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Cap. 2 e 6 “Ser e Tempo, 2” e “A língua”

Cap. 2 e 6 “Ser e Tempo, 2” e “A língua”. Prof.: Msc. Carolina Brum Disciplina: FEP Agosto/2010 UNIP. Retrospectiva. Heidegger  aplica o método fenomenológico: parte do homem de fato, deixa que ele se manifeste tal qual é, e procura compreender, sua manifestação.

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Cap. 2 e 6 “Ser e Tempo, 2” e “A língua”

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Presentation Transcript


  1. Cap. 2 e 6“Ser e Tempo, 2” e “A língua” Prof.: Msc. Carolina BrumDisciplina: FEP Agosto/2010 UNIP

  2. Retrospectiva... • Heidegger  aplica o método fenomenológico: parte do homem de fato, deixa que ele se manifeste tal qual é, e procura compreender, sua manifestação. • Falamos de essência, existência, Dasein, ser, totalidade, temporalidade etc.

  3. Realidade: • Realidade (mundo exterior) • Nossa realidade (intramundo) • Então, o real só passa a ser real na medida em que o Dasein existe. • “Mais elevada que a realidade está a possibilidade. A compreensão da fenomenologia reside unicamente na apreensão dela como possibilidade”

  4. Ser e verdade • Verdade: • Possibilidade de desvelamento. • O Dasein está na verdade. Esse “estar na verdade” é uma expressão totalizadora da estrutura do dasein, isto é, o Dasein está na verdade, o Dasein é a essência de verdade enquanto verdade, uma espécie de – a verdade da existência. • O conhecimento dado de verdade é de uma possibilidade formal de sincera atualização do mesmo. Afirmamos a palavra verdade, quando indiscutivelmente pretendemos formar uma concepção em si ou nos outros de algo que por demasiado não pode ser contestado, algo que compreende e adquire determinada importância dentro do meio em que se vive, é simplesmente verdade por verdade.

  5. Verdade • talvez a realidade positiva, isto é, a verdade, como não a conhecemos, apenas se torna verdade, quando a conhecemos. • A estruturação de uma suposta não-verdade é fuga da realidade aparente. • Verdade: “deixar ver” • O Ser-verdadeiro (verdade) da proposição deve ser entendido no sentido de ser-descobridor. • Este “deixar-ver” é “tornar-se real” • verdade: uma liberdade em sua essência

  6. Mito da Caverna (Platão) • Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade. Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza. Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas.

  7. a morte pertence à estrutura fundamental do homem, é um existencial ela não é uma possibilidade distante, mas constantemente presente. O ser está sempre nesta possibilidade, depois dela não há outras. Com a morte o homem conquista a totalidade de sua vida. Enquanto ela chega ela não chega... O fim do Dasein é a morte. Ela não é experimentável. Posso experimentar a morte dos outros. Faço o luto, mas não posso substituí-lo, colocar-me em seu lugar! Mortalidade

  8. Mortalidade • A morte é somente relação com a morte. • Perecer: o fato do vivente viver. • Morrer: existência como mortal. • A morte é iminente! Mas ela não é esperada! • Desligamento, na hora que chega, me dá a compreender a mim mesmo inteiramente (ex. filme da vida que passa na cabaça de quem está morrendo) • O remetimento ao fim é apenas o borbulho de idéias sombrias...

  9. Mortalidade • Compreender o seu ser como limitado, finito... • Heidegger não faz apologia da morte • No isolamento da morte, entro na minha singularidade • Liberdade para a morte.

  10. Consciência • O Dasein está na verdade e na não-verdade. Ele está sob a exigência de provar a si mesmo. Essa exigência é a consciência. • Cs. de que a existência é escolha, que é necessário escolher! • O que em mim me chama a ser eu mesmo? A Cs. Ela me chama pra ser eu mesmo. “Voz da cs.” • A Cs. dá a compreender. (entender X aceitar) • O que queres que tu faças, sejas tu mesmo naquilo que fazes! • É a voz do cuidado. Universalmente.

  11. Temporalidade • Do porvir (futuro): ser lançado... • Presente: não é o agora fechado sobre si mesmo. É o Kairos (Na mitologia grega: “o momento certo” ou “oportuno”) • Passado: não é só o que deixo p/ trás, não é só a lembrança. É a minha existência, o que eu vivi que faz parte de mim agora. • O suj. é no tempo. • O tempo é o espaço do jogo onde o Dasein pode ser. • O entre o nascimento e a morte.

  12. A língua • A linguagem é a apresentação da coisa através da palavra, já que a coisa apresentada não é a coisa em si mesma. • Heidegger distingue duas espécies de linguagem, uma original e outra derivada. • A linguagem original exprime diretamente o ser, mostra-o, revela-o e o traz para a luz. A linguagem original é a fonte primordial do aparecer das coisas. O falar original está na base de todo o movimento do universo: ele é a relação de todas as relações. • Linguagem derivada é a linguagem humana, a qual consta de duas fases, uma da resposta é outra da proclamação. Ela pode se dar de dois modos: percebendo e respondendo. Toda palavra pronunciada é sempre resposta.O homem é encarregado de transferir o dizer original que não tem som, para o som da palavra. 

  13. A língua • a linguagem é concebida como uma atividade humana, algo que acontece por meio do homem, e não o homem por meio dela. • A linguagem não pode existir sem a poesia, e esta faz uso da palavra enquanto instrumento fundante do ser. O ser e o sagrado são os dois elementos que distinguem o pensador do poeta: o primeiro fala do ser e o segundo nomeia o sagrado. O que os poetas reproduzem, desvelado pela palavra, é o que fica para sempre: eis, então, o caráter sagrado da função da palavra. Poesia: língua em estado puro.

  14. A língua • Não é a linguagem que pertence ao homem, mas antes é o próprio homem, concebido ontologicamente como o “ser -para-a-morte” resoluto,ou como o mortal que corresponde à solicitação silenciosa do ser, que pertence à linguagem. • Através da linguagem abre-se a possibilidade de um genuíno acolhimento do outro: escuta e discurso. • “O homem habita a linguagem” (Heidegger)

  15. A língua • Do falatório ao silêncio: • Falatório: “modo de ser do discurso do cotidiano”. “repetir e passar adiante a fala”. (se só repetimos, chagaremos no modo impessoal, impróprio e inautêntico do ser, no qual tudo pertence a todos) • Fazer silêncio: modo de apropriação de si. Retirada do falatório. O silêncio fala.

  16. A língua • A palavra dada: na linguagem, estamos comprometidos com a palavra que já nos foi dada. • O gesto próprio não é questionar a palavra dada, e sim ouvir a palavra dada. Isso é fundamental e precioso. “Somos na língua”.

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