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ORÇAMENTO EMPRESARIAL. Prof. Osvaldo Faria de Oliveira Administrador (CRA/SC 6257) Mestre em Administração – UDESC/ESAG (Foco: Avaliação Econ.Financeira de Empresas). FUNÇÃO ADMINISTRATIVA DA EMPRESA. PLANEJAMENTO. GESTÃO EMPRESARIAL. ORGANIZAÇÃO. CONTROLE. COORDENAÇÃO. COMANDO.
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ORÇAMENTO EMPRESARIAL Prof. Osvaldo Faria de Oliveira Administrador (CRA/SC 6257) Mestre em Administração – UDESC/ESAG (Foco: Avaliação Econ.Financeira de Empresas) Adm.Fin. e Orçamentária II
FUNÇÃO ADMINISTRATIVA DA EMPRESA PLANEJAMENTO GESTÃO EMPRESARIAL ORGANIZAÇÃO CONTROLE COORDENAÇÃO COMANDO Adm.Fin. e Orçamentária II
A FUNÇÃO PLANEJAMENTO • “O planejamento consiste em estabelecer com antecedência as ações a serem executadas dentro de cenários e condições preestabelecidos, estimando os recursos a serem utilizados e atribuindo as responsabilidades, para atingir os objetivos fixados” (HOJI, 2000, p. 359) Adm.Fin. e Orçamentária II
PLANEJAMENTO FINANCEIRO “é o processo de estimar a quantia necessária de financiamento para continuar as operações de uma companhia e de decidir quando e como a necessidade de fundos seria financiada.” (Groppelli & Nikbakht) Adm.Fin. e Orçamentária II
Finalidade do Planejamento Financeiro: • Desenvolver processos, mecanismos e atitudes que tornem possível: • Avaliar as implicações futuras de decisões presentes, em função dos objetivos da organização; • A tomada de decisões no futuro, de modo mais rápido e eficiente. Adm.Fin. e Orçamentária II
Premissas para o Planejamento Financeiro • Fixação de objetivos gerais da empresa (estratégicos). • Determinação dos objetivos de cada setor da empresa, em função dos objetivos gerais (ou estratégicos). • Estabelecimento de um sistema de informações, que permita avaliar a execução dos planos em confronto com as previsões. Adm.Fin. e Orçamentária II
NÍVEIS DE DECISÃO E TIPOS DE PLANEJAMENTO Decisões Estratégicas Planejamento Estratégico ESTRATÉGICO Decisões Táticas Planejamento Tático TÁTICO Decisões Operacionais Planejamento Operacional OPERACIONAL Adm.Fin. e Orçamentária II
EXEMPLOS DOS TIPOS DE PLANEJAMENTO Adm.Fin. e Orçamentária II
Planejamento Financeiro de Longo Prazo (Estratégico): • Em geral, cobrem um período de 2 a 10 anos. • Normalmente não são explícitos em números. • Planos financeiros integrados ao processo de produção e marketing para orientar a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos. • Empresas que estão sujeitas a elevados graus de incerteza operacional adotam horizontes mais curtos (risco operacional). Adm.Fin. e Orçamentária II
Planejamento Financeiro de Curto Prazo: • Representa a expressão formal, em termos quantitativos, das metas empresariais para um período específico (normalmente 1 ano). • Na prática é o Orçamento Empresarial, composto por: • Orçamento de Vendas • Orçamento de produção • Orçamento dos custos de produção • Orçamento das despesas operacionais • Orçamento de investimentos • Orçamento de caixa Adm.Fin. e Orçamentária II
Sistema Orçamentário(fonte: Sobanski, 1994, p.19) Adm.Fin. e Orçamentária II
SISTEMA ORÇAMENTÁRIO • Definição de Moreira: • conjunto de planos e políticas que, formalmente estabelecidos em valores financeiros, permite à administração conhecer os resultados operacionais da empresa e executar os acompanhamentos para que esses resultados sejam alcançados e os possíveis desvios analisados, avaliados e corrigidos. Adm.Fin. e Orçamentária II
Vantagens do Sistema Orçamentário • Introduz o hábito do exame prévio e minucioso de informações antes da TD. • Contribui para TD mais rápidas e acertadas (eficiência e efetividade). • Estimula a participação de todos os membros da administração na fixação dos objetivos. • Exige quantificação das previsões. • Facilita a delegação de poderes. • Exige informações contábeis confiáveis. • Permite identificar áreas eficientes e deficientes. • Permite a utilização eficaz dos recursos disponíveis. Adm.Fin. e Orçamentária II
