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Reforma Universitária Europeia: 10 anos do Processo de Bolonha Profª Drª Elisabete M. A. Pereira Faculdade de Educação. Histórico e contexto da reforma O processo de Bolonha e a criação do Espaço Europeu de Educação Superior. CARTA MAGNA. Carta Magna –
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Reforma Universitária Europeia: 10 anos do Processo de Bolonha Profª Drª Elisabete M. A. Pereira Faculdade de Educação
Histórico e contexto da reforma O processo de Bolonha e a criação do Espaço Europeu de Educação Superior
CARTA MAGNA Carta Magna – Marco de grande significado histórico, político e estrutural do Espaço Europeu de Educação Superior. Resolução dos Ministros de harmonização do sistemas. 1959 1988 1974 1984 1ª Reunião Oficial da Conferência Européia de Reitores Resolução sobre o Ensino Superior e reconhecimento de títulos. ASPECTOS POLÍTICOS • A ideia de um Espaço Europeu de Educação Superior (EEES) vem sendo elaborado quase que concomitantemente com a criação da Comunidade Europeia;
CARTA MAGNA “As universidades devem estar, mais do que nunca, conscientes do papel que seriam chamadas a desempenhar numa sociedade cada vez mais internacional.” (p1) Estabelece princípios para definir e proteger o conceito de universidade. Princípios: autonomia, liberdade e relação ensino e pesquisa.
Carta Magna foi assinada por 430 Reitores PRINCÍPIOSFUNDAMENTAIS Independência de poder político, econômico e ideológico Indissociabilidade de ensino e pesquisa Transcender fronteiras geográficas e políticas – internacionalização. Responder à vital necessidade das diferentes culturas se conhecerem e se infuenciarem.
Magna ChartaUniversitatum 1988 • O futurodahumanidadedependegrandemente do desenvolvimentodacultura, ciência e tecnologia; • UniversidadesrepresentamCentros de cultura, conhecimento e pesquisa; • O futurorequerinvestimentosemeducaçãocontinuada.
Definem a criação de uma estruturade referência para o sistema europeu. - Maior cooperação acadêmica, respeito a diversidade, intercambio e mobilidade Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Bergen 45 países Declaração de Lisboa Declaração de Berlim 40 países Bucarest – Romenia Abril 2012 2007 2010 2012 2003 2005 2001 1998 1999 2000 Declaração de Praga 33 países Declaração Budapeste-Viena 47 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha DeclaraçãoLondres 46 países
Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Definem a criação de uma estrutura de referência para o sistema europeu. - Maior cooperação acadêmica, respeito a diversidade, intercambio e mobilidade 1998 1999 Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha
Processo de Bolonha – 1999 Assinado por 29 Ministros de Educação Meta: Estruturar em 10 anos o Espaço Europeu de Educação Superior Reafirmou os Fundamentos da Carta Magna, os objetivos da Declaração de Sorbonne e novos objetivos
Adotar um sistema de graus comparáveis Adotar um sistema de 2 ciclos (passou para 3 2003) 3. Estabelecer um sistema de créditos (E C T S) 4- Promover a mobilidade discente, docente, pesquisadores e administradores. 5. Promover a cooperação para a garantia da qualidade da educação superior. 6- Promover a dimensão européia de educação superior em relação a currículo, programa de estudos, formação e pesquisa.
O Processo de Bolonha objetiva: • Buscar a unidade do sistema e não a uniformidade dos sistemas existentes. • Diluir as fronteiras entre sistemas, instituições, percursos e tempos • - mobilidade de professores, alunos e administradores • Ser um sistema comparável e compatível de educação superior, alcançado por meio de reformas Nacionais.
Está fundamentado em valores de: - • - confiança, • - cooperação, • - respeito à diversidade • - qualidade na educação • Adota um sistema baseado em ciclos • Bacharelado - 3 anos (180 créditos) • Mestrado – 2 anos (120 créditos) • Doutorado – 3 anos (180 créditos_
O Processo de Bolonha »não é um sistema centralizado e uniforme de educação superior. » não é um Tratado, com normas vinculativas ou sanções jurídicas. » não é um programa imposto, mas construído em colaboração conjunta entre os países. » não tem obrigatoriedade do mesmo estágio de desenvolvimento.
LINHA DE AÇÕES (1999)– RESULTADOS ALCANÇADOS (2010) • » 4 linhas principais de ação combinada: • Construir o sistema de crédito Europeu (ECTS); • (b) uma estratégia comum de moldura • flexível das qualificações, • (c) uma dimensão europeia com garantia da • qualidade e avaliação; • (d) capacitação de europeus para • utilização de novas oportunidades de • aprendizagem na Europa.
