420 likes | 809 Views
EPIDEMIOLOGIA DOS VÍRUS HTLV-1 E 2. Anna Barbara de Freitas Carneiro Proietti 2012. PARTÍCULA VIRAL. Vírus linfotrópico de células T humanas - HTLV. Família: Retroviridae Subfamília: Orthoretrovirinae Gênero: Deltaretrovirus. nucleóide. envelope. capsídeo. HISTÓRICO.
E N D
EPIDEMIOLOGIA DOS VÍRUS HTLV-1 E 2. Anna Barbara de Freitas Carneiro Proietti 2012
PARTÍCULA VIRAL Vírus linfotrópico de células T humanas - HTLV Família: Retroviridae Subfamília: Orthoretrovirinae Gênero: Deltaretrovirus nucleóide envelope capsídeo
HISTÓRICO • HTLV-1: primeiro retrovírus descrito. Inicialmente associado a leucemia de células T do adulto (ATL) no Japão em 1977. Isolado em 1980 de paciente com linfoma cutâneo de células T. (Poiesz et al, 1980) • HTLV-2: identificado em 1982, numa linhagem de células T de paciente com leucemia de células pilosas. (Kalyanaraman et al, 1982) • HTLV-3 e HTLV-4: em populações do sul de Camarões. (Mahieux e Gessain, 2005)
DOENÇAS ASSOCIADAS AO HTLV-1 Em média, 5% dos portadores poderão desenvolver manifestações clínicas. TSP: paraparesia espástica tropical ATL: leucemia/linfoma de células T do adulto Flower cells HAM: mielopatia associada ao HTLV Lesões de pele HAU: uveíte associada ao HTLV-1
DOENÇAS ASSOCIADAS AO HTLV-2 • Pouco associado a doenças. • Doença neurológica semelhante à HAM/TSP. • Parece predispor os portadores a infecções bacterianas. (Chen et al, 1983) • Necessários mais estudos.
EPIDEMIOLOGIA • HTLV-1 tem ampla distribuição mundial, estimando-se a existência de 15 a 20 milhões de pessoas infectadas. (Proietti et al, 2005) • Agregação em áreas geográficas diferentes. • Prevalência varia em regiões geográficas distintas. • Prevalência aumenta com a idade. • Soropositividade maior no sexo feminino. • Agregação de infecção em núcleos familiares. (Manns et al, 1991)
HTLV-1 1 a 5% < 1% (Proietti et al, 2005)
PREVALÊNCIA DO HTLV-1/2 NA AMÉRICA DO SUL Carneiro-Proietti, 2002
PREVALÊNCIA DO HTLV-1/2 EM GRUPOS ESPECIAIS 0.4/1000 a 10/1000 HTLV-1/2 (Catalan-Soares, 2005) HTLV- 1/2 100/1000 a 477/1000 (Caiaffa W, 2002) ? 36/1000 to 338/1000 HTLV-2 na região Amazônica (Carneiro-Proietti, 2002) 2.500.000 infectados? (Proietti FA, 2002)
SOROPOSITIVIDADE (EIA) PARA HTLV-1/2 EM DOADORES DE SANGUE DE 26 CAPITAIS BRASILEIRAS E DO DISTRITO FEDERAL 6.218.619 doações de 1995 a 2000 0.4/1000 to 10.0/1000 (Catalan-Soares, 2005)
VIAS DE TRANSMISSÃO SEXO VERTICAL • carga viral • tempo de exposição • ulcerações • transplacentária • canal de parto • amamentação SANGUE • mais eficaz • transfusão componentes celulares • agulhas contaminadas
TRANSMISSÃO • Transmissão pela via vertical: fator de risco para desenvolvimento da ATL. (Tajima et al, 1982 e 1987; Hino S et al, 1985) • No Japão, verificou-se redução de 80% das transmissões verticais do HTLV-1 por meio de recomendações de não amamentação. (Hino et al, 1994 e 1997)
TRANSMISSÃO • Presença anticorpos específicos anti-HTLV-1/2 em neonatos: marcador confiável de infecção materna. • Presença anticorpos maternos da classe IgG anti-HTLV-1 em 98% das amostras de sangue de cordão umbilical de recém-nascidos. (Ades et al, 2000; Tsuji et al, 1990) • As taxas de transmissão vertical do HTLV-2 são reportadas como semelhantes às do HTLV-1. (Van Dyke et al, 1995)
Aproximadamente 20% de transmissão em crianças amamentadas por mães soropositivas. Cerca de 3% de crianças nascidas de mães infectadas, mas não amamentadas pelas mães, adquirem a infecção. TRANSMISSÃO (Katamine et al, 1994; Kusuhara et al, 1987; Sugiyama et al, 1986)
ASPECTOS DA INFECÇÃO PELO HTLV QUE NECESSITAM DE MAIS ESCLARECIMENTOS • Patogênese de algumas doenças associadas ao HTLV-1. • Prevalência populacional. • Heterogeneidade espacial.
