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TUBERCULOSE EM PARANAGUÁ. FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO,SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, ESQUEMA MEDICAMENTOSO E DESAFIOS PARA O GESTOR Marianna Hammerle Coordenadora Municipal PCT. FLUXOGRAMA. Referência Terciária: SESA; CRPHF Referência Secundária: CMD Atenção Básica: 10 ESF’s e 5 UBS’s
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TUBERCULOSE EM PARANAGUÁ FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO,SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, ESQUEMA MEDICAMENTOSO E DESAFIOS PARA O GESTOR Marianna Hammerle Coordenadora Municipal PCT
FLUXOGRAMA Referência Terciária: SESA; CRPHF Referência Secundária: CMD Atenção Básica: 10 ESF’s e 5 UBS’s ESF’s: avaliação de SR através da baciloscopia de escarro, DOTS através dos ACS’s e consultas médicas mensais (unidades com profissional) UBS’s: avaliação do SR através da baciloscopia de escarro. HRL: avaliação do SR através da baciloscopia de escarro, início de tratamento para pacientes de qualquer município e após alta, agendamento da 1ª consulta na referência secundária, posterior transferência, caso residente em outro município.
ROTINA NA REFERÊNCIA Paciente diagnosticado TB: 1ª consulta, 2ª consulta após 15 dias do início do tratamento e consulta de 6º mês para alta Consulta de 2º, 3º, 4º e 5º mês de tratamento: pacientes não alocados em ESF’s e paciente cujo ESF encontra-se sem profissional. Consulta mensal: TBMR, Casos Esquemas Especiais DOTS: diário para TBMR e EE (no domicílio ou na unidade), finais de semana e feriados (sempre no domicílio) Realização de teste rápido para HIV e avaliação de todos os comunicantes (PT, Baciloscopia de escarro, RX tórax). Controle e distribuição de medicamentos para pacientes e ESF’s Tratamento da infecção latente (quimioprofilaxia)
ROTINA NA ATENÇÃO BÁSICA ESF’s: recebe cópia de prontuário de paciente, realiza consulta de 2º, 3º, 4º e 5º mês de tratamento. DOTS: diário (segunda a sexta) no domicílio ou na unidade (de acordo com necessidade de cada paciente) Auxílio na avaliação de comunicantes (PT, Baciloscopia de escarro, RX tórax). Distribuição de medicamentos para tratamento da infecção latente (quimioprofilaxia)
EPIDEMIOLOGIA Fonte: SINAN/Departamento Epidemiologia/Secretaria Municipal de Sáude - Paranaguá
Incidência 2010 (out/2010) Incidência de Casos Novos = 132 novos casos (Esperado 1% população SR) Incidência com BK + = 85 casos (Esperado 4% BK +) Incidência BK +/casos = 6,11%
SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIOFonte: Departamento Epidemiologia/Secretaria Municipal de Sáude - Paranaguá
SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIOFonte: Departamento Epidemiologia/Secretaria Municipal de Sáude - Paranaguá Até Setembro 2010 SR ESPERADO = 1.397 SR EXAMINADO = 1.475 PORCENTAGEM = 115% SR C/ BK + = 80 PORCENTAGEM DE BK + = 6,11%
5 elementos da estratégia DOTS Vontade política Medicamentos acessíveis, com distribuição regular e em quantidade adequada Detecção precoce de casos com retaguarda laboratorial Sistema de informação ágil e descentralizado Tomada supervisionada do medicamento
Tratamento Diretamente Observado – TDO O que é? É a observação diária da tomada da medicação É observar o doente engolir o medicamento
TDO Forma diretamente observada de se administrar os medicamentos, sem mudança no esquema terapêutico. O profissional de saúde observa o paciente “ engolir” os medicamentos, desde o início do tratamento até a sua cura.
TDO • POR QUÊ realizar o TDO? • Aumentar a cura • Diminuir o abandono • Diminuir a resistência aos medicamentos • Estabelecer vínculos entre o paciente e o serviço de saúde • Aumentar a auto-estima do paciente Coletivo: prevenir novas infecçõesevitar o custo social
Princípios do tratamento supervisionado – dot 1 – Flexibilidade de atendimento • observador • local • horário
Princípios do tratamento supervisionado – dot 2 – Equipe treinada e interessada Equipe tem que acreditar!
