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Violência, Exclusão e Desenvolvimento Social: o que vamos fazer?

Violência, Exclusão e Desenvolvimento Social: o que vamos fazer?. Marlova Jovchelovitch Noleto Coordenadora de Desenvolvimento Social UNESCO / Brasil. Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social Dinamarca - 1995. Inaugura-se o Relógio da Pobreza .

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Violência, Exclusão e Desenvolvimento Social: o que vamos fazer?

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  1. Violência, Exclusão e Desenvolvimento Social: o que vamos fazer? Marlova Jovchelovitch Noleto Coordenadora de Desenvolvimento Social UNESCO / Brasil

  2. Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social Dinamarca - 1995 Inaugura-se o Relógio da Pobreza • Tentativa de mostrar, de forma dramática, a rapidez do crescimento da pobreza no mundo; • 1947 (um ano após a criação da Unesco e um ano antes da aprovação da Declaração Universal dos Direitos Humanos) - população mundial: 2,3 bilhões de pessoas. Contingente pobre: 400 milhões, 17,3% da população mundial. • 1980 a 1999 – o número de pessoas pobres aumentou de 63 para 130 milhões; • A cada minuto 47 pessoas somam-se ao já enorme contingente de pobres, movimentando os ponteiros; • Isso significa 25 milhões de pessoas por ano; A globalização termina com as fronteiras do mundo não só para a migração da riqueza, mas também a pobreza é um fenômeno trans-migratório.

  3. VOCÊ SABIA... ...que, dos cerca de 180 milhões de habitantes, o Brasil possui 44 milhões de pobres e 18 milhões extremamente pobres? Fonte: UNESCO Foto: Araken Alcântara Foto: Araquém Alcântara

  4. O Desenvolvimento Humano parte do pressuposto de que para medirmos o avanço de uma população, não devemos considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. Fonte: ONU

  5. A pobreza, em todas as suas formas, precisa ser compreendida como um fenômeno multidimensional que envolve aspectos como fome, crueldade, violência, opressão, falta de oportunidades, ausência de acesso à políticas sociais básicas como saúde, educação, habitação, saneamento básico, políticas de gênero, políticas de geração de trabalho e renda, acesso à emprego, condições de expressão e participação.

  6. Mapa da fome no Brasil na década de 1950

  7. Índice de Exclusão Social 2000 Fonte: Márcio Pochman in Exclusão Social no Brasil - 2004

  8. Pobreza As dez falácias de Bernardo Kliksberg • Negação ou minimização da pobreza; • Falácia da paciência; • Falácia do crescimento econômico; • A desigualdade é um dado da natureza e não impede o desenvolvimento. • Desvalorização da política social. • Maniqueísmo do Estado. • Descrença sobre a possibilidade de contribuição da sociedade civil. • Resistência à participação comunitária. • A ilusão ética. • Não há outra alternativa.

  9. Pobreza, Juventude e Violência • Principal grupo de risco para mortalidade por homicídio no Brasil: • adolescentes e jovens do sexo masculino, afro-descendentes, que residem em bairros pobres ou nas periferias das metrópoles, com baixa escolaridade e pouca qualificação profissional. • Taxa de mortalidade: • Taxa global de mortalidade da população brasileira caiu de 633 em 100 mil habitantes em 1980 para 572 em 2004 • Porém a taxa de mortalidade juvenil manteve-se praticamente inalterada, tendo um leve aumento de 128 em 1980 para 130 em 2004. • Fonte: Mapa da Violência 2006

  10. Pobreza, Juventude e Violência • Novos padrões de mortalidade juvenil: • Há cinco ou seis décadas a principal causa de morte entre jovens: epidemias e doenças infecciosas; • Atualmente: “Causas externas” – acidentes de trânsito e homicídios; • Em 2004, dos 46.812 óbitos juvenis registrados, 33.770 tiveram sua origem em “causas externas”; • Quase ¾ dos jovens (72.1%) morreram por causas externas. • Fonte: Mapa da Violência 2006

  11. Pobreza, Juventude e Violência • Conclusões alarmantes: • Homicídios: • 39,7% das mortes de jovens acontecidas em 2004 foram por homicídios • Na faixa dos 14 aos 16 anos de idade que os homicídios mais têm crescido • Nos finais de semana, os homicídios aumentam severamente • 50,8 homicídios de jovens por dia no Brasil • No nível internacional, entre 84 países do mundo, com sua taxa total de 27 homicídios em 100 mil habitantes, o Brasil ocupa a 4a posição e entre os jovens a situação é mais grave: a taxa de 51,7 homicídios em 100 mil jovens registrada em 2004 coloca o Brasil na 3a posição. • Fonte: Mapa da Violência 2006

  12. Pobreza, Juventude e Violência • Conclusões alarmantes: • Mortes por armas de fogo • Dentre 65 países do mundo, o Brasil com uma taxa de 20,7 mortes em 100 mil habitantes, ocupa a 2a posição no ranking. • E entre os jovens, com uma taxa de 43,1 mortes em 100 mil jovens ocupa a primeira posição! • Fonte: Mapa da Violência 2006

  13. Pobreza, Juventude e Violência É preciso, portanto, mudar o paradigma. Sociedade cobra medidas punitivas, pois tem medo. Há uma crescente sensação de insegurança entre a população e de que há impunidade entre os “bandidos”. O aumento de medidas repressivas não diminui a violência ou a criminalidade. É preciso investir em medidas preventivas e de combate à violência que atuem sobre as causas e não as conseqüências.

