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Pesquisa Qualitativa dados e análise Reunião GT – Projeto Estou Seguro 13 de Agosto de 2010

Pesquisa Qualitativa dados e análise Reunião GT – Projeto Estou Seguro 13 de Agosto de 2010. índice. A pesquisa qualitativa Pressuposto Objetivo Metodologia Resultado e Análise Situação Atual Futuro e Planejamento Valores, Ameaças e Segurança Riscos e Soluções Seguro: panorama geral

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Pesquisa Qualitativa dados e análise Reunião GT – Projeto Estou Seguro 13 de Agosto de 2010

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Presentation Transcript


  1. Pesquisa Qualitativa dados e análise Reunião GT – Projeto Estou Seguro 13 de Agosto de 2010

  2. índice • A pesquisa qualitativa • Pressuposto • Objetivo • Metodologia • Resultado e Análise • Situação Atual • Futuro e Planejamento • Valores, Ameaças e Segurança • Riscos e Soluções • Seguro: panorama geral • Seguro: público alvo • Conclusão

  3. pesquisa qualitativa

  4. pressuposto A aquisição de seguros pela população de baixa renda está relacionada a cinco fatores: • Acesso à informação • Características socioeconômicas do domicílio • Renda • Valores pessoais (individuais) • Características culturais (coletiva)

  5. objetivo Identificar potencial e barreiras para a difusão de conhecimento e venda de seguros em comunidades de baixa renda, a partir de cinco prismas: • Valores individuais dos entrevistados • Percepção dos riscos aos quais estão expostos • Estratégias para resolver imprevistos • Compreensão do conceito, forma de funcionamento e expectativas sobre seguros

  6. metodologia • Descrição e análise da percepção verbalizada pelo entrevistado e sua análise. • Grupos focais com roteiro definido. • 2 grupos divididos por faixa etárias • (25 a 35 anos e 35 a 60 anos) • 1 grupo sem distinção • 2 horas de duração por grupo

  7. resultados e análise

  8. contexto • O acesso a bens de consumo ampliou e a qualidade de vida melhorou. • As adversidades prevalentes são na área de saúde e de ordem financeira. • Momento favorável para a apresentação de novos produtos. “Agora o pobre pode comprar as coisas, televisão, geladeira nova... Tem muita gente melhorando a casa... O pobre agora come carne, né. Antes comia frango, agora pode comer carne toda semana. Isso melhorou...”.

  9. futuro • Expectativas em relação ao futuro: • Filhos criados e em condições de sustentar os pais já idosos • 2) Realização de trabalhos em atividades mais prazerosas • 3) Resgate dos hábitos e costumes do passado • 4) Realização de projetos pessoais “Penso apenas em ter vida para acordar amanhã, ver a comunidade feliz como era, birosqueiro aberto até seis da manhã.” “Gozar de boa saúde e ter um trabalho social em diversas comunidades.“ “Eu bem velhinho vendo meus netos crescendo, estudando, me ajudando.” “Vocês acham que filho cresce para sustentar a gente? Não! A gente prepara filho para futuro. Cada um tem que viver sua vida. Eu vou continuar trabalhando, indo pra frente... Eu também não vou querer ficar parada, não.” “Eu velha, chata, fazendo crochê em casa. Meus filhos formados, trabalhando para me sustentar.” Ter uma aposentadoria, ter renda garantida... Me aposentar e ir pro Norte, criar galinha.“

  10. planejamento e futuro É difícil planejar o futuro. As soluções improvisadas são a alternativa para enfrentar adversidades; a vida acontece sem programação. As mulheres se mostram mais propensas a planejar; citam ações práticas. Vender seguro como instrumento de planejamento financeiro e de gestão de risco é uma oportunidade para ampliar o mercado e melhorar a qualidade de vida das famílias.

  11. “Quem ganha um salário e tem quatro, cinco filhos não tem como economizar.” “Eu até tenho conta de poupança, mas é saldo zero. O que eu ganho é pouco e a despesa é muita. Não dá para fazer poupança.” “O dinheiro acaba antes do fim do mês. Não dá para as despesas, como vai dar para a poupança?”

  12. “Eu estou sacrificando o hoje pra construir minha casa para o futuro.” “No momento, eu deixo de estudar para, dar o melhor para o meu filho. Parei de estudar para trabalhar.” “Não abro mão de prazeres atuais para ter estabilidade no futuro. Eu já abri mão de muitas coisas, agora não faço mais isso.” “Muitas preocupações com as coisas de agora. Eu me preocupo mais com o dia de hoje.”

  13. valores, ameaças e segurança AMEAÇAS VALORES “Ter a família bem estruturada, vivendo com união. Você chega na sua casa, encontra a família em harmonia, você se sente seguro.” “Se a pessoa tem uma família certa, os filhos unidos, bem educados... No futuro eles vão te apoiar. Se você fez uma boa família, você tem uma certa segurança para o futuro.” Família: Segurança e proteção Respeito Honestidade Civilidade Morte Doença Desemprego Perda de Bens: residência “Eu acho que honestidade não é só coisa de roubar. É ter honestidade em tudo. Se eu sou honesta contigo, pode confiar no que eu estou te falando, sou honesta. Não é só questão de dinheiro. ’ “Respeito entre as pessoas. Igualdade. Como vou te explicar? Para mim nós somos todos iguais aqui. Tem pessoas que não sabem separar, tem mais, tenho menos, entendeu?”

