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NASF Betim 2009/2010. Ampliação da Clínica:. Incorporação das fragilidades subjetivas e das redes sociais, para além dos riscos biológicos
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Ampliação da Clínica: • Incorporação das fragilidades subjetivas e das redes sociais, para além dos riscos biológicos • Ampliação do repertório de ações – produção de maiores graus de autonomia, auto-cuidado, capacidade de intervenção na realidade, desenvolvimento da sociabilidade e cidadania • Campo e Núcleo de saberes, práticas e responsabilidades – alinhavar a atenção e as ações • Núcleo – identidade profissional, práticas e tarefas peculiares a cada profissão. O que é específico do profissional médico, do enfermeiro, do psicólogo • Campo – saberes, práticas e responsabilidades comuns a todos os profissionais de saúde – sobreposição dos limites entre cada especialidade e cada prática de saúde, espaço de interseção entre as áreas, que permite o entrelaçamento das ações
Equipe de Referência e Apoio Matricial (Campos, 1999) • Arranjos – formas de organizar o serviço de saúde e o processo de trabalho • Mudança na estrutura gerencial e assistencial • Sistema de governo verticalizado – co-gestão • Potencializar a interdisciplinaridade e a ampliação da clínica • Estimular o compromisso das equipes com a produção de saúde – co-responsabilização • Equipe de Referência – Uma equipe interdisciplinar • Responsabilidade pela condução de um conjunto de usuários – Vínculo e responsabilização • Apoio Matricial – Reorganizar a forma de contato entre as Equipes de Referência e as áreas especializadas • Departamentos rede matricial de apoio • Oferta de apoio técnico especializado aos profissionais das Equipes de Referência – ampliação da clínica
Apoio Matricial – o que é? • Arranjo organizacional Qualificar a atuação no campo da saúde Apoiar a ampliação da clínica (capacidade de intervenção/ resolutividade) Favorecer a interlocução na rede de saúde • Mudança na estrutura dos serviços (Ex. AB/ Campinas) Áreas especializadas (antes verticais) – apoio técnico para ESF ESF – acompanhamento longitudinal/ PTSs (coordenação dos casos) • Apoio Matricial – especialidades • Suporte técnico do núcleo de saber de uma especialidade ofertado às ESF • Apoio Suporte, amparo, auxílio Aprender/ experimentar ampliar a clínica acompanhado por alguém especializado que dê suporte para a intervenção no campo Acompanhar – estar junto, próximo • Matrice Mãe; Lugar onde alguma coisa se gera; Que é fonte de origem Construção de um novo saber – interdisciplinar
Apoio Matricial – o que é? • Especialidades passam a compor a rede matricial de apoio • Superar a lógica da especialização e da fragmentação • Personalizar o sistema de referência e contra-referência – contato direto entre ESF e especialista – encaminhamentos consecutivos e desresposabilização • Encontros periódicos – discussão de casos selecionados pela ESF e elaboração de PTSs • Casos imprevistos/ urgentes – ESF aciona Apoio Matricial • Encaminhamento – construção dialogada • Não rompe vínculo com Equipe de Referência/ SF • Co-resposabilização
Apoio Matricial – para quê? • Ampliação da clínica das ESF – aumentar capacidade de intervenção e resolutividade • Co-responsabilização – desviar a lógica do encaminhamento e alinhavar as ações (rede) • Regulação de fluxo e reorientação das demandas para as áreas especializadas – situações que podem ser acompanhadas pela ESF x demandas que requerem atenção especializada Avaliação de riscos, necessidades e vulnerabilidades • Favorecer a articulação entre os profissionais na elaboração e desenvolvimento de PTSs • Estimular que os profissionais trabalhem com outras racionalidades e visões de mundo além das próprias de seu núcleo
Lógica matricial – como? • Discussões clínicas conjuntas • Apoiador participa das reuniões periódicas da EFS • Definir frequência e pactuar outras formas de acionar apoio em casos imprevistos ou de urgência • Equipe deve preparar os casos a serem discutidos • Implica intervir na dinâmica do trabalho em equipe Espaço Coletivos – Gestão do trabalho e da clínica Produção de trabalho conjunto (acompanhamento do paciente, enfrentamento de desafios, periodicidade e ritmo) – amplia o campo e permite que construir uma “identidade” de equipe Trabalho em “EQUIPE”
Lógica matricial – como? • Apoio na avaliação de riscos e vulnerabilidades • Estabelecer conjuntamente os critérios • Construir protocolos junto com a equipe • Apoio para elaboração e desenvolvimento de PTSs • Propostas terapêuticas articuladas (individual ou coletivo) • Outros referenciais - valorizar aspectos além do diagnóstico biomédico e da medicação • Envolvimento de diversos profissionais (da própria equipe e de outros serviços e espaços sociais) • Implica intervir no modo institucional de operar nos serviços Construção de PTS pressupõe: Discussão coletiva da equipe interdisciplinar Formação de vínculo com o usuário Participação do usuário na formulação e andamento
Lógica matricial – como? • Intervenções conjuntas concretas • Função pedagógica - capacitação in loco para as equipes • Fazer junto: avaliações, consultas, grupos, visitas domiciliares, etc. • Acompanhar planejamento e primeiras ações e estimular autonomia da equipe • Atendimento aos casos de maior gravidade, risco e vulnerabilidade • Sempre a partir das discussões com a equipe (NASF não é porta de entrada) • Apoio na construção do encaminhamento • Auxiliar nos contatos • Apoiar a coordenação dos casos pela equipe
O desafio… Porta de entrada??? Atendimento da especialidade na Atenção Básica??? Ambulatórios??? Supervisão??? Envolvimento X Poder/ saber Mudança na estrutura dos serviços Mudança de modelo Apoio… Ampliação da clínica… Coordenação do caso… Resolutividade…
O desafio… • Lógica matricial – provoca e explicita a imprecisão das fronteiras entre os diversos papéis e áreas de atuação • Ex: Saúde Mental • Transtornos psíquicos mais graves – núcleo da SM • Questões subjetivas não se encaixam na rigidez dos diagnósticos (dificuldades afetivas e relacionais, a capacidade de enfrentar os problemas cotidianos) • Desfazer a delimitação entre as diferentes disciplinas e tecnologias • Desestabilizar o instituído/ desvio do hegemônico • Fazer automático fazer refletido e dialogado, construção de ações a partir de um sentido refletido
O desafio… • Mudança na lógica de trabalho – não é fácil de ser assumida e não ocorre automaticamente • Espaços de reflexão e análise sobre o trabalho • Continentes ao conflito e aos problemas na relação entre a equipe, à dificuldade de entrar em contato com as diferentes necessidades do outro e se responsabilizar por elas e continentes à sobrecarga trazida pela lida diária com o sofrimento, a dor e a morte, a pobreza e a violência • Espaços de formação permanentes – capazes de realimentar constantemente a potencialidade do Apoio Matricial enquanto arranjo transformador das práticas hegemônicas na saúde