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MENISCECTOMIA PARCIAL

MENISCECTOMIA PARCIAL. Prof. Ms. Odir de Souza Carmo. Introdução.

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MENISCECTOMIA PARCIAL

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Presentation Transcript


  1. MENISCECTOMIAPARCIAL Prof. Ms. Odir de Souza Carmo

  2. Introdução • Os meniscos são em número de dois- denominados Medial e Lateral, são estruturas fibrocartilogêneas crescentiformes situada no interior da cápsula articular e da sinovial do joelho. Estão interpostos entre o platô tibial e a área articular condilar-femural.

  3. Constituição dos Meniscos • São constituídos principalmente por colágeno tipo I e são mais fibrosos que a cartilagem articular. • Os meniscos recebem seu suprimento sangüíneo das artérias geniculadas superiores e inferiores mediais e laterais e possuem uma vascularidade variável. O suprimento vascular penetra por 10 a 30% da largura do menisco medial e por 10 a 20% da largura do menisco lateral.

  4. Função • Os meniscos atuam como enchimento para a articulação, compensando a visível incongruência entre as superfícies articulares femurais e tibiais. • Função de lubrificação da articulação e ajudar na distribuição do líquido sinovial por toda a articulação. • Contribuem para a estabilidade em todos os planos, mas são importantes estabilizadores rotacionais. • A longo prazo assume-se que os meniscos exercem funções de absorção de choques ou de energia.

  5. Tipos de Menisco • Menisco Medial – O menisco medial é semicircular. Tem 3,5 cm em média de dimensão ântero-posterior e é consideravelmente mais largo posterior do que na anteriormente. • Seu corno anterior origina-se na área intercondilar anterior da tíbia , em frente à inserção tibial do ligamento cruzado anterior; o corno posterior é ligado á área intercondilar tibial, em frente à inserção do ligamento cruzado posterior; sua borda periférica mistura-se com a cápsula da articulação do joelho e com o folheto profundo do ligamento colateral tibial.

  6. Tipos de Menisco • Menisco Lateral – São quase circulares na forma e, diferentemente do menisco medial, sua largura é mais ou menos uniforme ao longo de sua extensão. O menisco lateral cobre uma superfície tibial articular maior que o medial. • O corno anterior se insere na área intercondilar. • O corno posterior se insere na área intercondilar posterior da tíbia, imediatamente posterior à eminência intercondilar.

  7. Tipos de Menisco • Menisco Lateral - O tendão do poplíteo, em seu trajeto em direção ao côndilo femural lateral, atravessa a interlinha articular lateral do joelho com sua membrana sinovial própria e não se insere no menisco. • Na região posterior do menisco lateral, logo atrás do seu corno posterior, estão o ligamento menisco femural anterior, ou ligamento de Humphrey, e o ligamento menisco femural posterior, ou ligamento de wrisbrg, que se dirigem ao côndilo femural medial e têm ação sinérgica ao ligamento cruzado posterior.

  8. Lesão de LCA x Lesão Meniscal • 2/3 das lesões do LCA estão associados a lesões meniscais. Esta associação pode se dar concomitantemente no trauma inicial ou evoluir de uma lesão isolada do ligamento cruzado anterior, levando a ruptura meniscal em consequência do deslocamento antero-posterior exagerado da tíbia em relação ao fêmur. • A ruptura meniscal inicia-se geralmente no corno posterior e , com o tempo, progride anteriormente, formando vários modelos de lesões. Entre estes modelos, os mais comuns são alça de balde, radial, flat anterior ou posterior e clivagem horizontal.

  9. Lesões Meniscais • São na sua grande maioria, associados a trauma, particularmente ao trauma esportivo. • O mecanismo de lesão típico é o de rotação do corpo sobre o joelho, estando o pé fixo ao solo. Nesta situação o menisco fica preso entre o fêmur e a tíbia , sofrendo uma carga axial e uma rotação rompendo-se em geral o corno posterior do menisco medial.

  10. Manifestações Clínicas • Dor aguda na interlinha articular, bloqueio da extensão e derrame, que normalmente inicia-se cerca de 1 h depois do trauma. Após a fase aguda o paciente pode permanecer assintomático e apresentar episódios de falseios, bloqueio da extensão e derrame articular desencadeados por torções, em geral mais leves do que o trauma inicial e eventualmente por agachamento.

  11. Exame Físico • O paciente apresenta algum grau de hipotrofia do quadríceps, retração de isquiotibiais e dor ao agachar-se e às manobras de torção tibial, ou teste de Apley positivo e teste de MC Muray positivo.

  12. História Clínica e o Exame Físico • São de grande importância para o diagnóstico. A confirmação do diagnóstico é por meio de exame subsidiários. O exame de escolha é a ressonância magnética, por ser um exame não invasivo e rico em detalhes. A pneumoartrografia contratada deve ser feita somente quando a ressonância for inacessível, com a ressalva de que se encontram com alguma freqüência resultados falsos positivos e falsos negativos neste exame.