  14. Pobreza, Juventude e Violência • Azerbaijão – capital Baku • 6 milhões de habitantes; • 400 jovens –cometeram crimes hediondos; • apenas 62 jovens estão em privação de liberdade • Demais jovens – vivem com suas famílias e freqüentam escolas 5 horas por dia. O que fazer? Fator Educação

  15. Pobreza, Juventude e Violência • India – capital Nova Deli • País com jovens e população em geral em situação de extrema pobreza e vulnerabilidade social; • Violência entre jovens é praticamente inexistente. O que fazer? Fator Cultura

  16. Pobreza, Juventude e Violência • Brasil • Rio de Janeiro • Rumo Náutico • Instituto Reação O que fazer? Fator Esporte

  17. É preciso pensar o Brasil que queremos: • Aumentar o crescimento para gerar emprego e renda; • Elevar os níveis de participação democrática da população; • Comprometer-se com a redução da desigualdade .

  18. UNESCO • Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura; • Criada em 1945, logo após a segunda guerra mundial, com a premissa de que, “se a guerra nasce na mente dos homens, é na mente dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”; • "O propósito da Organização é contribuir para a paz e a segurança, promovendo a cooperação entre as nações por meio da educação, da ciência e da cultura, visando a favorecer o respeito universal à justiça, ao estado de direito e os direitos humanos e liberdades fundamentais afirmados aos povos do mundo." (Artigo I do Ato Constitutivo)

  19. Áreas de mandato da UNESCO • Educação • Ciências Naturais • Ciências Sociais (Desenvolvimento Social) • Cultura • Comunicação e informação

  20. Área de Desenvolvimento Social

  21. Área de Desenvolvimento Social MISSÃO Contribuir para o avanço do conhecimento, elevar padrões e promover a cooperação intelectual, a fim de facilitar transformações sociais de acordo com valores universais de justiça, liberdade e dignidade humana. No Brasil, essa missão implica contribuir para a redução da pobreza e da desigualdade social, contribuir para a inclusão social e proteger e promover os direitos humanos e os valores éticos, em consonância com as prioridades do país.

  22. Área de Desenvolvimento Social Objetivos Estratégicos • Promover a inclusão social, a redução da pobreza e a luta contra a desigualdade social; • Promover os direitos humanos e a luta contra o racismo e a discriminação racial; • Reforçar os princípios éticos na ciência e promover a filosofia.

  23. Temas transversais da UNESCO no Brasil • Prevenção da violência entre os jovens • Educação para o Desenvolvimento Sustentável, • Combate à Discriminação Racial • Promoção de Sítios de Valor Excepcional

  24. Programa Abrindo Espaços: Educação e Cultura para a Paz É uma estratégia de inclusão social que prevê a abertura de escolas públicas nos finais de semana. São oferecidas oficinas e ações diversas, tais como atividades de estímulo à expressão oral, artística, de desenvolvimento físico, reforço escolar, convivência e sociabilidade, cidadania. Disseminação de uma cultura de não violência e de promoção da cidadania de adolescentes, jovens e comunidade escolar.

  25. Projeto Criança Esperança • É um projeto promovido pela TV Globo há mais de 20 anos e agora em parceria com a UNESCO. • Nesse período já arrecadou mais de R$ 143 milhões. • Beneficia mais de 3 milhões de crianças, adolescentes e jovens no Brasil através de mais de 4800 projetos. • TV Globo e UNESCO unem esforços para desenvolver ações que contribuam para a promoção do desenvolvimento social no Brasil, com ênfase especial na EDUCAÇÃO. • Não beneficia somente crianças, mas também o segmento jovem da população.

  26. Experiências Comunitárias de Sucesso Afro-Reggae e CUFA: Estas organizações, usando atividades artísticas, trabalham com comunidades em situação de risco em um ambiente de drogas, gangues e armas, visando redefinir sociabilidades e identidades. Elas aproveitam as tradições artísticas e culturais presentes nas comunidades, conhecimentos e comportamentos locais, assim como bens sociais para trabalhar a auto-estima e recuperar o sentimento de valor próprio perdido onde o matar e o morrer são banalizados.

  27. Escritório Antena da UNESCO no Rio Grande do Sul • PARCERIAS: • Prefeitura de Porto Alegre no Programa Governança Solidária Local e na Conferência de Cidades em Fevereiro de 2008; • Parceria com o Governo do Estado em 6 programas: Alfabetiza Rio Grande, Programa Escola Aberta para a Cidadania, Educação Profissional de Jovens, PIM-Primeira Infância Melhor,Escola de Saúde Pública, • Educação em saúde; • Parceria com a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho e Gerdau e agora também com o Instituto Gerdau no Programa Fundo do Milênio; • Bienal do Mercosul.

  28. “L’humanité est indignée en moi et avec moi. Cette indignation qui est une des formes les plus passionées de l’amour, il ne faut ni la dissimuler ni essayer de l’oublier.” George Sand The Family of Man – Edward Steichen – Migrant Mother (1936), Dorothea Lange A humanidade está indignada em mim e comigo. Não devemos dissimular esta indignação nem tentar esquecê-la, ela que é uma das expressões mais apaixonadas de amor. George Sand

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