CONTROLE DO HTLV Medidas que visam diminuir os fatores de risco relacionados a: • transmissão sexual. • uso compartilhado de seringas e agulhas. • triagem do sangue doado. • transmissão vertical, como por exemplo, a triagem no pré-natal ou neonatal.
Distribuição da taxa de mortalidade materna (TMM) e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição do porcentual de responsáveis pelo domicílio com renda de até um salário mínimo e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição do porcentual de responsáveis pelo domicílio sem instrução ou com até um ano de instrução e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição do porcentual da população residente, de 5 a 9 anos de idade, alfabetizada e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição de porcentual de domicílios particulares com lixo coletado e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição do porcentual de domicílios particulares com rede geral de esgoto pluvial e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa.
Distribuição do porcentual de população residente urbana e proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2**, por mesorregião geográfica do estado de Minas Gerais. **A proporção de mães de nascidos vivos soropositivas para o HTLV-1/2 por 10.000, de setembro a novembro de 2007, em cada mesorregião, está representada no mapa por meio de círculo, com diâmetro proporcional a magnitude da estimativa
DISCUSSÃO • Doadores de sangue do hemocentro público de MG (2007): a soropositividade no teste ELISA foi de 8/10.000 e no Western Blot foi de 2/10.000. (fonte: Laboratório de Sorologia da Fundação Hemominas) • Soropositividade nas mulheres estudadas foi aproximadamente 4 vezes maior do que aquela para doadores de sangue.
DISCUSSÃO • Destaca-se o tamanho da amostra do estudo. • Poucos estudos comparáveis. No Brasil: Mato Grosso do Sul (Figueiró-Filho et al, 2005; e Dal Fabbro et al, 2008)
DISCUSSÃO • Distribuição geográfica do HTLV-1/2 foi heterogênea. • Tendência para agregação das taxas mais elevadas de soropositividade nas mesorregiões do nordeste e norte do estado. • Reflete a heterogeneidade e a tendência de aumento de soropositividade em direção ao norte e nordeste já observados em estudo prévio em doadores de sangue no Brasil. (Catalan-Soares, 2005)
DISCUSSÃO • É provável que diferenças sociais e econômicas possam explicar em parte o evento observado, mas outros fatores podem estar envolvidos, como por exemplo, migração de populações e demais fatores demográficos (etnia, sexo, idade). • Duas amostras positivas para o HTLV-2 identificadas em mães de recém-nascidos indígenas Maxacalis, do Vale do Mucuri. Necessário estudos nessa comunidade.
DISCUSSÃO Limitações do estudo • Estima-se que 5,5% das crianças nascidas vivas no estado de MG não são triadas pelo PETN. • As mulheres que sofreram abortos ou mães de natimortos não foram incluídas no estudo. • Possibilidade de resultados falso negativos. • Período curto de estudo.
DISCUSSÃO CONCLUSÕES • Conhecimento da prevalência da infecção pelo HTLV-1/2 e de sua heterogeneidade pode ajudar a direcionar as políticas de saúde. • A detecção das portadoras do vírus, por meio de triagem no pré-natal ou neonatal, associadas a medidas de intervenção, como fornecimento de fórmulas lácteas aos recém-nascidos de soropositivas pode reduzir o risco de transmissão vertical do vírus.
CONSIDERAÇÕES FINAIS • A verificação de provável correlação da distribuição geográfica da soropositividade para o HTLV-1/2 com determinantes de posição socioeconômica propiciou a discussão sobre os fatores que podem estar envolvidos na manutenção e transmissão desses vírus na população. • Mais estudos são necessários para o melhor esclarecimento dos prováveis determinantes associados às diferenças epidemiológicas na distribuição geográfica do HTLV-1/2.