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Complicações na Gestação

Complicações na Gestação. Profª Vivian Zaboetzki Dutra. ABORTO. É a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal (menos de 20 semanas). Tipos de aborto: Espontâneo: acontece sem qualquer interferência externa.

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Complicações na Gestação

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Presentation Transcript


  1. Complicações na Gestação Profª Vivian Zaboetzki Dutra

  2. ABORTO

  3. É a interrupção da gravidez antes da viabilidade fetal (menos de 20 semanas). • Tipos de aborto: • Espontâneo: acontece sem qualquer interferência externa. • Provocado ou induzido: ocorre em decorrência da destruição (por meio de sucção, injeção de substâncias tóxicas na cavidade uterina, curetagem, etc.) do ovo sadio e normalmente implantado. Podendo ser: • b.1) Terapêutico: Estupro ou risco de vida materna; • b.2) Criminoso: não existe indicação legal • Sinais e Sintomas: • Dor (tipo cólica) no baixo-ventre e • hemorragia exteriorizada por via vaginal.

  4. Formas clínicas e Tratamento específico. • Ameaça de abortamento: neste caso, existe a possibilidade de a gravidez prosseguir (70 a 80%). • Abortamento iminente: neste também existe a possibilidade de a gestação prosseguir, porém em menor porcentagem (20 a 30%). O tratamento compõe-se de: medidas de apoio psicológico(tranqüilizar sem exibir otimismo); repouso no leito(evitando excesso de movimentos); administração de medicamentos antiespasmódico e analgésicos prescrito; abstinência sexual. • Abortamento inevitável: neste caso, a gravidez não tem mais possibilidade de proseguir, pois a paciente apresenta cólicas intensas, colo dilatado em mais de 2cm e sangramento abundante. • Abortamento em evolução: o ovo já se desprendeu, mas não foi expluso. • Abortamento incompleto: neste, apenas parte do ovo foi expulso, continuando as cólicas e hemorragia. O tratamento, nestes casos, depende do sangramento. Caso esteja profuso, o médico deverá intervir com rapidez. • Abortamento completo: aqui, após as cólicas e sangramento acentuados, elimina-se todo o produto da concepção. O tratamento consta de observação do sangramento e de repouso. • Abortamento infectado: neste caso, há penetração de agentes patogênicos na cavidade uterina. O tratamento consta, inicialmente, da remoção do foco infeccioso, de antibioticoterapia e acompanhamento da resposta orgânica ao tratamento.

  5. Cuidados de Enfermagem: • manter a paciente em repouso e aquecida; • verificar e registrar o sinais vitais; • observar e registrar o sangramento vaginal; • observar e comunicar à enfereira ou médico, caso a paciente apresente sinais de choque; • administrar medicação prescrita; • encaminhar e orientar a paciente quanto aos exames complementares. • fazer tricotomia pubiana; • nos casos de abortamento provocado, esclarecer a paciente quanto aos seus riscos; • nos casos de ameaça de aborto e abortamento iminente, evitáveis, orientar e incentivar quanto às consultas pré-natais; • nos casos de abortamento habitual, orientar a paciente quanto à importância de um acompanhamento médico antes de engravidar novamente.

  6. GRAVIDEZ ECTÓPICA

  7. É a implantação do ovo fora do seu lugar normal (cavidade uterina). Pode ser classificada em: • Tubária: quando o ovo se implanta na tuba uterina. • Ovárica: quando o ovo se implanta no ovário. • Abdominal: quando o ovo se implanta na cavidade abdominal.

  8. Causas: • atraso na captação do óvulo; • interrupção ou atraso na migração do ovo; • sequelas de salpingites; • anomalias tubárias. • Sinais e sintomas: • História de atraso menstrual: Dor na fossa ilíaca direita ou esquerda (depende do lado acometido); discreto sangramento; presença de todos os sinais de inicio da gravidez; • Ruptura seguida de: Dor súbita e forte; sinais de choque; sangramento vaginal (pode ou não estar presente). • Tratamento: cirúrgico.

  9. Cuidados de Enfermagem: • preparo psicológico; • observação e registro dos sinais vitais; • orientar a paciente quanto aos exames complementares (exame ginecológico e tipagem sanguínea); • observar e registrar perdas sanguíneas; • puncionar veia calibrosa pra infusão de medicamentos e volume (CPM); • observar e comunicar a enfermeira ou médico sinais de choque; • tricotomia abdominal e pubiana; • encaminhar ao CO ou CC; • após a cirurgia: cuidados pós-operatórios gerais.

