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Universidade Federal Fluminense Instituto de Saúde da Comunidade Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental Psicologia Médica II. REAÇÕES EMOCIONAIS DIANTE DO SOFRIMENTO / MORTE Profª Regina Reis. Reações dos Médicos. Quando o médico depara-se com
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Universidade Federal FluminenseInstituto de Saúde da ComunidadeDepartamento de Psiquiatria e Saúde MentalPsicologia Médica II REAÇÕES EMOCIONAIS DIANTE DO SOFRIMENTO / MORTE Profª Regina Reis
Reações dos Médicos Quando o médico depara-se com pacientes que irão morrer, ele pode desconsiderar o seu próprio sofrimento e os seus desencadeantes: • contato com a morte e o morrer > fantasias inconsciente que o acompanham
Reações dos Médicos O médico pode estar sofrendo tanto com o seu “fracasso” em impedir uma morte que se afasta do paciente, abandonando-o. O doente ao perceber isto sente-se rejeitado e sofre pela frustração que causa no médico.
Medos em pessoas com doenças que ameaçam a vida (Segundo Parkes) >Medo de separação das pessoas amadas, do lar, do trabalho, etc >Medo de tornar-se um fardo >Medo da dor e outros sintomas incômodos >Medo de ficar incapaz para as tarefas >Medo de morrer >Medo de estar morto >Medo do medo dos outros
Reações dos Pacientes(segundoKubler-Ross) NEGAÇÃO Ocorre principalmente quando se recebe o diagnóstico e prognóstico. Geralmente é temporária mas pode reaparecer sempre que há novas “más notícias”
Raiva ou “Porque EU” Quando a negação não pode ser mais mantida, geralmente vem a Raiva. Ela surge com várias formas de expressão Ex.: raiva de Deus, da equipe de saúde, e até mesmo dos familiares
Negociação O paciente tenta efetuar acordos que possibilitem manter uma visão não totalmente realista dos fatos; ou negocia para aproveitar o tempo que resta. É a fase de promessas a Deus ou a outros entes sobrenaturais, de mudança de vida, desejo de adiar a morte até que algum fato aconteça
Depressão A pessoa está elaborando o luto pelos entes queridos, pelas vivencias agradáveis, pelas oportunidades perdidas, por situações e objetos que se apegou . Mostra-se retraído, triste, evita contato com pessoas que não respeitem o seu momento mas, necessita de alguém sensível que o acompanhe neste estágio sem invadi-lo ou perturbá-lo.
Aceitação Os pacientes que superaram os estágios anteriores são capazes de alcançarem este estágio que se manifesta por uma grande paz e tranquilidade. O paciente parece desligado, dorme bastante, como que repousando de um sofrido processo e preparando-se para outro.
Aceitação(continuação) Diferença entre Aceitação e Depressão: Fase de aceitação: presença de tranquilidade Fase de depressão: existe um sofrimento considerável
Cuidando do paciente É errado pensar que conversar com um paciente “fora de possibilidade terapêutica” é sempre falar sobre a morte. Quem dirige o conteúdo da entrevista deve ser o doente no momento que ele deseja ou que se sente capaz.
Cuidando do paciente (cont.) O médico deve ficar junto ao paciente ouvindo-o expressar seus sentimentos com palavras ou com o silêncio. O médico deve identificar os mecanismos pelos quais o paciente se protege da verdade ou as formas como dela vai se aproximando
Devo dizer a verdade ou não? Deve-se dizer a verdade, mas da forma e no momento adequado. Estes momentos serão sinalizados pelo próprio paciente. Quando o doente percebe que o médico fica ansioso com suas perguntas ele tende a evitá-las para não causar ansiedade no profissional.
Cuidando do paciente Conversar com o paciente sobre o que ele deseja saber deve-se fazê-lo de forma tal que ele ouça aquilo que já sabe ou intui de forma sutil. Manter o compromisso de acompanhá-lo e de ajudá-lo para eliminar os incômodos físicos ex.: diminuir a dor, secura dos lábios, a posição do corpo, etc.
Cuidando dos familiares Eles esperam que o médico cure o seu parente e diante desta impossibilidade podem agredir verbalmente ou fazer um processo judicial; >Idealização do médico ex.: “o senhor é o único médico que pode curá-lo ou é Deus no céu e o senhor na terra”.
Cuidando dos familiares Os familiares passam pelos mesmos estágios de Kubler-Ross >Negação: não tomam as providencias necessárias para o tratamento e posteriormente sentem-se culpados >Raiva: projetada na equipe de saúde ou no paciente, que é maltratado por ser responsável por sua doença e morte.
Cuidando dos familiares Os familiares passam pelos mesmos estágios de Kubler-Ross >Desprezo: abandonam o paciente >Desespero: incompreensão das necessidades do doente e atos impensados (desconectar os aparelhos, as medicações)