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Apresentação de caso clínico. Fábio Freire José. História Clínica. ID: : Paciente de 24 anos, sexo masculino, católico,branco, comerciário, procedente de São Paulo QP: “passando mal constantemente “. História Clínica. HMA:
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Apresentação de caso clínico Fábio Freire José
História Clínica ID: : Paciente de 24 anos, sexo masculino, católico,branco, comerciário, procedente de São Paulo QP: “passando mal constantemente “
História Clínica HMA: • Paciente vem apresentando desde há 6 anos vários episódios de inicio súbito, que se caracterizam por turvação visual, tonturas, cefaléia e dispnéia, freqüentemente acompanhados de extrema ansiedade. • Depois de apresentar estas queixas por 3 meses, procurou atendimento em Posto de Saúde, quando então foram detectados níveis pressóricos elevados (200 x 120 mmHg), sendo orientado a usar dieta hipossódica e uso de hidroclorotiazida 25 mg/dia.
História Clínica • HMA: Com esta forma de tratamento, o paciente persistiu com os mesmos episódios já descritos, sempre associados a níveis hipertensivos (PAS 160-200 x PAD 100-120 mmHg). Há 6 meses, apresentou quadro clínico de edema agudo de pulmão e aumento importante de PA, sendo necessário o uso de nitroprussiato de sódio EV. A partir de então, foi encaminhado ao Serviço de Clínica Médica da UNIFESP para investigação diagnóstica. Na admissão, o paciente negou sudorese, palpitações e referiu ter dispnéia aos grandes esforços há 1 ano
ANTECEDENTES PESSOAIS(médicos/familiares) • Negou tabagismo, etilismo e uso de drogas ilícitas. Há 7 anos teve queda acidental de moto, com leve contusão abdominal. • No dia seguinte a este evento, apresentou 01 episódio de hematúria macroscópica. Negou história de hipertensão em familiares
EXAME FÍSICO • Bom estado geral e nutricional, orientado; Peso= 70kg, Altura = 1,72m, IMC = 23,7; PA = 200 x 120 mmHg (deitado), 195 x 115 (sentado), 185x115 (em pé), FC=82; Região cervical sem sopros, tireóide não palpável, pulsos carotídeos simétricos. • Aparelho cardiovascular: bulhas rítmicas em 3 tempos, as custas de B4; B2Ao hiperfonética; ausência de sopros à ausculta cardíaca.
EXAME FÍSICO • Aparelho respiratório: MV normal e simétrico, sem ruídos adventícios. • Abdômen: sopro abdominal em flanco E (sistólico/diastólico). Ausência de massas palpáveis ou visceromegalias. • Extremidades: pulsos periféricos simétricos e de amplitude normal. Sem edemas.
EXAMES COMPLEMENTARES: • Hb 15,0 g/dl, Ht 43%, Leucócitos 5.800 (45Neutr, Eosin 13%, Linf 35 Mono 7%), plaquetas 250.000, VHS 10 mm, glicose 80 mg/dL, ureia 35 mg/dL, creatinina 1,1 mg/dL, Na 138 mEq/L, K 4,3 mEq/L, HCO3 26 mEq/L • Exame de Urina: pH 5.0, Densidade 1020, Leucócitos 5 p/campo, Hemácias 50 p/campo, dismorfismo ausente; Proteinúria de 24h 550 mg • Eletroforese de proteinas séricas: normal; colesterol total 190 mg/dl, TGO, TGP, fosfatase alcalina, FAN, ANCA, complemento, PCR, todos normais ou negativos.
EXAMES COMPLEMENTARES: • USG Renal e de Vias Urinárias: Rins de tamanho, contorno e localização normais, com ecogenicidade preservada. Relação cortico medular preservada.
EXAMES COMPLEMENTARES: • Estudo com ECO Doppler Renal: • VPSAorta Abdominal114Art Renal D142Art Renal E142 • Rim DireitoAceleraçãoVPSRRSArt Seg. S4,4592,4Art Seg M6,4532,6Art Seg I4,9403,5 • Rim EsquerdoAceleraçãoVPSRRSArt Seg. S3,9314,5Art Seg. M5791,7Art Seg. I5,6632,2 • Valores NormaisArt renalVPS < 150Relação R/A< 3Art segmentarAceleração > 3 RRS < 5
Conceituação Hipertensão Arterial “É uma doença crônica, não transmissível, de natureza multifatorial,assintomática (na grande maioria dos casos) que comprometefundamentalmente o equilíbrio dos mecanismos vasodilatadores evasoconstritores, levando a um aumento da tensão sanguínea nosvasos, capaz de comprometer a irrigação tecidual e provocar danos aos órgãos por eles irrigados.”
