260 likes | 458 Views
Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos confinados. Daniel Tannus Klayton Duarte Marcos Viglini. Introdução. Brachiaria decumbens. Introdução. Forrageira amplamente usada como fonte alimentar para ruminantes no Brasil Boa adaptação
E N D
Intoxicação experimental por Brachiaria decumbens em ovinos confinados Daniel Tannus Klayton Duarte Marcos Viglini
Introdução • Brachiaria decumbens
Introdução • Forrageira amplamente usada como fonte alimentar para ruminantes no Brasil • Boa adaptação • Produção em massa em condições tropicais • Associada à ocorrência de surtos de fotossensibilização nos animais
Introdução • Antigamente acreditava-se que os episódios se deviam à micotoxina esporidesmina do fungo Pithomyces chartarum
Introdução • Atualmente relaciona-se os episódios com saponinas esteriodais de B. Decumbens • Sais insolúveis sob forma de cristais de glicuronídeos de epismilagenina e episarsasapogenina nas células hepáticas e ductos biliares
Introdução • Intoxicação descrita em: • Bovinos • Ovinos • Caprinos • Bubalinos • equinos
Introdução • Jovens/recém desmamados mais susceptíveis que adultos • Ovinos mais susceptíveis que bovinos e podem estar sujeitos à intoxicação em qualquer idade
Introdução • Intoxicação • Fotossensibilização hepatógena • Edema de face com formação de crostas ao redor de olhos e orelhas • Icterícia • Opacidade de córnea • Secreções nasal e ocularcom aspecto seroso • Elevações nas atividades séricas das enzimas gama glutamiltransferase e aspartato aminotransferase e bilirrubina
Introdução • Necropsia • Icterícia generalizada • Fígado com aumento de volumee padrão lobular evidenciado • Vesícula biliar repleta e distendida com bile espessada
Introdução • Histopatologia • Bilestase, tumefação e vacuolização de hepatócitos • Proliferação de ductos e canalículos biliares • Sinusóides preenchidos por macrófagos • Infiltrado linfócito • Cristais birrefringentes em ductos biliares, dentro de hepatócitos e macrófagos
Materiais e métodos • 24 ovinos mestiços (Santa Inês) • Escuros • Média: 3 meses de idade • Recém desmamados • 12 machos • 12 fêmeas • 22 ~ 25 kg • Nunca alimentados com B. decumbens
Materiais e métodos • Baias teladas de 60m² • Área ao ar livre e área coberta (Pequena casa) • Animais expostos ao sol durante o dia e recolhidos à noite • Ao início e após o experimento, os animais eram everminados com cloridrato de levamisol
Materiais e métodos • 3 períodos do ano (fevereiroa abril, junho a agosto e outubro a dezembro) • 8 animais por período • 4 machos • 4 fêmeas • Água à vontade • Volumoso: B. decumbens fresca • Primeiro e segundo períodos: planta verde com sementes • Terceiro período: Planta verde sem sementes
Materiais e métodos • 3 administrações diárias • 7, 13 e 17h • Fornecida de modo a não haver sobras após o consumo, sendo a quantidade sempre ajustada. • Amostras de pastagens colhidas semanalmente para pesquisa de esporos de Pithomyces chartarum
Materiais e métodos • Amostras de sangue • Punção na jugular • Tubos de ensaio sem anticoagulante envolvidos por papel laminado • Mantidas em temperatura ambiente • Encaminhadas para o Laboratório de Patologia Clínica Veterinária da Unigran, Centro Universitário da Grande Dourados, MS para centrifugação e extração de soro
Materiais e métodos • Análise de aspartato aminotransferase e gama glutaminotransferase • Exames clínicos diários dos animais • Verificação de áreas com lesões características da intoxicação • Lacrimejamento • Edema de córnea • Orelhas • Áreas expostas ao Sol
Materiais e métodos • Análise de comportamento • Fugir da luz solar (Fotossensibilidade) • Necropsia • Colheita de fragmentos de diversos órgãos • Formol 10% • Processados rotineiramente para inclusão em parafina – 5 micrômetros • Corados com hematoxilina-eosina
Materiais e métodos • Análise estatística • Comparação da atividade enzimática de gama glutamiltransferase e aspartato aminotransferase de acordo com a sobrevivência ou não dos animais para efeitos principais e interativos
Resultados • Consumo médio: 4,5 kg/animal; • Presença de sinais clínicos e morte em 11 dos 24 ovinos; • 45,8% de morbidade e 100% de letalidade;
Sinais e alterações macroscópicas: • Fotofobia; • Lesões de pele (edema de face e orelhas); • Icterícia; • Vesícula biliar distendida; • Fígado amarelado, com aumento de volume e padrão lobular evidenciado; • Pulmões aderidos às costelas, com áreas vermelhas enegrecidas em dois casos
Alterações histológicas: • Fígado: desorganização do padrão estrutural, com infiltração de macrófagos; retenção biliar no citoplasma e nos espaços extracelulares, associadas à tumefação e vacuolização difusa dos hepatócitos; • Imagens negativas de cristais no citoplasma de macrófagos presentes nos sinusóides hepáticos e no espaço periportal; • Múltiplos focos de infiltrado linfocítico; • Pleuro-pneumonia fibrino-necrosante.
Atividade sérica das enzimas GGT e AST • Das enzimas estudadas, a elevação da atividade de AST não apresentou correlação significativa com a morte dos animais, ao contrário da GGT (r=0,48; P<0,05).
Discussão • A planta foi tóxica na quantidade consumida; • Aparecimento dos sintomas em até 36 dias após a ingestão; • Maior reprodução experimental da intoxicação nos dois primeiros períodos; • Pastagem com ou sem semente;
Pelagem dos ovinos; • Fígado foi o órgão mais acometido; • ↑GGT – bilestase • ↑AST
Conclusão • O modelo de confinamento de ovinos demonstrou ser eficaz na reprodução experimental de intoxicação; • A GGT é uma enzima que pode ser utilizada como prova bioquímica sérica na prevenção de mortes de ovinos que ingerem a planta; • Há diferenças individuais entre ovinos na suscetibilidade e resistência à intoxicação; • A pastagem se revelou mais tóxica durante o período reprodutivo, ou seja, durante a produção de sementes.