IgG reagente) não protege contra Toxo congênita (TV 4%) Figueiró-Filho et al., 2005
Sugestões de Condutas • Situação Clínica 1 Toxo IgM reagente com avidez > 60%, colhido antes de 12 sem - Toxo residual, chance de TV nula, nenhuma conduta adicional Figueiró-Filho et al., 2007, in press
Sugestões de Condutas • Situação Clínica 2 Toxo IgM reagente com avidez < 30%, colhido antes ou após 12 sem - Toxo Aguda Materna - Iniciar Espiramicina 3g/dia (9MUI/dia) - Busca ativa infecção fetal (PCR LA) - PCR + Tratamento fetal Figueiró-Filho et al., 2007, in press
Sugestões de Condutas • Situação Clínica 3 Toxo IgM reagente com avidez > 60%, colhido após 12 sem - Não existem evidências para determinar conduta - Espiramicina - Busca ativa infecção fetal a critério clínico Figueiró-Filho et al., 2007, in press
Sugestões de Condutas • Situação Clínica 4 Toxo IgM reagente com avidez 30-60%, colhido antes ou após 12 sem - Não existem evidências para determinar conduta - Espiramicina - Busca ativa infecção fetal, a critério clínico Figueiró-Filho et al., 2007, in press
Prevenção • Situação Clínica 5 – IgG e IgM não reagentes Figueiró-Filho et al., 2007, in press
Freqüência de 0,83% para a infecção aguda pelo T. gondii (83 casos em 10.000 pacientes) • 90% exposição prévia a Toxo e 10% susceptíveis (IgG não reagente)