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ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA)

ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA). Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB. CONCEITO. As Encefalomielites virais dos equinos são doenças infecciosas zoonóticas virais transmitidas por mosquitos. ETIOLOGIA.

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ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA)

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Presentation Transcript


  1. ENCEFALOMIELITESVIRAIS DOS EQUINOS(ENCEFALITE EQUINA) Profa Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

  2. CONCEITO As Encefalomielites virais dos equinos são doenças infecciosas zoonóticas virais transmitidas por mosquitos.

  3. ETIOLOGIA • 3 tipos de vírus da Família Togaviridae • Gênero Alphavírus: Leste, Oeste e Venezuela • RNA de fita simples- circundado por um envoltório de membrana plasmática da célula infectada. • Apresentam patogenicidade variável

  4. ETIOLOGIA • Vírus sensíveis a solventes lipídicos, cloro, fenol e aquecimento a 60oC/30 min. • Podem ser preservados indefinidamente a 4oC em estado liofilizado.

  5. Ocorrência no Brasil? • Dados oficiais não disponíveis • Diagnóstico em vários estados brasileiros

  6. EPIDEMIOLOGIA • Vetores: mosquitos dos gêneros Culex, Aedes, Anopheles e Culiseta • Mosquitos infectados são portadores por toda a vida • Vírus no mosquito: infecção no intestino glândula salivar

  7. EPIDEMIOLOGIA • Grande faixa de hospedeiros: humanos, cavalos, roedores, répteis, anfíbios, macacos, cães, gatos, furões, gambás, bovinos, suínos, aves e mosquitos. • Cavalos jovens mais susceptíveis • Relatos da doença em faisões, patos, galinhas, perus • Reservatórios: pássaros

  8. EPIDEMIOLOGIA • Diversos animais de laboratório podem ser infectados experimentalmente, ppte camundongo lactente • Ovos embrionados e pintinhos também susceptíveis à infecção

  9. EPIDEMIOLOGIA • Sazonal: clima quente e úmido • final de verão e início de outono- regiões de clima temperado • época das chuvas - regiões tropicais

  10. EPIDEMIOLOGIA • O vírus permanece em áreas em que o ciclo de vida dos vetores é interrompido (inverno) - prováveis mecanismos: • a) transmissão transovárica no mosquito; • b) sobrevivência de mosquitos adultos infectados; • c) infecções latentes crônicas em pássaros; • d) sobrevivência do vírus em outros hospedeiros, como répteis e cobras.

  11. PATOGENIA replicação primária nas células reticuloendoteliais do linfonodo regional Inoculação do vírus pela picada do mosquito SNC: replicação viral com encefalite necrosante

  12. SINAIS CLÍNICOS • Manifestações variáveis • Geralmente inaparente • Tipos Leste e epizoóticos Venezuela- mais neuroinvasivos do que o Tipo Oeste e enzoóticos Venezuela • Período de incubação = 3 dias a 3 semanas • Mortalidade varia de 50% (Oeste) a 80% (Venezuela) ou até 100% (Leste)

  13. SINAIS CLÍNICOS Após incubação... Febre e depressão (geralmente despercebidas) ... pode se recuperar ou ...vírus invade o sistema nervoso e causa sinais neurológicos * (febre e viremia já desapareceram) * Sinais neurológicos: ranger de dentes, depressão, ataxia, andar em círculos, andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos, hiperexcitabilidade, paralisia, anorexia, cequeira - no final: embotamento dos sentidos, com cabeça baixa, orelhas caídas, ptose labial e protusão da língua

  14. SINAIS CLÍNICOS • Cavalos com ataxia acentuada, podem escorar-se contra paredes e cercas • Estação com membros posteriores cruzados • Impossibilidade de beber/deglutir (paralisia dos nervos cranianos IX e X) • Fase final: em decúbito – movimentos de pedalagem ... até a morte • Curso clínico: 2-14 dias

  15. PATOLOGIA • Na necropsia: não há lesões macroscópicas! • Na histopatologia - lesões na substância cinzenta- ppte córtex, tálamo e hipotálamo*: • necrose neuronal • neuronofagia • manguitos perivasculares (MN e PMN) • microgliose focal e difusa * Medula espinhal levemente afetada

