150 likes | 321 Views
Tema 4: Habitação e Construção Sustentável. Ana Paula Duarte Investigadora auxiliar Unidade de investigação Produção-Consumo Sustentável. Conferência Consumo Sustentável e Alterações Climáticas - 26 de Novembro de 2009 -.
E N D
Tema 4: Habitação e Construção Sustentável Ana Paula Duarte Investigadora auxiliar Unidade de investigação Produção-Consumo Sustentável Conferência Consumo Sustentável e Alterações Climáticas - 26 de Novembro de 2009 -
A indústria da construção é um dos maiores consumidores de matérias-primas, produz uma das maiores parcelas de resíduos e os edifícios são grandes consumidores de energia. A nível da U.E, os edifícios são responsáveis: 40 % das necessidades energéticas (energia primária) e das matérias-primas 40% do total de emissões de CO2 20% da água potável As pessoas passam cerca de 85-90% das suas vidas dentro de espaços construídos, considerando a casa, o trabalho e os tempos livres, sendo por isso afectados por estes ambientes. (Fonte: European commission – Joint Research, 2003 ) Existe uma relação causa-efeito entre as condições de habitabilidade e o nível de saúde dos seus habitantes. Ideia do Impacte e das Oportunidades de construir de forma sustentável
CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Conceito: Abordagem integrada de criação e gestão responsável de um ambiente construído saudável, baseado na eficiência de recursos e princípios ecológicos (Fonte: Kibert, C.J., 1994 ) Trata-se de uma forma radicalmente diferente de pensar e exige uma integração de experiências em arquitectura, design, engenharia civil, engenharia do ambiente, e outras ciências, nomeadamente as sociais, uma vez que considera aspectos ambientais, socio-económicos e culturais.
Objectivos clássicos: funcionalidade, segurança, economia e durabilidade. • Princípios da construção sustentável: • minimização do consumo de recursos • maximização da reutilização de recursos • utilização de recursos renováveis • protecção do ambiente natural • criação de um ambiente saudável e não tóxico • procura de qualidade na criação do ambiente construído
CICLO DE VIDA DE UM EMPREENDIMENTO 85% do impacte ambiental dos edifícios acontece durante a fase em que são habitados (fase que se estende por mais tempo durante o seu ciclo de vida)
BOAS PRÁTICAS • Ter sempre em consideração a concepção bioclimática dos edifícios, isto é, conhecer e considerar no projecto as condições do local de construção, em termos de orientação geográfica, luminosidade, vento, recursos aquáticos e tipo de solo. • Outras medidas: medidas solares passivas(por exemplo, paredes de trombe e coberturas ajardinadas) e/ou medidas solares activas(por exemplo, instalação de painéis solares). • Gerir de forma adequada todas as actividades de forma a diminuir os efeitos que provocam no ambiente e na saúde, numa perspectiva de ciclo de vida (minimizar consumos materiais, energia e água, reduzir a poluição). • Adequada selecção de materiais para construção (compra de materiais com menores impactes negativos ). • Medidas que permitam o aproveitamento das águas cinzentas e da água da chuva. • Formação/sensibilização.
O acréscimo de custos de um edifício de qualidade pode ser rentável a curto prazo. Edifícios de escritório nos USA: Uma melhoria da envolvente, dos materiais utilizados (qualidade térmica, qualidade acústica) e da utilização da iluminação natural, que resulte num acréscimo de 10% nos custos de construção, é rapidamente amortizado devido ao aumento de produtividade dos trabalhadores e poupança de energia. Hospitais: A melhoria da envolvente e dos materiais utilizados que se traduz numa melhor qualidade interior, pode levar a uma redução do tempo de permanência dos utentes internados e portanto uma redução dos encargos sociais associados, para além da poupança em energia. Fonte: IPAMB – www.ipamb.pt
CUSTOS • Edifícios sustentáveis: Com um investimento 2 a 7,5 % superior ao dispendido nos edifícios de construção usual, os activos podem obter um maior retorno, atraindo rendas mais elevadas, bem como registar maiores crescimentos nas taxas de ocupação (dados EUA). • Custos reais associados aos edifícios “mais verdes”: O sector imobiliário ainda está longe de conseguir fornecer valores com exactidão relativos à eficiência energética dos edifícios, devido à inexistência de acordo quanto aos standards de medição e consequentemente, da ausência de dados que permitam a realização de um “benchmarking credível” Fonte: consultora CB Richard Ellis, relatório “Who Pays for Green? The Economics of Sustainable Buildings” (www.cbre.co.uk) Todos os custos devem ser conhecidos: Custo da casa (>/=/<) Custo do consumo de água e energia (<) Custo do condomínio (<) Custo da manutenção (<) Competitividade
O que os consumidores valorizam na compra da habitação? • Como incentivar os consumidores para a sua aquisição? • Como é que a compra de habitações sustentáveis pode contribuir para a mitigação das alterações climáticas?
Muito Obrigada Ana Paula Duarte paula.duarte@ineti.pt