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Currículo: ações políticas mediadas. ... Que norteiam a Gestão Integrada. Professora Stella Alves Rocha da Silva stella@castelobranco.br. O que é currículo em uma palavra?. Elementos para a melhoria da Educação Básica. Financiamento Gestão democrática Pedagógico
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Currículo: ações políticas mediadas ... Que norteiam a Gestão Integrada. Professora Stella Alves Rocha da Silva stella@castelobranco.br
Elementos para a melhoria da Educação Básica • Financiamento • Gestão democrática • Pedagógico • . Formação de Professores • . Currículo • . Avaliação de desempenho
O currículo abrange: • os elementos culturais e valores de uma determinada sociedade; • as situações cotidianas da escola, • as políticas públicas; • as atividades e experiências vivenciadas pelos estudantes e outros atores da escola;
O currículo ainda abrange Avaliação Projeto Político Pedagógico Ações e estratégias de ensino Seleção de conteúdos A promoção do sucesso educativo
“O currículo é lugar, espaço, território. O currículo é relação de poder. O currículo é trajetória, viagem percurso. O currículo é autobiografia, nossa vida, currículum vitae: no currículo se forja a nossa identidade. O currículo é texto, discurso, documento. O currículo é documento de identidade ” (Tomaz Tadeu da Silva, 2004)
Concepções Históricas do currículo. • Primeiros currículos – o eixo central era a escrita, a matemática e as artes – Egito e Grécia. • Leitura só para as classes favorecidas • Posteriormente foi oferecido música, literatura, geometria e desenho.
No Brasil..... Jesuítas = catequizar, propagar a fé e divulgar a cultura européia período heróico (1549-70) = troca de cultura período de consolidação (1570-1759) = modelo tradicional, processo de ensino centralizado no professor.
No Brasil, com a vinda dos jesuítas, além do oferecimento de classes de ler e escrever o ensino era assim dividido: • Studia inferiora: • Letras humanas (grau médio), 3 anos. Gramática, humanidades e retórica baseado na literatura clássica greco-latina. • Filosofia e ciências (artes), 3 anos. Formar o filósofo através da lógica, introdução às ciências, cosmologia, psicologia, física, metafísica e filosofia moral. • Studia superiora: • Teologia e ciências sagradas, com duração de quatro anos; formação dos padres.
1759 = expulsão dos jesuítas. • Criação das aulas régias em latim, grego, retórica e filosofia. • As aulas régias não possuíam organização curricular, eram autônomas e isoladas, não pertenciam a nenhuma escola. O Período Imperial • O ensino enfatizava as humanidades, que consistia no ensino de latim, retórica, filosofia, geometria, Francês e comércio
2ª República • 1934 – Constituição = retoma o ensino religioso nas escolas; • ensino primário obrigatório e gratuito; • Manifesto dos Pioneiros = propunha ensino público, obrigatório, gratuito e laico. Adaptar os currículos aos interesses dos alunos, privilegiando a descoberta. Formação universitária para os professores.
LDB 4.024/61 • Preocupa-se com todos os níveis de educação; • Ensino técnico equivalente ao ensino profissionalizante; • Educação nas escolas públicas e também livre a iniciativa privada; • Ensino religioso obrigatório para as escolas e facultativo para os alunos. • educação pré-primária, ensino primário, ensino médio (ginasial e colegial) e ensino superior. • currículos com disciplinas obrigatórias, admite variedade de acordo com a região e os estabelecimentos de ensino
Lei 5.540 – reforma universitária = propunha cursos de curta duração (2 anos), licenciatura (4 anos) e pós-graduação com duração de 2 a 4 anos. Implantação dos cursos básicos, sistema de créditos
LDB5.692/71 • A Lei 5692/71 surgiu impregnada de uma tendência pragmática, objetivando a extensão do Ensino Primário de quatro para oito anos e unindo-o ao Ensino Ginasial, formando assim, o 1º GRAU. • Obrigatoriedade de escolaridade de 1º grau para todas as crianças de 7 a 14 anos. • Art. 4º Os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender, conforme as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades locais aos planos dos estabelecimentos e às diferenças individuais dos alunos.
LDB 9.394/96. A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação reflete as contradições da política educacional brasileira. A educação passa a ser defendida como dever da família e do Estado, fundamentada na liberdade e na solidariedade humana, tendo como meta o livre desenvolvimento do educando, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para o trabalho
Os currículos do ensino fundamental e médio passam a compreender uma base nacional comum que deve ser complementada por uma parte diversificada, de acordo com as características regionais (art. 26). • Educação Física obrigatória (2003) • Ensino da História e Cultura afro-brasileira. (26-A - 2003) • Flexibilização dos currículos, na medida em que se admite a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o contexto e a clientela.
