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Indicadores Hospitalares

Indicadores Hospitalares. Camila Mares Guia Brandi Residente em Gestão Hospitalar HU/UFJF residecoadm.hu@ufjf.edu.br. Sistemas de Saúde.

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Indicadores Hospitalares

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Presentation Transcript


  1. Indicadores Hospitalares Camila Mares Guia Brandi Residente em Gestão Hospitalar HU/UFJF residecoadm.hu@ufjf.edu.br

  2. Sistemas de Saúde O propósito dos sistemas de atenção à saúde é proporcionar o mais alto nível de qualidade ao menor custo, de maneira mais equitativa, ao maior número de pessoas. (Adaptado de Donabedian, 1986)

  3. Como? Dado Informação Indicador

  4. Definição • São medidas usadas para ajudar a descrever a situação de um determinado fenômeno ou problema, fazer comparações, verificar mudanças ou tendências e avaliar as ações planejadas durante um período de tempo, em termo de qualidade e quantidade das ações executadas (Mariza Kluck, 2002).

  5. Definição • Devem permitir comparações em diferentes tempos, no mesmo local e em diferentes locais, no mesmo período de tempo. • Não é uma medida de qualidade, apenas identifica ou dirige a atenção para assuntos específicos de resultados, dentro de uma organização de saúde.

  6. Tipos • Números absolutos: proveniente de contagens, como os casos de um evento de saúde-doença em um período. Ex: incidência absoluta de dengue em Juiz de Fora em 2010. • Números relativos: são valores absolutos expressos em relação a outros valores absolutos. Podem ser índices, proporções, coeficientes e razões.

  7. Índices • Medidas que integram múltiplas dimensões ou elementos de diversas naturezas. • Numerador e denominador expressam dimensões distintas. • Ex: Número de leitos hospitalares por população

  8. Proporções • Todas as unidades do numerador estão contidas em um denominador mais amplo. • Os resultados podem ser expressos em forma de fração ou multiplicados por 100. • Medem, por exemplo, o número de óbitos por uma causa determinada dividido pelo total de óbitos ocorridos no mesmo período (mortalidade proporcional). • Coeficientes: Eventos do numerador representa um risco de ocorrência em relação ao denominador. Proporção Coeficiente

  9. Proporção - Coeficientes de Prevalência • Proporção, em um determinado momento, dos portadores do evento de interesse em relação ao total. • O numerador é a contagem de portadores do evento e o denominador é o número total de investigados. • Ex: Coeficiente de prevalência de hipertensão arterial: N° de pessoas com hipertensão n° total de pessoas examinadas

  10. Proporção - Coeficiente de Incidência • Representa a proporção de indivíduos que, no começo do acompanhamento, não tinham desenvolvido o evento de interesse e que, ao longo dele, mudaram de status ao desenvolvê-lo. • O numerador são os casos novos e o denominador o total de pessoas expostas (população de risco).

  11. Razão • Relação entre duas magnitudes de mesma dimensão e natureza. • O numerador exclui o denominador • Ex: ocorrência em indivíduos de um sexo dividido pela ocorrência no sexo oposto.

  12. Atributos necessários aos indicadores • Validade: o indicador deve identificar as situações nas quais a qualidade dos cuidados devem ser melhoradas • Sensibilidade: ser capaz de identificar TODOS os casos de cuidados nos quais existem problemas • Especificidade: identificar SOMENTE AQUELES casos nos quais existem problemas

  13. Atributos necessários aos indicadores • Simplicidade: ser simples de buscar, calcular e analisar • Objetividade: ter um objetivo claro, aumentando a fidedignidade do que se busca • Baixo custo: indicadores cujo custo é alto inviabilizam sua utilização rotineira

  14. Para a Economia • Eficiência: relação entre resultados e recursos empregados de forma racional • Eficácia: alcance das metas programadas para um determinado período de tempo • Efetividade: Eficiência + Eficácia - relação entre os resultados alcançados e os objetivos esperados

  15. Como criar? • Nome do indicador ( O QUE?) • Fórmula – maneira de cálculo (COMO?) • Tipo – taxa, coeficiente, índice, n° absoluto, etc • Responsável – quem fará (QUEM?) • Fonte – local de onde será colhida a informação (ONDE?) • Amostra - ? • Frequência – n° de vezes que será medido (QUANTAS VEZES?) • Objetivo – motivo, melhoria (POR QUE?)

