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Teoria da Imagem: Perspectiva Estética

Teoria da Imagem: Perspectiva Estética. Prof. Andréa Estevão. Referências e material para consulta. NEIVA Jr., Eduardo. “A imitação”. In: A imagem. São Paulo: Ed. Atica, 2002. (p.17-30).

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Teoria da Imagem: Perspectiva Estética

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Presentation Transcript


  1. Teoria da Imagem: Perspectiva Estética Prof. Andréa Estevão

  2. Referências e material para consulta • NEIVA Jr., Eduardo. “A imitação”. In: A imagem. São Paulo: Ed. Atica, 2002. (p.17-30). • SANTAELLA, Lúcia. “Os três paradigmas da imagem”. In: Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Ed. Iluminuras, 2005. (p.157-186). • Consultar os sites: • http:\\www.historiadaarte.com.br • http:\\www.museus.art.br • Analisar algumas imagens pré-fotográficas – desenhos; pinturas, esculturas, a partir dos parâmetros e aspectos trabalhados em aula. • Assistir e debater o filme: Caravaggio, de Derek Jarman. É possível trabalhar trechos do filme hospedados no youtube.

  3. Programa • Unidade I – A Imagem: conceito, domínios e paradigmas • 1.1 – O conceito de imagem; O conceito de estética • 1.2 - Os domínios da imagem: imagens mentais; imagens diretamente perceptíveis; representações visuais. • 1.3 -  A imagem e seus paradigmas: o pré-fotográfico, o fotográfico e o pós-fotográfico.

  4. Unidade II – O valor representativo da imagem • 2.1 – Analogia e referência  • 2.2 – Mímese, analogia e convenção • 2.3 – Realismo, estilo e Ideologia • 2.4 - As vanguardas artísticas e rompimento com a representação

  5. Unidade III - A imagem e seus usos • 3.1 – O poder da imagem e aspectos persuasivos: a retórica da imagem • 3.2 -funções e usos da imagem - comunicação, modos de ver e mediação

  6. Unidade IV – Estética, comunicação e imagem • 4.1 – Tecnologia e imagem: questões de tecnoestética • 4.2 - Convergências entre arte e mídia

  7. Conceitos • 1) Imagem – é um termo que vem do grego “ eikon”.  Em grego esse termo se refere a todo tipo de imagem entendida como estímulo visual – a pintura, estampa de um cartaz, imagens sombreadas e espelhadas.  Mas o termo imagem é ambíguo e abarcativo.  Imagem pode ser interpretada tanto como imagem estritamente visual, quanto como um complexo indivisível de estímulos auditivos, visuais e emocionais.

  8. 2) Estética – é um termo derivado do grego aisthesis, e quer dizer, primeiramente, “sentir”. Mas sentir sensorialmente, com os cinco sentidos - rede de percepções físicas -, e não com os sentimentos ou com o coração.

  9. 2.1)Estética é também “a ciência do modo sensível de conhecimento de um objeto”, de acordo com  Muniz Sodré. • 2.2) Embora se veja o termo estética aplicado à arte (“belas artes”, “artes do belo”), no século XVIII, Alexander Gottlieb Baumgarten, filósofo alemão criador do termo, não fazia esse tipo de restrição.  Ele compreendeu Estética como o  conhecimento da sensação ou da percepção sensível, que não se reduz ao saber lógico. • 2.3) A Estética já foi o estudo da fonte das sensações agradáveis produzidas pela obra de arte, ou seja, estudo do belo.

  10. 2.4) Kant, filósofo iluminista, encerra a Estética na problemática da beleza, da criação e do gênio.  Já Hegel, tenta escapar das perguntas sem resposta da questão do julgamento do gosto e decide que  a Estética deve estudar não o Belo, mas a função da arte. • 2.5) Benedetto Croce, em seu projeto, Estética (1901), pretende estabelecer a estética como um ciência geral dos símbolos, projeto próximo ao de uma semiologia.  Ele propõe uma importante reflexão sobre a arte, aquela que questiona a significação das obras de arte e a compreensão que temos  da mesma.

  11. Objetivos • 2.6) Esse curso de Teorias da Imagem se propõe a discutir tanto os efeitos perceptivos das imagens disponíveis no mundo, hoje, (das imagens artísticas e das produzidas com finalidade de comunicar mensagens), quanto as mediações e processos de significação nos quais as tecnologias da imagem estão inseridas.

