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MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera

MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera. CAP 1 A PRODUÇÃO. A PRODUÇÃO. Compreende todas as atividades socialmente organizadas visando a criação de bens e serviços , destinados a satisfazer direta ou indiretamente as necessidades humanas

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MACRO I AS CONTAS NACIONAIS Prof. Claudio M. Considera

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  1. MACRO I AS CONTAS NACIONAISProf. Claudio M. Considera CAP 1 A PRODUÇÃO

  2. A PRODUÇÃO • Compreende todas as atividades socialmente organizadas visando a criação de bens e serviços, destinados a satisfazer direta ou indiretamente as necessidades humanas • Na produção são gerados todos os bens e serviços necessários à vida humana e, concomitantemente, é gerada toda a renda que será distribuída entre os agentes econômicos.

  3. FATORES DE PRODUÇÃO • A realização da produção é possível através da utilização dos fatores de produção: • Trabalho • Capital • e Recursos Naturais

  4. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO • Representa a combinação destes três elementos segundo uma determinada tecnologia de produção, embutida nas máquinas e equipamentos que compõem o estoque de capital de uma sociedade e, na própria organização do processo produtivo • P = f (K, TR, RN)

  5. O TRABALHO • A disponibilidade e a qualidade do fator de produção trabalho depende de diversos aspectos relativos à população • composição etária da população – percentual da populaçãopor faixa etária • pirâmide etária – percentual da população por faixas etárias e por gênero

  6. PIRÂMIDE ETÁRIA

  7. A PIRÂMIDE ETÁRIA 2000

  8. EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA • A população brasileira vem envelhecendo desde a década de 70 quando se reduz bruscamente a taxa de crescimento da população que era na década de 60 de 2,89% ano para 1,93% a.a. na década de 80 • A taxa de crescimento da população é influenciada pela taxa de natalidade e indiretamente pela taxa de fecundidade

  9. A EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA • A taxa de natalidade é definida como o número de habitantes nascidos vivos, divididos pelo total de habitantes do País, em determinado ano e, geralmente, expressa por mil habitantes. • Uma medida que também influencia o crescimento da população é a taxa de fecundidade; ela traduz o número de nascidos vivos por mulheres em idade fértil (geralmente definida na faixa de 15 a 49 anos).

  10. A EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA • A taxa de mortalidade também cai com o crescimento da esperança de vida ao nascer acarretando o aumento da longevidade do brasileiro • A taxa bruta de mortalidade é definida como o total de óbitos de um determinado ano dividido pelo total da população daquele ano. • A esperança de vida ao nascer é definida como o número médio de anos de vida do brasileiro

  11. A PIRÂMIDE ETÁRIA • Base da pirâmide etária vem se estreitando e população idosa continuou crescendo • Com a queda nas taxas de fecundidade e mortalidade, a estrutura etária da população do País vem mudando ao longo dos anos. • Em 1993, a taxa de fecundidade era de 2,6%. Dez anos depois, chegou a 2,1%. Essa progressiva diminuição teve início em meados dos anos sessenta e se intensificou nas duas décadas seguintes, refletindo-se na estrutura etária.

  12. A PIRÂMIDE ETÁRIA • Em 1981, o grupo etário que tinha mais pessoas era o de 0 a 4 anos de idade; em 1986, era o de 5 a 9 anos; em 1992, era o de 10 a 14 anos; em 1998, os maiores percentuais estavam concentrados nas faixas de 10 a 14 e de 15 a 19 anos; em 2001, o maior era somente o de 15 a 19 anos, mas a sua proporção já começava a diminuir. Em 2003, o grupo etário de 15 a 19 anos ainda era o maior, mas o seu percentual na população continuou em queda, aproximando-se daquele do grupo de 20 a 24 anos.

  13. A PIRÂMIDE ETÁRIA • No outro extremo, a população de 60 anos ou mais de idade continuou crescendo gradativamente: representava 6,4% da população em 1981; subiu para 8,0% em 1993 e chegou a 9,6% em 2003. Em números absolutos, isso significa que, dos quase 174 milhões de pessoas, 16,7 milhões tinham, no mínimo, 60 anos de idade. • Fonte: IBGE

  14. POPULAÇÃO PRODUTIVA X DEPENDENTE • Estabelecida a composição etária, pode-se definir a parcela da população produtiva e a dependente. • A população apta para a produção, conceituada comopopulação em idade de ativa (PIA), é aquela compreendida, geralmente, entre 15 e 60 anos. • Evidentemente que essa faixa etária depende de vários aspectos sociais e não pode ser tomada rigidamente. • Nas pesquisas de emprego o IBGE tem se curvado a realidade e estabelecido o limite inferior da população produtiva em 10 anos e não estabelece limite superior.