Nas zonas rurais, é admitida a possibilidade de um currículo apropriado às reais necessidades e interesses [desses] alunos (art. 28, inciso I). • A Educação Artística é componente curricular obrigatório no Ensino Básico (art. 26, § 2º). O objetivo é promover o desenvolvimento cultural dos alunos. • Exigência de uma língua estrangeira moderna a partir da 6ª ano, e pedem-se duas línguas (uma opcional, de acordo com as possibilidades da Instituição) no ensino médio.
Conhecimentos de filosofia e de sociologia necessários ao exercício da cidadania (art.36, § 1º); contudo, a Lei não exige que tais disciplinas sejam incorporadas ao currículo. • O Ensino Religioso passa a ser disciplina de oferta obrigatória nas escolas públicas, com matrícula facultativa e sem ônus para os cofres públicos (Art. 33).
Dimensionando a escola e o currículo
CURRÍCULO ESCOLAR ORIGEM NECESSIDADE MANUTENÇÃO DO STATUS QUO CONSOLIDAR UM PROJETO NACIONAL COMUM PARA RESTAURAR A HOMOGENEIDADEEM VIAS DE DESAPARECIMENTO
URGENTE • EXPANSÃO DA ESCOLA, • MASSIFICAÇÃO DA ESCOLARIDADE, • NORMALIZAÇÃO, • UNIFORMIZAÇÃO DE COMPORTAMENTOS • E ATITUDES
CABERIA À ESCOLA • ( VIA CURRÍCULO) • INCULCAR, • FORJAR, • NOVOS VALORES, • CONDUTAS, • HÁBITOS, • CAPACIDADES “ADEQUADOS” ÀS NOVAS NECESSIDADES DA ECONOMIA.
O CURRÍCULO INTRUMENTO DE CONTROLE SOCIAL POR EXCELÊNCIA
FINALIDADE PLANEJAR CIENTIFICAMENTE AS ATIVIDADES PEDAGÓGICAS E CONTROLÁ-LAS VISANDO METAS, PADRÕES PRÉ- DEFINIDOS
Teorias do currículo Tradicionais Críticas Pós-críticas
TEORIAS TRADICIONAIS DO CURRÍCULO • BOBBIT – 1918 • Escolarização da massas • princípios da administração científica: taylorismo aplicado à escola • Princípios da administração, da racionalidade técnica. • Cientificismo e padronização nos processos pedagógicos
TYLER (1949) • Preocupação com organização e desenvolvimento do currículo • Objetivos educacionais • Tecnocratismo - escola como via de adaptação aos preceitos mercadológicos.
PAPEL DA ESCOLA • Transmitir conhecimentos acumulados pela humanidade • Preparação moral e intelectual dos indivíduos para assumirem seu lugar na sociedade • Ofertar a todos os alunos os mesmos caminhos, privilegiando assim, as camadas mais favorecidas • Preocupa-se com os aspectos mensuráveis e observáveis da aprendizagem ( notas, gráficos, tabelas...)
PAPEL DA ESCOLA: APRESENTAR CONTEÚDOS • São os conhecimentos e valores sociais acumulados através dos tempos e repassados aos alunos como verdades absolutas e indiscutíveis • São informações ordenadas numa sequência lógica e psicológica (advento das teorias cognitivistas)
PAPEL DA ESCOLA NA AVALIAÇÃO • Valorização dos aspectos cognitivos, quantitativos com ênfase na memorização • Ênfase na produtividade do aluno(a) • Verificação dos resultados através de testes orais e escritos, provas, trabalhos de casa, testes objetivos • O aluno deve reproduzir na íntegra o que foi ensinado • Ocorre no final do processo com o objetivo de constatar se os alunos atingiram os objetivos desejados
PROFESSOR E ALUNO • Professor - centro do processo • Professor - responsável pela eficiência no ensino e quem administra as condições de transmissão das matérias • Relação baseada em regras e disciplina rígida. • O aluno é um ser fragmentado, passivo, submisso, espectador que está sendo preparado para o mercado de trabalho.
As Teorias Críticas do Currículo • CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE • A sociedade é dividida em classes antagônicas em uma relações de exploração. • PAPEL DA ESCOLA • A educação é um instrumento de discriminação social, que legitima a marginalização cultural escolar e cumpre seu papel no processo de reprodução do capitalismo.
