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Centro Estadual de Apoio ao Deficiente

Centro Estadual de Apoio ao Deficiente. REABILITAÇÃO COGNITIVA NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM Profa. Maria das Graças Brasil. APRENDIZAGEM Conceito neurobiológico

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Presentation Transcript


  1. Centro Estadual de Apoio ao Deficiente REABILITAÇÃO COGNITIVA NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM Profa. Maria das Graças Brasil

  2. APRENDIZAGEM Conceito neurobiológico Processo complexo que resulta em modificações estruturais e funcionais permanentes do Sistema Nervoso Central. Representa uma das fases damemória: aquisição Ohweiler, 2006

  3. MEMÓRIA Conceito • Processo mediante o qual se adquire, se forma, se conserva e se evoca a informação. • Fase de aquisição: aprendizagem • Fase de evocação: lembrança Lent, 2008

  4. MEMÓRIA • Lembrança: informações conhecidas • Aprendizagem:informações novas: mudança

  5. Cognição • Processos envolvidos na aquisição dos conhecimentos Lent, 2008

  6. NEUROPLASTICIDADE • Conceito: • Propriedade do Sistema Nervoso de alterar sua função ou sua estrutura em resposta às influências ambientais que o atingem. Lent, 2008

  7. Sinapse

  8. Tipos de Neuroplasticidade • Ontogenética (desenvolvimento) • Adulta

  9. Plasticidade ontogenética • Informações do genoma • Informações do ambiente

  10. Período crítico • Fase de maior suscetibilidade ao ambiente que caracteriza o SN imaturo • Variações • Regiões e sistemas neurais • Comportamentos e funções correspondentes

  11. Duração do período crítico • Curto: “imprinting”(Konrad Lorenz): 1 dia • Longo: linguagem no ser humano: adolescência

  12. Konrad Zacharias Lorenz • Viena, 1903-1989 • Nobel de Fisiologia/ Medicina, 1973

  13. Plasticidade adulta • Caráter celular e molecular: ocorre na sinapse • Plasticidade sináptica é a base da memória

  14. Manifestações de Neuroplasticidade • Funcional • Alterações na fisiologia neuronal e sináptica • Estudos e situações experimentais por técnicas eletrofisiológicas

  15. Manifestações de Neuroplasticidade • Comportamental • Relacionada com fenômenos de aprendizagem e memória

  16. Manifestações de Neuroplasticidade • Morfológica • Alterações de axônios, dendritos ou sinapses • Estudos em animais de laboratório por técnicas microscópicas

  17. Plasticidade Morfológica • Plasticidade axônica • Plasticidade dendrítica • Plasticidade das espinhas dendríticas

  18. Plasticidade axônica • Capacidade dos axônios e seus terminais de organizarem sua estrutura em respostas às influências do ambiente. Não é como a regeneração de um axônio lesionado

  19. Plasticidade dendrítica • Mais pronunciada em jovens • Diminui na vida adulta • Neurotrofinas (Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro- BDNF): controla crescimento e arborização dendrítica durante o desenvolvimento

  20. Plasticidade dendrítica • No adulto, a árvore dendrítica aceita influência limitada do ambiente

  21. Espinhas dendríticas

  22. Plasticidade das espinhas dendríticas • Instáveis e móveis • Memória e aprendizagem não consolidada: instáveis • Memória a longo prazo: estáveis

  23. Regeneração do Sistema Nervoso • Neurogênese: • Capacidade de proliferação neuronal. • Preservada em algumas regiões do SN adulto

  24. Regeneração do Sistema Nervoso • Formação de novos circuitos neurais • SNP: axônios com capacidade regenerativa tanto morfológica quanto funcional

  25. Regeneração do Sistema Nervoso • SNC: capacidade regenerativa é bloqueada por mecanismos que impedem seu prosseguimento

  26. Neurogênese do desenvolvimento • Mecanismo de desenvolvimento e não de neuroplasticidade • Divisão celular • Simétrica: 2 precursores gerados • Assimétrica: 1 das células interrompe o ciclo e forma neurônio adulto

  27. Neurogênese na maturidade • Permanência de células tronco • Hipocampo, zona subependimária do telencéfalo, hipotálamo • Células tronco • Autorregeneração • Multipotencialidade: neurônios e gliócitos

  28. Plasticidade adaptativa • Compensa funções perdidas • Maximiza funções preservadas • Depende de mecanismos eficazes de reativação e reorganização • Interage com a terapia cognitiva

