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III Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico / UFRJ Rio de Janeiro, 18 e 19 de setembro de 2008 “Estratégia dos Grupos Empresariais” Prof. José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Instituto de Economia - UNICAMP.
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III Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica GESEL – Grupo de Estudos do Setor Elétrico / UFRJ Rio de Janeiro, 18 e 19 de setembro de 2008 “Estratégia dos Grupos Empresariais” Prof. José Bonifácio de Sousa Amaral Filho Instituto de Economia - UNICAMP
Reforma do setor elétrico brasileiro “Seqüência” programada das privatizações: primeiro as distribuidoras, depois as geradoras Justificativa: Temor de potenciais investidores caso as geradoras fossem privatizadas inicialmente - pois nesse caso teriam como clientes as distribuidoras estatais, que haviam incorrido em forte inadimplência no início dos anos 90. 1995 – privatizada Escelsa; 1996 – privatizadas Light e CERJ 1997/1998 – privatizadas as demais distribuidoras Regra tarifária: teto de preços (price cap) Custos Não-Gerenciáveis (“Parcela A” da Receita): repasse anualdas variações ocorridas (pass through) Custos Gerenciáveis (“Parcela B”) : reajuste anual de acordo com a variação do Indice Geral de Preços (IGP-M) Fator X igual a zero até a primeira Revisão Tarifária Periódica (4 ou 5 anos à frente) : as reduções de custos obtidas eram apropriadas pelas distribuidoras (maximização do VPL das empresas distribuidoras)
Estímulo a rápidas e significativas reduções de custos operacionais: • Pessoal (Planos de `Demissão Voluntária`) • Atendimento comercial (centralização com introdução de “call center”) • Softwares de gestão empresarial (ex. R3/SAP) • Terceirizações e Consultorias • Fornecedores (revisões contratuais) • Contratação da energia de suprimento: • Regra inicial previu permanência dos contratos de suprimento existentes (1998/2002) e redução 2003-2006 (25% ao ano) • Contratação de até 30% do suprimento de energia dentro do próprio grupo (self-dealing), para facilitar a expansão • Ausência de regras de preços para aquisição da energia a ser descontratada (preço da energia velha = preço da energia nova), maximização do VPL das geradoras a privatizar • Falha do “planejamento indicativo” (falta de projetos/estudos) • Racionamento 2001/2002, queda de mercado (“recuo” de 3 anos) e crise financeira aguda das distribuidoras em 2002
Descontratação da energia “velha” a partir de 2003 (25% ao ano) Recontratação: “self dealing” com a comercializadora (intermediária, não-regulada) do grupo; Em 2003/2004, novo modelo de funcionamento setorial Geração “nova” menos atrativa com fim do self-dealing no novo modelo; regra de contratação obrigatória de 100% da demanda 5 anos à frente, ao preço do leilão Revisão tarifária 2003/2004 permitiu a diversas distribuidoras recompor suas margens e a rentabilidade “Multi-utilities” não prosperou (telecomunicações, água/saneamento) Movimento de aquisições de outras distribuidoras para reduzir custos de pessoal especializado e colher economias de escala em contratações