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Minicurso Objetos de Aprendizagem: a tecnologia como suporte para a Aprendizagem Significativa da Matemática. II ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DE IPATINGA - MG. Professora Verônica Lopes Pereira de Oliveira. Para refletir.
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Minicurso Objetos de Aprendizagem: a tecnologia como suporte para a Aprendizagem Significativa da Matemática II ENCONTRO REGIONAL DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA DE IPATINGA - MG Professora Verônica Lopes Pereira de Oliveira
Para refletir... “Aprender é construir significados, e ensinar é oportunizar essa construção.” (MORETTO, 2010)
PROBLEMÁTICA TECNOLOGIA SOCIEDADE TRANSFORMAÇÕES NOVAS FORMAS DE APRENDER NOVAS FORMAS DE ENSINAR OBRIGAM A ESCOLA A INCORPORAR E UTILIZAR AS TICE’s REESTRUTURAR OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM
PROBLEMÁTICA No entanto, o uso de TICE’s, por vários motivos, ainda é uma realidade fora do alcance da grande maioria dos professores. Pesquisar a sua utilização na Educação Matemática, no contexto da formação continuada de professores, por meio dos Objetos de Aprendizagem – OA, consiste em vislumbrar nessa ação a abertura de um caminho para que a pesquisa produzida nas universidades chegue às escolas, aumentando a interação entre esses dois cenários da educação e investindo em ações que poderão auxiliar na promoção da aprendizagem significativa da Matemática.
AS TICE’s NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA • não linearidade do conhecimento em formato de hiperlinks. • reorganização do pensamento. • incorporação da realidade cotidiana à esfera escolar com base na interação. • potencializa o “envolvimento multissensorial, afetivo e intelectual” (COSTA e OLIVEIRA, 2004, p. 112). • quebra da forma tradicional de ensinar. • alteração na ordem das ações realizadas em uma aula, exercendo uma nova dinâmica em que, a partir da interação entre professor, aluno e tecnologias, geram-se conjecturas, realizam-se experimentações, investigações, chegando-se a conclusões para então, elaborar a conceitualização (BORBA e PENTEADO, 2010).
AS TICE’s NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA • “Capaz de motivar o aluno para a aprendizagem, para o posicionamento crítico, para a curiosidade, para a criatividade, para o gerenciamento do seu saber, […] para que o aluno esteja preparado para se inserir na sociedade e no mercado de trabalho” (COSTA e OLIVEIRA, 2004, p. 60). • Teoria “seres-humanos-com-mídia”: recursos tecnológicos, alunos e professor = atores do processo de ensino e aprendizagem (BORBA e PENTEADO, 2010).
AS TICE’s NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CUIDADO! “É preciso bom senso, reflexão e discernimento no que se refere ao uso das novas tecnologias” (COSTA e OLIVEIRA, 2004, p. 11). • A informática nunca irá extinguir a escrita, o lápis, o papel e a oralidade. • Imperativo tecnológico.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM:Breve Histórico • Década de 90: expansão da modalidade de ensino à distância (EAD). • Elaboração e o desenvolvimento de cursos e materiais didáticos para e-learning. • Necessidade de uma metodologia para o processo de criação e gerenciamento de conteúdos (framework). • Um curso em e-learning,que antes possuía uma estrutura única e indissociável, tinha agora “objetos de aprendizagemcomo materiais de ensino completos e independentes, criados para a necessidade de algum curso ou independentemente destes e que posteriormente seriam re-aproveitados em outras situações” (BALBINO, 2007, p. 1).
OBJETOS DE APRENDIZAGEM:Definição • O termo objeto de aprendizagem começou a ser utilizado com Wayne Hodgins, em 1992. Apesar de pesquisas anteriores a 1988, a primeira definição formal de objetos de aprendizagem data dessa época. Ainda assim, segundo Domenico e outros (2006), ainda não há um conceito de OA aceito universalmente. • “OA é qualquer recurso digital que pode ser reutilizado para suportar a aprendizagem” (WILEY, 2000). • Ele pode ser considerado uma estrutura de apoio que mantém ativo os processos de ensino e aprendizagem.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM:Características • interatividade (envolvimento do aluno com o conteúdo através do escutar, ver ou responder a uma interação com o OA); • granularidade/modularidade(pode ser agrupado em conjuntos maiores de conteúdos); • portabilidade (capacidade de transportá-lo); • reusabilidade (pode ser usado em diferentes contextos e para diferentes propósitos); • interoperabilidade (utilização indiferentemente das plataformas envolvidas); • conceituação (vínculo essencial entre o OA e o conteúdo que se pretende abordar); • metadados(informações que descrevem o OA em relação à identificação, conteúdo, utilização e histórico).
TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA MATERIAL POTENCIALMENTE SIGNIFICATIVO PRÉ-DISPOSIÇÃO PARA APRENDER CONHECIMENTOS PRÉVIOS
TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA AS é aquela em que o significadodo novo conhecimento é adquirido, construído, com compreensão e por meio da INTERAÇÃO não-arbitrária e não literal desse novo conhecimento com algum conhecimento prévio relevante existente na estrutura cognitiva do aprendiz. Interação Novo Conhecimento Conhecimento Prévio
OBJETOS DE APRENDIZAGEM E A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA “[…] as mídias informáticas associadas a pedagogias que estejam em ressonância com essas novas tecnologias podem transformar o tipo de Matemática abordada em sala de aula” (BORBA e PENTEADO, 2010, p. 38). • A pedagogia adotada poderá nos ajudar a pensar como o conhecimento construído pelos alunos poderá ser mediado com o uso das novas tecnologias. • Pretende-se em nossa pesquisa articular teorias e conceitos com as simulações disponíveis nos OA a fim de ampliar as possibilidades de aprendizagem significativa da Matemática. Portanto, a ressonância estabelecida entre os Objetos de Aprendizagem e a Teoria da Aprendizagem Significativa – TAS de David Ausubel determinará a coerência entre a prática pedagógica e a base teórica, além de demonstrar a importância de nosso trabalho.
OBJETOS DE APRENDIZAGEM E A TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA • Cunha e Tarouco (2006) afirmam que os OA têm a função de trazer à memória do aprendiz o conhecimento prévio necessário para aprender determinado conteúdo. • No caso da ausência de conhecimentos prévios para serem “subsunçores” de uma nova informação, Andrade e outros (2006, p. 390) sugerem que “a utilização de organizadores prévios seria uma alternativa quando existe a ausência de subsunçores adequados.” Nessa situação, os OA possuem animações interativas que assumem a função de organizadores prévios. • A interação é a essência do processo de aprendizagem significativa e também uma das principais qualidades de um OA. Assim, as “ferramentas” OA podem potencializar o processo de interação entre sujeito e objeto do conhecimento.
IMPLICAÇÕES DO USO DAS TICE’s NA FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE • Uma das maiores dificuldades no ensino de Matemática é utilizar recursos que facilitem a aprendizagem no que diz respeito à construção de conceitos e atribuição de significados na estrutura cognitiva. Romper essa barreira é um desafio para o professor, que deverá auxiliar o aluno na reorganização de sua estrutura cognitiva a fim de construir os conceitos da disciplina. • A inserção de novos instrumentos tecnológicos na educação exigem a redefinição de práticas. O professor é o elemento mais importante para o uso da informática no ensino, assumindo um papel de destaque. No entanto, esse papel gera preocupação e insegurança ao se inserir num contexto de mudanças: inovações educacionais que promovem transformação da prática docente.
IMPLICAÇÕES DO USO DAS TICE’s NA FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE ZONA DE RISCO ZONA DE CONFORTO CONCEPÇÃO CRÍTICA DO USO DA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
REPOSITÓRIOS • Eles funcionam como bibliotecas públicas ou banco de dados da web, que possuem um acervo de objetos de aprendizagem digitalizáveis ou não-digitais, catalogados e disponibilizados para consulta. Os dados dos objetos referentes à catalogação são denominados de metadados, e descrevem todas as características dos objetos. • Baseados nessas informações, os objetos de aprendizagem são armazenados e encontrados com maior facilidade quando procurados. Eles surgiram da necessidade de se ter um local específico de armazenamento desses materiais, por existir um enorme número de objetos disponíveis e difíceis de serem localizados.
REPOSITÓRIOS LABvirt – Laboratório Virtual da USP, desenvolvido pela Escola do Futuro da USP www.labvirt.futuro.usp.br RIVED – Rede Internacional Virtual de Educação, desenvolvido pelo MEC, através da SEED. www.rived.proinfo.mec.gov.br Banco Internacional de Objetos Educacionais, desenvolvido pelo MEC. objetoseducacionais2.mec.gov.br/ Mais.mat, desenvolvido pela UNICAMP. www.mais.mat.br Laboratório Virtual da UNIJUI www.projetos.unijui.edu.br/matematica/ Dia-a-dia da Educação – Paraná Multimeios http://www.matematica.seed.pr.gov.br/ KlicKeducação http://www.klickeducacao.com.br/frontdoor/lista_materia/0,5910,POR-20,00.html ABED – Associação Brasileira de Educação à Distância http://www2.abed.org.br CESTA – Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia na Aprendizagem, idealizado pelo Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. WWW.cinted.ufrgs.br/CESTA EDUMATEC – Educação Matemática e Tecnologia Informática – Instituto de Matemática da UFRGS. http://www.edumatec.mat.ufrgs.br/
INVESTIGAÇÃO Há tempos vivemos a realidade do abandono do ensino de geometria. Ao nos depararmos com a realidade em sala de aula, no ensino de Geometria Espacial, observamos que os alunos estão presos a fórmulas e em sua maioria não conseguem relacionar conceitos, identificar os elementos do sólido ou ainda estabelecer relações (BERMEJO; COSTA; MORAES, 2009). Além disso, ressaltam os pesquisadores, que os professores precisam ter a consciência de que a aquisição de conceitos geométricos deve ocorrer mediante a realização de atividades que envolvam os alunos na observação e na comparação de figuras geométricas a partir de diferentes atributos (PIRES, 2000; PONTE, 2003 apud BERMEJO; COSTA; MORAES, 2009).
