E N D
Fenómenos de mudança e variação • variação social (diastrática) • variação geográfica (diatópica) • variação cronológica (diacrónica)
1. Conceitos de “língua portuguesa”, norma, crioulo, pidgin 1.1 geografia • Onde se fala português? • Porque se fala aí português?
1.1 .../ • A situação do português nos novos países de língua oficial portuguesa • O distanciamento entre as variantes nacionais portuguesa PE e brasileira PB da LP • O estado da variante europeia, tanto no plano da estrutura gramatical e lexical, como no plano do ensino e do uso
1.2 O que é a “língua portuguesa”? • A norma do português europeu • A norma do português brasileiro • A norma galega
1.3 monolinguismo, bilinguismo, plurilinguismo • mirandês • crioulo • proto-crioulo / pidgin
2. Área linguística galego-portuguesa 2.1 espaço 2.2 continuum 2.3 classificação dialectal - dialectos galegos - dialectos portugueses setentrionais - dialectos portugueses centro-meridionais
Crioulo A formação, bem como o desenvolvimento posterior de pidgins e crioulos é determinada mais fortemente a partir de três forças: a) os universais de desenvolvimento; b) influências de substrato e c) influências de superstrato (Mühlhäusler, 1986) superstrato: léxico, socialmente dominante substrato: gramática, socialmente inferior
4.5 Crioulos do Oriente 1/4 Leite de Vasconcellos (1901): Indo-português • dialecto crioulo de Diu • dialecto crioulo de Damão • dialecto norteiro ou do norte da costa ocidental da Índia • português de Goa • dialecto de Mangalor
Crioulos do Oriente 2/4 6. dialecto crioulo de Cananor 7. dialecto crioulo de Mahé 8. dialecto crioulo de Cochim 9. português d costa de Coromandel
Crioulos do Oriente 3/4 Dialecto crioulo português de Ceilão (Sri-Lanka) Dialecto Macaísta ou de Macau Malaio-português • dialecto crioulo de Java • dialecto crioulo de Malaca e de Singapura Português de Timor
Crioulos do Oriente 4/4 Cunha (1981): • crioulo de Malaca • crioulo de Macau • crioulo de Sri-Lanka • crioulos de Chaúl e Korlai, na Índia • crioulos de Tellicherry, Cananor e Fort Cochim, na Índia • crioulo de Tugu, na ilha de Java
Crioulos do Oriente (concl.) Duas razões para a considerável redução: • envelhecimento e extinção das populações falantes de crioulo nos pontos mais isolados • contactos modernos com o português padronizado da Europa (comunicações e telecomunicações) -> descrioulização
Índia • português: áreas de Goa, Damão e Diu (até 1961) – língua oficial -> resultado: descrioulização • crioulos "activos": • norteiro do porto de Damão • kristi ou kristang – Korlai, ao sul de Damão – única não bilingue
Crioulos: Sri-Lanka • focos: cidades de Batticaloa, Vaipim e Puttalam • estatuto de língua materna (logo a seguir à língua tamil)
Crioulos: Malásia • kristang = malaio-português + malaio-holandês • Malaca: papiá-kristang
Timor-Leste • ± 20% (real: 5 ou 6 %) falam P como língua materna, ± 2000 pessoas em 1975
Macau • >3% / 400.000 P L1 • chinês (cantonês) • inglês • português • - crioulo de Macau absorvido pelo P
4.6 Crioulos de África 1/2 Cabo Verde • o crioulo de Barlavento (ilhas de São Vicente e Santo Antão) • o crioulo de Sotavento (Santiago, Fogo, Brava)
Cabo Verde • P língua oficial e a de ensino • não há línguas indígenas • claramente segunda língua • Coexistência com o crioulo: • camada culta da população: vernáculo • P regional correcto, mas com sua "cor local" • P rudimentar - solenidades continuum: basilecto – mesolecto – acrolecto
Crioulos de África 2/2 São Tomé e Príncipe P lingua oficial do ensino P + forro, moncó e angolar= bilinguismo - não há línguas indígenas Guiné-Bissau • P não é língua veicular • P não é claramente a segunda língua • bilinguismo entre o crioulo e as línguas nacionais, bilinguismo crioulo – P secundário
