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Conta Satélite do Turismo (CST) no Brasil Um Estudo Preliminar FORNATUR – Seminário em Campos de Jordão. São Paulo, Abril de 2011. O Quê é a Conta Satélite de Turismo?.
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Conta Satélite do Turismo (CST) no BrasilUm Estudo PreliminarFORNATUR – Seminário em Campos de Jordão São Paulo, Abril de 2011
O Quê é a Conta Satélite de Turismo? • A CST é um instrumento de medida dos impactos do Turismo na Economia, a partir de uma aproximação simplificada da Matriz de Insumo-Produto, utilizada nas Contas Nacionais. É formulada com base em conceituações padronizadas, traduzidas em 10 (dez) Tabelas, de modo a: • Fornecer informações fidedignas e consistentes dos impactos sócio-econômicos desse setor; • Permitir a comparabilidade desses impactos entre países; • Permitir avaliar a importância Turismo na Economia Nacional e estabelecer relações e comparações com outros setores de atividade.
Histórico de alguns marcos e fatos associados à CST (1) • No início dos anos da década de 1980, a OMT propôs modificações e ajustes nas definições e nas classificações do Turismo, com vistas à sua compatibilização e integração às Contas Nacionais; • Em 1983, a OMT, no encontro em Nova Delhi, apresenta, com dados de 1968, resultados simulados de impactos econômicos do Turismo, com vistas a demonstrar ser viável à integração do Turismo às Contas Nacionais; • Em 1991, na Conferência sobre Estatística do Turismo e Viagens, realizada em Ottawa, Canadá, completa-se o ciclo, com a proposição de se desenvolver o sistema de Conta Satélite do Turismo.
Histórico de alguns marcos e fatos associados à CST (2) • Em 1993, a Comissão de Estatísticas da ONU adota as recomendações propostas pela OMT na Conferência de Ottawa, relativas às definições e classificações uniformes do Turismo e sobre a Classificação Internacional Uniforme das Atividades Turísticas (CIUAT); • Entre os países que desenvolveram o sistema de CST na década de 1990, destacam-se o Canadá (o pioneiro), a maioria dos países Europeus, Estados Unidos, República Dominicana, México e Austrália; • No Brasil, por convênio Embratur e OMT, com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, foram realizados em 1990 estudos para a avaliação dos impactos do turismo e estimativas de sua participação relativa na Economia do País (Paloma).
Histórico de alguns marcos e fatos associados à CST (3) • Em 2003, a FIPE desenvolveu uma 1ª. versão da CST para a Embratur, com dados de 1999, para obter estimativas preliminares desse sistema contábil para o País, bem como mapear e identificar as disponibilidades e carências das bases de dados necessárias para o seu cálculo; • Em 2005, o IBGE firma convênio com a Embratur/Mintur, para se encarregar do cálculo da CST; • Em 2007 o IBGE apresenta uma análise das Atividades Características do Turismo, relativas à 2003, com base na Pesquisa Anual de Serviços – PAS, na Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD.
Aspectos Metodológicos da CST • A CST baseia-se na especificação de conceitos, variáveis e classificações de atividades, associados ao Turismo, que, consubstanciados e integrados, geram resultados para 10 tipos de tabelas: • as quatroprimeiras envolvem informações de consumo turístico, por tipo de produtos e formas de turismo; • a quinta abrange dados de produção e da estrutura produtiva das atividades turísticas; • a sexta consolida e confronta os dados de consumo e de produção, possibilitando o cálculo do valor adicionado e do PIB turístico; • a sétima refere-se ao emprego gerado pelo turismo; • a oitava envolve a formação bruta de capital fixo (FBK) do setor turismo; • a nona o consumo dos serviços públicos de turismo (planejamento, coordenação, controle, fiscalização, geração de estatísticas do setor); e • a décima especifica um conjunto de indicadores físicos que auxiliam a caracterização do setor (nº e tipos de turistas, transportes utilizados, tipos de alojamentos, etc)..
Alguns Conceitos Importantes da CST (1) • Turismo: conjunto de atividades que as pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares distintos de seu entorno habitual, por um período de tempo consecutivo inferior a um ano, com fins de ócio, por negócios ou outros motivos; • Entorno Habitual: corresponde aos limites geográficos dentro dos quais o individuo se desloca em sua vida cotidiana, exceto por ócio ou recreação (Exclui, por exemplo, a chamada residência secundária); • Classes de Visitantes • Por Duração da viagem: (1) Turista (que permanece uma ou mais noites no local visitado) e (2) Excursionista (que não pernoita no local visitado); e • Por Destino: (1) Internacional - cujo país de residência é diferente do país visitado (inclui o nacional, residente no exterior) e (2) Interno - cujo país de residência é o próprio país visitado (inclui o estrangeiro residente).