  29. Plasticidade disfuncional • Compensação de funções ineficaz • Recuperação funcional limitada ou nula • Comprometimento de elementos essenciais da rede neural • Desinibição funcional de estruturas prejudiciais • Aprendizagem inadequada, apesar da estimulação

  30. Memória • Donald Hebb (1930) • Memória depende de um fortalecimento sináptico quando algum tipo de sincronismo se estabelece entre o neurônio pré-sináptico e o pós sináptico

  31. Final do século XX • LTP (Long Term Potentiation) • Potenciação de longa duração • Mecanismos moleculares na consolidação da memória

  32. MEMÓRIA • Potenciação de longa duração: aumento prolongado da magnitude da resposta sináptica de um neurônio, quando o neurônio pré-sináptico é estimulado por uma salva curta de alta freqüência

  33. MEMÓRIA

  34. Memória

  35. MEMÓRIA

  36. MEMÓRIA

  37. Problemas na Aprendizagem • Dificuldades na aprendizagem • Transtornos na aprendizagem

  38. Dificuldades na Aprendizagem • Dificuldades em realizar tarefas decorrentes de vários motivos como • Problemas na proposta pedagógica • Capacitação do professor • Problemas familiares • Deficits sensoriais • Doenças crônicas • Transtornos psiquiátricos • Retardo Mental Educação Saúde

  39. Transtorno de Aprendizagem • Inabilidade específica (leitura, escrita, matemática) em indivíduos que apresentam resultados significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimento, escolaridade e capacidade intelectual SAÚDE E EDUCAÇÃO

  40. Transtorno específico do desenvolvimento das habilidades Escolares (F81) • Classificação • CID-10: Transtornos do desenvolvimento das habilidades escolares (F81) • Os padrões normais de aquisição de habilidades estão perturbados desde os estágios iniciais do desenvolvimento. • Não são simplesmente uma conseqüência de uma falta de oportunidade de aprender nem são decorrentes de qualquer forma de traumatismo ou doença cerebral adquirida. • Originam-se de anormalidades no processo cognitivo em decorrência de algum tipo de disfunção biológica.

  41. Transtorno de Aprendizagem • Causa • Desconhecida • Fatores genéticos  malformações cerebrais dificuldades na interligação de informações em regiões cerebrais • Freqüência: 2-10% da população escolar

  42. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Mudança de paradigma • Passado: a estimulação cognitiva visa mudança nas funções cognitivas • Presente: o exercício cognitivo ajuda a mudar o próprio cérebro Goldberg,2002

  43. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Evidências • Privação sensorial de filhote de macaco: atrofia no tecido cerebral correspondente • Ratos com lesão cerebral: ambiente rico em estímulos facilita recuperação das habilidades perdidas. Hamm et al, 1996 • Em 2 grupos de animais com lesões cerebrais traumáticas: o grupo mais estimulado mostrou crescimento mais vigoroso das conexões sinápticas.

  44. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Evidências • Em ratos: estimulação aumenta a chance de sobrevivência dos neuroblastos para que se tornem neurônios adultos. Instituto Salk,1997 • Exercícios mentais vigorosos levam à melhora no suprimento sanguíneo cerebral por crescimento da rede vascular. Kolb,1995 • Seres humanos com afecções cerebrais após estimulação cognitiva sistemática: brotamento de espinhas dendríticas. Scheibel, 1997

  45. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Lógica da reabilitação cognitiva • Um jogador de tênis pode • Ter como objetivo melhorar uma tacada específica • Equivale ao treinamento cognitivo para uma tarefa Goldberg,2002

  46. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Lógica da reabilitação cognitiva • Um jogador de tênis pode • Supor que se praticar algumas tacadas específicas, seus outros movimentos irão se beneficiar e o jogo como um todo irá melhorar • Equivale ao treinamento cognitivo funcional baseado em sistemas Goldberg,2002

  47. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Lógica da reabilitação cognitiva • Um jogador de tênis pode • Iniciar um programa de exercícios não com o objetivo de melhorar o jogo diretamente, mas o corpo que joga • Isto se assemelha a tentar melhorar a função cerebral Goldberg,2002

  48. REABILITAÇÃO COGNITIVA • Efeito protetor da estimulação cognitiva • Doenças neurológicas igualmente graves terão efeitos menos destruidores em cérebros bem estimulados • Caso irmã Mary: bom desempenho em testes cognitivos até os 101 anos de idade, apesar de seu cérebro mostrar emaranhados e placas neurofibrilares: mente intacta em um cérebro com Alzheimer

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