1 / 52

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada à Cateter

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada à Cateter. Maria AparecidaTeixeira Instituto de Cardiologia do DF. www.paulomargotto.com.br. Introdução. Infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) 7% a 24% dos pacientes admitidos em UTI neonatal; Tempo de permanência;

Download Presentation

Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada à Cateter

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea Associada à Cateter Maria AparecidaTeixeira Instituto de Cardiologia do DF www.paulomargotto.com.br

  2. Introdução • Infecção relacionada à assistência à saúde (IRAS) • 7% a 24% dos pacientes admitidos em UTI neonatal; • Tempo de permanência; • Custo hospitalar; • Risco de dano neurológico; • Mortalidade. Clin Perinatol 36, 2009. 1-13

  3. Introdução • Infecção de corrente sanguínea – 55% • Cateter venoso central • Cocos gram positivos 70% - 80% • Bacilos gram negativos 18% • Fungos 15% • Pneumonia • Ventilação mecânica – 30% J Hosp Infect 2008;68(4):293-300

  4. Introdução • Publicações e diretrizes • Foco nos dispositivos e infecções relacionadas ao seu uso • Prevenção é possível Am J Infect Control 2007;35(5):290-301

  5. Infecção de corrente sanguínea associada à cateter • CVC • Fator de risco dos mais importantes; • NHSN: 4.4 a 6.4 por 1000 dias de CVC < 1000g Pediatrics 2002;110(2 Pt 1):285-91 Am J Infect Control 2007;35(3):177-82 Am J Infect Control 2007;35(5):290-301

  6. Infecção de corrente sanguínea associada à cateter • Definição (CDC) • Hemocultura positiva para patógeno reconhecido ou • Hemoculturas, pelo menos 2, positivas para patógeno contaminante de pele; • Um ou mais sinais clínicos de infecção; • Presença de cateter intravascular quando do diagnóstico de ICS; • Nenhum outro sítio primário de infecção documentado.

  7. Infecção de corrente sanguínea associada à cateter • Taxa superestimada pela definição • Ferramenta prática e eficaz para monitorar a incidência das ICS em UTI • Infecção associada x relacionada • Envio de ponta ou hub para cultura; • Colonização com mesmo microrganismo recuperado no sangue.

  8. Patogênese • Extraluminal • ICS em adultos com CVC de curta permanência • Momento da inserção • Primeira semana de manutenção (mobilidade) • Microrganismos da pele avançam por capilaridade • Liberação dos patógenos a partir do biofilme

  9. Patogênese http://www.hemosonic.com/products/pressurecvc/assets/images/5SourcesCRBSI.jpg

  10. Patogênese • Intraluminal • Colonização e posterior manipulação do hub • Permanência prolongada do dispositivo (UTI neonatal > 7 dias) • Contaminação do líquido a infundido

  11. Patogênese http://www.hemosonic.com/products/pressurecvc/assets/images/5SourcesCRBSI.jpg

  12. Prevenção • Abordagem multifacetada pela origem variável da infecção • Guidelines (CDC 2002) • Bundles (IHI) • Vigilância constante • Educação continuada • Time de inserção e cuidado de cateter treinado • Estratégias para prevenir contaminação extra e intraluminal

  13. Prevenção • Vigilância • CDC e Joint Comission: monitorização contínua da incidência de ICS associada à cateter (1000 CVC dia) • Detecção precoce de mudanças nos indicadores • Programa de qualidade + vigilância = melhores resultados • Comparação de indicadores com dados nacionais

  14. Prevenção • Contaminação extraluminal • Higienização das mãos • Cocos gram positivos • Inserção do cateter de forma asséptica • Máxima proteção de barreira • Clorexidina 0.5% > 2 meses • Curativo adequadamente aplicado e trocado a intervalos regulares

  15. Prevenção • Contaminação intraluminal • Manejo criterioso do hub • Entrada diária de medicação pelo hub deve ser limitada • Sistema fechado de administração de medicação • Desinfecção do injetor lateral por 10 segundos antes de administrar medicações • Via exclusiva para emulsões lipídicas e nutrição parenteral • Remoção do dispositivo

  16. Prevenção • Lock com antimicrobiano • Eficácia tem sido demonstrada em população pediátrica • Vancomicina (25µg/mL)-heparina 2x/dia por 10 ou 20 minutos • Estudo com 191 neonatos e 288 controles históricos • Grupo da vancomicina teve menos ICS por coco gram + • 7% x 13%, (odds ratio = 0.61, IC: 0.33-1.1) Pediatr Res 2004;55:392A