Alguns Conceitos Importantes da CST (2) • Tipos de Bens e Serviços: Característicos:aqueles que, sem o Turismo, deixariam de existir em quantidade significativa ou seu consumo reduzir-se-ia substancialmente; Conexos:são consumidos pelos visitantes em quantidades significativas, mas não são típicos, muito menos exclusivos; Específicos:os que se destinam exclusivamente aos turistas. • Proposta da OMT para minimizar questões e dúvidas quanto à classificação dos bens e serviços: Característicos:alojamento, alimentação e bebidas, transportes e serviços associados; organização de viagens; guias turísticos, serviços recreativos e culturais, entre outros; Conexos: taxi, artigos de artesanato, “souvenires”, restaurante, entre outros.
Alguns Resultados do Estudo FIPE (2) Composição do Consumo Turístico no Brasil (em R$ bilhões) - 1999 Turismo Doméstico R$ 38,8 bilhões (76,0%) Fornecedor Residente R$ 2,7 bilhões (5,2%) Fornecedor Externo R$ 5,7 bilhões (11,2%) Receptivo R$ 3,9 bilhões (7,6%) Consumo Interior R$ 45,4 bilhões (88,8%) Emissor R$ 8,4 bilhões (16,4%) Consumo Turístico Total R$ 51,1 bilhões (100,0%) Fonte: Pesquisa FIPE
Alguns Resultados do Estudo FIPE(4) Participação dos Principais Setores no PIB das Atividades Turísticas e Contribuição Específica do Turismo (em %)
Alguns Resultados do Estudo da FIPE(5) Composição do PIB do Brasil e Contribuição do Turismo1 - 1999
Considerações Finais da CST: Algumas Conclusões • Desconsiderando-se a Formação Bruta de Capital (FBK), o Produto do Turismo representa 2% do PIB do Brasil; • Se adicionada a contribuição da FBK, pode-se admitir que o Turismo representa uma parcela superior, próxima de 2,5%. • Dentre os setores de atividades, as maiores contribuições para o produto turístico são dadas por Transportes (34,8%), - destacando-se o Aéreo (17,9%) e o Rodoviário (16,8%); Alimentação (22,6%); Hotéis (12,9%); entre outros. • O número estimado de empregos gerados pelo turismo em 1999 é de 2,4 milhões, representando 3,3% da PEA - População Economicamente Ativa empregada, sendo 1,63 milhões diretos e 0,75 milhões indiretos. • Os setores que mais geram emprego nesta atividade são: Alimentação (63%); Transportes (17,2%) e Hotéis (17,0%), entre outros.
Considerações Finais da CST: Algumas Conclusões • Pelo lado do Consumo, verifica-se que o Consumo Total do Turismo representa 8,5% do Consumo das Famílias e a 5,3% do PIB; • Restringindo-se ao Consumo Interior (realizados no País) cai para 7,6% do Consumo das Famílias e a 4,7% do PIB; • Parcela substancial do Consumo Turístico é devida à Produção de Bens Intermediários de Outros Setores (Ex. gasto com o pernoite em um hotel: parte do custo é da cama, produto do Setor Imobiliário). Descontando-se a contribuição de outros setores, o Turismo responde por cerca de 2,5% do PIB; • Pela Relação entre o Consumo Interno e o do Receptivo Internacional, verifica-se a predominância do mercado interno, quase 10 vezes superior.
Participação do Turismo no PIB em Alguns Países e no Brasil (Estimativas) Fonte: Wilson A. Rabahy, “Turismo Sustentado: Importância do Mercado Interno”, na Revista Turismo em Números, nº 62, SINDETUR-SP e Bull.
Considerações Finais: Melhoria das Bases de Dados e Situação Atual • Desde 2004 a FIPE passou a fazer a pesquisa anual sobre o Turismo Internacional da Embratur, com reformulação metodológica e ampliação da amostra; • Em 2006 e em 2008 a FIPE realizou para o Mintur a mais ampla pesquisa sobre o Turismo Doméstico no Brasil, com uma amostra de 37.000 domicílios em todo o País (a pesquisa anterior, 2002, abrangia apenas 15.000 domicílios); • Em 2005 o IBGE passou a se encarregar da CST do País, criando um núcleo para isso e que tem participado de todas as discussões sobre as pesquisas na área do turismo. • O sistema de Informações do Turismo ainda carece de informações mais acuradas (passíveis de obtenção, por pesquisas mais específicas, por exemplo do tipo Painel), que permitam avanços substanciais para o real dimensionamento do Turismo na Economia.
ANEXOS Tabelas da CST
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo (Tabela 5) Seguem 5.1 e 5.2
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo, Parcela do Turismo (Tabela 6)
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo, Parcela do Turismo (Tabela 6.1)
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo, Parcela do Turismo (Tabela 6.2)
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo, Parcela do Turismo (Tabela 6.3)
Consumo do Turismo, por Produto e Tipo, Parcela do Turismo (Tabela 6.4)
Multiplicadores de Produção e de Emprego (ocupação) por Setor de Atividade
Multiplicadores Produção e Emprego de Alguns Setores de Atividade