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UNIGRANRIO Eixo Integrador do Internato Sessão de Clínica Cirúrgica do Adulto e do Idoso Professor Mauro Monteiro Correia. Identificação : M. A; 34 anos; branco; masculino; técnico de radiologia; matriculado pelo Tórax em fevereiro de 92. Q.P : “Dor no peito” em HTE.
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UNIGRANRIO Eixo Integrador do InternatoSessão de Clínica Cirúrgica do Adulto e do IdosoProfessor Mauro Monteiro Correia • Identificação: M. A; 34 anos; branco; masculino; técnico de radiologia; matriculado pelo Tórax em fevereiro de 92. • Q.P: “Dor no peito” em HTE. • Exames: Radiografia simples de tórax com nódulo pulmonar que aumentou de 1 para 2cm em 2 anos.
UNIGRANRIO Eixo Integrador do InternatoSessão de Clínica Cirúrgica do Adulto e do Idoso • Jun92: submetido a lobectomia superior D • LHP: tumor carcinóide medindo 2,5cm • Fev98: náuseas, vômitos, emagrecimento 11kg/2m • EDA: lesão polipóide gástrica, no terço médio da grande curvatura • Nov98: ressecção da lesão, inicialmente por videolaparoscopia, completada por minilaparotomia • LHP: leiomioma gástrico
UNIGRANRIO Eixo Integrador do InternatoSessão de Clínica Cirúrgica do Adulto e do Idoso • Jun99: Síndrome carcinóide Broncoespasmo e diarréia. Investigação : lesões em BFE, carina, BFD e lobo D do fígado.
Ago99: PAAF nódulo hepático = carcinóide metastático • RxT 20Gy/5fr sobre tórax • QT (CDDP/VP) 4 ciclos • Out99: lesão residual em BFE em lobo D fígado (6,5cm) • Abr00: 2 sessões de braquiterapia (750/ 600cGy) sem resposta • 25mai00: ressecção a laser da lesão da lesão endobrônquica, SEM LESÃO RESIDUAL
Indicada laparotomia com vistas a ressecção das metástases hepáticas. • TC com duas lesões visíveis.
Evolução • Cirurgia: • TC – 2 nódulos hepáticos • Palpação – 6 nódulos • UIO – 9 nódulos
Evolução Em 6/6/2001 – 02 nódulos hepáticos • Indicado radioablação • Em 12/11/2001- Recidiva e nova ablação per-cutânea • Em 22/08/2002 – Recidiva hepática Indicado quimioembolização arterial com lipioldol. • Em 08/11/02 – Persistência de Nódulos –nova quimioembolização
Evolução • 08/01/2003: Redução dos nódulos após quimioembolização (2x) • Retorno da Sindrome e Tratamento com Octreotídeo
Tumores Carcinóides • São carcinomas de origem neuroectodérmica, geralmente indolentes em seu crescimento. • Quando funcionais os tumores neuroendócrinos podem ser identificados pelas manifestações clínicas. • A imunoistoquímica do tumor pode ajudar em sua classificação diagnóstica, sendo achados comuns a positividade para citoqueratina, cromogranina, sinaptofisina e/ou enolase.
Classificação • Carcinomas neuroendócrinos de origem desconhecida. • Carcinomas de células insulares ( insulinomas, gastrinomas, glucagonomas, VIPomas, Somastotinomas). • Tumores carcinóides
Tumores carcinóides Podem ser assintomáticos ou estar associados à síndrome carcinóide. A síndrome carcinóide presente em 2/3 dos pacientes, caracteriza-se por fogachos, broncoespasmo e episódios de diarréia. Em fases avançadas pode haver insuficiência cardíaca direita.
Tumores carcinóides • Pulmonar • Gástrico : associado à gastrite atrófica – bom prognóstico. Associado à sind. Zoliger-Elisson- bom prognóstico. Esporádico- mais agressivo, geralmente metastático ao diagnóstico. • Intestino delgado • Apêndice • Cólon • Reto
Tumores carcinóides • Como estadiar: • Localizados, com ou sem metástases locorregionais; • Metastático, com envolvimento hepático exclusivo; • Metastático, com envolvimento extra-hepático; • Metastáticos indiferenciados.
Tumores carcinóides • Investigação hormonal: Dosar 5-HIAA em urina de 24h e cromogranina A plasmática para tumores carcinóides ( estão aumentadas em 80% dos casos, correlacionando-se com a carga tumoral).
Tumores carcinóides • Exames de imagem: • EDA com ou sem US; • TC; • RNM; • Angiografia; • Octreoscan ( mapeamento com octreotídeo marcado).
Tratamento • Carcinomas neuroendócrinos localizados recomenda-se a ressecção cirúrgica do tumor e conglomerados linfonodais , se presentes. • O carcinóide gástrico associado a CAG-A <1cm pode ser ressecado por EDA. ( N Engl Med 340:858,1999).
Tratamento • Carcinomas metastáticos com envolvimento hepático exclusivo • Ressecável (sobrevida de 70% em 5 anos). • Irressecável assintomático; • Irressecável sintomático considerar citorredução cirúrgica ou embolização hepática, com ou sem quimioterapia .
Tratamento • Tumores metastáticos com envolvimento extra-hepático. • Se assintomáticos ; • Oligossintomáticos – sintomáticos ou octreotídeo. Considerar a adição de interferon-alfa; O octreotídeo age nos receptores 2 e 5 da somatostatina, inibindo a liberação de neuro-hormônios. O interferon –alfa é a droga de maior efeito anti-tumoral.
Tratamento • Tumores neuroendócrinos metastáticos indiferenciados ( peq. Células, anaplásicos). Recomenda-se cisplatina, etoposida, repetidos a cada 3 semanas por 4 ciclos. A taxa de resposta varia de 41 e 69%, com mediana de sobrevida de 19 meses.
Tratamento em situações especiais • Na falha de tratamento em pacientes com Octreoscan positivo considerar radioterapia interna de alta dose com moléculas radioativas acopladas a um análogo de somatostatina. • Sintomas de compressão ou dor de difícil controle considerar radioterapia externa paliativa • Síndrome carcinóide grave considerar octreotídeo, 100mcg em bolus EV seguido de 50 mcg/h até estabilização do paciente. A seguir converter para octreotídeo Sc.