5.1 România – termo 1/3 • civis romanus, populus romanus • latina lingua • latinus = lingua et populi • romanus = Urbs • Caracalla (+212) -> romani -> Romania (como Hispania, Gallia, Britannia...) • Paulo Orosio (c. 383-420) Romania vs Gotia: "Romania ut vulgariter loquar"
5.1 România – termo 2/3 • romanus ... romanicus(semelhante ao romano) • latine loqui, romane loquivsromanice parabolare, romanice fabulare(advérbios de modo) • romane + latine: à maneira dos romanos ou latinos • romanice: de modo semelhante, mas não igual aos romanos
5.1 România – termo 3/3 • romanicesobreviveu até hoje • francês, provençal, espanhol e português antigos: • romanz, romans, romance
5.1 România România - România Nova - România Submersa Áreas principais: • área ibero-românica • área galo-românica • área reto-românica • área italo-românica • área balcano-românica • área dálmata
Grau de evolução • língua sarda: 8% • língua italiana: 12% • língua castelhana: 20% • língua romena: 23,5% • língua occitana (provençal): 25% • língua portuguesa: 31% • língua francesa: 44% (Marco Pei)
Área ibero-românica Galego Português Castelhano Catalão-valenciano
Área galo-românica Francês (langue d'oïl) • berrichon, poitevin, saintongeais, vendéen, normando, picardo, valão, loreno • Bélgica, Luxemburgo, Suíça, Mónaco Provençal (langue d'oc) mistralien, occitano Franco-provençal
Área reto-românica Romansh Ladino Friulano
Área italo-românica Italiano • setentrional (piemontês, lombardo, lígure, veneziano, emiliano) • central (marchigiano, toscano, corso, úmbrico, lácio + romano) • meridional
sardo campidanese logudorese
Área balcano-românica Romeno Moldavo Daco-romeno Dálmata ragusino vehloto Matteo Bartoli, Das Dalmatische: altromanische Sprachreste von Veglia bis Ragusa und ihre Stellung in der apennino-balkanischen Romania. 2 Bände. Wien: Hölder (1906) Tuone Udaina 1897
5.3 Fenómenos de mudança Pan-românicos: • ille • de + a • plus ou magis • auxiliares esse, habere, tenere • pronomes pessoais • futuro: habere • advérbios: mente • prefixos e sufixos inexistentes em latim
Latim vulgar 1/2 • Limites temporais "Melius est reprehendant nos grammatici quam non intelligant populi" "Ut easdem omelias quisque aperte transferre studeat in rusticam romanam linguam aut thiotiscam, quo facilius cuncti possint intellegere quae dicuntur"
Latim vulgar 2/2 b) Fontes do latim vulgar • obras gramaticais (Appendix Probi) • inscrições monumentais (+ graffiti) • cartas pessoais • obras técnicas (tratados de veterinária, botânica, etc.) • obras literárias (Satyricon, Plauto)
Diferenciação do latim vulgar • Factores de ordem histórica – romanização b) Factores de ordem linguística não-latina: - línguas de substrato - línguas de superstrato
Cronologia da romanização • finais do séc. III a.n.e. - Península Itálica + grandes ilhas: Sicília, Sardenha, Córsega • séc. II a.n.e. – Península Ibérica, Dalmácia, Grécia, Norte de África e Ásia Menor • finais do séc. II a.n.e. – Gália Cisalpina, Gallia Narbonensis (Transalpina) • durante o séc. I d.n.e. – Panónia, W Norte África, Britannia • 98-117 – Románia (Dácia)
Tipo de romanização Duas grandes regiões: Hispânia Citerior (Tarraconense) Hispânia Ulterior (Bética e Lusitânia)
Substrato FARINA > harina FILIU > hijo FOLIA > fulla basco –(/f/ /v) -> lat. F- > /b/ /p/ /h/ /0/ F- > ph > h > 0
Superstrato 1/2 • Os suevos (pouco relevante) laverca, broa, britar, trigar, lobio • Os visigodos SAIPO > lat. SAPONE > port. sabão BURGS > lat. BURGUS > port. burgo WERRA > lat. GUERRA (por BELLUM) > port. guerra
Superstrato 2/2 • SKANKJA (escanção), SPAIHA (espia), RAUPA (roupa), FAT (fato), LOFA (luva), SPITUS (espeto), RUCCA (roca), GANS (ganso), GANO (gana) • Álvaro, Fernando, Afonso, Rodrigo (> Rui), Elvira, Gonçalo, Raul • VIMARANIS > Guimarães, GUNDEMARI > Gondomar, SENDINI > Sendim