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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA PSICOLOGIA DA VIDA ADULTA PROFESSORA TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES. Projeto Temático “A Cultura de ter Filhos”. Grupo 10 CRISTINA LUIZA METZ HANAUER ELISABETE SOUZA NETO
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE EDUCAÇÃO – FACED CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA PSICOLOGIA DA VIDA ADULTA PROFESSORA TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES Projeto Temático“A Cultura de ter Filhos” Grupo 10 CRISTINA LUIZA METZ HANAUER ELISABETE SOUZA NETO MARIA MARGARETE CANABARRO MARISTELA ANTONIA SAMBERG NÁDIA ROSELE BECKER
POEMA ENJOADINHO Vinícius de Morais Filho? FilhosMelhor não tê-losNoites de insôniaCãs prematurasPrantos convulsosMeu Deus, salvai-o!Filhos são o demoMelhor não tê-los...Mas se não os temosComo sabê-los?Como saberQue maciezaNos seus cabelosQue cheiro mornoNa sua carneQue gosto doceNa sua boca!Chupam gileteBebem xampuAteiam fogoNo quarteirãoPorém, que coisaQue coisa loucaQue coisa lindaQue os filhos são! Filhos... Filhos? Melhor não tê-los!Mas se não os temosComo sabê-lo?Se não os temosQue de consultaQuanto silêncioComo o queremos!Banho de marDiz que é um porrete...Cônjuge voaTranspõe o espaçoEngole águaFica salgadaSe iodificaDepois, que boaQue morenaçoQue a esposa fica!Resultado: filho.E então começaA aporrinhação:Cocô está brancoCocô está pretoBebe amoníacoComeu botão.
Introdução “Ser mãe é padecer no paraíso!” “Adoro crianças, desde que estejam na casa alheia!” “Eu era uma ótima mãe até ter filhos...” Frases como estas, proferidas por pessoas que decidem não ter filhos, exprimem de forma bem humorada uma dúvida de muitos casais: Por que ter filhos nestes dias cheios de contratempos e dificuldades? Em geral, os casais que decidem não ter filhos são olhados com desconfiança, como se estivessem traindo a sociedade e a espécie humana. Entretanto, defendem que ter filhos é um projeto de vida conjunto, uma decisão que vai mudar para sempre a vida de ambos. Decisão que deveria ser uma escolha consciente e planejada por todos aqueles que desejam proporcionar uma vida saudável e feliz para os seus rebentos.
Ter ou não ter filhos As principais razões para o adiamento da decisão de ter filhos e também para a diminuição do número de filhos, segundo casais entrevistados pelo Jornal "A Tribuna", de Vitória (ES), são: • Falta de vontade e/ou de maturidade para assumir as responsabilidades de cuidar de um filho nesse momento de vida; • Falta de condições financeiras favoráveis a um grande aumento de despesas que um filho acarretaria; • Ritmo acelerado de trabalho de ambos os cônjuges (do marido e, também, da mulher), dificultando os cuidados necessários a um bebê; • Escolha de estudar mais e investir em outros projetos de vida antes da chegada de um filho. Segundo dados do IBGE, publicados no Jornal VS, nos últimos dez anos subiu de 12,9% para 16% o número de casais sem filhos, sendo a Região Sul a recordista, com 18,8%. Para o sociólogo Carlos Gabea, esse processo é fruto da crescente individualidade na sociedade e da entrada em massa da mulher no mercado de trabalho.
Cobranças: de quem? Por quê? Segundo as mulheres (professoras), não-mães casadas, entrevistadas pela colega Nádia, as cobranças são: • dos seus familiares; • dos familiares do marido; • dos amigos; • da sociedade em geral. Elas acreditam que a sociedade veja nos filhos um complemento, ou uma parte do casamento.
Filho planejado e não planejado Segundo pesquisa Datafolha sobre fecundidade, 4 em cada 10 gestações ocorridas no Brasil não foram planejadas. Jovens (56%), pobres (44%), topo da pirâmide social (34%). O Datafolha perguntou também a pais e mães: Se pudesse voltar no tempo, você teria o mesmo número de filhos? 60% afirmou que faria escolhas diferentes: 24% teriam menos filhos, 21% teriam mais e 15% não teriam filhos. Entre a população mais pobre e com curso médio, o número ficou igual ou acima de 15%. Entre as mulheres 18% e entre os mais jovens 31% (16 a 24 anos). Na população de menor renda, o percentual dos que teriam menos ou nenhum filho se pudessem voltar atrás supera o dos que teriam mais. Entre os mais ricos ocorre o inverso: os que disseram que teriam mais superam aqueles que afirmaram que gostariam de ter tido menos ou nenhum.
A “mãe” através do tempo • No passado, a mãe tinha uma função mais biológica que afetiva. A criança era considerada um estorvo, os cuidados, a atenção e a fadiga que um bebê representava no lar nem sempre agradava aos pais. • No final do século XVIII, idealiza-se a família fundamentada no amor e já se observa uma mudança de mentalidade. A mãe ideal encarregava-se da educação completa dos filhos. • No século XX, o recrutamento dos homens para as duas guerras determinou a ocupação, por mulheres, de funções masculinas. Esse foi um caminho sem volta, pois à necessidade de sustentar a família seguiu-se o desejo de satisfação pessoal. • A mulher vivencia então o mito da mãe abnegada, responsável pela felicidade de todos, sofrendo por não conseguir dedicar-se plenamente ao trabalho, nem ser uma mãe exemplar. • No trabalho, a mulher é obrigada a desenvolver atitudes masculinas para garantir ser tão capaz quanto o homem, enquanto no lar cobra-se uma excelência como dona de casa, capaz de satisfazer com perfeição os desejos da família sem mostrar cansaço. • Atualmente a mulher-mãe tem dupla jornada, exerce funções distintas de subsistência e cuidados com o lar.
Referências Bibliográficas Censo Demográfico 1940-2000 (IBGE) - BRASIL (gráfico) Jornal VS Virtual. Rio Grande do Sul é recordista em casais sem filhos no País. Ed 9164. Disponível em: http://www.ziptop.com.br/vp/jornalvs/default.asp?ed=1898 Acessado em out/2008. LOBO, Adriana. Ser mãe: instinto ou escolha? Revista Sete – Espaço Aberto. Disponível em: http://www.revistasete.com/espaco_aberto_11_ser_mae_instinto_escolha.html Acessado em out/2008. OLIVEIRA, Waldemar M. Casais adiam o momento de ter filhos. Portal da Sexualidade. Disponível em: http://www.portaldasexualidade.com.br/Interna.aspx?id_conteudo=366&id_secao=125&id_item_secao=15 Acessado em out/2008. TOURINHO, Julia G. A mãe perfeita: idealização e realidade – Algumas reflexões sobre a maternidade. UERJ, 2006. Disponível em: http://www.igt.psc.br/ojs/include/getdoc.php?id=90&article=24&mode=pdf%20- Acessado em out/2008. VERMELHO: A Esquerda bem informada. Quatro em cada dez filhos não são planejados no Brasil. Disponível em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=36327 Acessado em out/2008.