  10. HIPEREMESE GRAVÍDICA

  11. É também conhecida como vômitos incoercíveis ou perniciosos da prenhez. Ocorre quando as náuseas e vômitos na gravidez se intensificam, tornando-se uma sintomatologia grave, o que requer hospitalização, devido a repercussão clínica de seus efeitos. As causas permanecem obscuras; tem sido atribuída a fatores alérgicos, a reflexos endócrinos.

  12. Sinais e sintomas: • Náuseas e vômitos persistentes, impossibilitando a ingestão de “qualquer alimento”; epigastralgia; soluços; pirose gástrica; sede intensa; perda de peso; desidratação; deficiência nutricional. Em casos não tratados, instala-se cetose, icterícia, febre, neurite periférica, levando a morte da gestante por insuficiência hepatorrenal. • Tratamento: • Combate ao enjôo matinal; hospitalização; repouso; alimentação ponderal; combate a desidratação; vitaminoterapia; uso de tranqüilizantes, sedativos e anti-histáminicos; balanço hídrico rigoroso; acompanhamento psicológico.

  13. Cuidados de Enfermagem: • manter a paciente em repouso; • observar e instalar infusões venosas; • controlar náuseas e vômitos; • anotar líquidos ingeridos e eliminados; • observar a aceitação da dieta, que deve ser conforme a prescrição médica; • providenciar material para higiene oral, sempre que necessário; • verificar sinais vitais.

  14. MOLA HIDATIFORME

  15. É a degeneração cística das vilosidades coriônicas, que se apresentam sobre a forma de aglomerado de vesículas, semelhante a um cacho de uva. • Causa: Desconhecida • Sinais e sintomas: • Náuseas e vômitos freqüentes; aumento rápido do útero, desproporcional a idade gestacional; útero de consistência mole; hipertensão, edema e proteinúria antes de 24º semana; hemorragias espontâneas, indolores e sem causa aparente; diminuição do volume uterino após o sangramento; eliminações de vesículas por via vaginal; alterações no estado geral da paciente: emagrecimento, palidez, dispnéia, taquicardia; ausência de BCF, de esqueleto e de movimentos fetais. • Tratamento: esvaziamento uterino; acompanhamento clínico; dosagem de gonadotrofina coriônica (HCG) até total inativação; quimioterapia.

  16. Cuidados de Enfermagem: • apoio psicológico; • observar e registrar perdas vaginais; • verificar e registrar sinais vitais; • observar sinais de choque e comunicá-los imediatamente à enfermeira ou ao médico; • administrar os medicamentos prescritos; • fazer tricotomia pubiana e perianal.

  17. ALTERAÇÕES NO VOLUME DO LÍQUIDO AMNIÓTICO

  18. É uma patologia do sistema amniótico, que se caracteriza pela alteração da quantidade normal do líquido amniótico. Próximo ao termo, essa quantidade varia entre 500 a 1700ml. • Causas: desconhecida, estando freqüentemente associada a malformações fetais e gestações complicadas. Sendo que a instalação pode ser súbita ou gradual.

  19. POLIDRÂMNIO • Define-se como sendo o volume excessivo de líquido amniótico. Existem duas formas, aguda e crônica. A primeira é rara, surge mais precocemente (2º trimestre), podendo atingir volumes superiores a três litros. A segunda mais freqüente tem inicio os últimos meses de gravidez, podendo o aumento de líquido ser gradual. Na forma crônica, o prognóstico fetal é melhor. O diagnóstico é feito através de observação clínica: aumento do útero em desproporção com a idade gestacional; dificuldade na ausculta e determinação da posição e partes fetais; distensão do abdome com sua pele lisa e brilhante; atonia uterina; desconforto respiratório. • Tratamento: Faz-se a retirada do excesso de líquido pela amniocentese, isso quando as condições maternas exigirem. Tal procedimento é realizado pelo médico, com os cuidados necessários.

  20. OLIGODRÂMNIO • É a redução acentuada na quantidade de líquido amniótico. O diagnóstico antes do parto raramente é determinado: observa-se um volume uterino pequeno; certifica-se pelo pequeno escoamento do líquido, configurando-se o chamado parto seco.

  21. DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA

  22. É o deslocamento precoce da placenta, ou seja, antes da expulsão do feto. Qualquer área de deslocamento (parcial ou total), provoca hemorragia, que pode ser interna ou externa. Este é um dos acidentes mais sérios em obstetrícia, sendo responsável por altos índices de óbito fetal e materno, caso não haja intervenção imediata. • Causas: Desconhecida, podendo ser associada com: Traumatismo sobre o ventre; cordão umbilical muito curto; toxemia gravídica; hipertonia uterina.

