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O Espírito está inserido no corpo humano cujas células se misturam em cada órgão específico, em diferentes proporções. Por meio deste sistema integrado a mente dele envia informações, na forma de ondas pensamento, para que o corpo humano possa
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O Espírito está inserido no corpo humano cujas células se misturam em cada órgão específico, em diferentes proporções. Por meio deste sistema integrado a mente dele envia informações, na forma de ondas pensamento, para que o corpo humano possa se adaptar, agir e preservar sua vida corporal no meio ambiente externo onde se insere e cujas condições geo-físico-químico-biológico-social-econômico-religioso-político são essencialmente hostis.
Por outro lado, estes órgãos precisam captar informações deste meio ambiente externo hostil e encaminhá-las à mente, para serem processadas, interpretadas, processadas e transformadas em respostas. Todas estas informações indispensáveis à sobrevivência corporal do Espírito encarnado e ao seu desenvolvimento intelectual e moral contínuos ficam armazenadas na faculdade memória, para servirem de parâmetros comparativos nos momentos oportunos.
Estas informações são armazenadas na forma de códigos que devem ser comuns a todos os Espíritos para que possam se comunicar coerentemente entre si. Os órgãos dos sentidos do corpo humano funcionam como porta de entrada da mente para todo o tipo de informação do meio ambiente externo. São eles os detectores corporais de preservação da vida porque captam todas as informações necessárias para tal.
A capacidade que as pessoas e os animais possuem de receber informações sobre as diferentes partes do seu corpo é a somestesia, modalidade sensorial constituída por quatro submodalidades principais: o tato, a propriocepção, a termossensibilidade e a dor. Quem realiza esta tarefa é o sistema somestésico.
A organização estrutural do sistema somestésico pode ser compreendida imaginando-o como o conjunto seqüencial de neurônios, fibras nervosas e sinapses, capaz primeiro de representar, por meio de potenciais bioelétricos, os estímulos provenientes do meio ambiente externo onde a pessoa se insere e vive e que atingem alguma parte do corpo dela.
Em seguida, ser capaz de modificar esses potenciais a cada estágio sináptico e, de conduzi-los às regiões cerebrais superiores para serem transformados em percepção e encaminhados à mente do Espírito para que sejam processados, comparados e analisados na modulação do comportamento a ser seguido.
O primeiro estágio dessa cadeia seqüencial é o dos receptores. A percepção começa quando uma forma qualquer de energia incide sobre as interfaces entre o corpo, e o ambiente, sejam elas externas ou internas. Nestas interfaces se localizam células especiais capazes de traduzir a linguagem do ambiente para a linguagem do sistema nervoso: os receptores sensoriais. São eles o que comumente chamamos de sentidos e que definem os órgãos da visão, da audição, da sensibilidade corporal, da olfação e da gustação.
Mas, nosso cérebro é capaz de sentir muito mais, consciente e inconscientemente, do que estes cinco sentidos clássicos permitem supor. Ele detecta alterações sutis da posição do corpo quando nem nos damos conta disso. Ex: o caminhar por meio do movimento sincronizados dos pés, mudanças sutis da pressão com a posição corporal e temperatura do sangue, que jamais chegam a nossa consciência.
Os receptores sensoriais são, portanto, estruturas orgânicas especializadas em traduzir as diversas formas de energia que incidem no corpo humano, provenientes de ondas eletromagnéticas, elétricas (decorrentes de reações químicas em meio aquoso) e sonoras, transformando-as em potenciais elétricos receptores e potenciais de ação que disparam neurônios específicos ou conjunto deles.
P 146 - A alma tem uma sede determinada e circunscrita no corpo”? --- “Não. Contudo, pode-se dizer que a sede da alma está mais particularmente nos órgãos que servem às manifestações intelectuais e morais”.
Isso significa que o sistema de detecção de informações do meio ambiente externo, representado pelos receptores sensoriais, se distribui por todos os órgãos do corpo, embora a pele seja o órgão somestésico por excelência. Entretanto, todas as informações convergem para o cérebro que é a unidade de comando. O cérebro é apenas o órgão diretor, mas não é o corpo todo.
Da mesma forma, a mente do Espírito é seu órgão de comando, mas não representa todo o Espírito. A mente do Espírito interage com o cérebro porque ambos são estruturas de comando e precisam interagir continuamente no sistema de ida e volta daí a lógica de ocuparem o mesmo espaço. Como os órgãos somestésicos se espalham por todo o corpo, é lógico que partes constituintes do Espírito e de seu perispírito associado também se espalham pelas mesmas áreas.
Os receptores sensoriais são estruturas histológicas especializadas para melhor detectar os diferentes estímulos que incidem sobre a pele ou os órgãos internos, compostos pela extremidade de fibras nervosas, que pode estar livre ou associada a células não-neurais. Estas fibras acabam penetrando no Sistema Nervoso Central.
Apesar da diversidade dos receptores e suas fibras, eles podem ser reunidos em dois subsistemas somestésicos diferentes, de acordo com sua natureza funcional e a organização morfológica correspondente:
EPICRÍTICO: preciso, rápido, discriminativo e dotado de detalhada representação espacial, tem duas submodalidades: o tato fino e a propriocepção consciente, apresentando receptores especializados situados na pele e nas mucosas, nos músculos e nas articulações. PRÓTOPATICO: grosseiro, lento e espacialmente impreciso.
RESUMINDO Osistema somestésico é umdos instrumentos que a mente do Espírito usa para coletar informações do meio ambiente externo para viver e trabalhar. As informações coletadas por meio de células específicas do corpo humano são encaminhadas para a área somestésica primária, localizada no lobo parietal cortical, por meio de neurônios que atuam em faixa específica de potenciais de ação.
Aí, estas informações, representadas por códigos formados por sinais elétricos, são transformadas em ondas eletromagnéticas equivalentes conduzindo-as diretamente para as células mentais, onde serão decodificadas, interpretadas e analisadas para a tomada de decisão pertinente.
A transformação do pulso elétrico em onda eletromagnética equivalente é feita por meio de moléculas bipolares (possuem carga elétrica positiva numa extremidade e negativa na outra) de determinadas células, que vibram na forma de dipolos irradiando ondas eletromagnéticas de maneira semelhante às antenas de rádio ou TV.
Por sua vez, outro tipo de molécula, que forma as células mentais, capta estas ondas eletromagnéticas de baixíssima intensidade e as transformam em ondas elétricas equivalentes para serem decodificadas, interpretadas, analisadas e armazenadas em bancos de dados específicos que formam os chamados lexicons mentais . Entende-se por lexicon mental o conjunto de conhecimentos adquiridos organizados em ordem lógica.