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“O novo espaço da produção globalizada”*. Regionalização do Espaço Brasileiro Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz * Parafraseando o título do livro de Denise Elias. O campo brasileiro no movimento da totalidade-mundo. O movimento de mudança no campo. as etapas:
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“O novo espaço da produção globalizada”* Regionalização do Espaço Brasileiro Profa. Dra. Rita de Cássia Ariza da Cruz * Parafraseando o título do livro de Denise Elias
O movimento de mudança no campo as etapas: • déc. de 50: mudança da base técnica • déc. de 60: internacionalização • déc. de 70: inovações biotecnológicas
A mudança da base técnica • Inovações químicas (fertilizantes, agrotóxicos, corretivos) • Inovações mecânicas • Importante: insumos, na sua maior parte, importados
A internacionalização • Industrialização do campo: indústrias à montante e à jusante da agropecuária • Padrão de acumulação industrial – CAIs • Holdings internacionais • Alianças com o Estado • Espaços corporativos
As inovações biotecnológicas • Redução do ciclo biológico de plantas e animais • Novo paradigma p/ a existência humana
O Estado e as mini-reformas agrárias* • Formulação de planos/programas e projetos destinados a facilitar o avanço do capitalismo no campo • Inexistência de transformações brutais (“mudar um pouco para não mudar o todo”; revolução agrícola no lugar de uma revolução agrária) * Com base em Marcel Bursztyn
A implementação de uma agropecuária científica • Dispersão espacial da produção • Especialização regional • Concentração espacial dos setores de ponta • criação de redes técnicas - aumento da competitividade (K, tecnologia, informação)
O contexto neoliberal agri-cultura x agro-negócio ↓ prod. de alimentos x prod. commodities ↓ agricultura camponesa x agricultura capitalista
Alguns resultados desse processo • Modernização conservadora: socialmente seletiva e espacialmente concentrada • Preços comandados por bolsas de mercadorias pelo mundo • Criação de subespaços dinâmicos
Concentração fundiária no Brasil • Em 2003 os municípios com médio/baixo índice de Gini (até 0,500) eram 924 (16,6% dos 5565 municípios) e compreendiam 6% da área total dos imóveis rurais. A região Sul e o estado de Rondônia concentram grande número desses municípios. • Os valores do índice entre 0,501 e 0,800 eram verificados em 4.283 municípios (76,9%) e compreendiam 83,1% da área total dos imóveis rurais, de forma que esta classe é predominante no território brasileiro. • Por fim, os municípios com grau de concentração acima de 0.800 eram 359 (6,4%) e detinham 10,8% da área total dos imóveis rurais. Fonte: Girardi, 2008
Fontes bibliográficas BURSZTYN, Marcel. Mini reformas agrárias. In:_____. O poder dos donos: planejamento e clientelismo no Nordeste. Petrópolis: ed. Vozes, 1985. cap.VIII, p. 130-146. ELIAS, Denise. A modernização da produção agropecuária. In: ELIAS, Denise (Org.) O novo espaço da produção globalizada – o baixo Jaguaribe. Fortaleza: Funece, 2002. GIRARDI, Eduardo P. Atlas da questão agrária brasileira. 2008. Disponível emhttp://www4.fct.unesp.br/nera/atlas/index.htm. IGBE. Censo Agropecuário – 2006. Disponível emwww.ibge.gov.br. OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. Agricultura brasileira, transformações recentes. In: ROSS, Jurandyr (Org) Geografia do Brasil. SP: Edusp, 1995.