250 likes | 829 Views
A MARCHA DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA. Como se deu o processo de alargamento das fronteiras da colônia portuguesa. O avanço da colonização.
E N D
A MARCHA DA COLONIZAÇÃO NA AMÉRICA PORTUGUESA. Como se deu o processo de alargamento das fronteiras da colônia portuguesa.
O avanço da colonização • Até o final do século XVI, o portugueses ocupavam apenas o litoral da América portuguesa, visto que era difícil a penetração ao interior e à resistência indígena. • Fatores da colonização: a ação dos soldados para garantir a Portugal as terras da América; as expedições bandeirantes; a atuação dos jesuítas e dos criadores de gado.
Soldados e os fortes • Havia vários povos que se aliavam aos índios para explorar as riquezas da América. Esses piratas e corsários eram combatidos pelos soldados portugueses ao longo do litoral, donde foram sendo construídos fortes e ao redor se originaram cidades, como: Natal, João Pessoa e Belém. • A cidade de Belém deu início à colonização portuguesa da região do rio Amazonas. • A cidade de São Luís, Maranhão, foi fundada por franceses (França Equinocial) e depois conquistada pelos soldados portugueses e espanhóis – 1615.
Desde o início da colonização portuguesa, o governo português preocupou-se em organizar entradas – expedições oficiais que, partindo do litoral brasileiro, entravam pelo sertão à procura de ouro e pedras preciosas. Os bandeirantes
Bandeiras – eram expedições organizadas por particulares que partiam geralmente de São Paulo com o objetivo de capturar indígenas e achar ouro e pedras preciosas. -
São Paulo, a capital bandeirante • Fundada por jesuítas em 1554. • Cidade pobre e pouco povoada. • Jovens brancos creiam nas expedições como forma e enriquecer. • Organizam as bandeiras para o sertão com apoio dos mais velhos e experientes bandeirantes. • As bandeiras eram formadas por um ou dois sertanistas experientes, alguns jovens brancos, vários mamelucos e centenas de índios escravizados. Os índios eram usados como guias, cozinheiros, guerreiros e carregadores. • 3 tipos de bandeirantismo: caça ao índio, procura de ouro e diamante e sertanismo de contrato.
Bandeira de caça ao índio • Os paulistas buscavam aprisionar índios para usá-los como escravos nas fazendas do planalto paulista, principalmente no cultivo do trigo, que era vendido dentro do mercado interno e para Portugal. • Além de se embrenhar pelo interior – sertão – os bandeirantes atacavam os aldeamentos em busca da mão-de-obra indígena. • As missões jesuíticas de Guaíra (PR), Itatim (MS) e Tape (RS) foram destruídas por Raposo Tavares (1628/1638). • Acreditava-se que a maioria dos índios aprisionados eram vendidos para a Bahia e Rio de Janeiro, que sofriam com a escassez de mão-de-obra africana escrava, mas hoje se sabe que era uma minoria. A maior parte dos índios eram escravizados nas fazendas de trigo de São Paulo.
Os negros da terra ou bugres – como eram chamados os indígenas – não aceitaram a escravidão pacificamente. Reagiam basicamente de três formas: revolta, fuga ou suicídio. Os bandeirantes venceram importantes batalhas contra grupos indígenas, mas também foram derrotados por índios, como os Guaianã e Guarulho, que contavam com o apoio dos jesuítas. Resistência indígena
Durante à caça aos índios, os bandeirantes foram encontrando pequenas quantidades de ouro em rios. Essa notícia animava novas bandeiras e o governo português, que se via com pouco dinheiro após o fim do domínio espanhol. 1672 – Fernão Dias Paes recebe poderes da Coroa Portuguesa para chefiar expedição ao sertão em busca de riquezas minerais. Morre no retorno, acreditando ter encontrado esmeraldas, mas eram turmalinas. A busca de ouro e diamantes
_ • A trilha aberta pela bandeira de Fernão Dias serviu de caminho para outros bandeirantes: • Antônio Rodrigues Arzão encontrou ouro em Sabará (Minas Gerais), provavelmente em 1693 • Pascoal Moreira Cabral, em Cuiabá (Mato Grosso), em 1719 • Bartolomeu Bueno da Silva, em Vila Boa, no atual estado de Goiás, por volta de 1725. • O registro oficial de ouro em Minas Gerais se dá em 1696 com a fundação da Vila de Nossa Senhora do Carmo, atual cidade de Mariana.
Expedições comerciais que seguiam de canoa pelos rios para vender alimentos, roupas e instrumentos de trabalho nos novos povoados das regiões mineradoras. Obs> monções também são consideradas bandeiras que usavam os cursos dos rios como guia na captura de negros da terra. * Também são as chuvas que ocorrem no sudeste asiático. Monções de inverno e de verão. As monções
Interiorização do território português. Bandeira de raposo tavares
Bandeiras de 1610 a 1716. Bandeiras de procura de riquezas minerais
Os bandeirantes eram contratados por senhores de engenhos, criadores de gado e autoridades para combater índios e negros rebelados contra a escravidão. A mais conhecida bandeira de sertanismo de contrato foi a de Domingos Jorge Velho, que destruiu o Quilombo de Palmares, em 1694. Sertanismo de contrato.
