300 likes | 382 Views
AULA 07 28 /04/2014 Professor Viegas Fernandes da Costa. CARICATURA DA SEMANA. CHARGE DA HISTÓRIA. A queda de braço entre Nikita Kruschev e John Kennedy em 1962. JOÃO XXIII (1958 – 1963)
E N D
AULA 07 28/04/2014 Professor Viegas Fernandes da Costa
CHARGE DA HISTÓRIA A queda de braço entre NikitaKruschev e John Kennedy em 1962
JOÃO XXIII (1958 – 1963) • Angelo Giuseppe Roncalli foi eleito no dia 28 de outubro de 1958, já com 77 anos de idade, e escolheu o nome de Papa João XXIII, o que surpreendeu a todos porque o último João foi um papa francês ainda na Idade Média e, sobretudo, porque havia também na Idade Média um antipapa com o nome de João XXIII. Pela idade avançada, era considerado um papa de transição. Ficou conhecido como o Papa Bom. • Era franciscano e atuou na I Guerra Mundial como sargento do corpo médico e capelão militar. • Convocou o Concílio Vaticano II, cujos objetivos eram a renovação da Igreja e reformular a forma de explicar a doutrina católica ao mundo moderno. • O papa João XXIII desempenhou um papel fundamental na mediação da crise dos Mísseis de 1962, entre Moscou e Washington, enviando uma carta ao então presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy e da União Soviética NikitaKrushov. Ele também lançou um apelo dramático à paz através dos microfones da radio Vaticano.
GEOPOLÍTICA DA ÁGUA • Séc. XXI: aquecimento global e escassez de água • Água no planeta: • 75% da superfície • 2,5% água doce • 1% acessível • GRANDES CONSUMIDORES DE ÁGUA • Crescimento demográfico – A população mundial cresce em torno de 80 milhões de pessoas por ano, o que representa um aumento de 64 bilhões de metros cúbicos de água consumida. Dados da ONU de 2006 estimam que até 2050 mais de 45% da população mundial não terá acesso à água potável. • Agricultura – 70% do consumo de água no Brasil vai para a agricultura. • Indústria – Em geral, a indústria consome 20% da água disponível.
A GUERRA PELA ÁGUA • O consumo da água multiplicou-se por seis no século 20, duas vezes a taxa do crescimento demográfico do planeta. Baseando-se em tais dados, calcula-se que em 2025 cerca de 3,5 bilhões de pessoas estarão sofrendo com a escassez de água. • A água tornou-se uma questão de segurança e de defesa do Estado-Nação, devendo constar do planejamento estratégico de todos os países, em especial daqueles considerados “fontes hídricas”. • Israel desenvolveu a agricultura no deserto, implicando na multiplicação de colônias agrícolas, onde o padrão de vida (e logo o consumo de água) é mais elevado do que na maioria dos vizinhos. Assim, a garantia de controle dos aqüíferos – no Sul do Líbano, na bacia do Jordão – impõe-se como objetivo estratégico. • No Oriente Médio – além do caso de Israel – a Turquia ameaça o controle das fontes do Eufrates, incluindo-se a construção de hidrelétricas, colocando a Síria e o Iraque em clara situação de dependência e alto risco. • No Norte da África, a escassez de água cria duas formas distintas de tensões: tensões internacionais entre Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia pelo uso de reservas e do lençol freático, tendo na Tunísia seu epicentro/ tensões internas entre setores sociais e econômicos em disputa pela água. • Baseado em informações do historiador Francisco Teixeira
USOS DA ÁGUA NO BRASIL • 72% agricultura. • 11% pecuária. • 9% consumo da população urbana. • 7% indústria. • 1% consumo da população rural. • Necessário considerar ainda a água virtual (que pode inclusive ser importada e/ou exportada). A água virtual é aquela utilizada na produção de algo. A maior parte da água virtual encontra-se na produção de ração para alimentar a pecuária. Então, quando os chineses, por exemplo, importam nossa carne de aves, importam também água virtual, afetando nossas reservas hídricas. • Outro elemento a ser considerado é a pegada hídrica, ou seja, toda a água consumida por uma população, direta ou indiretamente, ao longo de determinado tempo, incluindo-se não apenas a água utilizada na cadeia produtiva, mas também o volume de água que é poluído.
