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QUESTÕES ÉTICAS NO DEBATE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS: BIOÉTICA E ÉTICA NA COMUNICAÇÃO. SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PROPAGANDAS DE MEDICAMENTOS Brasília/DF 07/0405. Profa. Patrícia Mastroianni Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP.
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QUESTÕES ÉTICAS NO DEBATE DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS:BIOÉTICA E ÉTICA NA COMUNICAÇÃO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PROPAGANDAS DE MEDICAMENTOS Brasília/DF 07/0405 Profa. Patrícia Mastroianni Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP
Critérios Éticos para a Promoção de Medicamentos da OMS-1988 • Objetivos:promover a atenção sanitária e o uso adequado dos medicamentos.. • Propaganda:fidedigna, exata, verdadeira, informativa, equilibrada, atualizada e passível de comprovação científica. • Textos e ilustrações:compatíveis com os dados científicos.
Critérios Éticos para a Promoção de Medicamentos da OMS-1988 • Medicamentos sujeitos a prescrição: • Nome dos princípios ativos, • Nome comercial • Excipientes que podem causar problemas* • Indicações aprovadas • Forma farmacêuticas* • RAM • Precauções e Advertências • Contra-indicações • Interações Medicamentosas* • Nome do Fabricante e distribuidor* • Referências Bibliográficas.
Código de Ética da Industria ABIFARMA – 1978 “Código Voluntário de Ética Publicitária” “Boas Práticas de Promoção e Comercialização de Medicamentos” • A auto regulação é falha (Herxheimer, Colleir, 1990) – ao avaliar as ações da congênere internacional (IFPMA)
CONSEQUÊNCIAS DA PROMOÇÃO NÃO ÉTICA: • Uso irracional, • Promove o aumento nas taxas de prescrição • Prescrição de medicamentos mais caros sem vantagens terapêuticas • Favorece a automedicação • Abuso (Kessler, Pines, 1990; Hogerzeil, 1995; Wazana, 2000)
Há Influencia das propagandas de medicamentos sobre a prática médica? • A propaganda tem um papel importante na decisão de escolha do medicamento a ser prescrito (Silva et. al. 1999).
Os profissionais têm um olhar critico sobre os materiais promocionais? Wazana (2000) – analise sistemática de 29 estudos: • Incapacidade para identificar as afirmações incorretas
A propaganda influencia o diagnóstico e dados epidemiológicos das doenças? • Anos 80 “Era das pílulas de dormir” • Anos 90 “Era dos antidepressivos” (Lödohl, Risca, 2000; Mastroianni et. al, 2003) • “Panacéia Psiquiátrica” – os Antidepressivos o uso mais difundido e menos adequado (Iserhad, 1992)
A propaganda cria Estereotipo? • Feminilização das doenças mentais : ansiedade (Carlini, 1981; King 1980) • “Síndrome da dona de casa” (Goldman, Montagne, 1986) • Benzodiazepínicos (2:1) e Neurolépticos (1:6) (Mastroianni et. al, 2003) • Levantamento psicofarmacoepidemiológico coincide (Noto et. al, 2002)
Principais Criticas as Propagandas: • informações posológicas para grupos específicos (Cooper, 2001; Chetley, 1993) • Ex. idosos 42% recebem antidepressivos e 21,2% Bdz (Almeida, 1999) • Medicalização dos “distúrbios do sono” • Tempo de tratamento para os Bdz; • “efeitos rápidos” para os antidepressivos (Mastroianni et. al 2003) • Ex. Pânico 2 a 8 semanas e TOC 12 a 26 semanas
E as Referências Bibliográficas? • Wilkes, 1992 – 43% não disponíveis • Casandag, 1994 – 15% incompletas • Mastroianni et. al, 2003 – 60% referencias – 1/3 não indexadas
Será que os critérios éticos mudam dependendo do país em que o produto é divulgado?