  17. Prevenção • Lock com antimicrobiano • Ácido fusídico (4mg/mL)-heparina mostrou eficácia na prevenção de ICS (6.6 x 24.9 ICS por 1000 cateter-dia; P<0.01) • Mais dados são necessários antes de tornar rotina • CDC desencoraja pelo risco de MDR • ICS: índices altos a despeito de adesão às recomendações - considerar

  18. Campanha das 5 milhões de vidas Prevenção de Infecção Relacionada a Cateterismo Vascular Central Institute for Healthcare Improvement www.ihi.org

  19. Em primeiro lugar: NÃO CAUSE DANOS!

  20. Objetivo • Prevenir infecções de corrente sanguínea relacionadas a cateter central através da implantação de 5 componentes chamados “BUNDLES DE CATETER CENTRAL”.

  21. Definindo o problema I • Infecções de corrente sanguínea primárias relacionadas ao uso de cateter são aquelas nas quais o sítio específico ou é confirmado laboratorialmente através de hemocultura,ou clinicamente pelo reconhecimento de sepse.

  22. Definindo o problema II • Linha ou cateter central é aquele cuja ponta termina num grande vaso. (NHSN Manual: Patient Safety Component Protocols). • Grandes vasos: aorta, artéria pulmonar, veia cava superior, veias braquiocefálicas, veias jugulares internas, veias subclávias, veias ilíacas internas e veias femorais comuns, artéria e veia umbilicais.

  23. Por que prevenir as infecções primárias de corrente sanguínea I • Linhas centrais rompem a integridade da pele, tornando possíveis infecções bacterianas e fúngicas; • Pode haver disseminação hematogênica da infecção, levando a disfunção orgânica e morte; • Aproximadamente 90% das ICS ocorrem com linhas centrais. Mermel La. Ann Intern Med. 2000; 132(5):391-402.

  24. Por que prevenir as infecções primárias de corrente sanguínea II • 48% dos pacientes de UTI têm linhas centrais, resultando 15 milhões de CVC-dia ao ano; • Aproximadamente 5.3 ICS-C ocorrem a cada 1,000 dias de uso de cateter em UTIs; • A letalidade atribuída a estas ICS-C é aproximadamente 18%, ou 28,000 mortes/ano. JAMA. 1994;271:1598-1601. AHRQ evidence report, 43, julho 20, 2001. Crit Care Med. 2004;32:2014-2020.

  25. Por que prevenir as infecções primárias de corrente sanguínea III • ICS-C prolongam hospitalização em uma média de 7 dias; • Custo atribuído é estimado entre $3,700 e $29,000. Infect Control Hosp Epidemiol. 1999;20(6):396-401.

  26. O “BUNDLE” de cateter central • É um grupo de intervenções baseadas em evidência para pacientes com cateter central que, quando adotadas JUNTAS, resultam em melhores resultados que quando adotadas INDIVIDUALMENTE; • A ciência que embasa cada uma das medidas é suficientemente estabelecida para se considerada PADRÃO DE ASSISTÊNCIA.

  27. Os componentes CHAVE do “BUNDLE” de cateter central: http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2004/Dientamoeba/hand%20washing.jpg

  28. Os componentes CHAVE do “BUNDLE” de cateter central: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/Imagens_2/higpessoal_paramentacao.jpg http://www.embolution.com.br/img/tratamento/fi_vertebro-05.jpg

  29. Os componentes CHAVE do “BUNDLE” de cateter central: http://www.dkimages.com/discover/previews/854/5008230.JPG

  30. Os componentes CHAVE do “BUNDLE” de cateter central: http://www.medcenter.com/Medscape/uploadedImages/Content/Article/01.gif

  31. Os componentes CHAVE do “BUNDLE” de cateter central: http://www.gte.org.br/images/foto_medico_uti.jpg

  32. Importante! • Os “BUNDLES” não pretendem esgotar todos os elementos de cuidados para com as linhas centrais; • É UM TRABALHO EM EQUIPE; • Os testes iniciais com o “BUNDLE” partem de UTIs, mas podem e devem ser disseminados para todas as áreas onde cateteres são inseridos.

  33. Após adoção das medidas, CHECAGEM! • A adesão às medidas do “BUNDLE” pode ser medidas através de simples verificação de cada item.

  34. Higienização das mãos: momentos apropriados I • Antes e depois de palpar o sítio de inserção; • Antes e após inserção, reposicionamento, manipulação, reparo, ou troca de curativo; • Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou sob suspeita de contaminação.

