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GRUPOS DE FAMÍLIAS
1-Objetivo Geral
Despertar nas pessoas a necessidade de se reunir para refletir sobre os acontecimentos diários à luz da Palavra de Deus, motivando-as para a oração e ação concreta, por meio de uma evangelização mais cordial e personalizada, com o objetivo de serem Comunidades Eclesiais de Base:
Povo de Deus, “em conversão, em comunhão com a riqueza dos carismas, serviços e ministérios, participação e solidariedade”.
Os seguidores de Jesus perseveravam na prática de seus ensinamentos. Organizaram comunidades. Tinham tudo em comum. Os bens eram repartidos.
Viviam unidos. Freqüentavam o templo. Assistiam aos doentes. Cada um cumpria as tarefas de sua responsabilidade. Eram todos iguais nas diferenças. (At 2,42-47 e At 4, 32-35 ).
“Onde dois ou mais, estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles” (Mt 18,20 ). • “Dai-lhes vós mesmos de comer...” ( Mt, 14,13-21;Mc, 6, 34-44 multiplicar os grupos para servir a todos). • Os primeiros cristãos se reuniam nas casas (At 2,46;12,12) • “Que todos sejam um...” (Jo 17,20-21). • “... é preciso pescar diferente...”.
Os Grupos de Família são a base das comunidades cristãs que tem sua experiência de fé marcada por algumas características:
Pessoas que moram perto uma das outras, facilitando o relacionamento e o conhecimento das situações e sonhos de cada um, que procuram viver relações fraternas de partilha, ajuda mútua, solidariedade e serviço, formação integral da pessoa, vida de fé e caridade, seguidoras dos exemplos de Jesus, dos apóstolos, em união com a Igreja, que se reúnem, regularmente, nas casas de famílias.
Tem a Palavra de Deus como fonte inspiradora e iluminadora da vida concreta, refletindo sobre problemas sociais e eclesiais, vivendo de acordo com o Evangelho, iluminados pelo Espírito Santo, rezam e celebram a vida, alimentam a comunhão fraterna e a partilha e assumem o compromisso cristão de construir uma sociedade justa, solidária e fraterna.
Compromisso com o projeto de Jesus “Defender e promover a vida”. “...avance para as águas mais profundas e lancem as redes...” • (Lc 5, 4). Para anunciar Jesus Cristo precisamos descentralizar nossas Paróquias, mudá-las em pequenas comunidades, alegres, fraternas, celebrativas, acolhedoras, verdadeiras comunidades eclesiais de base • (Ceb´s).
Procuram ser espaço onde homens e mulheres ( crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos ) experimentam uma nova maneira de se relacionar; descobrem seu papel social, buscam viver na dignidade e no respeito. Formam uma nova consciência de que é juntos que construirão uma sociedade sem dominação, sem exclusão. Lutam por uma sociedade geradora de homens e mulheres novos, livres, dinâmicos e conscientes. Procuram ser verdadeiras escolas da sociedade, onde o poder é serviço, coletivo, partilhado e democrático.
São a base da Igreja. Comunidades Eclesiais de Base • (Ceb’s): ninguém constrói um castelo sobre a areia e sim sobre a rocha. Conscientizam sobre a religião; resgatam a dignidade; abrem ao diálogo; cultivam a amizade entre as famílias; dão espaço ao espaço dos outros; união de raças e culturas.
Segundo o SINM e Documento de Aparecida (178 e 179), a Igreja deve ser uma pequena comunidade (CEB) onde todos se conhecem, se amam,se ajudam, celebram e perseveram. As CEB’s são um novo modo de ser Igreja. As CEB’s são o modo de toda a Igreja ser. As CEB’s são um modo normal de toda a Igreja ser. As CEB’s são uma nova maneira de pensar, viver, e praticar a fé.
No começo, a nossa Igreja era assim: pequenas comunidades de base. Comunidade de vida, de apoio, de partilha. Eram comunidades de Igreja (Eclesial) na mesma fé, na mesma esperança, no mesmo Jesus. E eram pessoas simples, populares, vizinhas, na mesma base de vida. Formavam as CEB’s, isto é, Comunidades Eclesiais de Base. Os pequenos grupos são caminho para as CEB’s.