  15. RAZÃO DE DEPENDÊNCIA • Essa divisão, em população dependente e população em idade ativa, dá origem a uma taxa conhecida como razão de dependência que é o quociente da divisão da população dependente pela população em idade ativa. • Teoricamente a parcela da população dependente será mantida pela população apta para o trabalho PD RD = PIA

  16. POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA • Mas, nem todos os indivíduos que compõem a PIA podem ser efetivamente computados como força de trabalho. • Dela devem ser excluídos vários grupamentos da população que não se constituem em oferta de mão de obra. • Por exemplo, os estudantes em tempo integral, as pessoas dedicadas a atividades domésticas não remuneradas etc. • População economicamente ativa (PEA) é definida como a parcela da população empregada ou procurando trabalho • Em outras palavras, a oferta efetiva de mão de obra

  17. POPULAÇÃO OCUPADAE NÃO OCUPADA • Deste contingente de população economicamente ativa, uma parcela está empregada e constitui-se, portanto, em população ocupada (PO). • Portanto, a PO compreende a parcela da população economicamente ativa que exerce atividade profissional remunerada ou sem remuneração direta, como é o caso de membros da família não remunerados. • O restante permanece desempregado, constituindo-se em população não ocupada (PNO).

  18. TAXA DE OCUPAÇÃO ETAXA DE DESEMPREGO • Taxa de ocupação = • Taxa de desemprego = • Logo, PEA = PO + PNO PO PEA PNO PEA

  19. TAXAS DE DESEMPREGO NO BRASIL • IBGE – DESEMPREGO ABERTO • FUNDAÇÃO SEADE – DESEMPREGO ABERTO E TOTAL

  20. A QUALIFICAÇÃO DO FATOR TRABALHO • NÍVEL DE ESCOLARIDADE • NÍVEL DE SAÚDE

  21. OS RECURSOS NATURAIS • Se constituem de solos agriculturáveis, florestas, jazidas minerais, recursos hídricos, etc. acessíveis para utilização • Portanto, a disponibilidade de recursos naturais de um país não depende apenas de que estes recursos existam. É necessário, também, que eles possam ser utilizados

  22. OS RECURSOS NATURAIS • A disponibilidade depende de vários fatores, entre eles: o avanço da ocupação territorial, as facilidades de transporte e, do avanço na tecnologia de sua exploração. • A não disponibilidade de recursos naturais pode ser resolvida através da sua aquisição (importação) em países onde sua existência seja abundante.

  23. OS RECURSOS NATURAIS • Os limites para o crescimento • Recentemente a sociedade se deu conta de que a produção se realiza através da destruição de recursos naturais. • Despertou-se a necessidade de sua preservação para as gerações futuras, passando a trazer uma série de limitações ao seu uso, dando origem à noção de desenvolvimento sustentável.

  24. O CAPITAL • O fator de produção capital constitui-se de todos os bens e serviços que têm como utilização a produção de outros bens e serviços. • Evolução gradativa • Ferramentas rudimentares para a caça e pesca • Equipamentos rudimentares para a agricultura • Modernas máquinas e equipamentos que hoje se utilizam na produção

  25. O CAPITAL • Sua natureza é diversa e compreende: instalações agropecuárias, industriais e de serviços, tais como os celeiros e as cercas de uma exploração agrícola, o prédio de uma indústria, o prédio de uma escola ou de um hospital, (públicos ou particulares); compreende, ainda, os meios de transportes, máquinas, equipamentos, etc…

  26. O CAPITAL • A TECNOLOGIA • EMBUTIDA NO CAPITAL TEM VARIADO FORTEMENTE AO LONGO DA CIVILIZAÇÃO • Desde os primórdios da civilização a sociedade humana desenvolveu novos métodos de produção através de contínuas inovações tecnológicas, ao colocar a serviço da produção suas contínuas invenções. • As mudanças tecnológicas alteram não apenas os produtos e as técnicas produtivas, mas toda uma gama de fenômenos envolvendo a produção: sua organização, transporte, comercialização, financiamento, utilização dos recursos naturais e as próprias características da força de trabalho.

  27. O CAPITAL • O estoque de capital • O total desses bens de produção existentes num certo momento constitui o estoque de capital do País. • Alterações do estoque de capital • Aumenta em razão da acumulação de novos bens de capital produzidos • diminui, tanto em razão do seu consumo (desgaste na sua utilização) ou, ainda, por sua obsolescência.

