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452ª REUNIÃO CIENTÍFICA DEPARTAMENTO CLÍNICA MÉDICA. EFEITO NA REDUÇÃO DO PESO E INGESTÃO DE RAÇÃO EM RATOS APÓS INJEÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA NA PAREDE DO ESTÔMAGO. Dr. Tiago José da Rocha (R2 – Cirurgia Geral). Reunião Clínico Patológica Relato de Caso. Dr. Tiago José da Rocha (R2).
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452ª REUNIÃO CIENTÍFICA DEPARTAMENTO CLÍNICA MÉDICA EFEITO NA REDUÇÃO DO PESO E INGESTÃO DE RAÇÃO EM RATOS APÓS INJEÇÃO DE TOXINA BOTULÍNICA NA PAREDE DO ESTÔMAGO Dr. Tiago José da Rocha (R2 – Cirurgia Geral)
Reunião Clínico PatológicaRelato de Caso Dr. Tiago José da Rocha (R2) Maio 2008
HISTÓRIA CLÍNICA • Paciente encaminhada via Central Estadual de Consultas ao ambulatório de Cirurgia Geral por colelitíase. • ID: • SSO, feminina, 35 anos, natural e procedente de Ponta Grossa - PR, casada e evangélica
HISTÓRIA CLÍNICA • 06/07/2007 – 1ª Consulta • QP – “dor do lado direito” • HMA – Paciente relata dor tipo cólica em QSD de abdome, há 8 meses (desde novembro de 2006), com episódios ocasionais, com a piora à ingestão de alimentos gordurosos. Refere que procurou várias vezes o PSM (Pronto Socorro Municipal) para tratamento sintomático. Nega episódios de pancreatite ou internamentos hospitalares por este motivo.
HISTÓRIA CLÍNICA • 06/07/2007 – 1ª Consulta • HMP – Nega HAS, nega DM. Refere uso de omeprazol e escopolamina para tratamento sintomático das crises. Nega outras comorbidades e nega cirurgias prévias • CHV – Nega tabagismo, nega etilismo • RS – sem particularidades
HISTÓRIA CLÍNICA • 06/07/2007 – 1ª Consulta • Exame Físico: • Pct em BEG, LOTE, corada, hidratada, eupneica, acianótica, anictérica. • MV+ bilateral sem RA, BCRNF sem sopros • AB – plano, flácido, RHA +, presença de dor a palpação profunda em QSD. Ausência de visceromegalias.
HISTÓRIA CLÍNICA • 06/07/2007 – 1ª Consulta • Exames complementares: • US – presença de múltiplos cálculos em topografia de vesícula biliar, sendo a maior com 0,5cm em seu maior diâmetro. – (Serviço externo) • Solicitado complementos do exames pré-operatórios.
HISTÓRIA CLÍNICA • 03/08/2007 – 2ª Consulta • Retorna com exames: • Eritrócitos – 3.91 milhões, VG – 37.5, HB 12.8 • Leucócitos – 7.180 Bastões – 2% • Plaquetas – 307.000 • RNI – 1,00 Relação KPTT P/N – 0,6 • Glicemia jejum – 89 • Creatinina – 0,58 • Liberado AIH para cirurgia – aguarda na fila.
HISTÓRIA CLÍNICA • 06/11/2007 – 3ª Consulta • “Paciente retorna para saber a posição na fila para cirurgia.”
HISTÓRIA CLÍNICA • 25/01/2008 – 1º Internamento • Paciente interna para realização de colecistectomia eletiva. • Realizado avaliação pré-anestésica: • Liberada para cirurgia ASA - 1 e Risco - 1.
HISTÓRIA CLÍNICA • 29/01/2008 – • Paciente levada à cirurgia, sob anestesia geral • Optado por incisão subcostal de Kocher
HISTÓRIA CLÍNICA • Inventário da cavidade: • Presença de ascite de aspecto citrino com grumos e nódulos gelatinosos. Colhido material para anatomia patologica e laboratório de análises clínicas. • Presença de nódulos gelatinosos em superfície hepática, em peritônio e grande omento. • Realizado omentectomia parcial, encaminhado para anatomia patológica • Realizado biópsia de peritônio • Optado por não realizar colecistectomia até diagnóstico
HIPÓTESES DIAGNÓSTICA Tumores do Peritônio: • Lesões semelhante “like” tumor: • Hiperplasia mesotelial • Cistos de inclusão peritonial • Granulomaqueratinosoperitonial • Fibrose peritonial, esclerose peritonial e esclerose mesentérica • Fibrose calcificada (pseudotumor) • Melanose • Infarto do apêndice epiplóico • Nódulos cartilaginosos
HIPÓTESES DIAGNÓSTICA Tumores do Peritônio: • Neoplasias Mesoteliais: • Tumor fibroso solitário • Tumor adenomatóide • Mesotelioma papilar bem diferenciado • Mesotelioma maligno
HIPÓTESES DIAGNÓSTICA Tumores do Peritônio: • Miscelânea de tumores primários: • Tumor de células desmoplásicas • Tumor miofibroblasto inflamatório • Hamartomamixóideomento-mesentérico • Tumores Metastáticos: • Pseudomixomaperitonial • Carcinomatoseperitonial
HIPÓTESES DIAGNÓSTICA Tumores do Peritônio: • Tumores secundários ao sistema mülleriano: • Endosalpingiose • Carcinomas peritoniais de alto grau • Carcinomas peritoniais de baixo grau – psammocarcinomas • Tumores endometrióidesperitoniais • Lesões mucinosasperitoniais • Decídua ectópica • Leiomiomatoseperitonial • Mola hidatiforme
