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Professor Edley. www.professoredley.com.br. A Colonização Espanhola na América.
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Professor Edley www.professoredley.com.br
A Colonização Espanhola na América Entre outras tantas crenças, os incas acreditavam na reencarnação, por isso homenageavam e mumificavam seus mortos. Na foto, Múmia Juanita, menina inca morta como oferenda aos deuses entre 1450 e 1480, com idade entre 11 e 15 anos. Ela foi descoberta em 1995 perto do cume do monte Ampato, na cordilheira dos Andes, no sul do Peru.
A Colonização Espanhola na América Em 2011, a Universidade de Yale, nos Estados Unidos, devolveu ao governo do Peru quatrocentas peças arqueológicas produzida pelos incas, que estavam sob seu poder havia mais de um século. Essas peças foram encontradas pelo arqueólogo norte-americano Hiram Bingham, primeiro estudioso a encontrar a cidade de Machu Picchu, construída por volta de 1450 nas proximidades de Cuzco, antiga capital do Império Inca. Machu Picchu era uma cidade com acesso reservado à elite, por ter sido planejada para servir de centro religioso e administrativo do império, e como refúgio para o imperador. Exposição das primeiras peças arqueológicas de Machu Picchu, no palácio presidencial de Lima, 2011.
A Civilização Maia A civilização maia começou a se desenvolver por volta de 2000 a.C., na atual região da península de Yucatán, sul do México, El Salvador, Belize, Guatemala e Honduras. Seu apogeu se deu entre 250 d.C. e 900 d.C., muito antes, portanto, da chegada europeia à América, num período chamado pelos historiadores de Período Clássico. Os maias se destacaram no campo da Astronomia, da Matemática, da Arquitetura e de um complexo sistema de escrita que utilizava símbolos como formas de representação. A escrita maia era utilizada para registrar a história de sua sociedade, como os fatos que eles consideravam importantes e os feitos de seus governantes. Isso auxiliou na construção da memória da civilização maia.
A Religiosidade Maia A religião maia era politeísta, ou seja, cultuava vários deuses, ligados tanto ao universo celeste quanto à vida na Terra. Em homenagem aos deuses, os maias ergueram templos, altares e santuários, nos quais realizavam rituais e sacrifícios religiosos. Templo das Inscrições no sítio arqueológico maia de Palenque, no estado de Chiapas, no México.
A Religiosidade Maia A observação dos astros se tornou uma das especialidades maias, resultando na elaboração de dois calendários, utilizados paralelamente em diversos aspectos do dia a dia desse povo, como o estabelecimento de um sistema eficiente de produção agrícola e a sistematização das homenagens e oferendas a seus deuses. A agricultura era muito importante para os maias. Dentro de seu sistema de produção agrícola o milho foi o alimento mais importante. Segundo a crença maia, o milho era protegido pelo deus Yum Kaax, divindade com a cabeça alongada, como uma espiga de milho. Escultura do deus maia Yum Kaax, homem com cabeça em forma de espiga de milho, do século VIII, encontrada no sítio arquitetônico de Copan, Honduras.
A Religiosidade Maia A sociedade maia apresentava uma intensa atividade econômica baseada na troca de produtos agrícolas, entre os quais se destacava o cacau. Alguns produtos, em especial bebidas fermentadas a base de cacau ou mel, eram considerados muito nobres e importantes, sendo consumidos apenas pelos líderes políticos e religiosos maias ou em oferendas a seus deuses. Vaso de cerâmica (c. 600-900) usado para servir bebidas de chocolate em rituais maias, encontrado na Guatemala.