  16. Sinais clínicos e dados epidemiológicos são sugestivos Confirmar laboratorialmente: imunoistoquímica ou hibridização in situ em material fixado em formol Material para histopatologia: cérebro sempre! DIAGNÓSTICO

  17. Materiais para exame virológico: Soro – amostras da fase aguda e convalescente – titulação por inibição da hemaglutinação ou soroneutralização – Elevação de 4 x na titulação de ACs é diagnóstica – Presença de Ac IgM contra um dos tipos de vírus indica infecção recente 2) Cérebro – isolamento viral por cultura celular ou inoculação intracraniana em camundongos lactentes 3) Líquor – detecção do AC IgM contra um dos tipos de vírus é diagnóstica 4) Sangue – pode não ser um bom material para isolamento viral pois quando há sinais neurológicos já não há mais viremia. Coletar de animais febris em um surto. DIAGNÓSTICO

  18. * RAIVA afeta outras espécies em qualquer época do ano * LEUCOENCEFALOMALACIA (intoxicação por milho mofado) épocas mais frias e úmidas animais consumindo milho ou rações com milho * MIELITE/ENCEFALITE POR HERPESVÍRUS EQUINO - pode ocorrer associada a doença respiratória ou abortamento DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  19. * ENCEFALOPATIA HEPÁTICA curso clínico mais agudo alterações na função hepática no Brasil, relacionada à: intoxicação por plantas como Senecio spp(sul) e Crotalariaretusa (nordeste) * Infecção pelo vírus do Oeste do Nilo (Flavivírus) - causa uma encefalomielite semelhante - Ainda não diagnosticada no Brasil DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  20. TRATAMENTO • Não existe

  21. Controle da população de vetores: programas de combate a mosquitos, evitando acúmulos de água e uso de inseticidas Imunização dos equinos: vacina de vírus inativado por formalina 2 vacinações seguidas de reforços anuais imunidade satisfatória CONTROLE E PROFILAXIA

  22. No caso de planteis de granjas de aves domésticas: gaiolas teladas e distantes de áreas de pântanos a prática de debicagem diminui a transmissão de ave p/ ave vacinas diluídas CONTROLE E PROFILAXIA

  23. INFLUENZA EQUINA(GRIPE EQUINA) Profa Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

  24. CONCEITO A Influenza Equina é uma doença infecciosa viral aguda transmitida por inalação de aerossois, que acomete o trato respiratório superior e inferior de equinos. Uma das principais doenças contagiosas respiratórias dos equinos Em epizootias perdas econômicas consideráveis - Distribuição mundial - exceto: Austrália, Nova Zelândia e Islândia

  25. ETIOLOGIA • Família Orthomyxoviridae • Gênero Influenza tipo A Influenza equina 1 (A/equi/1) e Influenza equina 2 (A/equi/2) • Há contínuas variações antigênicas • RNA segmentado, encapsulado - no envelope externo: antígenos neuraminidase (NA) e a hemaglutinina (HA) e lipídeos

  26. ETIOLOGIA • Vírus inativados por fenol, solventes lipídicos, detergentes, formalina e agentes oxidantes (ozônio) • Vírus inativados a 56oC/30 min.

  27. EPIDEMIOLOGIA • Infecta cavalos, asnos e mulas • Equinos de todas as idades são susceptíveis • Maior prevalência: animais com menos de 2 anos • Maior frequencia: animais submetidos a constantes mudanças de ambiente ou confinados em locais pouco ventilados • Infecção experimental em camundongos por inoculação intranasal • Replicação em ovos embrionados de galinhas

  28. EPIDEMIOLOGIA • Alta morbidade e baixa mortalidade • Contato íntimo entre os animais para haver a transmissão • Epidemias: quando animais são introduzidos em uma nova população susceptível • A gravidade varia em função das características antigênicas dos vírus circulante e da imunidade da população no momento da exposição