  28. O CAPITAL • A Formação Bruta de Capital • A acumulação de novos bens de capital ou, simplesmente, investimento, chama-se nas contas nacionais de formação bruta de capital. • A formação bruta de capital se compõe do capital fixo e da variação de estoques. • FBC = FBCF + VE

  29. O CAPITAL • FBCF • O capital fixo se constitui de construções (públicas e privadas, instalações produtivas ou prédios residenciais) e seus serviços de manutenção; e, de máquinas e equipamentos e seus serviços de instalação e manutenção. • VE • A variação de estoques (não confundir com o estoque de capital) se constitui de bens de qualquer categoria produzidos durante um determinado período e não utilizados que permanecem nas mãos do produtor ou do comerciante

  30. O CAPITAL • ACUMULAÇÃO BRUTA X LÍQUIDA • Com o desgaste do estoque de capital (consumo do capital fixo) parte do investimento se destina a repor o estoque de capital inicial do país • Somente a outra parte será realmente acumulação líquida de capital. • Investimento em bruto e líquido. • O investimento bruto inclui a parcela destinada a reposição do capital consumido, a depreciação • O investimento líquido exclui essa parcela. • FBCF = FLCF + DEPRECIAÇÃO ou, • IB = IL + DEPRECIAÇÃO

  31. RELAÇÕES IMPORTANTES • A RELAÇÃO CAPITAL - PRODUTO • Relação capital-produto média = mede a intensidade do uso do capital na produção de um produto • Relação capital-produto incremental = mede a necessidade adicional de capital para uma unidade adicional de produto. • A RELAÇÃO CAPITAL – TRABALHO • indica a quantidade média de capital disponível por unidade de trabalho

  32. RELAÇÕES IMPORTANTES • A TAXA DE INVESTIMENTO • É O PERCENTUAL DO PRODUTO DESTINADO A FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL

  33. RELAÇÕES IMPORTANTES • A PRODUTIVIDADE DO TRABALHO • É MEDIDA PELA DIVISÃO DO PRODUTO PELO TRABALHO USADO PARA PRODUZÍ-LO • DEPENDE DA QUANTIDADE E QUALIDADE DO CAPITAL DISPONÍVEL PARA O USO DO TRABALHO

  34. Produção com um insumo variável (Trabalho) • Produtividade do Trabalho

  35. Produtividade do Trabalho em Países Desenvolvidos Reino Estados França Alemanha Japão Unido Unidos 1960-1973 4,75 4,04 8,30 2,89 2,36 1974-1986 2,10 1,85 2,50 1,69 0,71 1987-1997 1,48 2,00 1,94 1,02 1,09 Produção por trabalhador (1997) $54.507 $55.644 $46.048 $42.630 $60.915 Taxa de crescimento anual da produtividade do trabalho (%)

  36. O TERRITÓRIO ECONÔMICO • ECONOMIA NACIONAL X RESTO DO MUNDO • ECONOMIA NACIONAL – TERRITÓRIO GEOGRÁFICO E ENCLAVES TERRITORIAIS • RESIDENTES X NÃO RESIDENTES • RESIDENTES - unidade residente é aquela que possui o centro de interesse no país, isto é, realiza suas operações ou transações econômicas no país por um período normalmente superior a um ano.

  37. O TERRITÓRIO ECONÔMICO • A ECONOMIA NACIONAL é, portanto, definida como o conjunto de fatos e transações econômicas realizadas pelas unidades residentes, que podem: ter ou não a nacionalidade do país em que se encontram, ter ou não personalidade jurídica e estar ou não presentes no território geográfico. • As transações entre a economia nacional e outros países são, portanto, transações entre residentes e não-residentes

  38. O TERRITÓRIO ECONÔMICO • O território econômico nacional, abrange: o território geográfico do país; as zonas francas; o espaço aéreo nacional, as águas territoriais e a plataforma continental em águas internacionais; os enclaves extraterritoriais; as jazidas minerais situadas em águas internacionais, fora da plataforma continental do país, explorado por unidades residentes.

  39. O USO DOS BENS E SERVIÇOS • Os bens e serviços circulando numa economia podem ser demandados para dois tipos de utilização: utilização final ou utilização intermediária. • Os bens e serviços têm utilização intermediária quando são consumidos durante o processo de produção, desaparecendo, sendo transformados em outros tipos de bens e serviços. Eles são definidos como bens e serviços de consumo intermediário

  40. O USO DOS BENS E SERVIÇOS • Os bens e serviços de utilização final podem ser usados de três formas básicas: para o consumo final, para a formação bruta de capital e para a exportação. • Os bens e serviços são considerados de consumo final quando utilizados pelas Famílias para a satisfação de suas necessidades e pelas Administrações Públicas representando os demais agentes econômicos

  41. O USO DOS BENS E SERVIÇOS • Os bens e serviços de capital são aqueles utilizados pelas empresas para produzir outros bens e serviços, como é caso das construções não-residenciais e residenciais, máquinas, equipamentos, veículos das empresas, etc., ou ainda os serviços de instalação e reparação dos bens de capital

  42. O USO DOS BENS E SERVIÇOS

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