1 / 153

Epidemiologia e Saúde na Empresa

Epidemiologia e Saúde na Empresa. Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio de Janeiro Conselheiro Técnico Científico da ABMT. Como usar a epidemiologia na gestão da saúde do trabalhador e o caso do NTEP. O que é Epidemiologia ?.

loman
Download Presentation

Epidemiologia e Saúde na Empresa

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Epidemiologia e Saúde na Empresa Prof. Armando Pimenta, MD, Ph.D Faculdade de Medicina – Universidade Federal do Rio de Janeiro Conselheiro Técnico Científico da ABMT Como usar a epidemiologia na gestão da saúde do trabalhador e o caso do NTEP

  2. O que é Epidemiologia ? – “Estudo dos fatoresquedeterminam a frequência e a distribuição das doençasnascoletividadeshumanas”. AssociaçãoInternacional de Epidemiologia - Enquanto a clínicadedica-se aodadoença no indivíduo, caso a caso, a Epidemiologiadebruça-se sobre a saúdecoletiva.

  3. Clínica eDesenhos de Estudos Clínica Epidemiologia Série de Casos Corte Transversal (Seccional) Caso Controle Coorte Prospectiva Retrospectiva Ensaio Clínico Randomizado Não Randomizado • História • Exame Físico • Exames Complementares • Hipóteses • Tratamento • Prognóstico • Desfecho

  4. Vigilância Epidemiológica • Conjunto de atividades com o propósitofornecerorientaçãotécnicapermanenteparaosprofissionais de saúde; • Orientadecisõessobre a execução de ações de controle de doenças e agravos, bemcomo dos fatoresqueoscondicionam, numaáreageográficaoupopulaçãodefinida.

  5. Gripe H1N1 2009 SRAG

  6. Informações Epidemiológicas no Trabalho • Um dado significativo para avaliação é a presença ou ausência de efeitos locais, caracterizados por sintomas, sinais ou doenças nos colegas de trabalho que compartilham essencialmente do mesmo ambiente de trabalho que o paciente em causa. • Norwoodetal – Guia para diagnóstico de Doença Profissional - JAMA 196 (3): 297-298 18 de abril de 1966.

  7. Epidemiologia Descritiva • Dados de estatística descritiva mostram coeficientes de medidas de freqüência de doenças. • Procuram definir tanto os casos novos quanto os antigos na população. • Mais especificamente, podem vir estratificados por sexo, faixa etária ou ocupação.

  8. Avaliando a Carga da Doença • Incidência • Prevalência • D A L Y (Disability-AdjustedLifeYear)

  9. Incidência • Corresponde ao número de “casos iniciados” em um período definido, dividido pela população em geral ou sob algum risco em particular. • Tipos especiais são as taxas de mortalidade, morbidade, letalidade ou de ataque.

  10. H1N1 Taxa de Mortalidade

  11. Mortalidade por Ac. Trab. 2007

  12. Proporção de óbitos (%) - BrasilGrupo de Causas Período: 2006 Fonte: Ministério da Saúde/SVS Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM

  13. Dados de MorbidadeInfluenza A H1N1

  14. Taxa de IncidênciaDoenças Ocupacionais –2007

  15. Taxa de Incidência Acid. Trab. Típicos - 2007

  16. Prevalência • Contabiliza todos os casos existentes na população num determinado período, divididos pela número de indivíduos na população considerada. Exemplos: diabetes, hipertensão, hipercolesterolemia • Bases diagnósticas na clínica são mais consistentes quando aplicamos corretamente os conhecimentos sobre prevalência de eventos. Exemplo: Rastreamento por exames.

  17. Questão • Em uma população de 1000 indivídu-ossubmetidos a um exame de ras-treamentopara determinada doença, quantos apresentarão resultado positivo, sabendo-se que a doença tem prevalência de 0,1 % e que o exame tem sensibilidade de 100% e especificidade de 95% ?

  18. Resposta Positivo Negativo Com doença 1 0 Sem doença 50 949 Totais 51 949

  19. Coeficientes de incidência estimados para 2008* para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto pele não-melanoma) em mulheres, Brasil e regiões geográficas. INCA * por 100.000 habitantes . Mama = 0,0507%

  20. Coeficientes de incidência estimados para 2008* para os tipos de câncer mais freqüentes (exceto pele não-melanoma) em homens, Brasil e regiões geográficas. *por 100.000 habitantes Próstata = 0,0524 %

  21. D A L Y (Disability-AdjustedLifeYear) • Um DALY significa um ano de vida saudável perdido, comparando com a expectativa de vida ao nascer. • Corresponde a soma dos anos perdidos por mortalidade precoce com aqueles devidos a alguma incapacidade. • http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates_country/en/index.html

  22. DALY Brasil (por 100000)

  23. Estudos Observacionais • Série de Casos • Seccional (Transversal) • Caso Controle • Coorte

  24. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores em minas: • Asma • Hemoptise • Caquexia • Úlceras gengivais • Pés inchados • Dores Articulares - Acidentes por picadas de aranhas

  25. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores com tabaco • Dores de cabeça • Náuseas e vertigens • Secreção nasal e tosse • Sangramento hemorroidário após sentar-se em rolos de tabaco

  26. Séries – RamazziniAnos 1700 - 1713 • Doenças dos que trabalham de pé (carpinteiros, aplanadores, escultores, ferreiros, serradores, pedreiros) • Pulsos radiais de menor amplitude • Varizes e úlceras de membros inferiores

  27. Séries - Ramazzini • Doenças dos trabalhadores sedentários (sapateiros, alfaiates, costureiras) • Cifose dorsal • Dormências nas pernas • Pele pálida e de “aspecto sarnento”,crostas

  28. Séries Ramazzini • Doenças dos Judeus • Presbiopia e miopia. • Em mulheres, dores de cabeça, dentes, faringe e ouvidos (ambientes confinados). • Em homens, tosse e dispnéia por limpeza de peças de lã. • “Judeus são diferentes de todas as outras pessoas. São simultaneamente indolentes e diligentes” (apenas opinião pessoal de Ramazzini – nexo presumido...)

