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IX Seminário de Pesquisa do CCSA Universidade e os Desafios da Inclusão Social. Mesa-redonda Sociedade da Informação X Sociedade da Desinformação : inclusão e exclusão social coordenada pela professora Andréa Vasconcelos de Aguiar. Participação da professora Isa Maria Freire:
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IX Seminário de Pesquisa do CCSA Universidade e os Desafios da Inclusão Social Mesa-redonda Sociedade da Informação X Sociedade da Desinformação: inclusão e exclusão social coordenada pela professora Andréa Vasconcelos de Aguiar Participação da professora Isa Maria Freire: Inclusão digital inclusão social
Saudações a todos! Circunstâncias me ancoram na Baía da Guanabara e não posso, como era do meu desejo, estar presente no Seminário do CCSA. Mas fiz o possível para lhes dar uma noção das minhas idéias nesses slides. No início do mês de junho, o IBGE divulgou a Síntese de Indicadores Sociais/2002 na qual a desigualdade ainda aparece como característica marcante na sociedade brasileira. Esta situação se agrava ao pensarmos na chamada brecha digital, a distância entre os providos e os desprovidos digitais, que está se alargando, no Brasil e no mundo.
Entretanto, de acordo com o censo Demográfico, o número de pessoas com acesso a computador em casa, em julho de 2000, totalizava 17,4 milhões de pessoas, ou 10,2% da população. Cerca de 15 meses depois, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2001 foi a campo e verificou que 12,5% da população brasileira dispunha de acesso a computador em suas casas. É espantoso! Um crescimento de quase 25 pontos percentuais! E onde estão instalados esses computadores?
Os domicílios com altos percentuais de acesso digital estão localizados em sua maioria no Sudeste urbano, principalmente na Região metropolitana de São Paulo.REVISTA Inteligência Empresarial, n.14, janeiro 2003 Ou seja, na Terra Brasilis a brecha digital tem tudo a ver com inclusão social: quem fica fora de um grupo por extensão também fica fora do outro. Com sérias conseqüências, pois segundo Pierre Lévy
“[atualmente] os novos dispositivos informacionais ... e comunicacionais [Internet] ... são os maiores portadores de mutações culturais”. Nessa mesma linha, Hugo Assmann diz que as TICs já não são apenas instrumentos no sentido técnico tradicional, mas feixes de propriedades ativas, ampliando o potencial cognitivo dos seres humanos:
“Elas participam ativamente do passo da informação para o conhecimento.” Por isso, no acesso à sociedade da informação as políticas públicas podem fazer a diferença. E aí está um link que relacionaa inclusão digital à social.
Inclusão digital significa acesso físico à infra-estrutura, conexão em rede e computadores, capacitação para utilizar estes meios e, principalmente, a possibilidade de incorporação ativa no processo de produção, compartilhamento e criação dos chamados “conteúdos” para Internet.
Entretanto,“Processos de inclusão só ocorrem se a ampliação do acesso à qualquer uma das mídias existentes for acompanhada da inserção dos indivíduos em um universo cultural e intelectual mais rico que os motivem a utilizá-las. Pois para estar e gostar da Rede é preciso ter e saber o que buscar. E só busca informação quem tem algo a fazer com ela.”Elizabeth Rondelli
Assim, “o verdadeiro desafio [na inclusão digital] é criar tecnologias, construir ferramentas e sistemas mais eficazes, não só para gerenciar informação, mas, também para facilitar ao ser humano a transformação da informação em conhecimento e, conseqüentemente, em ação na sociedade.” Vania Araujo
Educação e capacitação tecnológica: eis uma fórmula para aproximar as duas “inclusões”, pois conhecimento pode se traduzir em competências profissionais e estas em oportunidades para inclusão social. É o que pensamos fazer com o projeto JANELAS DA CULTURA LOCAL, em parceria com o Núcleo Temático da Seca da UFRN, com o Comitê Regional para Democratização da Informática e com a Fundação Félix Rodrigues, de Pendências, RN.
Sou grata a todos pela atenção, e convido a que me visitem, de vez em quando: www.isafreire.pro.br Cyberkisses