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LITERATURA BRASILEIRA “Inutilia Truncat” (acabe com as inutilidades). ARCADISMO. Na tranquila varanda de Gonzaga Sob os livros de Cláudio Manuel, Solenes se reúnem, proclamando A revolta do sonho e do papel. Entre o gamão e o chá fazem as leis Da perfeita República. No sono
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LITERATURA BRASILEIRA “Inutilia Truncat” (acabe com as inutilidades)
Na tranquila varanda de Gonzaga Sob os livros de Cláudio Manuel, Solenes se reúnem, proclamando A revolta do sonho e do papel. Entre o gamão e o chá fazem as leis Da perfeita República. No sono Dos sobrados mineiros, verbalmente, Resgatam pátrias, justiciam tronos. Guardam as armas sob o travesseiro. Vestem capas do roxo mais poético. Convertem curas, mascates, sapateiros. São generosos, líricos, patéticos. José Paulo Paes, “Os inconfidentes”
Arcadismo, Setecentismo ou Neoclassicismo • Movimento dominante na 2ª metade do século XVIII. • Vive-se o Século das Luzes, o Iluminismo. • Ascensão da burguesia, preparação para a Revolução Francesa. • Preocupação com as questões mundanas, deixando a religiosidade em segundo plano. • A arte burguesa, marcada pelo subjetivismo, estava cansada dos exageros do Barroco.
ARCADISMO NO BRASIL • O Arcadismo brasileiro – Escola Mineira • Intimamente ligado à Inconfidência Mineira – “Poetas Inconfidentes” • Minas Gerais é o centro econômico do Brasil colonial – atividade mineradora • A mineração possibilita o surgimento de uma nova classe social (média) • A literatura da época: elemento de ligação social, de conversação e de prestígio.
CARACTERÍSTICAS • Imitação da natureza; • Imitação dos clássicos; • Ausência de subjetividade; • Utilização, na escultura, de materiais mais simples; • Utilização de tons pastéis – pintura - tomando lugar das cores fortes do Barroco; • Procura por simplificar a arte; • Bucolismo – valorização das paisagens campestres, pastoris; • Utilização de pseudônimos por parte dos poetas, numa homenagem aos poetas da Antigüidade Clássica.
Imitação da Natureza • A natureza adquire um sentido de simplicidade, de harmonia e verdade. • Cultua-se o “homem natural” – que imita a harmonia, a serenidade e o equilíbrio da natureza. • O bucolismo se torna um imperativo social.
Retorno aos Clássicos • Como reação ao Barroco, o artista vai buscar na arte clássica sua inspiração. • A busca é pela simplicidade, pelo racional, pelo inteligível. • Utilização da Mitologia Clássica como recurso poético.
Ausência de Subjetividade • Ao usar imagens clássicas tradicionais, a poesia perde um pouco da personalidade. • O escritor não anda com seu próprio “eu”, ele adota uma posição pastoril. • A renúncia à subjetividade faz parte do “decoro e da dignidade” – o poeta deve expressar sentimentos genéricos, comuns, médios. • O amor perde o conteúdo passional e a impulsividade – amor como jogo de galanteios.
“Destes penhascos fez a natureza O berço em que nasci! Oh, quem cuidara Que entre penhas tão duras se criara Uma alma terna, um peito sem dureza!” Cláudio Manuel da Costa – Glauceste Satúrnio
“Eu, Marília, não sou algum vaqueiro Que viva de guardar alheio gado, De tosco trato, d’expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado.” Tomás Antônio Gonzaga - Dirceu
“Carinhosa e doce, ó Glaura, Vem esta aura lisonjeira, E a mangueira já florida Nos convida a respirar. Sobre a relva o sol doirado Bebe as lágrimas da Aurora, E suave os dons da Flora, Neste prado vê a brotar”. Silva Alvarenga - Alcino
OS ÁRCADES DA INCONFIDÊNCIA LÍRICA: Cláudio Manuel da Costa Tomás Antônio Gonzaga Silva Alvarenga ÉPICA: Basílio da Gama Santa Rita Durão Cláudio Manuel da Costa SÁTIRA: Tomás Antônio Gonzaga ENCOMIÁSTICA: Silva Alvarenga Alvarenga Peixoto Fala ou discurso em louvor a alguém.