  14. “O medo é de morrer é deixar os filhos sozinhos, não terem onde morar, não tem quem cuide deles.” “Se eu morro, como vai ser o futuro deles? Tenho medo de eles serem mal tratados, de sofrerem.”  “Se eu morrer, meus filhos vão ficar no desamparo. Eu é que faço por eles. Dou tudo, casa, comida, escola... O medo é só o de deixar os filhos. Ai! Meu coração até acelerou!” “Meu pai já está velhinho. Eu trato dele, faço tudo que ele precisa. Isso me dá muito medo.”

  15. valores, ameaças e segurança AMEAÇAS VALORES SEGURANÇA Morte Doença Desemprego Perda de Bens: residência Família: Segurança e proteção Respeito Honestidade Civilidade Família Unida Saúde Emprego Escolaridade Casa Própria

  16. “Ficar sem trabalho... perder emprego, isso dá medo. Sem trabalho a gente vai deixar os filhos desamparados, a casa sem sustento. Aí é a derrota!” “Eu sinto a ameaça de perder a casa, devido à necessidade de regularização da obra, que agora é obrigatória. De eles construírem alguma coisa no lugar que foi construído por mim.” “O meu terreno é meu, não é do governo. Eu nasci ali” “Se fico doente e não posso trabalhar, não vou ter como sustentar os meus filhos, não vou poder dar o que eles precisam.” “Eu tenho medo de doença, porque remédio está caro. Medo de não ter o atendimento certo, se ficar doente, não poder me tratar.”

  17. “Dinheiro. Sem dinheiro não se vive. Com dinheiro, você tem como comprar as coisas... Despensa cheia, não ter contas atrasadas... é o que te deixa em segurança.” “Com dinheiro você pode dar um estudo melhor para os teus filhos... Não deixar faltar nada para os filhos.” “A gente falou no emprego. Então, para ter emprego hoje, para ter segurança no emprego, tem que ter estudo. Se não tiver nível médio não consegue nada. Por isso que eu boto meus filhos para estudar.” “Se você tem saúde, arranja trabalho. Com saúde você pode ir à luta, pode correr atrás. Sem saúde você não é nada, não tem segurança para nada.”

  18. valores, ameaças e segurança AMEAÇAS SEGURANÇA VALORES Família: Segurança e proteção Respeito Honestidade Civilidade Morte Doença Desemprego Perda de Bens: residência Família Unida Saúde Emprego Educação Formal Casa Própria Relacionados aos gastos financeiros extras ou preservação da renda

  19. ameaças e seguros ofertados AMEAÇAS SEGUROS OFERTADOS Morte Doença Desemprego Perda de Bens Funeral, Vida & AP Residencial

  20. percepção de risco “Tenho uma filha doente. Tem remédio que eu consigo, mas tem remédio que eu tenho que comprar. Eu trabalho para pagar o tratamento dela. Não sobra mais pra nada.” “Hoje em dia tem até caixão de graça. Mas todo mundo quer dar um enterro digno para o pai, para a mão, para um parente. Aí, custa dinheiro.” “O pior é quando quem morre é o pai ou a mãe que sustenta a casa.” “Eu não posso perder o que eu construí... se eu não puder trabalhar como camelô, vou viver de quê?” “A casa, a gente vai fazendo aos poucos. Às vezes dura anos. Ter que fazer de novo, de uma vez, não dá.”

  21. solução Não tem burocracia e nem juros. Chance de recusa, cobrança em local e data indevidos. A preferência é pedir para amigos. Empréstimos Informais com família e amigos Não tem burocracia e nem juros. O empréstimo é feito de modo informal e apenas para conhecidos. Empréstimos com comerciantes Evitam ao máximo devido às altas taxas de juros. Empréstimos com agiotas e bancos

  22. solução Buscam trabalho temporário para aumentar a renda. Aumento da carga de trabalho Não prevalecem. A ajuda é restrita a amigos e familiares. Apenas bater laje envolve toda comunidade Redes de Solidariedade Seguros Não mencionam.

  23. “Na firma em que eu trabalho tem vale, pra descontar no fim do mês. Se for um dinheiro maior, eles emprestam e descontam em oito, dez meses.” “Com amigos e conhecidos é melhor que com a família. Com a família não presta não. Ficam te olhando atravessado. Melhor com amigo.” “Eu vou na minha irmã, na minha mãe. Tem vez que eu pego um pouco com uma, um pouco com outra. Mas, se elas precisarem e eu tiver, ao eu empresto pra elas.”