  35. Higienização das mãos: momentos apropriados II • Antes e após procedimentos invasivos; • Entre pacientes; • Antes de calçar e após remover luvas; • Após usar toalete.

  36. Recursos para melhoria da higienização das mãos I • Estimular e dar autonomia à enfermeira para aplicar lista de checagem para o procedimento relacionado ao cateter central; • Incluir a higienização das mãos como item na lista de checagem da passagem de cateter; • Manter sabão e preparado alcoólico disponíveis.

  37. Recursos para melhoria da higienização das mãos II • Instalar memorandos nas entradas e saídas dos leitos; • Iniciar campanha usando pôsteres incluindo fotos de funcionários do hospital higienizando as mãos; • Criar ambiente onde relembrar a higienização das mãos seja encorajado.

  38. Precaução máxima de barreira • Mudança chave para a redução na probabilidade de infecções relacionadas a CVC; • Engloba: total adesão do realizador e assistente à higiene das mãos e paramentação completa e rigorosa e para o paciente campo ampliado.

  39. Recursos para a adesão às precauções máximas • Dar autonomia a enfermeira para o uso da lista de checagem; • Incluir barreira máxima como ponto da lista de checagem; • Manter material necessário à mão; • Se campo grande não for disponível, utilizar dois campos para cobrir o paciente.

  40. Sucesso das intervenções • Mudança de pensamento + regularidade na adoção das medidas Am J Med. 1991;91(3B):197S-205S Infect Control Hosp Epidemiol. 1994;15.

  41. Antissepsia da pele com clorexidina • Clorexidina provou ser superior a outros componentes, como o iodo; Lancet. 1991 Ago 10;338(8763):339-343. • A técnica: • Preparar a pele com clorexidina antisséptica/degermante 2% e remover; • Friccionar a solução alcoólica por, pelo menos, 30 segundos e deixar secar espontaneamente e completamente antes de puncionar (+/- 2 min).

  42. Recursos para a adesão a antissepsia correta • Dar autonomia a enfermeira para o uso da lista de checagem; • Incluir antissepsia com clorexidina como ponto da lista de checagem; • Assegurar que a solução seque espontanea e completamente antes da punção.

  43. Adequada seleção do local de passagem do cateter, evitando veia femoral nos adultos • Em situações onde o controle da passagem e manutenção das linhas centrais é cuidadosa, a escolha do local parece menos importante; • Nos ambientes menos controlados, entretanto, o sítio de inserção é fator de risco para infecção; • O ponto central na seleção é pesar RISCO X BENEFÍCIO sobre qual veia é melhor.

  44. Recursos para melhorar o resultado • Dar autonomia a enfermeira para o uso da lista de checagem; • Incluir seleção do local como parte da lista de checagem com local próprio para anotar contra-indicações apropriadas, ex: risco de sangramento.

  45. Revisão diária da necessidade de manutenção do cateter com pronta remoção das linhas desnecessárias • Demoras desnecessárias ocorrem por esquecimento ou comodidade; • O risco aumenta com o tempo de permanência; • Troca de cateter de rotina não se justifica para dispositivos bem funcionantes e sem evidência de complicações locais ou sistêmicas.

  46. Mudanças para melhoria dos resultados • Incluir a revisão diária da necessidade do cateter como parte da visita multidisciplinar; • Apontar o dia de cateter durante a visita para relembrar a todos há quanto tempo o cateter está ali: “hoje é o dia 6.” • Inclua avaliação para remoção do cateter como parte da sua lista de tarefas.

  47. Formando o time I • Abordagem multidisciplinar do paciente em UTI; • Times de melhoria: heterogêneos no “como fazer”, mas homogêneos na mentalidade; • Enfermeiros e médicos; • Definir prazos para resolução dos problemas; • Utilizar os bons exemplos da Instituição; • Trabalhar com quem interessados.

  48. Formando o time II • O time necessita encorajamento e comprometimento de uma autoridade da UTI; • Revisitar os processos quando necessário;

  49. Mensuração • Única forma de saber o quanto uma mudança representa melhoria. • Mensurações de interesse para infecção de corrente sanguínea relacionada a CVC: • ICS-CVC por 1000 dias de CVC; • Total de ICS-CVC X 1000 Total de dias de CVC • Adesão ao BUNDLE de CVC • Total de itens em conformidade (%) Total de CVC no dia da avaliação

More Related