PRINCIPAIS CONCEITOS 1)VIOLÊNCIA SIMBÓLICA: AQUELES QUE TÊM MAIS CAPITAL CULTURAL SÃO MAIS BEM SUCEDIDOS NA ESCOLA 2) APARELHOS REPRESSIVOS DO ESTADO (POLÍCIA, TRIBUNAIS, PRISÕES..) 3)APARELHOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO ( IGREJA, ESCOLA, MÍDIA...)
A ESCOLA É DUALISTA E • CORRESPONDE À DIVISÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA • E PÕE EM EVIDÊNCIA O COMPROMETIMENTO • DA EDUCAÇÃO COM OS INTERESSES • DA CLASSE DOMINANTE
A ESCOLA É CONDICIONADA PELOS ASPECTOS SOCIAIS, POLÍTICOS E CULTURAIS, MAS CONTRADITORIAMENTE EXISTE NELA UM ESPAÇO QUE APONTA A POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
PRINCIPAIS CRÍTICAS • À escola como reprodutora da hegemonia dominante e das desigualdades sociais. (Michael Apple) • Escola Francesa: teoria da reprodução cultural - “capital cultural”. O currículo está baseado na cultura e na linguagem dominante, transmitido através do código cultural (Bourdieu e Passeron) • Escola de Frankfurt : crítica à racionalidade técnica da escola : currículo como emancipação e libertação (Giroux e Freire)
Currículo oculto = crítica à reprodução não expressa no currículo oficial, mas manifestada pelas relações sociais na e da escola. • Educação como via de emancipação humana e transformação das bases sociais.
"O currículo oculto é constituído por todos aqueles aspectos do ambiente escolar que, sem fazer parte do currículo oficial, explícito, contribuem, de forma implícita para aprendizagens sociais relevantes (...) o que se aprende no currículo oculto são fundamentalmente atitudes, comportamentos, valores e orientações..." • (SILVA, T. T. Documento de identidade: uma introdução às teorias do currículo.)
Qual seria papel da escola • Valorização da escola como espaço socializador dos conhecimentos e saberes universais • A ação educativa pressupõe uma articulação entre o ato político e o ato pedagógico
Conteúdos -conteúdos culturais universais que são incorporados pela humanidade frente à realidade social Avaliação - prática emancipadora, função diagnóstica, permanente e contínua e um meio de obter informações sobre o desenvolvimento da prática pedagógica, para a reformulação /intervenção nos processos de aprendizagem
Professor e aluno • Relação interativa, na aprendizagem • Professor é autoridade competente que direciona o processo pedagógico; interfere e cria condições de conhecimento necessário; • Aluno é participante ativo da aprendizagem, professor é mediador entre o saber e o aluno
AS TEORIAS PÓS- CRÍTICAS • Estamos vivendo uma nova época histórica= a pós-modernidade • Não representa uma teoria coerente, unificada, mas um conjunto variado de perspectivas, abrangendo uma diversidade de idéias em diferentes. • Ataques ao sujeito racional, livre, autonômo, centrado e soberano da modernidade. • O sujeito é fundamentalmente fragmentado, ELE NÃO PENSA, NÃO PRODUZ
Privilegia a mestiçagem, o hibridismo, de culturas e estilos de vida. • A educação como conhecemos hoje, é um idéia moderna e seu objetivo consiste em transmitir o conhecimento científico, formar um ser humano racional e autônomo. • Incompatibilidade= Entre o currículo existente e o pós-moderno
O currículo existente é: • Linear, sequencial, estático, objetivista; • É disciplinar e fragmentado, rigidamente separado • entre o conhecimento científico e o conhecimento do cotidiano, • Segue fielmente as grandes narrativas das ciências, tomadas como verdades.
ANÁLISE COMPARATIVA • TEORIAS CRÍTICAS • Conceitos e conhecimentos históricos e científicos • Conceitos como:trabalho/ • objetividade • Realidade • Classes sociais • Emancipação e libertação • Desigualdade social • Currículo como resistência • Currículo oculto • Definição do “o quê” e “por quê” • se ensina • Noção de sujeito TEORIAS PÓS CRÍTICAS • HIBRIDISMO • CURRÍCULO COMO DISCURSO- REPRESENTAÇÕES • CULTURA • IDENTIDADE/ SUBJETIVIDADE • MULTICULTURALISMO • CURRÍCULO COMO CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES • COMPREENSÃO DO “PARA QUEM” SE CONSTRÓI O CURRÍCULO • FORMAÇÃO DE IDENTIDADES