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A História da Dualidade Brasileira segundo Ignácio Rangel. Apresentação supersimplificada por Luiz Alberto Mariz. Introdução.
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A História da Dualidade Brasileira segundo Ignácio Rangel Apresentação supersimplificada por Luiz Alberto Mariz
Introdução • Ignácio Rangel realiza uma análise histórico-econômica do Brasil com base no conceito de modo de produção (Marx) e na idéia de ciclos econômicos (Kondratieff) • A análise abrange desde o Descobrimento até o limiar do século XXI • A genialidade de Ignácio Rangel consistiu em criar o conceito singular de dualidade (brasileira) pela combinação dialética dos modos de produção (GUIMARÃES, 1994)
Modos de produção • escravismo • feudalismo • capitalismo • mercantil • industrial • financeiro
Ciclos de Kondratieff Fases ascendente (A) e descendente (B) O Brasil costuma reagir às flutuações de longo prazo de “forma dinâmica”, produzindo excedentes exportáveis , nas fases A, e substituindo importações, nas fases B.
Economia mundial contemporânea • 1994: início do novo Kondratieff (recuperação mundial) • 2001-2002: crise • 2003: início da fase de prosperidade • É provável que a fase de maturidade se iniciasse nesta década, esgotando-se na sua segunda metade (MARTINS,2008)
Lados e pólos • Rangel problematiza o conceito de economia nacional com seu esquema dual: • LADO INTERNO: economia nacional propriamente dita • LADO EXTERNO: parcela da economia mundial em relações com a economia nacional • PÓLOS são diferentes partes regionais ou estruturais dentro de uma economia nacional • Assim, o esquema de Rangel não é apenas dual, é duplo: dois pólos, cada qual com dois lados
Primeira dualidade brasileira Classe dos senhores – barões: “da porteira para dentro”, escravistas; ao mesmo tempo, vassalos da Coroa Surge com a Independência, na passagem da fase A para fase B do 1° Kondratieff Pólo local: lado interno: escravismo lado externo: feudalismo Pólo global: lado interno: cap. mercantil lado externo: cap. industrial Capitalismo industrial estrangeiro, principalmente inglês A partir da Abertura dos Portos, surge como dissidência interna do capital mercantil português
Segunda dualidade brasileira O senhor de escravos converte-se em senhor feudal e o senhor feudal em comerciante (“latifundiário-comerciante”) Surge com a Abolição, na fase A do 2° Kondratieff Pólo local: lado interno: escravismo lado interno: cap. mercantil lado externo: feudalismo Pólo global: lado interno: cap. mercantil lado externo: cap. industrial
Terceira dualidade brasileira Mudança transcorre entre a Grande Depressão e a 2ª. Guerra Mundial (fase B do 3° Kondratieff) Pólo local: lado interno: feudalismo lado interno: cap. mercantil lado externo: feudalismo Pólo global: lado interno: cap. mercantil lado interno: cap. industrial lado externo: cap. industrial lado externo: cap. financeiro Troca pela forma de capital financeiro acompanhada pela troca da hegemonia inglesa pela norte-americana Substituição industrial de importações
Quarta dualidade brasileira Crise do petróleo (1973) marca Início da fase B do 4° de Kondratieff Nova burguesia rural Pólo local: lado interno: semi-salariado lado externo: semicapitalismo lado externo: feudalismo Pólo global: lado interno: cap. industrial lado externo: cap. financeiro
Quarta dualidade brasileira /Possibilidades • “A economia e a sociedade se homogeneizam, prenunciando o fim do próprio fenômeno da dualidade” (RANGEL, 1981, p. 33) • “O modo de produção capitalista atinge todos os setores da economia” (GUIMARÃES, 1994, p. 75) • Novas oportunidades de investimento venda das terras sem ocupação produtiva barateamento da propriedade fundiária para milhões de brasileiros • Ponto fraco: falta de um aparelho de intermediação financeira para viabilizar a “formidável formação de capital” • Carência de empresários privados, não empresários de pequenas e médias empresas, mas daqueles que têm capacidade de arregimentar recursos para grandes projetos e para administrá-los, tais como, ferrovias, rodovias, telecomunicações, energia, infraestrutura em geral (idem, p.75)
Considerações • Ignácio Rangel, um desenvolvimentista • Necessidade de apreensão do quadro geral para o entendimento da economia
Referências • GUIMARÃES, César. A dualidade brasileira de Ignácio Rangel. Revista de Economia Política. v.14, n. 4, p. 62-75, outubro-dezembro 1994. • MARTINS, C. E., A conjuntura contemporânea e o sistema mundial: os desafios da América Latina no século XXI. In: SANTOS, T. (org.), MARTINS, C. E., BRUCKMANN, M. (orgs.). Países emergentes e os novos caminhos da modernidade. Brasília: UNESCO, 2008. • PEREIRA, L. C. B., RÊGO, J. M. Um mestre da economia brasileira: Ignácio Rangel. Revista de Economia Política. v.13, n. 2, p. 98-119, abril-junho 1993. • RANGEL, Ignácio. A história da dualidade brasileira. Revista de Economia Política. v.1, n. 4, p. 5-34, outubro-dezembro 1981.