Qual profissional deve realizar o tratamento? Observador treinado • outros profissionais de Saúde • agentes de saúde • em algumas situações especiais: professor, voluntário Porque não familiar ? • Agente de segurança Penitenciária
PARA TODOS OS PACIENTES DEVE-SE OFERECER O TDO Não há como predizer quem vai abandonar
Proporção de Contatos Reg e Examin. de CN de TB 1ºRS por ano diagnóstico- 2009 Municípios Registrados Examinados % Antonina 32 0 0,0 Guaraqueçaba 26 3 11,5 Guaratuba 32 2 6,3 Matinhos 31 6 19,4 Morretes 71 54 76,1 Paranaguá 932 809 86,8 Pontal do Pr 10 0 0,0 1ª RS Pguá 1.134 874 77,1 Fonte SINANNET 2010 Andrea Maciel de Oliveira Rossoni HC - UFPR
Dados preliminares até Outubro de 2010 Fonte: SINAN/1ª R.S/DVVTR/SVS/ SESA Andrea Maciel de Oliveira Rossoni HC - UFPR
Dados preliminares até Outubro de 2010 Fonte: SINAN/1ª R.S/DVVTR/SVS/ SESA Andrea Maciel de Oliveira Rossoni HC - UFPR
Prova Tuberculínica Aplicação e Leitura
Esquema para Meningoencefalite por TB (EM) - adultos e adolescentes Associar Prednisona oral por 4 semanas ou Dexametasona IV nos casos graves, por 4 - 8 semanas, com redução gradual da dose nas quatro semanas subseqüentes.
ESQUEMA DE MULTIRRESISTENCIA ADULTOS E ADOLESCENTES
Regime Fármaco Doses por Faixa de Peso Kg Meses Até 20 21-35 36-50 > 50 2S5ELZT Fase Intensiva 1ª Etapa Estreptomicina 20 mg/kg/dia 500 mg/d 750 a 1000 mg/d 1000 mg/d 2 Etambutol 25 mg/kg/dia 400 a 800 mg/dia 800 a 1200 mg/d 1200 mg/d Levofloxacina 10 mg/kg/dia 250 a 500 mg/dia 500 a 750 mg/d 750 mg/d Pirazinamida 35 mg/kg/dia 1000 mg/dia 1500 mg/d 1500 mg/d Terizidona 20 mg/kg/dia 500 mg/dia 750 mg/d 750 a 1000 mg/d
Regime Fármaco Doses por Faixa de Peso Kg Meses Até 20 21 - 35 36 - 50 > 50 4S3ELZT Fase Intensiva 2ª Etapa Estreptomicina 20 mg/kg /dia 500 mg/dia 750 a 1000 mg/d 1000 mg/d 4 Etambutol 25 mg/kg /dia 400 a 800 mg/dia 800 a 1200 mg/d 1200 mg/d Levofloxacina 10 mg/kg /dia 250 a 500 mg/dia 500 a 750 mg/d 750 mg/d Pirazinamida 35 mg/kg /dia 1000 mg/dia 1500 mg/d 1500 mg/d Terizidona 20 mg/kg /dia 500 mg/dia 750 mg/d 750 a 1000 mg/d
Regime Fármaco Doses por Faixa de Peso Kg Meses Até 20 21-35 36 - 50 > 50 12 ELT Fase de manutenção Etambutol 25 mg/kg /dia 400 a 800 mg/dia 800 a 1200 mg/d 1200 mg/d 12 Levofloxacina 10 mg/kg /dia 250 a 500 mg/dia 500 a 750 mg/d 750 mg/d Terizidona 20 mg/kg /dia 500 mg/dia 750 mg/d 750 a 1000 mg/d
Esquemas Especiais (EE) para Intolerância Medicamentosa Grave
Esquemas Especiais para Hepatopatia Doença Hepática Prévia: Hepatite aguda viral, alcoólica: esteatose hepática e hepatite alcoólica, Hepatopatia Crônica: viral, auto-imune e criptogênica. AST / ALT > 3 x LSN 2 SRE/7 RE 2 SHE/10 HE 3 SEO / 9EO AST / ALT < 3 x LSN Esquema Básico • Sem Cirrose: • Com Cirrose: • 3 SEO/ 9 EO S- estreptomicina; E – Etambutol; O - ofloxacin
Esquemas Especiais para Hepatopatia SEM Doença Hepática Prévia: Hepatotoxi-dade após o início do tratamento AST/ALT 5x LSN ou 3 x LSN + sintomas Reintrodução RE H Z Reintrodução do EB ou Substituto Icterícia Persistência AST/ALT 5 x LSN por 4 semanas ou casos graves de TB 3 SEO/ 9 EO
Maiores desafios - Gestor Interesse Político e Comprometimento do Gestor Profissionais Capacitados (conhecimento) Investimento financeiro Divulgação da mídia (principalmente para prevenção da doença) Rotatividade de profissionais capacitados (déficit na equipe) Informatização: rede para avaliação e acompanhamento de pacientes entre referência, atenção básica e hospitais
Maiores desafios - Gestor Estrutura Física (consultórios apropriados, sala de aplicação de injetáveis, escarro induzido) Suprimento de Insumos (pote para coleta de escarro, máscara cirúrgica e N95) DST/HIVAIDS: parceria intersetorial Desmistificação da doença (preconceito da população) MINISTÉRIO PÚBLICO: morosidade e pouco poder de polícia para casos de tratamento irregular e abandono.
OBRIGADA Marianna Hammerle Centro Municipal de Diagnóstico Hospital João Paulo II Setor de Pneumologia Rua Renato Leone s/nº - Vila Divinéia Paranaguá- PR FONE: (41) 3420-6056 E-mail: mari.hammerle@terra.com.br