HISTÓRIA CLÍNICA • Exames complementares: • Eritrócitos.............. 3,91 milhões/µL • Hemoglobina.............. 11,60 g/dL • Volume Globular.......... 34,0 % • Volume corpuscular médio. 87 fL • Hb. Corpuscular média.... 29,7 pg • Conc. Hb. corpusc. média. 34,12 % • Leucócitos............... 9.400 /µL • Eosinófilos.............. 2 % 188 /µL • Basófilos................ 0 % 0 /µL • Linfócitos............... 29 % 2.726 /µL • Linfócitos Atípicos...... 0 % 0 /µL • Monócitos................ 4 % 376 /µL • Mielócitos............... 0 % 0 /µL • Metamielócitos........... 0 % 0 /µL • Bastonetes............... 0 % 0 /µL • Segmentados.............. 65 % 6.110 /µL • Neutrófilos.............. 65 % 6.110 /µL • Plaquetas................ 260.000 /µL
HISTÓRIA CLÍNICA • Exames complementares: • Beta HCG - inferior a 25 • Beta HCG Quantitativo - NÃO DETECTÁVEL • ROTINA DE LÍQUIDO PERITONEAL • pH........................8,5 • Aspecto...................TURVO/HEMORRÁGICO • Eritrócitos...............50000 /µL • Leucócitos................480 /µL • Contagem Diferencial: • EOSINÓFILOS 24% • LINFÓCITOS 51% • MONÓCITOS 6% / NEUTRÓFILOS 10% • CÉLULAS MESOTELIAIS 9%
HISTÓRIA CLÍNICA • Exames complementares: • Direta ou conjugada 0,14mg/dL < 0,20 mg/dL • Indireta ou não conjugada 0,19mg/dL < 1,00 mg/dL • Total 0,33mg/dL • Lipase Sérica 47,00U/L • Gama Glutamil Transferase (GGT) 13,0 U/L • Fosfatase Alcalina 49,0 U/I • Uréia 15,00 mg/dl • Creatinina 0,88 mg/dL • Transaminase Pirúvica (Alt) 10,1U/L • Transaminase Oxalacética (Ast) 15,0U/l • Sódio 143,00 mEq/l • Potássio 3,95 mmol/L • Amilase 91,00UI/L
HISTÓRIA CLÍNICA • 13/04/2008 – 2º Internamento – Oncogineco • Pcte. com dx. de Pseudomixoma Peritoneal. • Interna para procedimento cirúrgico (Second look).
HISTÓRIA CLÍNICA • 14/04/2008 – “Second look” • Abertura da parede por planos, aspiração de ascite • Cavidade peritonial com grande infiltração neoplasia em superfície de órgãos pélvico, peritônio visceral, superfície gástrica, delgado, cólon, cúpula diafragmática e hepática • Realizado Anexectomia bilateral, Omentectomia, Apendicectomia e Citorredução.
HISTÓRIA CLÍNICA • 19/04/2008 • Paciente evolui bem, recebe alta hospitalar.
TUMORES DE APÊNDICE • Adenocarcinoma • Cistoadenocarcinoma (mucinoso, bem diferenciado) • Tipo intestinal (pouco diferenciado) • Linfomas • Tumor Carcinóide • Adenocarcinóides • Mucocele Apêndice
Pseudomixoma Peritonial • Os pseudomixomas peritoneais são tumores raros, curso indolente • Incidência: • 1 para cada 5.000 laparotomias. • Caracterizados por ascite mucinosa, envolvendo a superfície peritoneal, omento e alças intestinais
Pseudomixoma Peritonial • Comumente estão associados a tumores benignos ou malignos do apêndice ou ovários • O apêndice é o local de origem na maioria dos casos
Pseudomixoma Peritonial • Existem duas formas clínicas da doença: • “adenomatosemucinosa peritoneal difusa” e • “carcinomatose peritoneal mucinosa” • Doença é rara e poucos cirurgiões têm alguma experiência em relação à conduta cirúrgica
Pseudomixoma Peritonial • Diagnóstico pode ser feito por meio: • da citologia de aspiração por agulha fina, • ultra-sonografia, • tomografia computadorizada ou ressonância magnética • Histologicamente: • células produtoras de mucina, em meio ao epitélio colunar bem diferenciado, geralmente com baixo grau de malignidade
Pseudomixoma Peritonial • O objetivo do tratamento: • Completa citorredução com o uso de procedimentos de “peritonectomia”, seguidos por quimioterapia intraperitoneal pós-operatória precoce. • Em virtude da sua baixa malignidade, amplas margens de ressecção não são necessárias. • Cirurgias agressivas e debridamentos repetidos, incluindo apendicectomia, ooforectomia bilateral e omentectomia, devem ser adotados como medida inicial
Pseudomixoma Peritonial • Tratamento • O 5-fluorouracil intraperitoneal parece ser uma droga eficiente no controle da doença • Prognóstico • O baixo grau de malignidade do carcinoma pode ser responsável pelo seu comportamento indolente, ausência de metástases distantes e longa sobrevida • Taxas de sobrevida em cinco e dez anos entre 75% e 60%
MesoteliomaPeritonial • O mesotelioma maligno do peritonial é um tumor raro • 1-2 casos em cada milhão de habitantes por ano • A sua incidência tem sido crescente nos últimos anos (sobretudo nos países industrializados)
MesoteliomaPeritonial O mesotelioma é um tumor primitivo do tecido conjuntivo, que atinge as serosas pleural, pericárdica e peritônio. É uma neoplasia pouco frequente, com incidência de cerca de 1-2 casos em cada milhão de habitantes por ano. Atinge sobretudo homens (ratio 2:1), com idades entre os 40 e 70 anos