1 kg de aço = 600 litros de água
A DISPUTA PELA ÁGUA DO PARAÍBA DO SUL O Paraíba do Sul banha os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, nasce no estado de São Paulo, percorre um pequeno trecho do sudeste de Minas Gerais, fazendo a divisa natural deste com o estado do Rio de Janeiro, entra no Estado do Rio de Janeiro pelo município de Resende e tem sua foz no Oceano Atlântico, em forma de delta, próximo à cidade de São João da Barra. Seu percurso total é de 1.120 km, no sentido oeste para leste.
Sistema Cantareira é um conjunto de represas que desviam água das nascentes que formam as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí para abastecer a grande São Paulo.
Publicidade oficial do Governo do Estado de São Paulo, publicada em 2014
O Rio Paraíba do Sul, que nasce em São Paulo e passa por Minas Gerais e Rio de Janeiro, tornou-se o centro da mais nova polêmica em torno da crise no fornecimento de água em São Paulo. • O Sistema Cantareira (inaugurado em 1974) atingiu em 2014 o seu nível mais baixo. A crise nos reservatórios levou o governo de SP a propor o remanejamento de águas do Rio Paraíba do Sul quando o Sistema Cantareira ficasse reduzido a 35% da sua capacidade, e vice-versa. • Atualmente, as águas do Rio Paraíba do Sul são necessárias para 11 milhões de habitantes do Rio. Portanto, a proposta de São Paulo preocupa o estado do Rio de Janeiro. • O Sistema Cantareira está cada vez mais próximo da casa dos 13% de capacidade, batendo a cada dia um novo recorde negativo. A Sabesp garante que não faltará água e que novas medidas, como a captação de águas da chamada "reserva morta" do Cantareira, serão suficientes para manter o abastecimento até pelo menos o ano que vem.
CAUSAS DA INSEGURANÇA HÍDRICA EM SÃO PAULO • Quantidade de chuvas abaixo do normal. • Falta de planejamento. • Estresse hídrico. • Para Jussara Cabral Cruz, doutora em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental e presidente da Associação Brasileira de Recursos Hídricos, o problema instalado nesta “guerra” entre SP e RJ expõe exatamente uma das maiores falhas na discussão de políticas públicas voltadas aos recursos hídricos: a ausência de estratégias para os momentos de crise, no âmbito das medidas concretas. • É preciso aproveitar a atual crise para desenvolver uma agenda estratégica para a água no Brasil.
“A água não pode ser lembrada apenas quando estamos em eventos climáticos extremos de seca ou de enchentes. Em segundo lugar que ninguém trata o ouro azul do planeta como latrina, e a gente trata os rios brasileiros como latrina, para diluir dejetos em afluentes. E que nós temos tecnologia e legislação suficientes para que a gente faça e exerça o planejamento estratégico. Se a gente tem todos esses estudos, esses grandes especialistas, o sistema nacional de recursos hídricos é referência e é reconhecido para o mundo, porque a gente não tira ele do papel? Por falta de vontade política e porque a sociedade não aprendeu a exigir investimentos nisso. A gente precisa deixar claro, para todo cidadão, que a gente tem uma responsabilidade direta nessa gestão da água. Não adianta esperar que o governo federal faça alguma coisa ou que os governos estaduais faça alguma coisa, porque é na nossa vida que isso impacta diretamente. A água não é uma bandeira política. Ela tem que ser uma política pública”. (Malu Ribeiro, ambientalista e coordenadora da ONG S.O.S. Mata Atlântica. Fonte: Brasil Post, 21/03/2014)
Pior estiagem dos últimos 50 anos (a estiagem começou em 2011). • A seca pode ser provocada por questões naturais e humanas (interferências no clima), e seus efeitos sociais agravados por questões políticas e econômicas. • Influência dos ventos alísios, comuns à Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), provocando chuvas na Zona da Mata e chegando secos ao semiárido.
