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FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA DAS RAÇAS BOER E ANGLO-NUBIANA NO PERÍODO SECO E CHUVOSO EM TIMON-MA. Luís Madeira Martins Júnior *, Amilton Paulo Raposo Costa**, Danielle Maria Ribeiro Azevedo *** , José Elivalto Guimarães Campelo ***, Silvéria Regina de Sousa Lira**, João Batista Lopes ***
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FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA DAS RAÇAS BOER E ANGLO-NUBIANA NO PERÍODO SECO E CHUVOSO EM TIMON-MA Luís Madeira Martins Júnior *, Amilton Paulo Raposo Costa**, Danielle Maria Ribeiro Azevedo *** , José Elivalto Guimarães Campelo ***, Silvéria Regina de Sousa Lira**, João Batista Lopes *** *Mestrando em Ciência Animal **Departamento de Morfofisiologia-CCA-UFPI *** Departamento de Zootecnia –CCA-UFPI INTRODUÇÃO • O desempenho produtivo dos animais domésticos depende da interação de fatores ambientais e genéticos. A freqüência respiratória (FR) considerada normal da espécie caprina varia de 12 a 25 movimentos por minuto, podendo aumentar em diversas situações, tais como exercício físico, rarefação do ar e temperatura ambiente elevada. A literatura relata que a FR nas condições tropicais está quase sempre acima dos valores considerados normais, exceto quando medida no início da manhã. No entanto não há dados disponíveis a respeito desse comportamento na região meio-norte do Brasil. As raças caprinas Boer e Anglo-nubiana são atualmente as preferidas pelos criados, sendo que a Boer teve sua introdução mais recente na região. Por isso, faz-se necessário a avaliação de suas adaptabilidades às condições climáticas.
OBJETIVOS Comparar a adaptabilidade de caprinos das raças Boer e Anglo-nubiana, frente às condições climáticas prevalentes nesta região, através da avaliação da freqüência respiratória em diferentes horários do dia e períodos do ano. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na fazenda Santa Isabel, município de Timon-MA, no período de outubro de 2002 a maio de 2003. Foram utilizados caprinos da raça Boer (n=7) e da raça Anglo-Nubiana (n=7), machos, clinicamente saudáveis, da mesma faixa etária e submetidos às mesmas condições de manejo, A freqüência respiratória foi avaliada, por observação direta dos movimentos respiratórios no flanco de cada animal, nos horários de 7-8, 10-11, 14-15, 17-18 e 20-21h, quatro vezes na época seca (outubro/novembro) e quatro vezes na época chuvosa (fevereiro/março), com os animais à sombra. Nos mesmos dias e horários foram avaliadas a temperatura ambiente e a umidade relativa do ar, utilizando termohigrômetro. Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis.
60 50 40 30 20 10 0 Boer Anglo Boer Anglo RESULTADOS a A A b Freqüência respiratória Período Seco Período Chuvoso Gráfico 1: Médias das freqüências respiratórias das raças Boer e Anglo-nubiana nos períodos seco e chuvoso do ano, em Timon - MA
100 80 60 40 20 0 Seco Chuvoso Seco Chuvoso Temperatura Ambiente ºC Umidade Relativa % RESULTADOS 1,20% 55,05% 33,00ºC 30,08ºC Gráfico 2: Médias de temperatura ambiente e umidade relativa do ar nos períodos seco e chuvoso do ano em Timon - MA
CONCLUSÕES A análise estatística demonstra que a freqüência respiratória média dos animais da raça Boer foi significativamente inferior à da raça Anglo-nubiana, no período seco. Considerando que a freqüência respiratório é um indicador de estresse calórico, conclui-se que a raça Boer tem maior capacidade de manter a homeotermia frente às condições climáticas prevalentes no local do experimento, sendo portanto melhor adaptada.
REFERÊNCIAS ARRUDA, F. de A. V.; PANT, K. P. Frequência respiratória em caprinos pretos e brancos de diferentes idades. Pesq. Agropec. Bras., v.20, p.1351-54. 1985. COSTA, A. P. R.; ABREU, M. L. T. Frequência respiratória, temperatura retal e frequência cardíaca em função dos elementos do clima. In: CONG. BRAS. MED. VET., 23, 1994, Olinda,PE. Anais...Olinda, p.3. 1994. MEDEIROS, L. F. D.; SCHERER, P.O.; VIEIRA, D. H.; SOUSA, J. C. D. de . Frequência respiratória e cardíaca em caprinos de diferentes raças e idades. In: REUN. SOC. BRAS. ZOOT., 35, 1998, Botucatu,SP. Anais...Botucatu: SBZ, p. 85-87. 1998b. MULLER, P. B. Bioclimatologia aplicada aos animais domésticos. 2ª ed. Porto Alegre, Sulina, p. 71-80. 1982. APOIO FINANCEIRO CNPq Universidade Federal do Piauí