  23. Sintomas: Dor abdominal súbita, violenta e persistente; sinais de choque; hipertonia uterina; BCF evidenciando sofrimento fetal; Hemorragia (externa: eliminações de sangue e coágulos por via vaginal; interna: útero hipertônico (sem contração e relaxamento alternados), volume aumentado. • Tratamento: Fica na dependência do grau de deslocamento, das perdas sanguíneas e do estágio do trabalho de parto.

  24. Cuidados de Enfermagem: • ouvir as queixas da paciente para detectar precocemente o acidente; • palpar o abdome para identificar hipertonia uterina; • verificar os sinais vitais com freqüência; • comunicar imediatamente à enfermeira ou ao médico quando vigente alguma anormalidade durante o trabalho de parto; • puncionar veia calibrosa e observar infusões venosas; • auscultar BCF com freqüência; • preparar e encaminhar a paciente ao CO, conforme orientação médica

  25. PLACENTA PRÉVIA

  26. É a inserção ou implantação da placenta no segmento inferior do útero. • Tipos: • Total: a placenta cobre completamente do orifício cervical. • Parcial: a placenta cobre apenas parte do orifício cervical. • Marginal: a placenta atinge a margem do orifício cervical não o obstruindo. • Causas: Desconhecida, ocorrendo frequentemente em multíparas e em mulheres com antecedentes de aborto e ou curetagem.

  27. Sinais e sintomas: O sinal clássico do quadro é hemorragia indolor, sem causa aparente, ocorrendo, via de regra, no 3º trimestre. O sangue é vermelho vivo, sem coágulos. • Tratamento: Hospitalização e repouso; controle dos sinais vitais; controle do BCF; tipagem sanguínea; hematócrito controlado. • Cuidados de Enfermagem: • verificar e anotar os sinais vitais, especialmente PA; • observar e registrar perdas sanguíneas; • auscultar e registrar BCF; • comunicar à enfermeira ou médico em casos de sangramento abundante e/ou BCF alterado; • após o parto, observar o sangramento.

  28. RUPTURA PREMATURA DAS MEMBRANAS

  29. Consiste na rotura das membranas antes do trabalho de parto, situação que aumenta a morbi-mortalidade materna e perinatal, advinda da possibilidade de infecção da cavidade uterina. Tal possibilidade aumenta com o número de horas decorridas entre a rotura das membranas e o parto. É responsável pela maioria dos casos de infecção puerperal. • Causas: Variáveis, podendo entre outras causas ser atribuída: a fragilidade das membranas, a processos inflamatórios; a apresentações anômalas.

  30. Diagnóstico: no caso de rotura baixa, o diagnóstico é evidente, dada a quantidade de líquido que escoa pela vagina. • Tratamento: varia conforme a idade gestacional. • Cuidados de Enfermagem: • atenção às queixas da paciente; • tranquilizar a paciente; • manter roupas de cama sempre limpas; • administrar medicação COM; • anotar eliminações por via vaginal. • verificar os sinais vitais.

  31. DIABETES GESTACIONAL

  32. O corpo precisa produzir insulina extra para atender às necessidades do bebê principalmente da metade da gravidez em diante. O nível de açúcar no sangue pode subir devido às mudanças hormonais da gravidez, que interferem na ação da insulina. Exames pré-natais: glicemia de jejum e curva glicêmica. O excesso de açúcar no sangue atravessa a placenta e chega ao bebê, fazendo com que ele cresça demais. Um bebê muito grande pode dificultar o parto. Mais propenso a ter icterícia e hipoglicemia após o parto, e a apresentar problemas respiratórios.

  33. HIPERTENSÃO GESTACIONAL

  34. A DHEG é uma das principais causas de morbidade e mortalidade materna e perinatal, ocorre em cerca de 10% de todas as gestações, mais comuns em mulheres: Nulíparas, em gestação múltipla, com hipertensão há mais de quatro anos, história de hipertensão em gravidez prévia, presença de doença renal, história familiar de pré-eclâmpsia

  35. SINDROMES HIPERTENSIVAS • Hipertensão arterial crônica: Corresponde a hipertensão de qualquer etiologia (nível P.A:140/90mmhg) presente antes da gravidez ou diagnosticada até a 20ª semana de gestação e permanece após o purpério. Mulheres hipertensas que engravidam tem maior risco de desenvolver pré-eclâmpsia e eclâmpsia.