  13. Alça de Balde • Acomete ocasionalmente em adultos jovens, depois de trauma importante, sendo freqüente a sua associação com lesão do LCA. O menisco medial é o mais comumente acometido. O paciente relata falseios, afirmando que “alguma coisa sai do lugar no joelho” bloqueando a sua extensão e que , após alguma manobra de torção, o joelho fica livre para estender. Isto ocorre quando a alça luxa para o intercôndilo interpondo-se entre o fêmur e a tíbia.

  14. Radial • Normalmente localiza-se no terço médio do menisco lateral. As lesões menores que 3 mm são geralmente assintomáticas e as maiores que 5 mm, sintomáticas.

  15. Flap • O flap meniscal evolui de uma lesão radial ou em alça de balde. Se o da alça de balde romper no meio, o menisco apresentará então dois flaps, um anterior e outro posterior.

  16. Clivagem Horizontal • É um tipo de lesão bastante comum, sendo freqüentemente associado a alterações degenerativas ou com qualquer outro tipo de lesão.

  17. Meniscectomia Parcial • Ato cirúrgico, através do artroscópio, que consiste na retirada da parte ou fragmentos do menisco, encontrados na articulação do joelho.

  18. Tratamento Fisioterapêutico1ª Etapa

  19. Objetivos do Tratamento • Diminuir o quadro álgico; • Aumentar o arco de movimento; • Recuperar o tônus muscular; • Aumentar a capacidade muscular; • Aumentar a força muscular; • Diminuir o edema local; • Reeducação da marcha; • Reativar a via proprioceptiva; • Condicionamento físico progressivo.

  20. Tens: Analgesia • Crioterapia: Diminuição do edema • Contração Isométrica: com o objetivo de recuperar o tônus muscular, através do Endophasys-R (Corrente Russa) • Laser: para obter a regeneração tecidual • Manipulação de patela e cicatriz com hidratante • Cinesioterapia passiva: Movimentos de flexão e extensão, exercícios com resistência das mãos e posterior cinesioterapia resistida com thera-band.

  21. Tratamento Fisioterapêutico2ª Etapa

  22. Atividades proprioceptivas na tábua de equilíbrio, giro plano, balancinho e cama elástica • Atividades cinesioterapêuticas livre e com resistência na bicicleta ergométrica, utilizando caneleira de 1kg, 2kg e 3kg • Exercícios com 03 séries de repetições, utilizando thera-band, trabalhando flexão-extensão, adução-abdução • Atividades de deslocamento com bola e movimentos laterais alternados com o Terapeuta jogando a bola

  23. Exercícios de transferência de peso e agachamento unilateral e bilateral • Exercícios de hidrocinesioterapia, com o objetivo de aumentar o arco de movimento e condicionamento com piques dentro d’água. • Exercícios na sala de musculação, de flexão-extensão, adução e abdução, com a carga de 5kg, 10kg e 20 kg • Exercícios Abdominais • Caminhada na areia da praia.

  24. Tratamento Fisioterapêutico3ª Etapa

  25. Musculação: Exercícios contra-resistência para os membros inferiores, com carga variada de 20 kg, 30 kg, com poucas, médias e muitas repetições. • Corrida na areia da praia e no campo de futebol. • Atividades no campo de futebol, de deslocamento e condução da bola, passes e dribles. • Atividades na esteira rolante.

  26. Avaliação da Força Muscular no equipamento CYBEX-NORM. • Resultado: o membro inferior direito mostrou uma diferença normal para este tipo de recuperação entre o MID e MIE, em movimento de extensão. • No teste de força muscular flexora, a diferença não foi desproporcional.

  27. Orientação para a continuidadedo TratamentoFase de Manutenção • Realizar exercícios de alongamento, antes e após às atividades. • Reequilibrar a musculatura anterior da coxa com exercícios na musculação: cadeira extensora: 3 séries de 20 repetições – 30kg aumentando progressivamente. • Reequilibrar a musculatura posterior: mesa flexora: 03 séries de 20 repetições – 30 kg, aumentando progressivamente

  28. Reequilibrar a musculatura medial e lateral: cadeira adutora e abdutora: 3 séries de 20 repetições – 30 kg, aumentando progressivamente. • 40 minutos de corrida no campo, diariamente. • 30 minutos de exercícios com bola, utilizando os fundamentos de passe, drible e deslocamento, aumentando progressivamente. • Exercícios com thera-band, 3 séries de 30 repetições, diariamente, com movimentos de extensão, flexão, adução e abdução.

  29. Bibliografia • WEINECK, J. Biologia do Esporte. São Paulo: Manole, 2000. • ANDREWS, J.R.; HARRELSON, G.L.; WILK, K.E. Reabilitação Física das Lesões Desportivas. 2ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. • SHANKAR, K. Prescrição de Exercícios. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. • CAILLET, R. Dor no Joelho. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. • DANGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar: para o estudante de medicina. ed. 2. São Paulo: Atheneu, 2000. p. 192 – 196. • FATARELLI, I. F. C.; ALMEIDA, G. L. Estudo do Controle Motor e da Biomecânica na Lesão e Reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior. Campinas, fev 2003. p. 38 – 49. Tese (Doutorado em Biologia Funcional e Molecular na área de Fisiologia) – Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas. • HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. ed. 1. Rio de Janeiro: Atheneu, 2002. p. 180 – 196, 206.

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