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ANÁLISE DE DISCURSO ENI P. ORLANDI. Discente: Anita Luisa Fregonesi de Moraes Docente: Prof. Dr. Roberto Gomes Camacho. RUPTURAS TEÓRICAS. LINGUÍSTICA – A LÍNGUA NÃO É TRANSPARENTE: MATERIALIDADE DA LÍNGUA; MARXISMO – A HISTÓRIA NÃO É TRANSPARENTE AO HOMEM: MATERIALIDADE DA HISTÓRIA
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ANÁLISE DE DISCURSOENI P. ORLANDI Discente: Anita Luisa Fregonesi de Moraes Docente: Prof. Dr. Roberto Gomes Camacho
RUPTURAS TEÓRICAS • LINGUÍSTICA – A LÍNGUA NÃO É TRANSPARENTE: MATERIALIDADE DA LÍNGUA; • MARXISMO – A HISTÓRIA NÃO É TRANSPARENTE AO HOMEM: MATERIALIDADE DA HISTÓRIA • PSICANÁLISE – O HOMEM NÃO É TRANSPARENTE NEM PARA SI MESMO: OPACIDADE DO SUJEITO.
1. LÍNGUA E FALA / LÍNGUA E DISCURSO • SAUSSURE: LÍNGUA – SOCIAL / FALA – OCASIONAL, HISTÓRICA E INDIVIDUAL ( SEPARAÇÃO SOCIAL / HISTÓRICO) • AD: LÍNGUA E DISCURSO: SOCIAL E HISTÓRICO INDISSOCIADOS
2. O QUE É DISCURSO • DISCURSO: EFEITO DE SENTIDOS ENTRE INTERLOCUTORES (PÊCHEUX,1969) • LÍNGUA: A LÍNGUA NÃO É ESTRUTURA, MAS ACONTECIMENTO, A FORMA MATERIAL É VISTA COMO ACONTECIMENTO DO SIGNIFICANTE EM UM SUJEITO AFETADO PELA HISTÓRIA. (ORLANDI, 1999)
3. CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO • 1. SITUAÇÃO: • A) EM SENTIDO ESTRITO: AS CIRCUNSTÂNCIAS DA ENUNCIAÇÃO • B) EM SENTIDO AMPLO: CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO IDEOLÓGICO
2. SUJEITO = POSIÇÃO SUJEITO PROJETADA NO DISCURSO • A) FORMAÇÕES IMAGINÁRIAS: SUJEITO / INTERLOCUTOR • 1. A IMAGEM QUE O SUJEITO FAZ DELE MESMO • 2. A IMAGEM QUE O SUJEITO FAZ DE SEU INTERLOCUTOR • 3. A IMAGEM QUE FAZ DO OBJETO DO DISCURSO
A.1. MECANISMOS DE ANTECIPAÇÃO: CAPACIDADE QUE O SUJEITO TEM DE COLOCAR-SE NA POSIÇÃO EM QUE SEU INTERLOCUTOR SE ENCONTRA, ANTECIPANDO, ASSIM, O SENTIDO QUE SUAS PALAVRAS PRODUZEM. • A.2. RELAÇÕES DE SENTIDO : UM DISCURSO APONTA PARA OUTROS QUE O SUSTENTAM, ASSIM COMO PARA DIZERES FUTUROS • A.3. RELAÇÕES DE FORÇA: O LUGAR DE ONDE SE FALA MARCA O DISCURSO COM A FORÇA DA LOCUÇÃO QUE ESSE LUGAR SUSTENTA.
4. A ANÁLISE, O TEXTO, O DISCURSO • OS PERCURSOS DO ANALISTA: • A – ANÁLISE DA SUPERFÍCIE TEXTUAL; • B – DETERMINAR AS RELAÇÕES DO TEXTO COM AS FORMAÇÕES IDEOLÓGICAS: PASSAGEM DO OBJETO DISCURSIVO PARA PROCESSO DISCURSIVO • PÊCEHEUX (1975) – PROCESSO DISCURSIVO CONSISTE NAS RELAÇÕES DE SUBSTITUIÇÃO: PARÁFRASES, SINONÍMIAS, ETC, QUE FUNCIONAM ENTRE ELEMENTOS LINGUÍSTICOS DE UMA FORMAÇÃO DISCURSIVA (FD)
5. FORMAÇÃO DISCURSIVA (FD) E INTERDISCURSO • FD = PROJEÇÃO, NA LINGUAGEM, DAS FORMAÇÕES IDEOLÓGICAS – • LÍNGUA X IDEOLOGIA = O DISCURSO É A MATERIALIDADE ESPECÍFICA DA IDEOLOGIA E A LÍNGUA É A MATERIALIDADE DO DISCURSO. • INTERDISCURSO = AQUILO QUE FALA ANTES, EM OUTRO LUGAR, INDEPENDENTEMENTE; A MEMÓRIA DISCURSIVA