  24. seguro Conhecemo seguro e sua função, entretanto grande parte desconhece a forma de funcionamento. O desconhecimento sobre o custoé entrave para a disseminação de seguro em comunidades de baixa renda. Locais de compra de seguro é de conhecimento de todos. “Seguro, você paga uma mensalidade e caso ocorra alguma coisa você recebe um dinheiro.” “Seguro é um documento que, se você vier a morrer a família recebe. Você compra um seguro, por exemplo, na Caixa Econômica Federal, no Bradesco.” “Acho que deve custar um R$ 80,00/mês para um funeral com tudo coberto.” “Um seguro de vida razoável, para a pessoa receber uns 30mil? Acho que seria uns R$ 60,00/mês... É não! É uns R$ 100,00/mês.” “Meu pai paga plano funeral para a família toda 18,00 reais. São cinco pessoas. Ele fez até para os netos... O meu custa R$ 29,00 para sete pessoas, o seguro funeral... Nossa! Eu não sabia... Eu pensava que era muito mais.” “É fácil, é só ter dinheiro... se você entra no banco, tem logo alguém querendo te vender seguro.” “Tem corretor em todo lugar. Até na minha casa já bateram... Até o Silvio Santos vende seguro.”

  25. seguro Conhecemo seguro e sua função, entretanto grande parte desconhece a forma de funcionamento. O desconhecimento sobre o custoé entrave para a disseminação de seguro em comunidades de baixa renda. Locais de compra de seguro é de conhecimento de todos. Grande parte confia no serviço prestado e nas seguradoras. A confiança provem de experiências positivas com seguradoras relatadas por conhecidos dos entrevistados.

  26. “São grandes, né. Algumas são bem antigas. Desde menino que escuto falar na Sul América... Tem as dos bancos. Os bancos são muito forte, não vão quebrar.” “A gente vê essas pequenas, fazendo tudo direito. Meu pai morreu, a gente tem o auxílio funeral da Sinaf, foi tudo perfeito. Eles fizeram tudo o que tinham que fazer.” “No meu caso, eu recebi do governo federal um seguro por acidente de trabalho. Recebi por oito meses. Nem sabia que tinha, mas eles pagaram.” “Eu confio porque meu patrão morreu e a patroa recebeu.“

  27. seguro Conhecemo seguro e sua função, entretanto grande parte desconhece a forma de funcionamento. O desconhecimento sobre o custoé entrave para a disseminação de seguro em comunidades de baixa renda. Locais de compra de seguro é de conhecimento de todos. Grande parte confia no serviço prestado e nas seguradoras. A confiança provem de experiências positivas com seguradoras relatadas por conhecidos dos entrevistados. Seguro dá a sensação de tranquilidade imediata. Apenas uma pessoa desistiu do seguropor estar sem condições de continuar a pagar. “Fiz seguro e me sinto feliz. Se eu tivesse condições eu colocaria meu esposo e meu filho. O seguro me dá certa segurança e para minha família também.” “Ter seguro é muito bom. Eu posso morrer em paz, sem preocupação com os que ficam.” “Eu pagava auxílio funeral. Mas o dinheiro ficou curto, até que era bom, nem era muito caro, mas não deu mais para pagar.”

  28. público alvo A maioria entende que seguro é para todos. Entretanto, alguns não se reconhecem no grupo de “possíveis segurados “. Seguro é solução mais adequada para: • Pessoas com mais responsabilidade • Pessoas com maior poder aquisitivo • Idosos ‘É mais pra casado, que pensa mais no futuro.” “As pessoas mais velhas pensam mais na morte. Quem é mais jovem não. Os mais jovens não pensam em fazer seguro.“ “Não é só para pessoas ricas, mas geralmente as pessoas ricas é quem mais tem. Porque o dinheiro do pobre não sobra no fim do mês. É só pra pagar as contas.” “O rico sempre está preocupado com seu bem estar. Sabe o que tem que fazer. O pobre não se interessa não procura se informar.”

  29. público alvo Caso fossem fazer um seguro: • Precisariam ter mais informações sobre o funcionamento e custo • Optariam pelos seguros de vida e funeral, e como segunda opção, residência e desemprego. Alguns ainda se mostram contrários ao seguro. “Se eu fizesse seguro ia me informar muito bem antes, para que amanhã ou depois não me arrependesse.” “Tinha que conversar antes, ter certeza de que era seguro, confiável. Ver se teria condições de poder pagar.” “Se tiver um seguro mais barato, que eu possa pagar, aí fica mais fácil.” “Se estiver dentro das minhas possibilidades, eu posso fazer. Mas não sei quanto custa.” “Se eu usar o dinheiro para seguro, vai fazer falta pra comida, pras despesas.” “Eu nunca tive vontade de fazer. Não vou deixar dinheiro pros outros. Cada um que se vire.” “Com o dinheiro do seguro eu poderia comer uma boa carne. Não vou dar dinheiro pra banco nenhum, não.”

  30. conclusão • Há potencial para ampliar a demanda por seguro em comunidades de baixa renda. • As adversidades experimentadas são seguráveis. • O poder aquisitivo aumentou. • A solidariedade fora do âmbito familiar e do círculo social mais próximo não é prevalente • Resolve-se imprevistos e adversidades com improviso • Não se planeja o futuro. • Educação financeira voltada para gestão de risco é essencial para aumentar a demanda por seguro.

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