Mais de 1400 municípios declararam estado de emergência. • Perda de rebanhos (16% de mortandade) e lavouras, principalmente de milho e feijão. • Criado o DNOCS (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), incorporado ao Ministério da Integração Nacional), com o objetivo de desenvolver ações de proteção contra as secas e inundações, principalmente construindo açudes. • Na década de 50 foi criada a SUDENE (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), extinta em 2001 e reativada em 2007, com o objetivo de financiar um fundo de recursos para financiar a agricultura no Nordeste. • Década de 1960, criado o termo “indústria da seca”.
Prós e contras à transposição • O projeto resolveria os problemas sociais existentes na região semiárida do Brasil. • A transposição pretende levar água a regiões massacradas pela seca. • 12 milhões de pessoas serão beneficiadas e a irrigação de polos agrícolas aquecerá a economia e aumentará o número de empregos. • As margens do rio São Francisco serão revitalizadas e o tratamento de água diminuirá a poluição. • O Nordeste Seco abrange um espaço da ordem de 750.000 km2, enquanto que a área beneficiada soma apenas alguns milhares de quilômetros • Moradores na vazante do rio são responsáveis pelo abastecimento das feiras do sertão, pois fazem horticultura no leito dos rios que perdem fluxo durante o ano, serão os primeiros a serem prejudicados. • O projeto causaria danos à fauna e à flora da região. • Com os recursos investidos na obra seria possível construir poços artesianos e cisternas, alternativa mais eficaz e barata. • A obra beneficiará principalmente grandes fazendeiros.
EMIGRAÇÃO PARA A EUROPA • Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), já chega a 900 o número de mortos só na travessia do mar Mediterrâneo, rota usada por imigrantes ilegais africanos que tentam chegar às ilhas de Lampedusa, Sicília e Malta, no sul da Europa. • O número é quase o dobro do registrado em 2012 e o triplo de dez anos atrás.
A maioria desses imigrantes vem da África subsaariana, de países como Eritreia, Somália, Etiópia, mas também do Sudão, Mali e Gana, além de refugiados de países árabes em conflito. • Em 8 de outubro de 2013, um barco que levava cerca de 500 imigrantes africanos com destino à Itália naufragou perto de Lampedusa. O saldo foi de 360 mortos. Cinco dias depois, 87 pessoas morreram quando uma embarcação com 230 imigrantes afundou na costa de Malta, também na Itália. • Estima-se em 8.000 o número de imigrantes sírios que tentaram a travessia do Mediterrâneo neste ano. • Segundo a Acnur (agência da ONU para refugiados), até setembro de 2013, 31 mil imigrantes chegaram à Itália em embarcações vindas do norte da África, pelo Mediterrâneo. Este número já é duas vezes maior que o de 2012. • Motivos: instabilidade política nos países da Primavera Árabe. Guerra Civil na Síria. Violência e serviço militar obrigatório na Eritreia. Pobreza, fome e desemprego. • No caso da Líbia, a instabilidade e a falta de autoridades permitiram o início de um novo negócio: o transporte ilegal de imigrantes feito por quem atua no tráfico de pessoas. ALíbia serve de saída para quem vem da Eritreia e Somália, por exemplo.
Para evitar a imigração ilegal, países europeus vêm tomando medidas de contenção. A Bulgária decidiu levantar um muro de três metros de altura e 30 quilômetros de extensão em sua fronteira com a Turquia. Este será o terceiro muro com este propósito na Europa. O primeiro muro foi construído na Espanha, em 1996, em seus enclaves de Celta e Melila, para impedir a entrada de imigrantes vindos do Marrocos, e é chamado pelos próprios espanhóis de “muro da vergonha”. O segundo muro foi erguido no final de 2012, na Grécia, na fronteira com a Turquia. Outros muros famosos, e que pretendem separar fronteiras estão na divisa EUA e México e na divisa entre as colônias judaicas e territórios palestinos.