As Cidades-Estados A sociedade maia estava organizada em torno de cidades-Estados, de forma descentralizada e sem a figura de um líder único. Após seu período de apogeu, já por volta de 900 d.C., a civilização maia começou a declinar, segundo os estudiosos do assunto, em decorrência de diversas causas, entre as quais: • problemas relacionados ao meio ambiente, como o desmatamento; • aumento da população, que ocasionava a falta de alimentos; • possível invasão de algumas regiões do Império por outros povos, como os toltecas. Acredita-se que na ocasião do contato entre espanhóis e maias, a sociedade americana já estivesse em total declínio. Os maias deixaram fortes marcas na cultura de povos do sul do México, e do norte da Guatemala.
Os Astecas Os astecas – ou mexicas, como se autodenominavam – viviam na região do atual México e aos poucos foram migrando para o sul à procura de terras férteis. Até que, por volta de 1325, ocuparam a ilha de Texcoco, na região do México central. Durante algum tempo, os astecas foram dominados pelos tepanecas, em Tenochtitlán, até que se rebelaram e assumiram o controle da região, transformando a cidade de Tenochtitlán na capital do Império Asteca.
Os Astecas A agricultura também esteve bastante ligada ao desenvolvimento dessa sociedade. A imagem abaixo mostra a dinâmica do processo agrícola desenvolvido pelos astecas por meio da construção de ilhas artificiais, as chinampas, onde os gêneros agrícolas eram cultivados.
Os Astecas Os astecas eram politeístas e acreditavam no dualismo, ou seja, que as divindades tinham características que se confundiam, como no caso do deus representado na serpente abaixo. O estudo da serpente de duas cabeças revelou aos pesquisadores que para os astecas esse deus era responsável tanto pela morte quanto pela ressurreição, e estava relacionado a Quetzalcoatl (ou serpente emplumada), deus que representava a fusão entre as energias do céu e da terra. Serpente emplumada de duas cabeças, do século XVI, esculpida em madeira e coberta por um mosaico de turquesa, ornamento usado no peito pelos sacerdotes astecas em cerimônias religiosas.
Urbanização e Administração Os astecas desenvolveram uma vasta infraestrutura urbana, com canais fluviais navegáveis, canalização de água potável em aquedutos de pedra, pirâmides e grandes templos religiosos. A expansão territorial e o intenso comércio do Império foram responsáveis pela construção de grandes cidades, que chegaram a possuir até 15 milhões de pessoas. A sociedade era dividida hierarquicamente e a administração era centralizada em torno da figura de um governante eleito entre membros da aristocracia.
Sociedade Asteca Negociantes de mercadorias. Os únicos com permissão para viajar em expedições comerciais. Chefes militares, altos funcionários públicos e religiosos. Nobreza Pochthecas Artesãos Camponeses Escravos Prisioneiros de guerra ou devedores. A classe mais baixa da sociedade asteca.
Os Incas Os incas são descendentes dos povos pré-colombianos que habitavam a América do Sul há milhares de anos. No século XII se deslocaram para o vale de Cuzco e, após várias conquistas militares, formaram um grande império com mais de 1 milhão de quilômetros quadrados. O Império Inca reuniu cerca de mil povos diferentes em um Estado centralizado e militarizado, concentrado na figura de um imperador e de representantes locais subordinados a ele. O maior centro urbano do império foi Cuzco, que significa ‘umbigo do mundo’.
Os Incas A imagem ao lado representa uma lhama, animal domesticado há mais de 5 mil anos e até hoje muito comum em países como Peru e Bolívia. O animal aparece representado na escultura devido à sua importância nas atividades agrícolas e pastoris de subsistência desenvolvidas pelos incas. Os incas cultivavam mais de 70 mil plantas nativas, entre elas milho, batata-doce, abacate, quinoa, batata e amendoim. Estatueta de ouro, de cerca de 1500, representando uma lhama usada como oferenda aos deuses em rituais incas.