3-Objetivos específicos:
Incentivar a criação, a multiplicação e organização dos grupos de Famílias (05 a 07 famílias), visando comunidades eclesiais de base que testemunham a fé, a esperança, a caridade, a fraternidade, a partilha e a solidariedade.
Despertar e confirmar tantos ministérios ( visitador, animador...) quantos forem necessários para atender as necessidades pastorais, espirituais, e sociais do povo (de Deus ). Descobrir os valores, os dons das pessoas, incentivando-as a assumir serviços na comunidade e sociedade.
Celebrar as alegrias, as tristezas, as conquistas das famílias e das comunidades. Celebrar os sacramentos • (Batismo, Eucaristia, Crisma, Casamentos) como verdadeiras festas na comunidade. Festejar os padroeiros, as bodas, os nascimentos, aniversários e outros...acompanhar as famílias nos momentos especiais, doenças, mortes, exéquias... participar das lutas sociais, políticas e econômicas.
Assumir a inculturação e reconhecer valores nos costumes de outros povos. • Reconhecer os valores religiosos e sociais, afro-brasileiros e indígenas, convivendo com os diferentes usos, costumes religiosos de outros povos e raças.
Reconhecer os carismas das pessoas em suas atividades; • Comungar as diferenças religiosas; • Viver a Dimensão ecumênica e Diálogo Inter-Religioso (abertura à experiência religiosa do outro; participar nas celebrações, encontros, orações (Semana de Oração pela unidade dos Cristãos) e estudos bíblicos ecumênicos (Cebi);Acolher sugestões ecumênicas de trabalhos pastorais).
“O século XXI ou será místico ou não será humano” Sem espiritualidade, sem mística não somos nada. A mística das CEB’s é a mística da libertação, uma nova relação entre fé e vida. Uma nova maneira de pensar, viver e praticar a fé.
“É BOM TER SEMPRE: A BÍBLIA NA VIDA- A VIDA NA BÍBLIA”. • Bíblia e Vida-Fé e vida sempre juntas... • Celebrar a vida-celebrar a Bíblia na vida...
Sentir a presença de Deus na Bíblia-sentir a presença de Deus na vida... • A Bíblia se torna Palavra de Deus quando faz a vida brilhar, acontecer... • A Palavra de Deus fundamenta os grupos de famílias(as Ceb’s): “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles...”
Deus quer comunicar-se conosco através da realidade da vida: os acontecimentos, a história. • Fé- comunidade- realidade-Bíblia. • At 2,42-47;4,32-35; Mt 11,25-27; 14,13-21; Lc 24, 13-35; Lc 4,18-19. • Amor: I Cor 13,1-13.
5 – Atividades permanentes
Encontros semanais ou quinzenais dos grupos de famílias; • Reuniões periódicas da coordenação paroquial, decanal e diocesana; • Reunião periódica dos animadores de grupos;
Planejamento, articulação, avaliação e encaminhamentos; • Ajuda e acompanhamento na formação e organização dos grupos de famílias onde a coordenação for solicitada; • Representatividade e correspondência nos diversos níveis da Igreja e da sociedade.
Grupos de famílias formados por pessoas que moram perto uma das outras... • Animador de grupos de famílias; • Coordenação dos grupos de famílias dos setores da comunidade ou da comunidade;
Coordenação dos grupos de famílias da paróquia; • Coordenação decanal; assessor decanal; • Coordenação diocesana; assessor diocesano.
7 – Projetos em execução
8 – Desafios encontrados na atualidade:
Falta de conscientização sobre o valor do grupo de famílias e Ceb’s e conseqüente falta de apoio e incentivo por boa parte dos padres de nossa Diocese; • Falta de conscientização sobre o valor e a necessidade dos grupos de famílias se reunirem de 15 em 15 dias ou regularmente no decorrer de todo o ano; • Articulação e organização dos grupos de famílias.
9 – Perspectivas e projetos futuros
Que a partir do estudo do Documento de Aparecida pelo Clero e leigos haja um novo entusiasmo e compromisso com os grupos de famílias e CEB’s, fazendo de nossas paróquias redes de comunidades. LUIZ SOUZA