  36. Pré-eclâmpsia: Na presença da tríade clássica - hipertensão, edema e proteinúria( > 300mg/24h), geralmente ocorre após a 20 ª semana de gestação, perda progressiva de função renal, disfunção hepática, plaquetopenia.

  37. Pré-eclâmpsia: Na presença da tríade clássica - hipertensão, edema e proteinúria( > 300mg/24h), geralmente ocorre após a 20 ª semana de gestação, perda progressiva de função renal, disfunção hepática, plaquetopenia.

  38. Eclâmpsia: Na presença de convulsões ou coma, pode ocorrer na gravidez, no parto e purpério imediato. Sinais eclâmpsia iminente: visão, turva,diplopia,escotomas cintilantes,cefaléia, tontura e perda consciência, insuficiência cardíaca,edema pulmonar, hemorragia retiniana, exsudatos, edema de papila,restrição de crescimento fetal e Oligodrâmnio.

  39. Tratamento não medicamentoso da hipertensão: Dieta com teor reduzido de sódio(< 2,4 g /dia), ingestão de frutas, verduras, legumes, cereais integrais, leguminosas, leite e derivados desnatados, redução da ingestão de gorduras saturadas, trans e colesterol, atividade física regular (caminhadas de duas a três vezes/semana), hidroginástica.  • Tratamento medicamentoso na hipertensão: A meta principal do tratamento é reduzir o risco materno, mas a escolha do medicamento é mais dirigida para a segurança do feto. Gestantes com hipertensão leve/moderada: podem ser tratadas com metildopa ou betabloqueadores (risco:diminuem a perfusão placentária), sempre que possível suspender a medicação realizando rigorosa monitorização dos níveis pressóricos e dos sinais de pré-eclâmpsia.

  40. Tratamento na pré-eclâmpsia: • Indicativos de urgência: • P.A Diastólica > ou =110mmHg com ausência de sintomatologia clínica. • Drogas mais utilizadas: Hidrazalina, Nefidipina, Furosemida. • Indicativos de emergência: • P.A Diastólica > ou =110mmHg com presença de sintomatologia clínica. • O controle pressórico deve ser rápido, no máximo em 1 ou 2 horas.

  41. Tratamento na eclâmpsia: • Manter as V.A livres para reduzir o risco de aspiração, oxigenação com instalação de cateter nasal ou máscara de oxigênio úmido (5l/min), sondagem vesical de demora, punção venosa em veia calibrosa, terapia anti-hipertensiva e anticonvulsivante. • Sulfato de magnésio: Droga anticonvulsivante de escolha, a grande vantagem sobre as demais anticonvulsivantes consiste no fato de não produzir depressão do sistema nervoso central, mais importante que interromper uma convulsão já iniciada é a prevenção de uma nova crise.Esquema misto EV/IM para transferência da gestante: Administrar Sulfato de magnésio 4g (4 amp. a 10% ou 2 amp. a 20%), EV lentamente em 20 min, logo após aplicar mais 10g de Sulfato de magnésio a 50% ( 2 amp.) divididas em duas aplicações IM, uma amp. (5 g) em cada glúteo profundamente.

  42. Síndrome de HELLP • "HELLP" significa os três principais elementos da síndrome: (H) hemólise, (EL) enzimas hepáticas elevadas e (LP) baixa contagem de plaquetas. A hemólise envolve a destruição dos glóbulos vermelhos. Embora a causa da HELLP ainda não seja completamente entendida, a síndrome pode levar a insuficiência cardíaca e pulmonar, hemorragia interna, acidente vascular cerebral e outras complicações graves na mãe. Ela também pode levar a placenta a se descolar prematuramente da parede uterina, o que pode resultar em morte fetal. Outras complicações sérias para o feto incluem crescimento uterino restrito e síndrome da angústia respiratória. A maioria das mulheres afetadas desenvolve HELLP no terceiro trimestre, embora a condição às vezes se desenvolva no segundo trimestre ou na semana seguinte ao parto.

  43. Sintomas e diagnóstico : Fadiga, mal-estar generalizado, dor na parte superior direita do abdome, náuseas e vômitos, dor de cabeça, retenção de líquidos acompanhada por ganho de peso, convulsões. A síndrome de HELLP é difícil de diagnosticar, pois se assemelha aos sintomas de outras doenças. Por isso, deve-se procurar atendimento a fim de realizar diagnóstico diferencial.

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