Hipertensão Renovascular • Diminuição da pressão de perfusão renal ativa SRAA, renina converte o angiotensinogênio Liberação de Ang I, ECA converte a Ang I em Ang II Ang II provoca vasoconstrição (entre outros efeitos) que faz com que HTN e aumenta a liberação adrenal de aldosterona leva a retenção de sódio e líquidos Rim contralateral (se estenose de artéria renal EAR unilateral) responde com diurese / Na, excreção de H2O que pode retornar ao normal o volume plasmático com HTN sustentado, diminui a atividade da renina plasmática (utilidade limitada para DX Rim único ou bilateral com EAR leva à rápida expansão do volume final e declínio na secreção de renina
Sétimo Relatório JNC O risco de DCV começa com PA de 115/75mmHg e dobra a cada incremento de 20/10mmHg.
Avaliação inicial do hipertenso Estagiamento da pressão arterial Avaliação do risco cardiovascular Pistas para HAS secundária Lesões de órgãos-alvo
Métodos de medida da pressão arterial direta indireta Técnica auscultatória ou oscilométrica cateterização arterial registro contínuo Contínua Intermitente Casual
Medida da Pressão Arterial Medida Casual da PA • aparelhos automáticos • esfigmomanômetros aneróides • esfigmomanômetros de coluna de mercúrio Técnica auscultatória ou oscilométrica
Medida da Pressão Arterial Coluna de Mercúrio Aneróide Automático Preciso Fácil manutenção Não perde calibração Fácil manuseio Práticos Fácil transporte Precisão e manutenção questionáveis Calibração com ap. de mercúrio Cuidados - mercúrio Difícil transporte
Medida da Pressão Arterial VII JNC Consultório Método auscultatório com aparelho calibrado
Pressão arterial no consultório • Medida pelo menos 2 vezes • Após 5 minutos de repouso • Paciente sentado • Braço ao nível do coração
Medida da Pressão Arterial • Explicar o procedimento ao paciente; descansar 5-10 minutos em ambiente calmo, temperatura agradável; promover relaxamento para atenuar o efeito do avental branco • Certificar-se que o paciente não está com bexiga cheia, não praticou exercícios físicos, não ingeriu bebidas alcoólicas, café ou fumou; não deixar pernas cruzadas
Medida da Pressão Arterial • Manguito de tamanho adequado, 2 a 3 cm da fossa cubital, bolsa de borracha centralizada sobre a artéria braquial. Largura da bolsa deve ser de 40% da circunferência do braço e o comprimento deve envolver pelo menos 80%. • Manter o braço na altura do coração, livre de roupas, palma da mão voltada para cima e cotovelo ligeiramente fletido
Medida da Pressão Arterial • Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro aneróide • Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento (estimativa da PAS), desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes de inflar novamente
Medida da Pressão Arterial • Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, evitando compressão excessiva. • Inflar rapidamente, de 10 em 10 mmHg, até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da pressão sistólica. Deflação com velocidade de 2 a 4 mmHg/segundo.
Medida da Pressão Arterial • Determinar a PAS no aparecimento do primeiro som(fase I de Korotkoff). Determinar a PAD no desaparecimento do som(fase V de Korotkoff). Auscultar 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois realizar a deflação rápida e completa. Quando os batimentos persistem até o zero, determinar a PAD no abafamento dos sons(fase IV) e anotar valores da PAS/PAD/zero
Sons de Korotkoff • Fase I: aparecimento do primeiro som. É fraco, seguido de batidas regulares. • Fase II: sons suaves e longos. Podem sumir • Fase III: sons mais crispados • Fase IV: sons sofrem nítido abafamento • Fase V: desaparecimento dos sons.
Medida da Pressão Arterial • Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, posição do paciente, braço em que foi medida. • Não arredondar os valores para dígitos terminados em zero ou cinco • Esperar 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. • O paciente deve ser informado sobre os valores da pressão arterial.
Medida da Pressão Arterial Rotina diagnóstica • Cada consulta – 2 medidas. Se houver diferença maior que 5 mmHg na PAD são indicadas novas verificações. • 1° consulta – ambos os membros superiores utilizar o de maior pressão • Posição sentada • Posição ortostática – idosos, diabéticos, disautonomias, alcoólicos, uso de anti-hipertensivos. 5 minutos.
Medida da Pressão Erros do Observador • Arredondar os valores de pressão arterial para dígitos zero ou cinco • Posição incorreta dos olhos • Pressionar excessivamente o estetoscópio • Inflar excessivamente o manguito causando dor • Deflacionar rapidamente • Interação inadequada com o paciente causando tensão • Identificar incorretamente os sons • Reavaliar a PAS antes de terminar a deflação do manguito
Medida da Pressão ArterialManômetro Aneróide - Erros • Incorreto: o aparelho está sempre calibrado com o ponteiro no zero • Correto: Testar calibração contra coluna de mercúrio
Medida da Pressão ArterialIdosos Pseudo-hipertensão Hiato auscultatório Hipotensão postural
Hipertensão arterial no idoso Pseudo-hipertensão • medidas falsamente aumentadas devido à rigidez arterial • prevalência < 5% (Anzal et al, 1996) • manobra de Osler • quando suspeitar • níveis elevados com poucos sinais de HAS grave • hipotensão após leve medicação
Hipertensão arterial no idoso Hiato auscultatório •subestimação da pressão arterial sistólica • como evitar → palpar o pulso radial para definir a PA sistólica