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GERIATRIA. Especialidade médica que trata de doenças de idosos, mas também se preocupa em prolongar a vida com saúde. Deve-se aproveitar a ciência geriátrica antes de ficarmos velhos ou antes de estarmos doentes, realizando um “check-up geriátrico” preventivo a partir dos 35 anos de idade.
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GERIATRIA • Especialidade médica que trata de doenças de idosos, mas também se preocupa em prolongar a vida com saúde. • Deve-se aproveitar a ciência geriátrica antes de ficarmos velhos ou antes de estarmos doentes, realizando um “check-up geriátrico” preventivo a partir dos 35 anos de idade.
GERONTOLOGIA • Ciência que estuda o processo do envelhecimento. • Aborda todos os aspectos, levando em conta as questões ambientais, sociais e culturais do envelhecer. • É uma ciência médico-social; inclui problemas complexos de Medicina e Sociologia.
A Gerontologia aborda todos os aspectos do envelhecimento, enquanto a Geriatria se limita ao estudo das doenças da velhice e de seu tratamento
Pontos de corte para caracterizar a população idosa: • 60 anos: países em desenvolvimento, como no Brasil. • 65anos: países desenvolvidos Estes limites clássicos servem para determinar a idade da aposentadoria e auxiliar os demógrafos na comparação entre populações
Principais Indicadores da Transição Demográfica: Mortalidade Expectativa de vida Fecundidade Migração
Determinantes do Aumento da Expectativa de Vida • Melhoria das condições de vida, trabalho e educação; • Urbanização com saneamento básico; • Melhores condições de higiene; • Quedas importantes na mortalidade (principalmente a infantil)
EXPECTATIVA DE VIDA • mortalidade expectativa de vida ao nascer (indicador de saúde) • História: • Início da era cristã expectativa média de 30 anos • 1900 Europa e EUA expectativa 50 anos • A partir de 1950 → desenvolvimento da medicina ocorre um aumento constante da expectativa de vida em todo o mundo. • 1940 a 1990 a expectativa de vida em países desenvolvidos 40 para 62 anos
EXPECTATIVA DE VIDA • 1993 Índia expectativa 60 anos • 1993 Japão expectativa 76, 5 anos homens e 83, 1 anos mulheres
Brasil Expectativa cresceu de 33,7 para 43,2 anos de 1900 a 1950. 1960 expectativa de 55, 9 anos 1960 a 1980 expectativa de 63, 5 anos 1999 expectativa de 68, 4 anos
EXPECTATIVA DE VIDA • MULHERES: • Menor exposição aos fatores ambientais ( acidentes de trabalho, acidentes de trânsito, violência); • Menor consumo de álcool e fumo; • Maior procura das mulheres pelos serviços de saúde (prevenção de doenças através de diagnósticos) • Proteção biológica em relação a eventos cardiovasculares
O processo de transição epidemiológica é acompanhado pelo processo de mudança do papel de morbi-mortalidade: • No Brasil, à semelhança do que se observou com os coeficientes de mortalidade geral, houve: • QUEDA ABRUPTA (1950-1980) da mortalidade por Doenças infecto-contagiosas • AUMENTO das Doenças Crônico-degenerativas
Principais causas de Mortalidade • Doenças Isquêmicas e outras Doenças Cardiovasculares • Doenças Cerebrovasculares • Tumores Malignos
Fatores de Risco para Mortalidade • Projeto EPIDOSO – UNIFESP/EPM 10% mortalidade em 2 anos Ramos et al, 2001 • Idade Avançada • Sexo Masculina • Hospitalização • Auto-Avaliação Negativa • Déficit Cognitivo • Dependência
Principais causas de anos vividos com Incapacidade • MUNDO • DEPRESSÃO • Anemia • Quedas • Álcool • DPOC • Distúrbio Bipolar • Congênitas • Osteoartrite • Esquizofrenia • Distúrbio Obsessivo Compulsivo • PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO • DEPRESSÃO • Anemia • Quedas • DPOC • Congênitas • Distúrbio Bipolar • Desnutrição • Álcool • Perinatais • Esquizofrenia
Principais Fatores de Associação com Dependência e Incapacidade • Acima de 80 anos (chance 36 X maior) • Sexo feminino (2 x maior) • Viuvez (3,3 x maior)
Um estudo populacional, de idosos residentes na comunidade, no Brasil, realizado em SP, apresentou uma alta prevalência de DOENÇAS CRÔNICAS – quase 90% referiram pelo menos UMA. • Hipertensão Arterial • Dores articulares • Varizes
CAPACIDADE FUNCIONAL:Um Novo Paradigma em Saúde Em geriatria, o paradigma funcional prevalece sobre a interpretação puramente nosológica. Tão ou mais importante que o diagnóstico da doença é o diagnóstico do impacto funcional que ela produz. Carvalhaes Neto, 2005
Modelos de Classificação em Saúde • O modelo médico padronizado de sinais e sintomas que se equiparam ao diagnóstico de uma doença não se adéqua a uma população geriátrica. • Raciocínio Linear:
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (2001)
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (2001) Renata Firpo
CAPACIDADE FUNCIONAL • Atividades Básicas de Vida Diária • Deitar / Levantar • Comer • Cuidados (pentear cabelo) • Locomover-se • Banho • Vestir-se • Continência Urinária FUNDAMENTAIS PARA A MANUTENÇÃO DA INDEPENDÊNCIA
CAPACIDADE FUNCIONAL • Atividades Instrumentais de Vida Diária • Subir escada / 1 lance • Medicar-se na hora • Andar perto de casas • Fazer compras • Preparar refeições • Sair de condução • Fazer limpeza de casa • Cortar unha dos pés PROPORCIONA VIDA INDEPENDENTE E ATIVA NA COMUNIDADE A capacidade do indivíduo em realizar estas tarefas, determina a possibilidade de viver sozinho. Renata Firpo
CAPACIDADE FUNCIONAL • Atividades Avançadas de Vida Diária • Dirigir automóvel • Praticar esporte • Pintar • Tocar instrumento musical • Participar de serviços voluntários ou atividades políticas, entre outras NÃO SÃO FUNDAMENTAIS PARA UMA VIDA INDEPENDENTE CONTRIBUI PARA MELHOR SAÚDE FÍSICA E MENTAL
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL • Envelhecer com menor número de doenças possíveis • Limitações funcionais inevitáveis • Autonomia / Independência / Ativo • Estabilidade Financeira • Qualidade de Vida
ENVELHECIMENTO COM FRAGILIDADE • Pertence ao grupo mais idoso: 70 a 85 anos; • Apresenta várias doenças crônicas; • Limitações quanto à prática das AVD, ás vezes reversíveis; • Aumento recente e inesperado da dependência funcional e possível necessidade de ser internado em instituição.
ENVELHECIMENTO COM FRAGILIDADE • Clinicamente, apresenta alteração com maior vulnerabilidade biológica, como: acentuação do processo de sarcopenia, perda de peso e a diminuição da capacidade imunológica. • Polimedicação; • Visitas frequentes ao serviço de emergência e/ou numerosas internações; • Doenças que se manifestam de forma atípica, tardia, com queixas inespecíficas; o idoso apresenta doenças crônicas que podem associar a doenças agudas.
Fragilidade e as Síndromes Geriátricas geradoras de dependência: • Deficiência Cognitiva • Imobilidade • Instabilidade da Marcha e Quedas • Incontinência Urinária
Poucos são os profissionais da saúde com formação especializada para o cuidado do idoso. A maioria atua dentro de um sistema mal equipado para fazer frente à demanda multifacetada do idoso.