6. SUJEITO • FORMA-SUJEITO = FORMA DE EXISTÊNCIA HISTÓRICA DE QUALQUER INDIVÍDUO AGENTE DAS PRÁTICAS SOCIAIS - • A INTERPELAÇÃO DO INDIVÍDUO EM SUJEITO DE SEU DISCURSO SE EFETUA PELA IDENTIFICAÇÃO DO SUJEITO COM A FD QUE O DOMINA
A IDEOLOGIA INTERPELA O INDIVÍDUO EM SUJEITO E ESTE SE SUBMETE À LÍNGUA SIGNIFICANDO E SIGNIFICANDO-SE PELO SIMBÓLICO NA HISTÓRIA; • TEATRO DA CONSCIÊNCIA: EU VEJO / EU FALO = EFEITO IDEOLÓGICO PELO QUAL O SUJEITO SE COLOCA COMO ORIGEM DO QUE DIZ
7. ESQUECIMENTOS • ESQUECIMENTO Nº 1 – ESQUECIMENTO IDEOLÓGICO = O SUJEITO TEM A ILUSÃO DE SER A ORIGEM DO QUE DIZ (INCONSCIENTE) • ESQUECIMENTO Nº 2 – ESQUECIMENTO ENUNCIATIVO = O SUJEITO ESQUECE QUE HÁ OUTROS SENTIDOS POSSÍVEIS; “A SINTAXE SIGNIFICA” (ORLANDI, 1999)
8. MEMÓRIA DISCURSIVA • INTERDISCURSO: O JÁ DITO QUE CONSTITUI TODO O DIZER. • COURTINE (1985): EIXO DA CONSTITUIÇÃO DO DIZER / VERTICAL X EIXO DA FORMULAÇÃO / HORIZONTAL • EIXO VERTICAL = MEMÓRIA DISCURSIVA – QUALQUER FORMULAÇÃO SE DÁ DETERMINADA PELO CONJUNTO DE FORMULAÇÕES JÁ FEITAS, MAS ESQUECIDAS. • INTERDISCURSO X MEMÓRIA DE ARQUIVO (DISCURSO DOCUMENTAL, INSTITUCIONALIZADA, DISPONÍVEL).
9. TEXTO E DISCURSO • TEXTUALIDADE = RELAÇÃO DO TEXTO CONSIGO MESMO E COM A EXTERIORIDADE . A PALAVRA TEM TEXTUALIDADE QUANDO SUA INTERPRETAÇÃO DERIVA DE UM DISCURSO QUE A SUSTENTA. • INCOMPLETUDE TEXTUAL = RELAÇÃO COM OUTROS TEXTOS EXISTENTES OU IMAGINÁRIOS, COM SUAS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO, COM SUA EXTERIORIDADE CONSTITUTIVA. • HISTÓRIA X TEXTO = TEXTO ENQUANTO MATERIALIDADE HISTÓRICA
10. A FUNÇÃO DISCURSIVA AUTOR • A FUNÇÃO AUTOR SE REALIZA TODA VEZ QUE O REPRODUTOR DA LINGUAGEM SE REPRESENTA NA ORIGEM, PRODUZINDO UM TEXTO COM UNIDADE, COERÊNCIA, PROGRESSÃO, NÃO CONTRADIÇÃO E FIM. • FUNÇÃO AUTOR X HISTÓRIA: O AUTOR FORMULA E SE CONSTITUI, COM SEU ENUNCIADO, NUMA HISTÓRIA DE FORMULAÇÕES, NO INTERDISCURSO – HISTORICIZA SEU DIZER.
11. INTERPRETAÇÃO • A) COMO PARTE DA ATIVIDADE DO ANALISTA = EXPLICITAR COMO UM OBJETO SIMBÓLICO PRODUZ SENTIDO. • INTERPRETAÇÃO X IDEOLOGIA = A IDEOLOGIA NÃO É UM CONTEÚDO “X”, MAS UM MECANISMO DE PRODUZIR “X”. • B) COMO PARTE DA ATIVIDADE DO SUJEITO = A INTERPRETAÇÃO APARECE PARA O SUJEITO COMO TRANSPARÊNCIA
12. DISPOSITIVOS DE INTERPRETAÇÃO • DISPOSITIVO TEÓRICO: NOÇÕES E CONCEITOS DA AD • DISPOSITIVO ANALÍTICO: ESPECIFICIDADE DA ANÁLISE
FINALIDADES DO ANALISTA: • *COMPREENDER O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE SENTIDOS INSTALADO POR UMA MATERIALIDADE DISCURSIVA • *MANTER RELAÇÃO CRÍTICA COM O CONJUNTO COMPLEXO DE FD - FAZER UMA LEITURA MENOS SUBJETIVA POSSÍVEL, MEDIADA PELA TEORIA E PELOS MECANISMOS ANALÍTICOS
13. EFEITO METAFÓRICO • FENÔMENO SEMÂNTICO PRODUZIDO POR UMA SUBSTITUIÇÃO CONCEITUAL = DESLIZAMENTO DE SENTIDOS • O DESLIZE É O LUGAR DA HISTORICIDADE, DA IDEOLOGIA, DA INTERPRETAÇÃO
14. FINALIZANDO • A Análise de Discurso tem como característica ouvir no que é dito o que é dito ali ou em outro lugar, o que não é dito e o que deve ser ouvido por sua ausência necessária.