  12. Domínios da Imagem . Domínios da Imagem – Segundo Santaella e Winfrid Noth, há pelo menos três principais domínios da imagem: a) o domínio das imagens mentais, imaginadas; b) o domínio das imagens diretamente perceptíveis (que se compõem no aparelho ocular-cerebral); c) o domínio das imagens como representações visuais (desenhos, pinturas, gravuras, fotografias, imagens cinematográficas, televisivas, holográficas e infográficas).  É o domínio das imagens como representações visuais que iremos estudar na disciplina.

  13. Paradigmas da Imagem • 1)Paradigma - o termo paradigma será usado, aqui, no sentido operacional e metafórico que Lúcia Santaella (2005) faz dele, com o objetivo de destacar traços gerais que caracterizam o processo evolutivo dos modos a partir dos quais a imagem é produzida. Paradigma se refere, neste contexto, ao conjunto de recursos, técnicas ou tipos de instrumentação para a produção de imagens,  que operam rupturas e delimitam novos parâmetros.

  14. Paradigma Pré-Fotográfico • Paradigma pré-fotográfico - ao analisar as imagens a partir da sua produção material podemos identificar três paradigmas diferentes: o pré-fotográfico, o fotográfico e o pós-fotográfico.  O paradigma pré-fotográfico refere-se às imagens que são produzidas artesanalmente, dependendo da habilidade manual de um indivíduo. Exemplos: Desenho, pintura, gravura, escultura.

  15. Paradigma Pré-fotográfico Meios de Produção • As imagens pré-fotográficas são expessão da visão. • O principal instrumento é o corpo - a mão e os prolongamentos necessários para sua produção. • Tanto o suporte quanto as substâncias utilizadas para que o agente produtor (pintor, desenhista, etc) possa deixar a marca de seu gesto irrepetíve são materiais. • A imagem produzida é um objeto único, autêntico, fruto da impressão primeira de um instante raro e sagrado no qual o pintor pousou seu olhar sobre o mundo. • Esse tipo de imagem reúne num único gesto, o sujeito criador, o objeto criado e a fonte que mobiliza a criação.

  16. Imagens pré-fotográficas: meios de armazenamento • Nas imagens artesanais, os meios de armazenamento coincidem com o suporte material único em que as imagens são produzidas. • As imagens artesanais ostentam uma contradição fundamental: a aspiração à durabilidade implícita no gesto criador de que estas imagens se originam e a fragilidade do meio de armazenamento que é em grande medida perecível.

  17. Imagens pré-fotográficas: o papel do agente produtor • A habilidade principal é a imaginação para a figuração. • As imagens artesanais geralmente são fruto da simpatia ou da agressividade na relação com o mundo. • Apresentam o olhar centralizado de um sujeito, que se posiciona como sujeito criador inspirado, espécie de demiurgo.

  18. Paradigma pré-fotográfico: a natureza da imagem • As imagens artesanais são basicamente uma figuração, imagens-mímese, imagem-espelho do mundo. • A imagem artesanal tende a ser a cópia de uma aparência imaginarizada, meio de ligação da natureza à imaginação de um sujeito, fundidas através do gesto do criador.

  19. Paradigma pré-fotográfico: a relação da imagem com o mundo • A imagem artesanal é como uma “janela para o mundo”, uma aparência metafórica. • Esta se apresenta como real através da imaginação de um sujeito que lança mão de um sistema de codificação ilusionista. • Embora a imagem pré-fotográfica seja figurativa e evocatica (busca o ideal de simetria), ela é uma imagem fantasmática, pois visa ao ocultamento da separação intransponível entre imagem e mundo.

  20. Paradigma pré-fotográfico: meios de transmissão • A unicidade das imagens pré-fotográficas faz com que o suporte que possibilita sua própria existência coincida tanto com o suporte de armazenamento, quanto com o de transmissão. • A imagem artesanal exige condições de consevação que contenham sua alta perecibilidade. • A exibição dessas imagens está circunscrita a espaços de reclusão: os museus, templos e galerias.

  21. Paradigma pré-fotográfico: o papel do receptor • Há no caráter único da imagem artesanal, algo de sagrado, uma certa nostalgia do divino, o que a torna objeto de contemplação. • A aura de objeto autêntico exige uma postura de reverência por parte do receptor.

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