INVESTIGAÇÃO As principais deficiências relacionadas à geometria são a “Ausência de trabalho com a Geometria de posição” e o “Desenho Geométrico, Ausência de Representação Bi e Tridimensional, entre outras” (HOFFER, 1981 apud BERMEJO; COSTA; MORAES, 2009). Estudiosos têm chamado a atenção sobre a negligência no ensino e suas deficiências, propondo formas de aperfeiçoamento. Portanto, para solucionar tais problemas, sugere-se um ensino de geometria que possibilite o desenvolvimento do raciocínio, a capacidade de abstração e a resolução de problemas práticos do quotidiano. Diante deste contexto, os objetos de aprendizagem seriam ferramentas importantes para auxiliar no ensino de Geometria Espacial?
EXPLORANDO OS OA • VIDEO SINFONIA DE POLIEDROS • POLY • JOGO DA TOMOGRAFIA • GEOMETRIA RIVED • FÁBRICA DE CUBOS • OS SÓLIDOS PLATÔNICOS
REFERÊNCIAS ANDRADE, M.; ANJOS, L.F.C.; CRUZ, H.P.; GOUVEIA, T.; MONTEIRO, B.S.; TAVARES, R. Metodologia de desenvolvimento de objetos de aprendizagem com foco na Aprendizagem Significativa. XVII Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, XVII, Brasília, 2006. Anais... Brasília: UNB/UCB, p. 388-397, 2006. ASSIS, L.S.Concepções de professores de Matemática quanto à utilização de objetos de aprendizagem: um estudo de caso do projeto RIVED – Brasil. Dissertação. Mestrado em Educação Matemática. PUC-SP. São Paulo, 2005. BALBINO, J. Objetos de aprendizagem: Contribuições para a sua genealogia. Disp. em: <www.dicascom.br/educacao_tecnologia/educacao_tecnologia_20070423.php>. Acesso em junho de 2011. BORBA, M.C.; PENTEADO, M.G.Informática e Educação Matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. COSTA, J.W.; OLIVEIRA, M.A.M. (orgs.). Novas linguagens e novas tecnologias: educação e sociabilidade. Petrópolis: Vozes, 2004. CUNHA, S.L.S.; TAROUCO, L.M.R. Aplicação de teorias cognitivas ao projeto de objetos de aprendizagem. Novas Tecnologias na Educação. v. 4, n. 2, 2006. DOMENICO, L.C.; RAMOS, A.F.; TORRES, P.L. Uma experiência com objetos de aprendizagem no ensino de Matemática. UNIrevista. v. 1, n. 2, 2006. GARCIA, S.C.Objetos de Aprendizagem: investindo na mediação digital do conhecimento. Disponível em: <http://www.celsul.org.br/Encontros/07/dir2/17.pdf>. Acesso em março de 2011. IEEE. InstituteofElectricalandElectronicsEngineers. Disponível em <http://www.ieee.org>. Acesso em março de 2011. MOREIRA, M.A.Aprendizagem Significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2002. NASCIMENTO, A.C.A.A. Objetos de aprendizagem: entre a promessa e a realidade. In: PRATA, C.L.; NASCIMENTO, A.C.A.A. (Orgs.). Objetos de Aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC–SEED, 2007. NASCIMENTO, A.C.A.A.; PIETROCOLA, M.; PRATA, C.L. Políticas para fomento de produção e uso de objetos de aprendizagem. In: PRATA, C.L.; NASCIMENTO, A.C.A.A. (Orgs.). Objetos de Aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Brasília: MEC–SEED, 2007. WILEY, D. A. Connecting learning objects to instructional design theory: A definition, a metaphor, and a taxonomy. In.: WILEY, D.A. (Org.). The Instructional Use of Learning Objects: Online Version, 2000. Disp. em: <http://reusability.org./read/chapters/wiley.doc>. Acessoemabril de 2011.
Obrigada! Professora Verônica Lopes Pereira de Oliveira Mestranda em Educação Matemática pela UFOP. Especialista em Matemática Superior pela UNEC e em Tutoria em EAD pela UFOP. Professora responsável pela formação continuada dos professores de Matemática da Rede Municipal de ensino de Ipatinga-MG. Assessora Pedagógica e Coordenadora da área de Matemática da Rede Municipal de Ensino de Ipatinga. E-mail: cenfop.matematica@gmail.com Blog: www.cenfopmatematicasignificativa.wordpress.com www.cenfopgestaripatinga.wordpress.com