  29. Séries Ramazzini • Doenças dos Homens Cultos • Indigestão, Considerável Flatulência; • Palidez • Encurvamento do Corpo • “Tornam-se melancólicos porque a parte espirituosa do sangue é consumida pelo trabalho intelectual”. • Outras razões estão ligadas à astronomia e filosofia. “O alto grau de dissipação de espíritos vitais leva ao escurecimento do sangue.”

  30. Estudos Transversais (Seccionais) • Observam uma população definida em um ponto único no tempo ou intervalo de tempo. • A exposição e o desfecho são determinados simultaneamente.

  31. Estudos Seccionais • O que está acontecendo? Indivíduos com desfecho Indivíduos Selecionados para o estudo Indivíduos sem desfecho Tempo do estudo

  32. Estudos Seccionais • Avaliam simultaneamente indivíduos de população bem definida em período específico, com amostra representativa da população se toda ela não pode ser estudada. • Baixo custo em tempo, dinheiro e pessoas, avaliam bem prevalências • Podem estudar vários efeitos clínicos

  33. Estudo Transversal

  34. Vigitel – MS 2007

  35. Estudos Seccionais • Desvantagens: • Não provam relação causal • Não demonstram taxas de incidência ou de risco • Não estabelecem sequência de eventos, resultados e exposição são concomitantes no momento do estudo. • Não permitem avaliar gradiente dose – resposta • Dificuldade de padronizar casos elegíveis. • Impossível comparar grupos.

  36. Seccionais • Tipos de dados: • demográficos • ambientais • sócio-econômicos • dados de morbidade • notificação de casos/surtos • dados de mortalidade

  37. Estudo Seccional • FARIA, Neice Müller Xavier; FACCHINI, Luiz Augusto; FASSA, AnaclaudiaGastal  e  TOMASI, Elaine. Agrotóxicos e sintomas respiratórios entre agricultores. Rev. Saúde Pública [online]. 2005, vol.39, n.6, pp. 973-981. • http://www.scielo.br

  38. Agrotóxicos e Sintomas Respiratórios • 1.379 agricultores de dois municípios da Serra Gaúcha, Brasil, em 1996. • Foram medidas a frequência e as formas de exposição química aos agrotóxicos, além das intoxicações agudas para ambos os sexos. • Foram entrevistados todos os indivíduos com 15 anos de idade ou mais, com no mínimo 15 horas semanais de atividade.

  39. Agrotóxicos e Sint. Resp. • A prevalência de sintomas de asma foi de 12% e 22% foram considerados como portadores de doença respiratória crônica. • CONCLUSÕES: Apesar das limitações de causalidade, os resultados evidenciaram que o trabalho agrícola envolvendo agrotóxicos está associado com a elevação da prevalência de sintomas respiratórios, especialmente quando a exposição é superior a dois dias por mês.

  40. John Snow e Cólera • Mortes por cólera em BroadStreet, GoldenSquare e arredores, Londres, 19/8 a 30/9/1854. • Eliminação do conceito de transmissão aérea da doença. • Elegante demonstração de transmissão pela água.

  41. Mapa do Cólera Londres

  42. Epidemiologia Analítica • Para confirmar hipóteses de estudos descritivos, é preciso estabelecer comparação entre dois grupos selecionados. • Ao compor tais grupos deve-se evitar viéses e fatores de confusão. • Achados ao acaso devem ser reconhecidos através de testes estatísticos de significância.

  43. Análise de Risco Populacional • Devem ser delineados trabalhos utilizando métodos de: • Caso – Controle • Coorte

  44. Estudo Caso Controle • Envolve pacientes que tenham o desfecho de interesse (casos), pacientes sem o desfecho (controles) e investigação para ver se tiveram a exposição de interesse. • Parte-se do desfecho!

  45. Estudos de Caso – Controle • Baixo custo e pouco tempo de estudo. • Limita-se a apenas um efeito clínico. • Faz-se pareamento entre os dois grupos considerando idade, sexo, nível sócio-econômico entre outros.

  46. Estudos Caso-controle • Causas? Fatores de risco? E Casos NE E Controles NE

  47. Estudo Caso Controle Clássico • Doll & Hill 1950. • Análise de casos conhecidos de câncer de pulmão (casos), em 20 hospitais londrinos, com pacientes com outras patologias, avaliando exposição a tabagismo. • Calculou-se probabilidade de se vir a ter câncer de pulmão quando se é tabagista. • Richard Doll and A. Bradford HillSmoking and Carcinoma of the LungBr Med J Sep 1950; 2: 739 - 748;

  48. Doll & Hill - Pareamento

  49. Doll & Hill - Pareamento

More Related