Os jesuítas • Os jesuítas fundaram vários colégios, donde, posteriormente surgiram cidades em torno, como Salvador, São Paulo, Olinda. • Com a ida dos índios expulsos do litoral para o interior, os jesuítas também fizeram o mesmo, com o objetivo de catequizar um número maior de indígenas. Reuniam os índios em grandes aldeamentos, as missões. • As principais missões jesuíticas localizavam-se na Amazônia e na região Sul.
Cotidiano nas missões • Os indígenas dedicavam-se a diferentes atividades, como o trabalho na lavoura e nas oficinas, o lazer, a oração e estudo. Extraíam da floresta as drogas do sertão: cacau, baunilha, guaraná, plantas medicinais, madeiras e óleos. Eram exportados para a Europa com lucro. Produziam tecidos, objetos em couro e esculturas. Cultivavam cereais, frutas e erva-mate. • O jesuíta Antônio Vieira conseguiu, em 1680, que Portugal proibisse a escravidão indígena no Brasil. Várias protesto aconteceram por parte dos colonos que usavam a mão-de-obra escrava indígena. No Maranhão ocorreu a Revolta dos Beckman.
Uma das missões na região dos Sete Povos das Missões, área de conflito no atual Rio Grande do Sul entre portugueses e espanhóis. Missão de são Miguel - rs
Revolta dos beckman. • A região do estado do Grão-Pará e Maranhão tinha com fonte de renda a extração das drogas do sertão e a agricultura de algodão, usando mão-de-obra indígena escravizada. Com a proibição em 1680 a situação agravou-se. • Para solucionar o problema, Portugal criou a Companhia de Comércio do Maranhão, em 1682, que se comprometia a vender 500 escravos africanos por ano a preço reduzido, mas teria, por 20 anos, a exclusividade de comércio com a região. • Mas a companhia não cumpriu o acordo. Não trazia a quantidade suficiente de escravos, comprava a preço reduzido os produtos locais e vendia a preço alto mercadorias ruins. • Liderados por Manuel Beckman, os colonos invadiram e saquearam os armazéns da Companhia e o colégio dos jesuítas em São Luís. • A revolta foi contida por soldados portugueses e o líder condenado à morte. As exigências, porém, foram atendidas:extinguiu a Companhia de Comércio do Maranhão e voltou a permitir a escravização dos indígenas.
Introduzido no nordeste para mover a moenda dos engenhos e transportar cana, sendo criado no próprio engenho. Como o gado pisoteava a plantação de cana e ocupava espaço que podia produzir mais cana-de-açúcar, foi deslocado para as áreas vizinhas, o que facilitou a interiorização da colonização. O gado também era fonte alimentar e de couro. pecuária
Expansão do gado. • Em 1701, o rei de Portugal assinou um decreto que proibia a criação de gado no litoral, incentivando a interiorização da atividade. • Essa interiorização não foi pacífica. Houve violentas e sangrentas batalhas contra os indígenas (Guerra dos Bárbaros – 1687/1720). • A expansão das fazendas acompanhou geralmente o curso dos rios nordestinos. Dois desses rios se destacaram na quantidade de currais erguidos nas suas margens – rio São Francisco e rio Parnaíba. • Essa atividade exigia pouco investimento e reduzida mão-de-obra.
O gado na região sul • Gado proveniente das missões destruídas pelos bandeirantes, se espalharam pelas planícies férteis da região. • Esse rebanho sem dono foi sendo caçado pelos moradores de várias regiões, como São Paulo, Desterro e Laguna. Eles consumiam a carne e exportavam o couro. • Em 1680, o rei de Portugal decidiu fundar a colônia de Sacramento, ao sul, às margens do rio da Prata, para consolidar seu domínio na região. • Com o início da atividade mineradora na região das Minas Gerais, foi-se necessário o gado, mulas e cavalos desta região para o transporte dos metais preciosos. A “terra de ninguém” começou a ter donos.
Feira de Sorocaba, charque e mão-de-obra na pecuária. • Feira de Sorocaba: local donde os colonos do sul negociavam muares para região mineradora. • Charque: carne-seca. • Carne salgava e secada para conserva-se por mais tempo e ser vendida no mercado interno, principalmente Minas Gerais. • Havia mão-de-obra escrava africana, em pequena quantidade, nas áreas de criação de gado. • Ao lado dos escravos trabalhavam libertos, mestiços livres e brancos pobres.
O Tratado de Tordesilhas foi descumprido tanto por Portugal, que avançou em terras espanholas na América, quanto pelos espanhóis, que avançou por terras portuguesas no Oriente. Novas fronteiras: tratado de utrecht, madri, santo ildefonsoe badajós.
Tratados: • Utrecht – 1713: entre Portugal e França. Estabelecia que o rio Oiapoque, no norte, limitaria a fronteira entre Brasil e Guiana Francesa. • Madri – 1750: entre Portugal e Espanha. Estabelecia que a colônia de Sacramento pertencia a Espanha e Portugal recebia as terras dos Sete Povos das Missões (aldeamentos de jesuítas espanhóis com índios guaranis, que não aceitaram ter de sair desta terras e resistiram por 17 anos, na chamada Guerra Guaranítica).
Tratados: • Santo Ildefonso – 1777: entre Portugal e Espanha. Estabelecia que os espanhóis obtinham o território de Sete Povos das Missões e da Colônia de Sacramento e devolviam terras do atual RS. • Badajós – 1801: entre Portugal e Espanha. Os portugueses ficavam como o território dos Sete Povos das Missões e a Espanha com a colônia de Sacramento.