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Níveis de Evolução da Escrita. Ao invés da clássica pergunta: como se deve ensinar a escrever, Emilia Ferrero perguntou como alguém aprende a ler e escrever independente do ensino.
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. Ao invés da clássica pergunta: como se deve ensinar a escrever, Emilia Ferrero perguntou como alguém aprende a ler e escrever independente do ensino
Os níveis estruturais da linguagem escrita podem explicam as diferenças individuais e os diferentes ritmos dos alunos. Segundo Emilia Ferreiro são:
Nível Pré-Silábico- • não se busca correspondência com o som; as hipóteses das crianças são estabelecidas em torno do tipo e da quantidade de grafismo. A criança tenta nesse nível: • diferenciar entre desenho e escrita • utilizar no mínimo duas ou três letras para poder escrever palavras • reproduzir os traços da escrita, de acordo com seu contato com as formas gráficas (imprensa ou cursiva), escolhendo a que lhe é mais familiar para usar nas suas hipóteses de escrita • percebe que é preciso variar os caracteres para obter palavras diferentes
Nível Silábico- 1-Silábico- a criança compreende que as diferenças na representação escrita está relacionada com o "som" das palavras, o que a leva a sentir a necessidade de usar uma forma de grafia para cada som. Utiliza os símbolos gráficos de forma aleatória, usando apenas consoantes, ora apenas vogais, ora letras inventadas e repetindo-as de acordo com o número de sílabas das palavras. 2-Silábico- Alfabético- convivem as formas de fazer corresponder os sons às formas silábica e alfabética e a criança pode escolher as letras ou de forma ortográfica ou fonética.
Nível Alfabético- • a sílaba não pode ser considerada uma unidade e que pode ser separada em unidades menores • a identificação do som não é garantia da identificação da letra, o que pode gerar as famosas dificuldades ortográficas • a escrita supõe a necessidade da análise fonética das palavras
Analisar que representações sobre a escrita que o estudante tem é importante para o professor saber como agir", afirma Telma Weisz, consultora do Ministério da Educação e autora de tese de doutorado orientada por Emília Ferreiro. "Não é porque o aluno participa de forma direta da construção do seu conhecimento que o professor não precisa ensiná-lo", ressalta. Ou seja, cabe ao professor organizar atividades que favoreçam a reflexão da criança sobre a escrita, porque é pensando que ela aprende.
UMA TAREFA PARA VOCÊ • Identifique a fase desenvolvimento em que a criança se encontra e registre:
OUTRA TAREFA: O QUE VOCÊ FARIA PARA UMA CRIANÇA PASSAR DO NÍVEL PRÉ SILÁBICO PARA O SILÁBICO ALFABÉTICO?
REFERÊNCIAS • Ferreiro E, Teberosky A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas; 1985. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Lingüística. 2ª ed. São Paulo: Scipione, 1990. • ____________________. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. 1ª ed. São Paulo: Scipione, 1998. • CURTO, LluísMaruny. Como as crianças aprendem e como o professor pode ensiná-las a escrever e a ler. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. • FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1996. • FONTANA, R & CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. • TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da linguagem escrita. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1989. • WEISZ, Telma. Como se aprende a ler e a escrever, prontidão ou um problema mal colocado.In: Ciclo Básico. CENP/SEC. São Paulo, 1998.