ESTRUTURAÇÃO Sistema de ciclos 3- 5- 8 (Bacharelado, Mestrado, Doutorado) Sistema de Créditos (ECTS) Programa de Estudos Perfis de Competências • - bacharelado de três anos (em alguns casos, quatro), para uma formação geral, interdisciplinar e básica; • - dois anos de mestrado, para formação especializada; • - três anos de doutorado, formação do pesquisador Sistema de avaliação e acreditação
Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Lisboa 4 novos países: Croácia, Ciprus, Liechstein, Turquia. A Declaração de Praga, expande os objetivos para o reconhecimento da educação continuada como elemento essencial para a construção de uma sociedade baseada em conhecimento. Estabelecem o 3º ciclo- Doutorado • Elaboração de um Quadro de Qualificações Comparáveis e Compatíveis. • remover obstáculos que impeçam a mobilidade de empregos União dos Estudantes Europeus passa a participar dos encontros Ministeriais. 1998 1999 2000 2001 Declaração de Praga 33 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha
Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. • 7 países se filiaram: Albânia, Andorra, Bósnia- Herzegovina, Vaticano, Rússia, Sérvia, Macedônia. • Objetivo: • - melhorara a dimensão social, • fortalecer a coesão social, • reduzir a desigualdade social e de • gênero. • Definição de 3% do PIB para pesquisa Declaração de Lisboa Declaração de Berlim 40 países 1998 1999 2000 2001 2003 Declaração de Praga 33 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha
Declaração de Bergen 45 países Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Lisboa 5 países se tornaram membros: Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Moldova, Ucrânia. As estatísticas demonstram que 50% dos estudantes estavam frequentando o novo sistema. Foram estabelecidos padrões, orientações e critérios para avaliar a qualidade. Declaração de Berlim 40 países 2001 1998 1999 2000 2003 2005 Declaração de Praga 33 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha
1 país – República de Montenegro • Objetivos: • Reafirmar necessidade de preparar os estudantes para viver como cidadãos de sociedades democráticas. • prepará-los para futuras carreiras • capacitá-los para seu desenvolvimento pessoal • Desafios • - remover obstáculos para mobilidade • - proporcionar balanço na mobilidade • lutar por recursos financeiros • criar currículos mais flexíveis • educação centrada no estudante Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Bergen 45 países Declaração de Lisboa Declaração de Berlim 40 países 2003 2001 1998 1999 2000 2005 2007 Declaração de Praga 33 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha Declaração Londres 46 países
Formalmente criado o Espaço Europeu de Educação Superior 1 país – Cazaquistão Critério de elegibilidade dos países ao EEES “declarar e apresentar estratégias para o desenvolvimento e concretização dos objetivos do Processo de Bolonha no interior de seus sistema de educação superior”. Os 47 países se comprometeram com objetivos e princípios da reforma. Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Bergen 45 países Declaração de Lisboa DeclaraçãoLondres 46 países Declaração de Berlim 40 países 2007 2010 2003 2005 2001 1998 1999 2000 Declaração de Praga 33 países Declaração Budapeste-Viena 47 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha
Declaração de Sorbonne 4 países. Iniciam a discussão do EEES. Declaração de Bergen 45 países Declaração de Lisboa Bucarest – Romenia Abril 2012 Declaração de Berlim 40 países 2007 2010 2012 2003 2005 2001 1998 1999 2000 Declaração de Praga 33 países Declaração Viena –Budapeste 47 países Declaração de Bolonha 29 países- Processo de Bolonha DeclaraçãoLondres 46 países
Finlândia • Islândia • Rússia • Suécia • Noruega • Estônia • Letônia • Holanda • Escócia • Lituânia • Dinamarca • Bélgica • Irlanda do Norte • Polônia • Alemanha • Inglaterra • Irlanda • Ucrânia • República • Checa • País de • Gales • Eslováquia • Liechtenstein • Luxemburgo • Moldávia • Hungria • Áustria • França • Romênia • Suíça • Croácia • Eslovênia • Sérvia • Geórgia • Bósnia-Herzegovina • Montenegro • Itália • Bulgária • Azerbaijão • Portugal • Macedônia • Andorra • Turquia • Grécia • Armênia • Espanha • Albânia • Chipre • Malta
O EEES tem bases na cooperação, na confiança, no respeito a diversidade cultural, de língua e de sistema educacional. Princípios e objetivos transformados em ações. O EEES rompe as barreiras geográficas e políticas IES com diferentes percursos.
Sistema com base em Competências Primeiro Ciclo- competências gerais e comuns para qualquer titulação. Segundo Ciclo- competências profissionais e de especialização. Terceiro Ciclo – competências de investigação.
As estruturas formais - desenvolvi das • As estruturas substantivas – problemáticas • Mudanças Pedagógicas: • formação de professores – valorizar docência como a pesquisa • metodologias de aprendizagens- aprendizagem centrada no aluno • avaliação- precisam ser repensadas no contexto das inovações de ensino Vertente política X Vertente pedagógica
AVALIAÇÕES PARCIAIS • Consideráveis progressos, mas... • diferentes níveis de implementação; • nem todos os objetivos estão sendo atingidos; • maior número de países implementaram apenas 2 ciclos; • diferentes entendimentos sobre os ECTS; • pequena porcentagem de mobilidade; • mobilidade para e de países mais desenvolvidos.