Limitações do Sistema Orçamentário • Baseia-se em estimativas. • Deve ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias. • Nem todas as empresas possuem recursos para implementar um sistema adequado. • Atrasos na emissão dos dados comprometem as ações corretivas. • As dificuldades de ajustes geram desconfianças em relação ao resultado projetado. • É apenas uma ferramenta de apoio a decisão, não podendo tomar o lugar da administração. Adm.Fin. e Orçamentária II
FUNÇÃO CONTROLE • Compreende a aferição do desempenho (em relação a um padrão) e a correção dos desvios que assegure a consecução de objetivos, de acordo com o plano da empresa. Adm.Fin. e Orçamentária II
ATIVIDADES DA FUNÇÃO CONTROLE • Medir o realizado • Comparar o realizado com o planejado • Analisar os desvios significativos • Adotar medidas corretivas • Avaliar a efetividade das providências tomadas • Registrar essas informações, para aperfeiçoar o processo de planejamento. Adm.Fin. e Orçamentária II
SISTEMA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE PLANO ESTRATÉGICO Componentes Físicos PLANO OPERACIONAL PLANEJAMENTO Componentes Financeiros ORÇAMENTO EXECUÇÃO RESULTADOS OBTIDOS CONTROLE ANÁLISE DOS DESVIOS MEDIDAS CORRETIVAS Adm.Fin. e Orçamentária II
Princípios Fundamentais do Planejamento e Controle Orçamentário Orçamento • Envolvimento administrativo. • Adaptação organizacional. • Orientação para objetivos. • Comunicação integral. • Expectativas realistas. • Contabilidade por áreas de responsabilidade. • Oportunidade. • Aplicação flexível. • Reconhecimento do esforço individual e do grupo. • Acompanhamento. Adm.Fin. e Orçamentária II
Para Prever é necessário dados... • Dados externos: referem-se à economia • Crescimento da população • Comportamento do PIB (crescimento ou retração), • Políticas econômicas • Comércio com exterior • Mercado concorrente (produtos substitutos) • Mercado consumidor • Dados internos: referem-se à empresa • Informações contábeis • Estatísticas internas • Capacidade produtiva e produtividade • Políticas de preços • Perspectivas de investimentos internos Adm.Fin. e Orçamentária II
Os dados internos e externos... • Inseridos em modelos e técnicas de previsão proporcionam a possibilidade de previsão das vendas, da receita e da produção. • A partir do nível de produção, estima-se os recursos necessários (gastos – despesas, custos, investimentos, desembolsos). • Então pode-se projetar a variação do patrimônio da empresa. Adm.Fin. e Orçamentária II
Esquema GASTOS ENVOLVIDOS (recursos) DADOS EXTERNOS MUTAÇÃO PATRIMONIAL NÍVEL DE PRODUÇÃO PREVISÃO DE VENDAS ATIVO PASSIVO PATRIM. LÍQUIDO DADOS INTERNOS TÉCNICAS DE PREVISÃO Quantitativas Qualitativas Adm.Fin. e Orçamentária II
Quantitativas Média simples Média móvel (com ajuste de TxCxS) Regressão linear Qualitativas Pesquisa de Mercado Projeção de cenários Painel de consenso Brainstorming Analogia Teoria da catástrofe ALGUMAS TÉCNICAS DE PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA * Leia o Texto sobre Técnicas de Previsão – Apêndice C – Autor: Sobanski, 1994. Adm.Fin. e Orçamentária II
Exemplo da Técnica de Regressão Linear TAREFA: a partir de uma série temporal aleatória, de no mínimo 10 dados, desenhe a linha de tendência e a fórmula da reta de tendência. Utilize uma planilha eletrônica. Adm.Fin. e Orçamentária II
ORÇAMENTO DE VENDAS É normalmente pelo orçamento de vendas que se inicia a elaboração do Orçamento. Adm.Fin. e Orçamentária II
Condicionantes Básicos do Orçamento de Vendas RESTRIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS Variáveis do mercado consumidor Variáveis de produção Variáveis de mercado fornecedor Variáveis de trabalho Variáveis de recursos financeiro POLÍTICAS DE MKT Preço Produto Promoção Pontos de Distribuição . OBJETIVOS DE MKT CONVERGEM AOS OBJ. GERAIS DA EMPRESA Adm.Fin. e Orçamentária II
