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Ensino Médio 3ª Série. Geografia.

Ensino Médio 3ª Série. Geografia. movimento de moradia resiste e intensifica ocupações. O Brasil tem quase 10 milhões de famílias sem-teto. Passam os anos e os governos continuam prometendo uma política habitacional séria.

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Ensino Médio 3ª Série. Geografia.

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Presentation Transcript


  1. Ensino Médio 3ª Série. Geografia.

  2. movimento de moradia resiste e intensifica ocupações O Brasil tem quase 10 milhões de famílias sem-teto. Passam os anos e os governos continuam prometendo uma política habitacional séria. A última promessa é o Minha Casa, Minha Vida e suas 3 milhões de casas prometidas.

  3. Mesmo que essas 3 milhões de casas fossem destinadas aos que mais precisam (trabalhadores com renda até 3 salários) não seriam suficiente para acabar com o déficit habitacional. O fato é que foram entregues menos de 300 mil casas populares em todo o Brasil. A situação se agrava se pensarmos que todo o orçamento para habitação popular (exceto o MCMV) não passa de R$ 4 milhões, o que não dá pra construir nenhum conjunto habitacional!

  4. Por isso continuam fazendo ocupações de terrenos urbanos em todo o Brasil. É através delas e das lutas que os governos aprenderam a ouvir e não porque o governo tenha alguma intenção de realizar política habitacional. No estado de São Paulo nos últimos anos ocorreram mais de 10 ocupações de grandes terrenos que não serviam pra nada.

  5. Milhares de famílias voltaram a sonhar com sua moradia, agora conquistada na luta. Afirmam que a única forma de conquistar não é esperar e confiar em ninguém, mas arregaçar as mangas e ir pra luta contra quem impede de ter o que é deles por direito! Buscam a desapropriação de todos os grandes terrenos vazios na cidade que servem apenas aos especuladores imobiliários! Querem que esses terrenos sirvam de moradia para os trabalhadores e que a presidente Dilma atenda esta reivindicação.

  6. 22 de janeiro de 2012. O país amanheceu estarrecido frente à informação de que a tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou na comunidade de Pinheirinho para cumprir o mandato de reintegração de posse da área, ocupada por 6 mil pessoas, há 8 anos. Esse foi um dos fatos que, se não foi o mais marcante na luta por moradia, foi o que mais sensibilizou a opinião pública. O JORNAL cobriu de perto essa e outras notícias sobre a luta por moradia digna.

  7. Moradores do Pinheirinho ainda dormiam quando as casas começaram a ser desocupadas pela ação da Polícia Militar e da Guarda Civil de S. José dos Campos que resultou em uma sequência de cenas violentas, que gerou revolta em todo o país. Todos queriam entender qual a necessidade de retirar tantas famílias de suas casas, construídas em um terreno abandonado, e de uma forma tão brutal?

  8. As imagens dos moradores resistindo, armados com paus e pedras, rodaram o país e até o mundo. Apesar do medo, realizaram diversos protestos e conseguiram chamar a atenção. Mas, não a tempo de impedir a tragédia que ficará marcada na história do movimento social por moradia.

  9. Neste ano, o governo federal comemorou a compra da casa própria por um milhão de famílias no programa Minha Casa, Minha Vida. O ministro do Trabalho, Carlos Brizola Neto, anunciou reajustes para os valores de imóveis e subsídios para o Programa Minha Casa Minha Vida. As novas regras devem ampliar as chances para aquisição da casa própria pelos mais pobres. Para o próximo ano, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) disponibilizará para a área de habitação R$ 47,4 bilhões.

  10. De acordo com levantamento realizado pelo movimento de moradia, pelo menos 400 mil imóveis estão desocupados somente na cidade de São Paulo. Ao mesmo tempo, uma série de despejos de sem-tetos vêm ocorrendo. Como a que retirou 97 famílias de um prédio da avenida Ipiranga, em agosto. Elas permaneceram acampadas na praça do Correio, no centro da cidade, por quase dois meses.