  16. Tipos de Indicadores • Indicadores Sentinela • Indicadores de Resultado • Indicadores de Processos • Indicadores de Gestão • Indicadores de Estrutura

  17. Indicadores Sentinela • Mede a ocorrência de eventos indesejados. • Ex: • Queda do leito • Fuga do paciente • Cirurgia em paciente errado • Erros de dosagem • Acidentes com material cortante • Incêndio

  18. Eventos adversos • Eventos adversos ocorrem em cerca de 3% a 13% das admissões hospitalares/ano. (LANDRIGAN, 2005) • São capazes de aumentar em 6 vezes a permanência hospitalar e a mortalidade em duas a dezoito vezes. (MILLER et al, 2003)

  19. Indicadores de Resultado • Mede o que acontece (ou não) ao paciente depois que algo é feito. • Refere-se à efetividade da assistência hospitalar.

  20. Indicadores de Resultado • De produção: • N° atendimentos • Capacidade ociosa • Taxa de ocupação hospitalar • De produtividade: • Média de permanência • Funcionários / leito • Índice de rotatividade

  21. Indicadores de Resultado • De material: • Giro de Estoque • Taxa de retorno de materiais • Índice de atendimento de pedido • De qualidade: • Taxa de infecção • Taxa de mortalidade geral • Taxa de mortalidade operatória

  22. Indicadores de Processo • Mede a atividade de cuidados relativa ao paciente, frequentemente ligada a um resultado. • Ex: - Taxa de ocupação • Dispensação de medicamentos • Existência de comissões atuantes • Protocolos clínicos implantados

  23. Indicadores de Gestão • Relacionado à administração e alocação dos recursos disponíveis. • Ex: - Pessoal segundo áreas do hospital • Porcentagem de procedimentos pagos pelo SUS em relação aos apresentados • Implementação do Plano Diretor • Taxa de absenteísmo • Anos de escolaridade dos funcionários

  24. Indicadores de Estrutura • Alvará sanitário expedido Vigilância Sanitária • Leitos de hospital-dia • Certificação como hospital de ensino • Ambulância com UTI.

  25. Exemplos

  26. Taxa de Ocupação • Relação percentual entre o número de pacientes-dia em determinado mês e o número de leitos-dia no mesmo período. To = N° de pacientes/dia no mês x 100 N° de leitos/dia no mesmo período

  27. Fonte: SUS Avanços e Desafios

  28. Em 2001 houveram 12,4 milhões de internações no SUS, dessas: • 3,4 milhões foram internações sensíveis à atenção ambulatorial (27,4% do total) • Essas internações desnecessárias ou evitáveis custaram ao SUS 1,03 bilhão de reais • Mesmo assim, a taxa média de ocupação dos hospitais do SUS foi de 28,8%, muito abaixo do padrão desejável em torno de 80%.

  29. Exemplos

  30. Taxa de mortalidade • Relação percentual entre o n° de óbitos ocorridos no hospital em determinado mês e o n° de saídas no mesmo período. Txmo = n° óbitos no hospital no mês x100 n° de saídas no mesmo período

  31. Exemplos

  32. Média de permanência • É a relação entre o total de pacientes-dia em um determinado período, e o total de saídas neste mesmo período. Tmp = n° de pacientes-dia egdg n° de saídas no mesmo período

  33. Impactos da alta permanência • O procedimento cobre: • 4 dias de permanência (podendo se estender até o dobro do período) • Admite permanência à maior • Valor total: R$ 360,80

