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Representações análogas / imagens mentais. R. Shepard & J. Metzler (1971); S. Kosslyn (1975; 1976) A representação guarda, com aquilo que é representado, uma relação de semelhança, equivalência, ou causalidade
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Representações análogas / imagens mentais • R. Shepard & J. Metzler (1971); S. Kosslyn (1975; 1976) • A representação guarda, com aquilo que é representado, uma relação de semelhança, equivalência, ou causalidade • A representação é discreta, ou seja, é um todo com limites para com o restante da rede • Exemplo: imagens visuais, mapas mentais, rotação mental, efeito zoom
Representações proposicionais • Z. Pylyshyn (1973) • Representações são proposições abstratas • Relações lógicas entre conceitos, na forma sujeito – relação – predicado • Forma proposicional mais comum: [relação] / ([elemento sujeito], [elemento objeto]) [chutou] / ([menino], [bola]) • Este conhecimento é abstrato; não é analógico nem simbólico • Não se armazenam representações análogas, mas sim padrões de ativação neural que representam o conhecimento na medida em que se associam com certos estímulos e respostas PPB2 2006 Módulo 2 b
Representações simbólicas • Semiótica: Símbolos são um tipo especial de signo • O significante não se assemelha ao significado, mas é fundamentalmente arbitrário ou puramente convencional – portanto a relação entre eles deve ser aprendida, e pode ser modificada com a experiência • Exemplos: linguagem humana em geral (também os idiomas específicos, letras do alfabeto, marcas de pontuação, palavras, frases, sentenças), números, código morse, sinal de trânsito, bandeira nacional • Lembrando: na abordagem de processamento de informação, o modelo básico é de computação simbólica – operações lógicas com símbolos
Sínteses possíveis • Johnson-Laird (1983) – hierarquia • Código proposicional = “mentalês”, ou seja, o SNC processa proposições; representações análogas e simbólicas são subprodutos de níveis “mais altos” • Cognitivo, lingüístico, consciência fenomenal • Representação simbólica é um caso especial da representação proposicional • A relação lógica, neste caso, é de representação: [está no lugar de] ([imagem acústica de “árvore”], [experiências ])
Sínteses possíveis • S. Kosslyn (1994) – código dual • Segundo esta hipótese, há dois sistemas distintos para representar mentalmente os objetos do mundo: • Código análogo • Imagens analógicas: assemelhadas aos objetos • Imagens mentais análogas aos estímulos físicos percebidos • Código simbólico • Símbolos arbitrários: sem relação com os objetos • A palavra “gato” em nada se assemelha ao animal que ela representa • Em uma língua muito diferente, o conjunto de sons e letras referente a “gato” sequer significa alguma coisa
Conceitos • Categorias gerais para classificar grupos de organismos, objetos, indivíduos, eventos específicos, qualidades e relações entre objetos (instâncias) • Implicam na abstração de aspectos das experiências que deram origem ao conhecimento em questão • Baseados em atributos definidores dos objetos • Pato • É uma ave • Tem penas e bico • Se locomove na água • Faz “quac” • Permitem organizar conhecimento sobre instâncias de forma econômica para processamento e comunicação • Informações referentes ao conceito permitem prever o comportamento de instâncias específicas
Conceitos e experiência • Por um lado, conceitos dão sentido a instâncias de experiências novas • Lógica dedutiva • Por outro, conceitos são atualizados e revisados pelas novas instâncias de experiências • Lógica indutiva Formação de conceitos instâncias categorias Experiência MLP Interpretação da realidade
Conceitos • Organizam a informação na memória • Redes semânticas • Estão relacionados às principais modalidades de pensamento • Raciocínio indutivo • Do particular para o geral: do indivíduo para o conceito • Raciocínio dedutivo • Do geral para o particular: conclusões dependem de proposições que se referem a categorias de objetos • Julgamento • O objeto é “isto” ou “aquilo”? • Estão na confluência da linguagem com o pensamento • Principal forma de significação, ou seja, de ligar um significante a um significado
Esquemas • Os atributos de um objeto, ou os fatos que conhecemos sobre o conceito, não fazem sentido se não estiverem correlacionados/organizados • Esquemas são modos de codificar as regularidades observadas em categorias • Assumem a forma de uma estrutura organizada de atributos perceptuais e proposicionais e valores na construção de um conceito
Exemplo: esquema de “Casa” • Rumelhart & Ortony (1976) • Fatos que sabemos sobre casas • Têm cômodos • Servem para habitação • São feitas de madeira, tijolo, etc. • No esquema de “casa”, cada atributo (slot) tem um valor específico: • Categoria (“é-um”): edificação • Partes: cômodos, telhado, paredes, portas, janelas • Materiais: madeira, tijolo, pedra, concreto • Função: moradia para humanos • Forma: retângulo, cubo, triângulo • Tamanho: entre 30 e 3000 m2
Protótipos • E. Rosch (1975; 1977) • Para cada categoria conceitual, costumamos formar um protótipo a partir dos atributos definidores do conceito • Alguns objetos que percebemos estão mais próximos do protótipo que representamos, outros menos • São chamados membros prototípicos da categoria
Roteiros • Um roteiro é a seqüência de eventos que organizamos para tipos de situações • Exemplos: Consulta médica; ir ao mercado; missa; aula na faculdade; escovar os dentes, etc. • Como funcionam os roteiros • A partir da nossa experiência, fazemos inferências sobre a seqüência normal de eventos que se desenrolam em determinadas situações • A estrutura resultante – o roteiro – guia nossas ações para nos comportarmos apropriadamente, naquele tipo de situação, com economia de recursos cognitivos • O roteiro de “consulta médica” geralmente consiste em deslocar-se ao consultório, dirigir-se à secretária, identificar-se, esperar ser chamado, entrar no consultório, responder às perguntas do médico, etc.