  11. Haddad quer frear ocupações e diz que meta de 55 mil casas é factível O prefeito afirmou que não serão apenas os movimentos organizados que serão beneficiados pelas cerca de 55 mil moradias previstas para serem construídas nos próximos quatro anos. O prefeito disse que os movimentos sociais devem reconhecer o gesto deste encontro no início do governo e que espera que o número e ocupações seja reduzido durante sua gestão.

  12. "Queremos, em parceria com os governos do federal e do Estado, construir 55 mil habitações para o benefício de toda a população de São Paulo. Não podemos segmentar essa meta. Os movimentos organizados serão beneficiados, mas os não organizados também. Pessoas que moram em áreas de risco e não estão organizadas têm os mesmos direitos", disse ele.

  13. São Paulo ocupada: a rotina de quem vive em moradias irregulares na cidade. A equipe de reportagem passou quatro dias e duas noites em três ocupações de trabalhadores sem-teto no centro da cidade. Conviveu com ratos, baratas, esgoto a céu aberto, fome e escombros. E também com generosidade, boa vontade, política e regras, muitas regras. Encontrou pessoas que se equilibram entre a falta de um teto e a gigantesca expansão imobiliária da capital mais rica do País

  14. Assim como outros 30 prédios ocupados por trabalhadores sem-teto de São Paulo, o edifício da rua Mauá é palco do embate entre duas garantias previstas na Constituição: o direito à moradia e o direito à propriedade. A luta não é nova – movimentos sem-teto surgiram na década de 70, acompanhando a transformação do Brasil rural em um país urbano. Mas é cada dia mais urgente, especialmente em São Paulo, onde há 130 mil famílias sem casa – e 290 mil imóveis não habitados.

  15. Ou seja, estatisticamente, o problema não existe. Mas, socialmente, ele transborda. A maior parte dos imóveis disponíveis para comprar ou alugar são inacessíveis para a população de baixa renda – o que explica porque 890 mil famílias moram em locais inadequados. Para elas, os governos federal, estadual e municipal têm políticas como o programa "Minha Casa, Minha Vida" e os conjuntos habitacionais.

  16. Mas o ritmo com que a política empilha tijolos é, quase sempre, mais lento do que a urgência dessas famílias. Não ter casa implica em não ser tratado como cidadão. “A moradia não é só uma estrutura de cimento, é um portal para os demais direitos sociais, como educação e saúde”, afirma Raquel Rolnik, urbanista da Universidade de São Paulo (USP). “As pessoas ocupam, porque, se pagarem aluguel, não terão dinheiro para comer.”

  17. Tatiane da Silva nasceu, em uma família pobre de Cidade Tiradentes, sua vida prometia ser difícil. Mas superou as piores expectativas. Aos 11 anos, Tatiane perdeu a mãe, morta a facadas. O assassino: seu pai. A partir daí, morou com a tia, o irmão e até com o pai, antes de ocupar um quarto de 12 m² no prédio que o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab cedeu.

  18. Aos 19 anos, ela tenta ter uma casa pela primeira vez. Mora com o marido e o filho. Nunca havia ouvido falar em movimento de moradia até um dia antes de ir habitar o prédio em ruínas. “Eu e meu marido não tínhamos onde ficar, passamos aqui em frente, disseram que a gente poderia vir, no dia seguinte viemos com as malas.”

  19. O fogão e a televisão que decoram o quarto foram doados ao casal. Tatiane não entende da intrincada costura política por trás do debate de habitação, mas resolveu que vai para onde o movimento mandar, até porque não tem opção. “Meu irmão e meu pai nem sabem onde eu estou.”

  20. “Tudo o que eu queria era pagar uma prestação por um lugar que fosse meu, mas até hoje não consegui.” Foi a esperança de dar aos filhos a casa que nunca teve e a crença de que a política pode mudar a vida que a fizeram levantar a cabeça.

  21. O prefeito Haddad prometeu a construção de 55 mil moradias populares em quatro anos, 20 mil delas no Centro. É quase sete vezes mais do que fizeram a gestão Serra-Kassab em oito anos. Também suspendeu os despejos de prédios públicos e prepara um levantamento sobre construções ociosas para transformá-las em moradia popular. São ações e promessas que fazem brilhar os olhos de quem não tem onde morar.

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