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A Mulher e a Relação com o Tabagismo. II CBT 2007. Tabagismo e Mulher :Uma epidemia contemporânea. Dra Penha Uchoa. História natural do tabagismo feminino. Historicamente, taxas associadas ao tabagismo têm sido maiores em homens
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A Mulher e a Relação com o Tabagismo II CBT 2007
Tabagismo e Mulher:Uma epidemia contemporânea Dra Penha Uchoa
História natural do tabagismo feminino • Historicamente, taxas associadas ao tabagismo têm sido maiores em homens • Atualmente nos EUA: prevalência tabágica superior na mulher jovem, sendo a causa mais comum de morte por CA nesta população • 1950-2000: elevação da taxa de mortalidade feminina por CA de pulmão 600% ( 3% e 25%) • Hipótese: elevada taxa de tabagismo nos 1960s e 1970s ou fator inerente ao sexo com maior vulnerabilidade. Med Clin N A88(2004):1467-81
Evolução do tabagismo nas mulheres • Inicio: 1920s; pico: 1960s-1970s; atual:22%, >200milhões • 1990s: aumento da incidência e mortalidade do CA de pulmão na mulher • 2003, 25% da mortalidade por CA: efeito retardado do tabagismo e menor taxa de abstinência Chest,2006, 129(5) Pneumoatual.com.br
Expectativas do Tabagismo em mulheres • OMS- 2020: 500 milhões de mulheres fumantes e acima de 200 milhões de mortes precoces • Maior prevalência em paises em desenvolvimento: de 7% para 20% em 2025. Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Tabagismo e Mulher • Marketing: associa tabagismo a valores femininos • Provável maior susceptibilidade ao dano tabágico • Menor taxa de abstinência/Menor sucesso terapêutico (TRN) Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Dependência Tabágica e Sexo • 1460 fumantes • 2001-2003 • Idade média: homem:45,2; mulher: 48,6 • Anos/maço: homem: 33; mulher:27 • Idade de inicio: 16 anos • TF: 6,1 Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Dependência Tabágica e Sexo: aspectos demográficos The medical clinics North America - 2004
Motivos para fumar: diferenças entre os sexos The medical clinics North America - 2004
Motivos para parar de fumar : diferenças entre os sexos The medical clinics North America - 2004
The medical clinics North America - 2004 Obstáculos para abstinência
Taxa de Cessação Tabágica e Diferenças Sexuais K.R. Chapman Clin Chest Med (2004)
Perfil Tabágico e Taxa de sucesso terapêutico • Estudo retrospectivo • ACT-HM • Periodo: 2002 a 2006 • 427 fumantes • Avaliar perfil tabágico e taxa de sucesso terapêutico em homens e mulheres JBP 2007
Tabela 1. Perfil dos tabagistas (1) Teste Mann-Whitney
65% 35% ...
Graf.3:Teste de Fagerstron em função do sexo p = 0,014 26,0 % 37,8% 51,3 % 43,9 % p = 0,154 p = 0,318 18,2 % 22,7 % n=149 n=273
Graf.4: Nºcigarro/dia em função do sexo 26,4% p<0,001 43,6 % 33,0 % p=0,744 30,9 % p=0,002 40,7 % 25,5 % N=149 N=273
Graf.6: Taxa de Abstinência em homens e mulheres no AAT-Hospital de Messejana. % 56,6% 57,1% 43,4% 42,9 % p=1,000
Graf. 5 : Distribuição do uso de bupropriona por sexo p=0,044 (1) 66,9% 56,8% 43,2% 33,1% (1) Teste Exato de Fisher
Conclusão • Mulheres • Procuraram o tratamento com mais freqüência, fumavam menor número de cigarros e possuíam TF mais baixo comparado com homens • Utilizaram bupropiona mais frequentemente e durante período mais prolongado do que o sexo masculino