  29. PATOGENIA Replicação na camada ciliar do trato respiratório superior Tosse de animais enfermos: inalação do vírus em aerossois Alguns chegam ao trato respiratório inferior Processo inflamatório, com descarga nasal serosa

  30. PATOGENIA • Vírus tem afinidade por mucopolissacarídeos e glicoproteínas do muco do trato respiratório • Vírus pode ser neutralizado p/muco ou por ACs específicos locais contra a hemaglutinina viral • Neuraminidase: atividade proteolítica- destrói o muco glicoproteico • Vírus faz adsorção via hemaglutinina a receptores nas células epiteliais... endocitose... fusão com a membrana do fagossoma.... liberado no citoplasma • Replicação viral destrói a camada mucociliar... infecções secundárias

  31. SINAIS CLÍNICOS * Período de incubação: geralmente de 1-3 dias. Pode variar de 18 h a 7 dias. * Sinais súbitos, que duram geralmente menos de 3 dias • Febre (42º C) • Tosse seca não produtiva - persistente, ppte se houver infecção secundária • Descarga nasal serosa- pode evoluir para mucopurulenta (infecção sec.) • Ainda: anorexia, depressão, fraqueza, descarga lacrimal, linfadenomelagia (linfonodos região da cabeça), edema de membros, laminite, dispneia, pneumonia

  32. SINAIS CLÍNICOS • Infecções leves: recuperação em 2-3 semanas • Infecções graves: até 6 meses para a recuperação – relação com infecções secundárias e com repouso do animal • Animais infectados continuam a liberar o vírus aprox. 5 dias após o aparecimento dos primeiros sinais

  33. LESÕES • Pouca importância devido à baixa mortalidade • Laringite,Traqueíte, Bronquite, Bronquiolite, Pneumonia intersticial com congestão alveolar e edema. • Exsudato seroso ou mucoso nos bronquíolos • No óbito: broncopneumonia bacteriana secundária

  34. Sinais clínicos súbitos (tosse frequente) e dados epidemiológicos ... Confirmar laboratorialmente: 1) Isolamento viral a partir das secreções nasais: - coletar com um swab com gaze na ponta, introduzido na profundidade da cavidade nasal... colocar em solução tamponada (Meio Essencial Mínimo- MEM)... transportar sob refrigeração Nos Estados Unidos: Kit denominado “Directigen Flu A”- rapidez na identificação do Ag viral DIAGNÓSTICO

  35. 2) Sorologia em amostras pareadas: - amostras nas fases aguda e convalescente 3) ELISA sensível a especificidade depende da qualidade do Ag usada para diagnóstico, vigilância e monitoramento de animais vacinados usada quando há grande quantidade de amostras de soro DIAGNÓSTICO

  36. * GARROTILHO (Streptococcus equi) doença mais grave, com corrimento nasal purulento * Infecções por Herpesvírus (Equino-1 e Equino-4) doenças mais graves, com conjuntivite e corrimento nasal seroso a mucopurulento DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

  37. Controle de surto: praticamente impossível por ser súbito Animais com sinais clínicos: separados e isolados por 3-4 semanas * Atenção especial aos potros (ppte com baixa titulação de ACs) e aos animais que tem contato frequente com outros CONTROLE E PROFILAXIA

  38. Vacinação - durante o surto??? - Controvérsias entre autores Animais introduzidos: quarentena (2-3 semanas) Vacinados 10 dias antes (se não são vacinados há pelo menos 2 meses) CONTROLE E PROFILAXIA

  39. Vacinas contem A/equi/1 e A/equi/2 inativados e são consideradas eficazes Vacinas com adjuvantes melhores que as simples Vacinar ao menos 70% de uma população Protocolos de vacinação variados... P.ex. 2 doses com intervalos de 3-6 semanas... outra dose após 6 meses... vacinação anual - Em situações de risco: diminuir os intervalos... vacinas a cada 90 dias CONTROLE E PROFILAXIA

  40. Instrução de Serviço DDA no 017, de 16/11/2001 Determinação da adoção de medidas sanitárias em razão da ocorrência de Influenza (gripe) equina Manual de Legislação

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