  34. Impactos da alta permanência • PM = DI – (Pm x 2) – DIUTI • PM = Permanência a maior • DI = Dias de Internação • Pm = Permanência média prevista na tabela de procedimento do SUS • DIUTI = Diárias de UTI (este caso não tem UTI, que segue outros critérios)

  35. Impactos da alta permanência • O SUS paga pela permanência à maior: R$ 20,06 • O custo do paciente é variável em cada instituição, girando em torno de R$ 150,00 a R$ 250,00. • Se este paciente ficar no hospital por 11 dias (média do HU), excluindo qualquer possibilidade de UTI, ele custará:

  36. Impactos da alta permanência • 8 dias cobertos pelo pacote: R$ 360,80 • PM = 3 dias • O hospital receberá: 3 x R$ 20,06 = R$ 60,18 • Terá um custo: 3 x R$ 150,00 = R$ 450,00 • Prejuízo: R$ 383,82

  37. Fatores que influenciam na permanência • Espera para realização ou resultados de exames; • Espera para realização de cirurgias; • Infecção Hospitalar; • Complicações gerais na internação; • Exames vencidos, etc.

  38. Ineficiência alocativa do SUS

  39. “ Enquanto a participação das receitas correntes da União no PIB cresceu de 19,7%, em 1995, para 26,7% em 2004, neste mesmo período, a participação de gastos do Ministério da Saúde nessas receitas decresceu de 9,6% para 7,5%” (SANTOS, 2007).

  40. CONASS – SUS Avanços e Desafios “ É verdade que se gasta pouco em Saúde no país, especialmente no que concerne ao gasto público. Todavia, também, gasta-se mal. (...) o desafio do financiamento na Saúde tem de ser enfrentado em duas vertentes, a da quantidade e a da qualidade do gasto.”

  41. Ineficiência alocativa do SUS • Os gastos públicos representam 45,3% dos gastos totais em Saúde, esse valor é muito inferior aos demais países que têm sistemas públicos universais.

  42. Ineficiência alocativa do SUS • Os gastos brasileiros, além de pequenos, apresentam nos últimos anos uma tendência declinante.

  43. Ineficiência alocativa do SUS • Além de melhorar a qualidade dos gastos, faz-se necessário incremento do gasto público em saúde, mesmo o Ministério da Saúde sendo o 2° melhor orçamento dentre todos os ministérios, pois os gastos públicos em saúde no Brasil são inferiores à países desenvolvidos ou em desenvolvimento.

  44. Gastos públicos em saúde como percentual dos gastos públicos totais

  45. Ineficiência alocativa do SUS • O Pacto pela Saúde – Pacto em Defesa do SUS tem como objetivo convencer a sociedade brasileira de que o SUS vale a pena e que necessita de mais dinheiro do que tem hoje.

  46. Ineficiência alocativa do SUS • Por quê? • Economias de escala ocorrem quando os custos médios de longo prazo diminuem na medida em que aumenta o volume das atividades e os custos fixos se distribuem por maior n° dessas atividades. • A literatura afirma que economias de escala em hospitais podem acontecer em hospitais entre 100 a 450 leitos. • Porém, o desenvolvimento do hospitais no Brasil segue uma tendência contrária.

  47. Ineficiência alocativa do SUS 18,3% • Segundo estudo do Banco Mundial (2005), a eficiência total dos hospitais com mais de 250 leitos é 3x superior a dos hospitais com menos de 25 leitos.

  48. Ineficiência alocativa do SUS • Consequências: • Remuneração por produção a valores abaixo do custo na maioria dos procedimentos; • Baixo nível salarial dos profissionais; • Baixo cumprimento das jornadas de trabalho; • Desconsideração de protocolos de conduta; • Realização desnecessária de procedimentos de maior valor, etc.

  49. Sistemas de Informação em Saúde (SIS)

  50. Sistemas de Informação em Saúde • A OMS define: “um conjunto de componentes que atuam de forma integrada, por meio de mecanismos de coleta, processamento, análise e transmissão da informação necessária e oportuna para implementar processos de decisões no Sistema de Saúde.”

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