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REABILITAÇÃO PÓS TRAUMA RAQUIMEDULAR. CASO CLÍNICO.
E N D
CASO CLÍNICO DMR, sexo masculino, 23 anos, natural de Orocó/PE, residente do bairro de Santa Luzia, Petrolina/PE. Trabalha como motorista de mototaxi. Sofreu acidente automobilístico (carro X moto) há dois meses. No momento do acidente, o paciente usava capacete e roupa adequada para viagens com motocicletas. Foi levado para o hospital de Traumas e Urgências pelo SAMU.
CASO CLÍNICO Foi avaliado pelo médico plantonista que no exame físico inicial observou falta de sensibilidade e incapacidade funcional dos membros inferiores e dor lombar inespecífica. Sem sinais de lesão por trauma na cabeça, tórax e membros superiores. Após confirmação por exames complementares de imagem foi diagnosticada fratura da décima vértebra torácica, com explosão do corpo vertebral e comprometimento medular, além de fratura do fêmur esquerdo
Após 5 dias de internamento na enfermaria da cirurgia, foi realizada cirurgia de estabilização do segmento torácico com colocação de placas e parafusos, assim como a fratura do fêmur esquerdo (placa e parafuso) Durante este período, o doente foi acompanhado por sua mãe que mora em Orocó e pediu férias do trabalho para poder acompanhar o filho único no hospital. O doente tem expectativa de voltar a mexer as pernas logo depois da cirurgia, o que não acontece. Neste momento o nível de comprometimento motor é T11, e o de sensibilidade T12.
CASO CLÍNICO Após 10 dias de internamento, o doente recebe alta médica e hospitalar. Uma ambulância enviada pela prefeitura de Orocó leva o doente e sua mãe para casa dela, composta de um quarto, uma cozinha e um pequeno banheiro nos fundos. Não há serviço de reabilitação em Orocó. A equipe de saúde da família da região está sem médico e não há fisioterapeutas no PSF. A renda familiar é composta hoje pelo auxilio doença de DMR (acidente de trabalho), pois a mãe teve que deixar o trabalho para cuidar de seu filho: alimentar, banhar, carregar da cama para a cadeira, trocar a fralda, ligar e desligar a TV, dar remédios...
CASO CLÍNICO Hoje, a sensibilidade da parte interna das coxas voltou um pouco, porém nenhum movimento voluntário dos membros inferiores é executado. No entanto, o doente fica bastante animado com movimentos abruptos e descoordenados que ocorrem principalmente durante a noite. Ele acredita que os movimentos das pernas estão voltando. Não quer nem ouvir falar em cadeira de rodas.
Profissionais no Processo de Reabilitação • Enfermeiro • Fisioterapeuta • Terapeuta ocupacional • Psicólogo • Assistente social
Reabilitação • Prevenção de danos causados pelo trauma • Aceitar e entender a situação • Adaptação perante nova situação de vida • Convivência com a incapacidade de maneira digna e melhor qualidade de vida • Promover bem-estar • Independência
Reabilitação • Enfermagem: • Na enfermaria: • Prevenir TVP: posição no leito com ligeira elevação; movimentação passiva • Prevenir úlcera de decúbito • Paciente imobilizado, perda da sensibilidade, incontinência urinária e fecal • Locai mais comuns: tuberosidade isquiática, sacral, trocanter, calcanhares. • Orientação e treinamento de paciente e familiar • Mudanças de decúbito a cada 2 horas • Inspeção cuidadosa da pele • Após banho: pela seca, sem friccionar • Lubrificação e hidratação nas áreas de pressão: creme umectante • Espumas nas áreas de pressão • Colchão caixa de ovo • Ressaltar ao paciente, familiares e/ou cuidadores os aspectos positivos da recuperação, incentivando e elogiando os progressos fisioterapêuticos.