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A relação entre a pesquisa na universidade pública e o setor produtivo na região Sudeste. Rafael Dias UFABC, 04/06/2012. Contextualização regional Elementos da racionalidade da PCT Interpretação “política” da política. Taxa de Inovação por região.
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A relação entre a pesquisa na universidade pública e o setor produtivo na região Sudeste Rafael Dias UFABC, 04/06/2012
Contextualização regional Elementos da racionalidade da PCT Interpretação “política” da política
Taxa de Inovação por região Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Por que as empresas brasileiras são pouco inovadoras? Compressão dos salários Rentabilidade do mercado financeiro Mercado consumidor atrofiado Riscos associados às atividades de P&D Possibilidade de roubar, copiar ou comprar tecnologias
Empresas que conferiram alta importância a... Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Empresas que conferiram alta importância à interação com... Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Empresas que conferiram baixa ou nenhuma importância à interação com... Elaboração própria com base nos dados da PINTEC
Por que as empresas procuram as universidades? • Transferência de conhecimento e tecnologia? • Projetos conjuntos de P&D? • Ou seria por outros motivos?
A racionalidade da PCT • Ofertismo “Quanto mais (mestres e doutores, dinheiro), mais C&T e mais desenvolvimento” Resultado: “excesso de oferta” de M&D
Ofertismo • O Brasil tem cerca de 44 mil profissionais fazendo P&D nas empresas, dos quais 4,4 mil são pós-graduados (PINTEC 2010) • E forma por ano 41 mil mestres e 12 mil doutores (dados da Capes referentes a 2010)
A racionalidade da PCT • Inovacionismo “Inovação é condição necessária e suficiente para o progresso” “Empresa é lócus privilegiado da inovação”
A racionalidade da PCT • Inovacionismo “É função da universidade promover o empreendedorismo e a inovação” Resultado: Brasil dá recursos a fundo perdido para empresas privadas (inclusive multinacionais) fazerem pesquisa
A racionalidade da PCT • Emulação de políticas • “Boas experiências internacionais deveriam ser replicadas no Brasil para melhorar o resultado da PCT local” • Resultado: práticas pouco aderentes ao contexto local, que muitas vezes reforçam os problemas que buscam atacar
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995) • Excepcionalismo epistemológico: ciência como a busca pela verdade; • Excepcionalismo platônico: ideia de que somente um grupo restrito de pessoas de intelecto privilegiado deve ficar responsável pela condução do processo político;
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995) • Excepcionalismo sociológico – ciência tem uma ordem normativa única que garante seu bom funcionamento; • Excepcionalismo econômico – ciência constitui um investimento produtivo que possibilita um extraordinário retorno futuro.
Excepcionalismo científico (Bimber & Guston, 1995) • Os três primeiros já foram contestados pelos ESCT. O último é cada vez mais forte. • Por que?
Raízes da PCT • EUA, 1945: Relatório Science: the Endless Frontier • “O progresso científico é essencial para a guerra contra as doenças, para a segurança nacional e para o bem-estar da população” • “É atribuição do governo preocupar-se com a ciência"
Trajetória da PCT brasileira • 1950s: institucionalização da PCT brasileira • 1960s-1980s: projeto de autonomia tecnológica dos militares • 1990s-2010s: foco na inovação e na competitividade
Considerações Finais • O que fazer no sentido de reorientar o atual padrão da PCT, tornando-a mais aderente ao(s) contexto(s) brasileiro(s)? • Como tornar o processo decisório mais democrático? • Que outras abordagens podem contribuir para a compreensão das especificidades da PCT e suas dinâmicas de funcionamento?
Obrigado! rafael.dias@fca.unicamp.br