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Padrões de Penetração de Luz no Reservatório de Furnas. Ecologia Energética Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho Atenágoras Carvalhais Caetano Troncoso Cícero Barros Eugênia Kelly Fernanda Horta Rafael Rossi. Introdução.
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Padrões de Penetração de Luz no Reservatório de Furnas Ecologia Energética Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho Atenágoras Carvalhais Caetano Troncoso Cícero Barros Eugênia Kelly Fernanda Horta Rafael Rossi
Introdução • A radiação solar é a principal fonte de energia para a Terra, sendo formada por ondas eletromagnéticas, que se diferenciam quanto ao comprimento de onda; • A radiação que penetra as colunas d’água sofre influência da concentração de material dissolvido e em suspensão, podendo ser refratada, absorvida, transformada ou dispersa; • Os principais responsáveis pelo espalhamento da radiação na água e aumento da turbidez são as partículas suspensas, enquanto os principais absorvedores da radiação são os pigmentos fotossintéticos, os detritos orgânicos e a matéria orgânica dissolvida; • Na região limnética, onde há pouca influência de material revolvido do sedimento ou de origem alóctone, o principal responsável pela atenuação da radiação é a comunidade fitoplanctônica (Esteves, 1998).
A Zona Eufótica • Em um ambiente aquático, a zona eufótica é a porção iluminada da coluna d’água e pode ser determinada através do uso do disco de Secchi; • Sua extensão pode variar desde alguns centímetros até dezenas de metros; • A capacidade do meio de atenuar a radiação subaquática é o que determina o tamanho da zona eufótica; • O limite inferior da zona eufótica é geralmente assumido como a profundidade onde a intensidade da radiação corresponde a 1% da que atinge a superfície (ponto de compensação).
Objetivos • Caracterizar, em diferentes pontos amostrais, o padrão de penetração de luz e quantificar algumas das variáveis que influenciam diretamente neste aspecto; • Verificar possíveis discrepâncias entre os pontos trabalhados e, caso estas sejam constatadas, correlacioná-las à heterogeneidade ambiental da área em estudo.
Metodologia • A coleta foi feita em quatro pontos distintos do reservatório de Furnas. Nestes foram obtidas informações sobre radiação, transparência, turbidez e sólidos em suspensão; • A radiação foi medida com um radiômetro, traçando um perfil na coluna d’água de meio em meio metro até a penetração de radiação igual a 1% daquela obtida na subsuperfície; • Tal penetração de luz foi conferida com o auxílio do disco de Secchi que também foi usado para medir a transparência do reservatório; • Para a análise da turbidez e dos sólidos em suspensão foram coletadas amostras de água em todos os pontos na metade da profundidade equivalente a 1% de penetração de luz;
No laboratório de campo a turbidez foi estabelecida com auxílio de um turbidímetro e foi realizada a filtragem das amostras d’água coletadas (1 litro por amostra) com auxílio de bomba a vácuo e filtros pré-tarados; • Os filtros foram secados em estufa e posteriormente muflados para determinação dos sólidos totais dissolvidos, e a parcela orgânica e inorgânica destes; • No Laboratório de Gestão Ambiental de reservatórios, aproveitando as amostras d’água coletadas (filtradas e não-filtradas), análises das concentrações de fósforo total, nitrato, nitrito e íon amônio foram feitas.
Resultados e Discussão • A concentração de nitrato foi a única que sugere alguma variação, no entanto não se pode afirmar nada pela irrelevância estatística da amostragem; • O ponto 3, pode apresentar maiores resultados pois seu entorno é totalmente utilizado como pastagem. • Os valores obtidos para turbidez foram iguais em todos os pontos com exceção do ponto 1, que de toda forma tem valor muito próximo dos demais.
Y = - 0,1393x + 2,4344 Secchi: 4,5 Secchi: 3,8 Secchi: 4,1 Secchi: 3,9
Os coeficientes de atenuação da radiação foram muito próximos entre si, não indicando uma possível variação entre os pontos amostrados. • As taxas de sólidos em suspensão tiveram, como os demais parâmetros, valores próximos. As diferenças observadas entre os pontos são inexpressivas diante dos baixos valores obtidos e pequeno número amostral.
Conclusões • Os pontos amostrados não apresentam variações nítidas para os padrões de penetração de luz. Semelhantemente não observa-se variações, como esperado, para os fatores que determinam os padrões de penetração de luz (secchi, turbidez, sólidos totais dissolvidos) nem para as concentrações de nutrientes. • A maior concentração de nitrato no ponto 3, se significativa, em contraste com o padrão de penetração de luz invariável, pode sugerir limitação por outro nutriente como, por exemplo, fósforo (cuja concentração foi nula para todos os pontos). • Deste modo, acredita-se que, por reservatórios serem caracterizados como ambientes dinâmicos, os parâmetros observados não tenham apresentado grandes variações em função da proximidade relativa dos pontos. Os quais estariam continuamente interagindo devido ao deslocamento de água característico. • Finalmente, sugere-se mais amostragens para consolidação dos dados obtidos através de experimentos estatísticos.
Bibliografia • Pereira Cabral B. J. 2003. Utilização de técnicas de segmentação e correlação de Spearman em imagens TM para o estudo da concentração de sedimentos em suspensão no reservatório de Barra Bonita – São Paulo- Brasil, GeoFocus (Artículos), nº 3, 2003, p. 235-267. • Pereira, E. S.1; Pereira, C. S.1., Silva, P. L1; Paula, H. T.1. 2004. Avaliação preliminar do coeficiente de atenuação da radiação na lâmina d’água, na ilha da mini praia, baía do Malheiros, Alto Pantanal, Cáceres-MT, IV Simpósio sobre Recursos Naturais e Sócio-econômicos do Pantanal Corumbá/MS. • Leite, M. A. 1998. Variação espacial e temporal da taxa de sedimentação no Reservatório de Salto Grande (Americana – SP) e sua influência sobre as características limnológicas do sistema. Dissertação de Mestrado. Escola de Engenharia de São Carlos, USP. • Esteves, F. A. Fundamentos de limnologia - 2.ed. Rio de Janeiro:Interciência, 1998.