Os Incas Uma quantidade da produção das lavouras suficiente para alimentar a população por um período de até sete anos era armazenada em celeiros, formando um estoque. Esse estoque era controlado pelos funcionários do governo, que o faziam por meio da utilização de quipos – um conjunto de cordões de tamanhos e cores diferentes nos quais, por meio de nós, os incas realizavam contas. Os incas também desenvolveram atividades pastoris. Tendo em vista sua instalação em plena cordilheira dos Andes, as lhamas se tornaram importantíssimas para esse povo, fornecendo alimento e lã para a fabricação de roupas e servindo de animais de carga, podendo carregar até 27 kg. Além dessas atividades, os incas também tinham grande experiência no trabalho com metais como ouro e prata, que utilizavam para produzir adornos, ícones religiosos, estátuas e outros objetos.
Sistema de Comunicação do Império Para a integração das muitas regiões do Império, os incas construíram um amplo sistema de estradas, que totalizavam cerca de 30 mil a 50 mil quilômetros. Para a transmissão de mensagens, instalaram entre uma cidade e outra postos de correio, onde ficavam os mensageiros, conhecidos como chasquis. As mensagens eram levadas de uma cidade a outra por meio da transmissão da informação de um posto de correio a outro. Representação de um chasqui, mensageiro oficial do Império Inca, carregando um quipo na mão esquerda enquanto usa o pututo, corneta feita com uma concha. Ilustração do livro de Felipe Guamán Poma, Nova crônica e bom governo (1615).
A Arquitetura Inca Os incas revolucionaram a arquitetura com o desenvolvimento de um sistema de esgoto e técnicas de sobreposição de blocos de pedra que dispensavam o uso de argamassa. Sua construção era tão consistente que algumas construções, como as de Machu Picchu, no Peru, continuam quase intactas. O Império Inca entrou em decadência com a chegada e penetração dos espanhóis, no século XVI.
A Dominação Espanhola Os espanhóis chegaram à América em 1492 e, logo no primeiro contato, perceberam que os nativos usavam muitos adereços de ouro, o que incitou o início do domínio da região para a exploração de ouro. O primeiro local explorado pelos espanhóis foram as ilhas das Antilhas, mas, percebendo a pequena quantidade de minérios da região, eles se dirigiram ao continente americano, instalando-se na atual América Central, México, e depois, no continente sul-americano. O trato violento com os indígenas americanos e o contágio deles por doenças trazidas da Europa dizimaram as populações nativas.
A Dominação Espanhola A conquista se deu em pouco menos de um século. Em 1521, o espanhol Hérnan Cortez conquistou o grande Império Asteca. A capital Tenochtitlán foi arrasada e saqueada, no que caracterizou o quase extermínio da população de região, que de 25 milhões no início do século XVI, passou para 1,9 milhão em 1580. Representação do encontro de Montezuma com Cortez no Códice de Tlaxcala, século XVI. Ao lado de Cortez, está Malinche, a intérprete asteca do conquistador espanhol.
A Destruição do Império Inca Entre 1519 e 1529, os espanhóis, comandados por Francisco Pizarro, travaram muitas batalhas contra os incas e, apesar da resistência, com o uso de armas de fogo e cavalos, os espanhóis acabaram vencendo. Em 1532, Atahualpa, o imperador inca, foi capturado por Pizarro. Em 1572, Tupac Amaru, última resistência à dominação, foi morto, assim como cerca de 8 milhões de nativos. Mosaico na cidade de Cajamarca representando o encontro do imperador inca, Atahualpa, e o conquistador espanhol Francisco Pizarro em 1532.
A Administração Espanhola da América As terras americanas foram divididas pelos espanhóis em vice-reinos e capitanias, administrados por representantes que respondiam diretamente ao governo espanhol. Os representantes eram escolhidos pelo Conselho das Índias, criado em 1524 com a função de cuidar das questões administrativas e políticas das colônias espanholas. As relações comerciais se davam por meio do pacto colonial, em que a compra e venda de mercadorias era obrigatoriamente realizada entre as colônias e a Espanha.
Referência Bibliográfica • Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, • Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.
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