Restrições Internas Capacidade produtiva insuficiente Estrutura adm.inadequada Pessoal interno inabilitado Insuficiência de capital de giro Restrições Externas Política de comércio exterior desfavorável Política monetária (crédito e taxa de juros) desfavorável Mercado fornecedor precário Restrição de mão-de-obra externa Restrições no Orçamento de Vendas Adm.Fin. e Orçamentária II
Pesquisa com 389 empresas revela os métodos e técnicas de Previsão de Vendas mais utilizados na prática (Fonte: Welsch, 1996, p. 112-113) Adm.Fin. e Orçamentária II
Técnicas de Previsão de Vendas utilizados Adm.Fin. e Orçamentária II
Métodos e Técnicas de Previsão de Vendas mais utilizados Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento de Produção Depois que sabemos quanto é nossa estimativa de venda, poderemos calcular quanto deveremos produzir. Adm.Fin. e Orçamentária II
Fluxo de Vendas, Produção e Estoque (fonte: Sobanski, 1994, p. 30) SUB-SISTEMA SENTIDO DOS INSUMOS Adm.Fin. e Orçamentária II
Tipos de Processos Produtitivos: Produção constante:- Maior custo de estocagem;- Pouca flexibilidade em vendas;- Otimização dos ativos fixos;- Minimização do o regime extraordinário de trabalho;- Gestão facilitada do fluxo de materiais.Produção variável:- Maior custo de manutenção dos equipamentos;- Maior custo da mão-de-obra;- Adm. de materiais complexa;- Níveis de estoque menores. Baixo custo -de estocagem.- Flexibilidade de vendas. Adm.Fin. e Orçamentária II
O Plano de Produção requer o conhecimento: • Do Plano de Vendas • Das características de armazenamento dos materiais • Da Economia de escala do processo • Da capacidade ótima e máxima de produção • Da duração e etapas do processo produtivo • Dos Lotes econômicos de produção • Da utilização da MOB direta Adm.Fin. e Orçamentária II
ORÇAMENTO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento de Matérias-Primas e Compras • MP são bens adquiridos que, no processo industrial, por transformação ou por montagem, integram-se nos produtos acabados. • Custos relacionados à MP: • Custo do Material adquirido • Despesas relativas ao processo de compra • Despesas relativas à manutenção dos estoques • Despesas decorrentes da falta de estoques Adm.Fin. e Orçamentária II
Etapas para o Cálculo do Custo das MP • Obter a quantidade de produtos a fabricar no período a orçar; • Multiplicá-la pela quantidade padrão de consumo de MP por unidade de produto, obtendo a quantidade total de MP a consumir; • Multiblicar o resultado pelo custo médio unitário previsto para o período, obtendo o custo total da MP consumida. Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento de Compra da MP • A compra da MP depende da quantidade de Estoque Inicial que se tem no período a orçar e a quantidade de Estoque Final que se pretende deixar ao final do período a orçar. • Obedece a fórmula básica do Estoque: • EF = EI + Entradas – Saídas • Compras = EF – EI + Saídas p/ Produção Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento de Mão-de-Obra Direta (MOD) • Compõem MOD todos os trabalhadores relacionados na atividade fim da empresa. Numa indústria, inclui os supervisores dos operários, o pessoal do almoxarifado, da manutenção, e do planejamento e controle da produção. • Normalmente é considerado um custo variável, dada a alta correlação entre o tempo de MOD e o volume de produção. Adm.Fin. e Orçamentária II