Cláudio Manuel da Costa ( 1729 - 1789) • Obras poéticas • Vila Rica • Foi preso por ter participado da Inconfidência Mineira e foi encontrado morto em sua cela (enforcado). GLAUCESTE SATÚRNIO MUSA: NISE TEMA: DESILUSÃO AMOROSA
Tomás Antonio Gonzaga ( 1744 - 1810) • Marília de Dirceu • Cartas chilenas • Em sua principal obra Marília de Dirceu é perceptível a diferença entre o que foi escrito antes e o que foi criado depois de sua prisão. • Cartas chilenas são poemas satíricos, em linguagem bastante agressiva, em que há uma crítica disfarçada ao governante de Minas Gerais – Luís da Cunha Meneses. DIRCEU MUSA: MARÍLIA TEMA: DESILUSÃO AMOROSA
Vila Rica (atual Ouro Preto) serve de fundo para a Marília menina imaginada pelo pintor. Aqui, ela figura em absoluto primeiro plano, como aparentemente nas liras de “Marília de Dirceu”. As Liras que fez, fingindo ser o pastor Dirceu, para sua amada Marília (pseudônimo da bela Maria Dorotéia Joaquina de Seixas), louvando a felicidade da vida no campo, tornaram-se sucesso imediato quando publicados, pela primeira vez, em 1792; aumentando a fama com a publicação da "segunda parte" das Liras, em 1799, cujos versos lamentavam o sofrimento na prisão em que foi parar por denúncia de envolvimento no movimento da Inconfidência Mineira. "Marília de Dirceu", de Alberto Guignard “Minha bela Marília, tudo passa;a sorte deste mundo é mal segura;se vem depois dos males a ventura,vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos Deusessujeitos ao poder do ímpio Fado:Apolo já fugiu do Céu brilhante, já foi Pastor de gado”.
Silva Alvarenga ( 1749 - 1814) A obra de Silva Alvarenga resume-se em um título: Glaura, como também era inconfidente, esteve três anos na cadeia.
Basílio da Gama ( 1741 - 1795) Tentou realizar uma epopéia, usando como tema a tomada das Missões pela expedição punitiva de Gomes Freire de Andrade, escreveu “O Uraguai”. Luta empreendida pelos portugueses, auxiliados pelos espanhóis, contra índios dos Sete Povos das Missões, instigados pelos jesuítas (a culpa caberia aos jesuítas e não aos índios). Apresenta algumas inovações, como os versos decassílabos brancos, não apresentando divisão em estrofes e constando de apenas cinco cantos. Respeita a divisão tradicional (proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo), embora quebre a estrutura ao iniciar o poema pela narração. Personagens do poema são: Gomes Freire de Andrada (herói português); Balda (vilão, um jesuíta caracterizado); e os indígenas: Lindóia, Cacambo (marido de Lindóia), Sepé, Tatu-Guaçu, Caitutu e Tanajura (a vidente).
"...Mais de pertoDescobrem que se enrola no seu corpoVerde serpente, e lhe passeia, cingePescoço e braços, e lhe lambe o seio.Fogem de a ver assim, sobressaltados,E param cheios de temor ao longe;E nem se atrevem a chamá-la, e tememQue desperte assustada, e irrite o monstro, E fuja, e apresse no fugir a morte.Porém o destro Caitutu, que tremeDo perigo da irmã, sem mais demoraDobrou as pontas do arco, e quis três vezes Soltar o tiro, e vacilou três vezesEntre a ira e o temor. Enfim sacodeO arco e faz voar a aguda seta,Que toca o peito de Lindóia, e fere A serpente na testa, e a boca e os dentesDeixou cravados no vizinho tronco.Açouta o campo coa ligeira cauda O irado monstro, e em tortuosos giros Se enrosca no cipreste, e verte envolto Em negro sangue o lívido veneno...” (Trecho de "O Uraguai", de Basílio da Gama)
Santa Rita Durão ( 1722 - 1784) Caramuru
“Theme From Arcadismo” Prof. Joãozinho (Paródia de “Moreninha Linda” Tonico e Tinoco) Tomás Antônio Gonzaga Fez “Marília de Dirceu” Cláudio Manuel da Costa “Vila Rica” escreveu
São poetas do Arcadismo Que em Minas Gerais nasceu
Arcadismo é campo, pastor, bucolismo Mimese dos gregos, neoclassicismo Arcadismo é campo, pastor, bucolismo Mimese dos gregos, racionalismo
Grande Basílio da Gama Escreveu “O Uraguai” Frei Santa Rita Durão Fez “Caramuru” !
Lembre de “Cartas Chilenas” Que traz críticas sociais
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