Efeito adverso do Tabagismo na fertilidade, gravidez e na infância • Infertilidade • Aborto • Placenta prévia • Natimortalidade • prematuridade • RN de baixo peso • Morte súbita na infância • Maior incidência de doenças respiratórias agudas e crônicas, asma e exacerbação da mesma, mesmo com tabagismo passivo. Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Risco cardiovascular na mulher fumante • Mais efeitos deletérios em idade < 45 anos e maior número de cigarros fumados • Disfunção endotelial • Dislipidemia • Trombose coronariana • Ação antiestrogênica • Morte súbita por DAC em jovem Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Tabagismo e Câncer na mulher • Bexiga • Mama( controverso) • Útero • Esôfago • Rim • Pulmão • Orofaringe • Pâncreas Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Incidência e mortalidade de CA pulmão em mulheres • 6/100.000 em 1960s • >40/100.00 em 1990s • 2000: Matou mais mulheres do que câncer de mama, ovário e útero combinados • Expectativa de declínio da mortalidade após 2010. Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Incidência de Câncer e Sexo M.P.Rivera, D.E.Stover / ClinChestMed 25 (2004) 391–400
Homens Fumantes Óbitos de Homens Mulheres Fumantes Óbitos de Mulheres Mortalidadeem conseqüência do tabagismo 40 30 20 10 0 70 60 50 40 30 20 10 0 Estágio 1 Estágio 2 Estágio 3 Estágio 4 % de mortes devido ao tabagismo % de adultos fumantes 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Anos Estágio 1 África Sub-Saariana Estágio 2 China, Japão, Sudeste Asiático, América Latina, Norte da África Estágio 3 Sul e Leste da Europa, América Latina Estágio 4 Oeste Europeu, América do Norte, Austrália Fonte: Lopez et al, Tobacco Control 1994, 3:242-247 (adaptado)
Câncer de pulmão e mulher • 1990s:incidência do CA parece estabilizar no homem, continua crescendo na mulher • Após ajuste de dose de exposição: mulher mais susceptível a ef carcinogênicos • Expressa gene que codifica o receptor de liberação da gastrina, mesmo em não fumante • Susceptibilidade maior ao efeito cancerígeno do tabagismo passivo Med Clin N Am 88(2004):1467-81
Câncer de pulmão e sexo • Em mulher: Mais comum e menos fatal quando comparado com sexo masculino? • Prevalência diagnóstico: 2,1% em mulheres e 1,2% em homens • Diagnóstico: OR 1,9 ( IC 95% 1,5 a 2,5) corrigido para idade e carga tabágica • Mortalidade: OR 0,48 (IC 95% 0,25 a 0,89) • Menos agressivo, mais curável? Thorax, 2006:61(10)
Mortalidade por CA de pulmão1990-1998 • Elevação de 1,1% em mulheres • Declínio de 1,8% em homens • Estudo caso-controle: mulher, maior chance de CA (OR: 1,2 a 1,7), apesar: • Inicio tardio • Fumar menos • Fumar cigarro com menos alcatrão • Inalar menos profundamente • Explicações plausiveis: • Metabolismo da nicotina • Biotransformação de carcinógenos • Fator hormonal: + tabagismo:OR:32.4 • Mutações genéticas: menor capacidade de reparação do DNA Clin North Am 2004, Chest, 2006, 129(5):
Distribuição do Câncer de pulmão em função do Tabagismo P=0,0143;OR=1,936, JBP 2006 32(6): 510-514
Tabagismo e Sexo em função da distribuição do Câncer de pulmão Pmasculino=0,7870; Pfeminino=0,0574
Alteração Epidemiológica da DPOC: DPOC e Mulher • Negligenciada; mortalidade crescente • Estereótipo da DPOC: homem idoso com dispnéia e tosse • Risco de desenvolver DPOC com pouca ou nenhuma exposição tabágica • Mulher com DPOC desenvolve sintoma mais cedo e mais grave
Diagnóstico de DPOC e sexo/idade K.R. ChapmanClin Chest Med (2004)
Exposição Tabágica e Sexo em Função da Gravidade da DPOC K.R. Chapman Clin Chest Med (2004)
Taxa de Mortalidade por DPOC em Homens e Mulheres K.R. Chapman Clin Chest Med (2004)
Evidência das Estratégicas de Controle do Tabagismo • Resultado dramático especialmente para mulheres • Melhora da função pulmonar após abstinência maior do que em homens • Califórnia, 13 anos: 1990s, queda da prevalência 2-3 vezes mais rápida do que resto do país. Câncer de pulmão na mulher: queda de 4,8%
I Jornada Cearense de Reabilitação Pulmonar Doenças respiratórias e o impacto no contexto social NOVEMBRO – FORTALEZA - CE