Cálculo do Custo da MOD • Remuneração Líquida da MOD: • Horas de MOD X Salário/Hora • Custo Total da MOD: • Remuneração Líquida + Encargos + DSR • Encargos: INSS, FGTS, 1/3 Férias, 13° Sal., seguros, planos de saúde, subsídios de refeição etc. • DSR = Descanso Semanal Remunerado Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamentos das Despesas do Edifícil • Despesas do Edifício são normalmente consideradas como Custos Indiretos de Fabricação (CIF) e/ou despesas administrativas. • São normalmente FIXOS. • Exemplos: • Salários e encargos das chefias • Depreciações • Ar condicionado, água e esgoto • Despesas de conservação predial (zeladoria) Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento dos CIF • Custos indiretos são aqueles que não podem ser classificados como mão-de-obra direta ou matéria prima (ou seja, não têm relação direta com o nível de produção). • Podem ser FIXOS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS. • Exemplos: • Mão-de-obra indireta normalmente FIXO • Materiais indiretos normalmente VARIÁVEL • Manutenção normalmente SEMIVARIÁVEL • Energia elétrica normalmente SEMIVARIÁVEL • Depreciação normalmente FIXO • Seguros normalmente FIXO Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento das Despesas Administrativas e Comerciais • Despesas são sacrifícios financeiros (das áreas administrativa e comercial) para obtenção de receita. • Também podem ser FIXAS, VARIÁVEIS OU SEMIVARIÁVEIS. • Exemplos: • Despesas de Marketing normalmente FIXO • Salários/encargos Adm. e de vendas FIXO e SEMIVARIÁVEL • Telefone e comunicação normalmente FIXO • Depreciação normalmente FIXO • Material de expediente SEMIVARIÁVEL • Transporte SEMIVARIÁVEL Adm.Fin. e Orçamentária II
Orçamento de Caixa e Disponibilidades • A projeção do Fluxo de Caixa é uma atividade indispensável para a grande maioria das instituições. • A projeção do Fluxo de Caixa permite: • Visualizar a provável posição financeira da empresa e as possíveis insuficiências ou excessos de caixa. • Avaliar com antecedência alternativas de solução para insuficiências de caixa • Identificar a melhor opção de aplicação de recursos excedentes. • Embasar a política de pagamentos e recebimentos da empresa. Adm.Fin. e Orçamentária II
Métodos para o Orçamento do Fluxo de Caixa • Método dos recebimentos e pagamentos. • É o método mais detalhado, recomendado para projeções de curto prazo. • Baseia-se nos orçamentos parciais, ajustado às datas em que as transações se converterão em dinheiro (caixa). • Método do resultado ajustado • Recomendado para projeções superiores a um ano. • Parte-se do resultado líquido projetado (lucro líquido) ajustando-o por despesas e custos que não representam desembolso (depreciação) e por desembolsos ou ingressos que não são registrados no resultado econômico (DRE). Adm.Fin. e Orçamentária II
Método Recebimentos e Pagamentos Adm.Fin. e Orçamentária II
Método do Resultado Ajustado Adm.Fin. e Orçamentária II
ORÇAMENTO PÚBLICO Prof. Osvaldo Faria de Oliveira Administrador – CRA/SC 6257 Mestre em Administração – avaliação de empresas Adm.Fin. e Orçamentária II
Setor Privado X Setor Público • A distinção básica entre o setor privado e o setor público é que: • Na empresa privada, a administração pode agir como bem entender, desde que não infrinja leis. • Na entidade pública, a administração somente poderá agir mediante lei que autorize a ação. Adm.Fin. e Orçamentária II
O que é Orçamento Público? • É uma lei que exprime em termos financeiros a alocação dos recursos públicos. Esta lei autoriza a aplicação do dinheiro público. • Nesta lei, são estimadas as receitas e fixadas as despesas para o período seguinte. • É um instrumento de planejamento do Estado, que espelha decisões políticas e estabelece ações prioritárias, em face a escassez dos recursos públicos. Adm.Fin. e Orçamentária II
O Orçamento Público obedece: • Constituição Federal de 1988 • Capítulo II – Das Finanças Públicas • Seção II – Dos Orçamentos • Artigos 165, 166, 167, 168 e 169 • “Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual II – as diretrizes orçamentárias III – os orçamentos anuais” • Lei 4.320 de 17/03/1964 • “Art. 1°. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5°, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.” Adm.Fin. e Orçamentária II