ENTENDIMENTO SOBRE O PROCESSO DE BOLONHA DIFERE... IMPLEMENTAÇÃO DO PROCESSO 4 países o Processo de Bolonha 100% implementado 9 países 70% das ações implementadas 34 países com implementação em diversos estágios Para Reino Unido aumentar padrão através da internacionalização; 15 países repensar a estrutura e a qualidade dos programas; 20 países é para um processo de mudança e não um fim em si mesmo.
PRIORIDADES PARA A DÉCADA 2010 - 2020 • Dimensãosocial melhorar a competitividadeequilibrando com a melhora social do EEES; • Redução das desigualdades; • Maiorcoesão social; • Maiorrelação entre ensino e pesquisa; • Promoçãodainterdisciplinaridade no ensino e napesquisa; • Implementaçãoefetiva dos ECTS (créditos); • Desenvolver a aprendizagemcentrada no estudante
PARA A DÉCADA 2010 - 2020 • Fortalecer a empregabilidade dos estudantes; • Atingir 20% de mobilidade entre estudantes até • 2020; • Não perder os objetivos e as 10 metas de ação de • 1999; • Formar cidadãos democráticos; • Promover fontes de recursos necessárias para as ações; • Maior reconhecimento do papel da comunidade acadêmica (professores, alunos, administração, pesquisadores);
Ações – 2010-2020 Reafirmar que a educação superior é uma responsabili-dade pública e a maior força em direção a um mundo econômico e socialmente desenvolvido. Aumentar o esforço na dimensão social para prover educação de qualidade e oportunidade igual, com maior atenção para grupos minoritários. Desenvolvimento de novos métodos de trabalho, como a aprendizagem em pares, visitas de estudos, atividades de cooperação, para a implementação de princípios acordados no Processo de Bolonha.
IMPLEMENTAÇÃO DO SUPLEMENTO DE DIPLOMA • Documento bilíngüe de natureza informativa de modelo único, com objetivo de melhorar a transparência internacional e o reconhecimento acadêmico e profissional equitativo das qualificações. • Descreve a natureza, o nível e o conteúdo do curso. • 30 Países adotaram o Suplemento de Diploma.
Avaliação dos Ciclos ►Todos os países têm alguma forma de 2 ciclos (Bacharelado e Mestrado) ►20 Países permitem várias combinações ►19 Países- 1ºciclo de 3 anos e 2ºciclo de 2 anos ►5 Países - 1º ciclo de 4 anos e 2ºciclo de 2 anos ►2 Países – 1º ciclo de 4 anos e 2º ciclo de 1 ano e ½ 50% DOS ALUNOS FAZEM OS 2 CICLOS
36 países isentaram alguns cursos de seguir a estrutura de 2 ciclos
Uso do ECTS- EuropeanCreditTransferSistem 43 países adotaram o ECTS 19 Países têm Serviço de Orientação e Aconselhamento para estudantes
Doutorado – aumentou em 20% em toda Europa ► estrutura- 3-4 anos ►diversos modelos
ATRATIVIDADE • Aumentou em 116% a atratividade do • Sistema Europeu • Aumentou 60% o nº de estudantes de países que não são do EEES • Dificuldade de medir a mobilidade • entre os países da EEES
Dados de levantamento longitudinal com 821 IES Processo de Bolonha Reformas para garantia da Qualidade Internacionalização Reformas Governamentais Reformas Financeiras Políticas de Pesquisa e Inovação Mudanças Demográficas Rankings Rankings Fonte- Trends 2010 – European University Association – março 2010
Negativo Indiferente Positivo Muito Positivo Fonte- Trends 2010 – European University Association – março 2010
ESTRUTURA CURRICULAR – COMPETÊNCIAS NO BACHARELADO • capacidade de análise e síntese; • Cultura geral, • capacidade de comunicação; • capacidade de aprender a aprender; • capacidade de adaptar a novas situações; • raciocínio abstrato; • consciência ética; • transferência de habilidade.
FINALIZANDO... Os aspectos positivos que não podem ser minimizados, como o incentivo à mobilidade e ao reconhecimento dos títulos entre os diversos países. Há pontos que precisam ser discutidos e melhor compreendidos, como a concorrência entre os estabelecimentos de ensino e o método de avaliação interna e externa de cada universidade. Outros pontos, baseando-se nos princípios da própria universidade, precisam ser questionados, como uma possível submissão da formação ao mercado de trabalho. Deve-se considerar principalmente os atores mais próximos e interessados nos frutos do próprio trabalho: docentes e estudantes.
DOCENTES • ensino aprendizagem e formação • desafios pedagógicos; • novos enfoques metodológicos; • avaliação da aprendizagem.
CERTIFICAÇÃO DA QUALIDADE avaliação dos programas e das instituições • Medidas institucionais, nacionais e européias: • sistemas comparáveis; • procedimentos comparáveis; • indicadores comparáveis; • publicação dos resultados.
OBRIGADA! Elisabete Monteiro de Aguiar Pereira